Quando a Focaccia realmente nasceu? Na verdade, ninguém sabe exatamente. Na Roma antiga, as focaccias foram oferecidas aos Deuses e durante o período do Renascimento, consumidas juntamente com vinho nos banquetes de casamento. Como o pão, mais rico por gorduras, óleo ou banha, utilizados na massa e/ou para rechear. Na Itália, é desde sempre particularmente difundida.
Na idade média tudo era atravessado pelo perfume da focaccia, um decreto da época proibia o uso de molhos nocivos para cozinhar. Em Gênova, já no século 16, o consumo de focaccia simples com óleo era familiar e generalizado também na Igreja, especialmente durante os casamentos. Mesmo um bispo na época, Matteo Gambaro, preocupado com o enraizamento do hábito acabou proibindo o costume de consumir durante as funções funerárias, um hábito que provavelmente degenerou de tal modo que causou irritação na mastigação contínua dos presentes que iriam cobrir o Latim recitado pelo oficiante.
Hoje, falar de Focaccia significa correr com o pensamento e a garganta em direção à região italiana que criou lendas verdadeiras: a Ligúria, com seus inúmeros tipos de focaccia, estabeleceu-se na cena gastronômica mundial.
A Focaccia clássica de Gênova ou simplesmente Focaccia Genovese, é uma especialidade da cozinha Ligúria, constituída de um pão chato (máximo 2cm). A diferença principal é que, antes da última fermentação, pincela-se com uma emulsão de óleo extra virgem de oliva, água e sal grosso.
Focaccia com cebolas é muito difundida, alimento de tradições antigas nos bairros mais populares de Gênova e a refeição habitual dos trabalhadores do porto porque é capaz de saciar muito, já que a cebola bloqueia os receptores do estímulo da fome.
A Focaccia tradicional com azeitonas (acima da focaccia e não na massa, como para as cebolas) ou com sálvia (na massa) ou com alecrim (na massa) ou com batatas (na massa) ou com passas (em uma forma mais doce, na massa). Nos tempos mais recentes também é produzida focaccia com batatas e/ou tomates (acima) ou nozes (na massa) ou com queijo.
Na Ligúria, também é possível encontrar versões modernas como, por exemplo, focaccia com vários molhos (na massa), fatias ou mesmo versões doces (na massa), cheias de creme (na massa), frutas secas (na massa) ou creme de gianduia (na massa).
A preparação desta especialidade requer atenção especial, por isso, há alguns anos, foi criado o Consórcio para a proteção da verdadeira focaccia genovesa.
A seguir, apresento uma receita clássica que acredito que qualquer um poderá fazer sem muita dificuldade. Eu gosto de fazer essa mesma massa com um pouco mais de hidratação e 24 horas de maturação (refrigerado abaixo de 4C).
Segue receita:
Você sabia que os pães também devem estar inclusos na alimentação infantil? Com certeza, você já deve ter visto uma pirâmide alimentar, não é mesmo? Aquelas que vemos e aprendemos desde pequenos na escola.
Pois, nessa representação do que devemos consumir diariamente, os pães estão na base, ou seja, devem ser consumidos em até seis porções diárias. Com isso, o pão de cada dia é uma grande fonte de energia para que as crianças exerçam as suas atividades diárias.
Pensando nisso, preparamos este miniguia sobre a inclusão de pães na alimentação infantil. Continue lendo e confira!
As vantagens da inclusão do pão
O pão é a mais importante fonte de carboidratos, que podem acarretar diversos benefícios se consumidos nas quantidades adequadas. Afinal, apesar de aparecer como vilão em algumas dietas, esse nutriente é a nossa principal fonte de energia.
Além de fornecerem energia, os carboidratos são responsáveis por formar algumas estruturas celulares, garantir o bom humor (já que participa da produção de serotonina) e reduzir o mau colesterol. Com isso, os pães são muito importantes para as crianças, que estão em fase de crescimento e desenvolvimento de diversas funções.
Para elas, o consumo de pães integrais ajuda a diminuir taxa de sobrepeso, pois sacia por mais tempo e garante mais energia para brincar e praticar atividades físicas.
Idade certa para incluir o pão
Quando a criança completa um ano de idade, o pão, assim como o café da manhã, já pode começar a ser incluído na sua alimentação. Entretanto, deve-se tomar cuidado com suas quantidades, já que alguns pães apresentam ricas quantidades de fibras.
Aqui, moderação é a palavra-chave! Inclusive, para facilitar a adaptação, a mastigação e a digestão, comece esmagando pedaços pequenos de pão (uma alternativa é umedecê-los em leite).
Ter uma alimentação saudável depende, em grande parte, de bons hábitos criados na infância. E o pão auxilia na criação desses hábitos, já que a criança não terá tanto costume de consumir biscoitos ou doces.
Para isso, existem diversas opções de pães que você pode incluir na alimentação infantil. Para escolher o tipo certo, deve-se considerar a idade da criança e se ela tem alguma restrição alimentar, como a doença celíaca.
Caso queira fugir do famoso pão branco, confira alguns tipos recomendados:
Tipos de pão mais recomendados
Pão de Centeio
O pão de centeio, como o nome diz, é feito da farinha de centeio, que é da mesma família da cevada e do trigo. Ele apresenta baixas quantidades de gordura e ótimas porcentagens de fibras e proteínas.
Justamente por ser rico nessas propriedades, deve ser oferecido com moderação para as crianças — até por ser mais difícil de digerir e poder sobrecarregar o trabalho do seu intestino e estômago.
Pão de milho
Essa é uma ótima opção se a criança tiver que evitar o consumo de glúten. Rico em fósforo, zinco, potássio, ferro e fibras, o pão de milho ainda tem vitaminas do complexo B.
Pão de aveia
O pão de aveia é rico em beta-glucana e retarda a quebra de moléculas de glicose, o que lhe garante um índice glicêmico menor, ajudando a prevenir a diabetes. Ele também é rico em minerais e proteínas.
Pão de linhaça
A linhaça é uma grande fonte de ômega 3, que é muito importante na alimentação infantil e feminina. Além disso, seu pão é rico em gorduras boas, fibras e nutrientes. Isso garantirá, com certeza, muita energia para a criança.
Pão integral
É preciso quebrar a ideia de que pão integral é ruim — muito pelo contrário, ele pode ser muito gostoso e agradar até as crianças que têm um paladar mais seletivo.
Esse tipo de pão é uma ótima fonte de energia, mantendo a sensação de saciedade por mais tempo, o que já ajuda na redução de peso. Aliado a isso, ele apresenta menor teor de açúcares e gordura.
Pão feito com fermento natural
O fermento natural é produzido a partir de leveduras e lactobacilos, que evitam que bactérias indesejadas se desenvolvam naquele meio. Assim, pães produzidos com esse tipo de fermento têm menor índice glicêmico, são digeridos mais facilmente, e oferecem diversos nutrientes, além de poderem ser guardados por mais tempo.
Torradas
Sobrou pão? Ele ficou um pouco duro ou seco? Nada de jogá-lo fora! Use-o para fazer deliciosas torradas, ainda melhor se forem de pães integrais. Afinal, além de aproveitar as sobras de pães, essa é uma forma diferente de consumi-los.
As torradas podem ser acompanhadas por chás, o que tornará mais fácil incluí-las na alimentação infantil.
Faça pão em casa
Com as facilidades de encontrar produtos industrializados, o hábito de fazer pão em casa tem se perdido para o de comprar e se alimentar fora do lar. Contudo, essa é uma prática saudável, econômica e que pode ser bem divertida para as crianças.
É possível controlar a adição de açúcar e sódio, além de escolher a qualidade dos produtos. E incluir as crianças nessa atividade fará com que tenham mais interesse em consumir pães, já que estarão envolvidas em todo o seu processo de preparo.
Para deixar tudo ainda mais divertido, deixe-as misturar os ingredientes e colocar a mão na massa. Explique os ingredientes e para que serve cada um deles. Procure, também, fazer os pães em formas divertidas, como em formato de bichinhos ou deixando a criatividade dos pequenos fluir.
A importância do café da manhã
Você já deve ter ouvido que o café da manhã é a refeição mais importante do dia, certo? Pois essa afirmação vale também para a alimentação infantil. Afinal, é nessa refeição que adquirimos grande parte da nossa fonte de energia para o dia, principalmente no carboidrato encontrado nos pães.
O café da manhã é fundamental para o desenvolvimento das crianças — inclusive para que tenham bons rendimentos escolares, pois garante substâncias essenciais para a aprendizagem. Sendo assim, ele não pode se resumir a frutas ou leite. Deve ser o mais completo possível, o que inclui pães, leite e seus derivados, e cereais.
Enfim, como vimos, a inclusão de pães na alimentação infantil garante ótimos hábitos alimentares no futuro, e ainda mantém a nutrição das crianças nas diversas etapas do seu crescimento. Para garantir isso, não se esqueça de escolher pães nutritivos e saudáveis!
Então, gostou do nosso post? Agora, se você está buscando por alimentos e ideias para agradar o público infantil, aproveite para ler também estas dicas simples de alimentação para a garotada!
É da área da panificação e precisa se manter atualizado sobre o assunto? Então, acompanhe este post e fique por dentro!
Assim como todas as áreas do mercado têm introduzido inovações e novas tecnologias em seus processos, a panificação não fica para trás. A tecnologia na panificação engloba também novos modelos de trabalho e reinvenção da produção.
Para isso, têm surgido novas máquinas, equipamentos, recursos e práticas, com a finalidade de aumentar a produtividade e diminuir o tempo de produção, para, assim, alavancar as vendas, chamar a atenção dos consumidores e sair na frente da concorrência.
Com isso, preparamos um miniguia para você de como a panificação e a padaria estão mudando com as novas tecnologias. Confira:
O futuro da padaria
Você sabia que o seu pão de cada dia tem cerca de 12 mil anos de história?
Para entendermos melhor as inovações e como será o futuro da padaria, vamos fazer uma breve recapitulação do seu surgimento.
De acordo com estudos e resquícios encontrados em 2002, uma equipe descobriu restos do que seria uma espécie de padaria no Egito. Foram descobertos utensílios e ferramentas para o crescimento da massa. E esses achados podem datar de até 30 mil anos atrás.
Entretanto, a receita do pão que conhecemos hoje difere bastante das primeiras usadas nas padarias. Os pães eram mais secos e duros, e a farinha era misturada com um fruto do carvalho, que, por ser muito amargo, precisava ser lavado diversas vezes antes de ser consumido.
O segundo povo que mais influenciou as padarias como conhecemos hoje foram os romanos. Como eram detentores de um vasto império, tinham mais de 70 receitas adquiridas por meio dos gregos.
Após muitas mudanças e histórias, a Itália começou a lançar técnicas e tecnologias na panificação. No Brasil, em meados de 1835, foi inventada a famosa receita do pão francês, que, apesar de levar esse nome, é brasileira.
Agora, vamos ao futuro?
Apesar de a primeira coisa que nos vem à cabeça quando pensamos em padaria ser o pão, há muito tempo que não é só ele que encontramos. Atualmente, as padarias oferecem serviços de confeitaria, cafeteria, sanduicheria e até mesmo happy hours — sem nos esquecermos das padarias gourmet e industriais. Essa mudança e aumento em serviços disponibilizados se dá em função da crescente necessidade dos consumidores.
Sendo assim, as formas de trabalho também sofreram melhorias, pois, antigamente, o único trabalho que o padeiro tinha era entender sobre a massa, ter força e habilidade manual.
Contudo, com a evolução e as necessidades, passaram a ser exigidos, além da prática, preocupação com a segurança, com a saúde e limpeza. Isso é devido à crescente preocupação dos clientes com a higiene e questões alimentares antes de optarem por entrar e comprar em algum estabelecimento.
A tecnologia da panificação, assim como o seu futuro, prevê novos formatos de lojas. Sendo assim, são esperados quatro novos tipos de lojas.
A primeira delas é a butique de pão, ou boulangerie. Esse tipo de estabelecimento terá um público-alvo muito específico e exigente. Para isso, serão comercializados produtos de alta qualidade com processos especiais de fermentação que, como consequência, terão um alto valor agregado.
Outro formato esperado para o futuro são as padarias gourmet, um tipo de comércio em que você poderá encontrar produtos de conveniência, serviços de fast-food e café, pizza, vinhos e até mesmo hortifrúti.
Como terceiro modelo de padaria do futuro, temos estabelecimentos menores (de 100 m² a 300 m²) em que o principal serviço será a comida a quilo e uma gama de opções de pães. Apesar de disponibilizarem outros produtos, como os de conveniência, isso se dará em menor escala, pois esse não é o foco desse tipo de loja.
Há, ainda, um outro formato de loja, com menos de 100 m², cujos produtos serão congelados, disponibilizados por grandes indústrias, ou seja, esse tipo não se responsabilizará pela produção de pães. Esse modelo ainda não existe no Brasil, mas, com os avanços e as novas carências do mercado e dos consumidores, ele se tornará necessário.
O congelamento de pães já é uma prática muito usada para o abastecimento, mas tende a crescer, justamente pela facilidade, redução de custos e melhor administração de estoque. Com isso, aumentarão também as parcerias das padarias com as indústrias de matéria-prima e de distribuição.
A padaria 2.0
As padarias estão, cada vez mais, deixando de ser somente lojas que vendem pães, biscoito, bolos e serviços de café da manhã. Estão se tornando verdadeiros centros de gastronomia e mercados que estão prontos para atender seus clientes, seja dia ou seja noite.
Sendo assim, com a crescente exigência dos consumidores, principalmente devido às altas do custo de vida e do preço dos produtos, as confeitarias e panificadoras têm se preocupado muito em oferecer um ambiente completo e aconchegante para os seus consumidores.
Para acompanhar as novas necessidades dos clientes, é questão de sobrevivência se adequar e renovar os seus produtos, serviços e processos. Afinal, as padarias não sobrevivem mais só do pão.
Assim sendo, a preocupação de reduzir custos e aumentar as vendas deve estar aliada às novas tecnologias e necessidades dos clientes. Estabelecimentos que não seguem essa escala evolutiva em seus serviços tendem a ter o seu espaço dominado pelos concorrentes mais antenados.
Existe sempre espaço para inovar, usar a criatividade e, assim, alavancar o seu negócio. Para isso, vamos abordar, a seguir, as principais inovações na tecnologia na panificação, assim como as novidades desse mercado essencial. Confira:
Produtos
Como já dito, as padarias têm vivido do chamado “multicomércio”, ou seja, disponibilizam serviços de almoço e jantar, comercializam produtos de varejo e até mesmo oferecem bufê.
Outro exemplo? Certamente você deve conhecer alguma padaria que funcione 24 horas, não é mesmo?
Dessa forma, “diversificação” tem a sido a palavra-chave do sucesso da área da panificação. Com isso, algumas estratégias têm se tornado necessidade, e não mais uma opção de diferencial.
O aumento da preocupação das pessoas com a saúde afeta diretamente os estabelecimentos alimentícios. Os consumidores estão, cada vez mais, preocupados em ter uma alimentação que seja saudável, sempre de olho na tabela nutritiva do que comem.
Isso inclui alimentos sem conservantes nem processos químicos, o mais naturais possível e que contenham grãos e cereais integrais, assim como os reduzidos em gorduras, açúcar e sódio.
Atente também para sua gama de produtos, pois há pessoas com necessidades específicas — as que não podem consumir produtos com glúten ou lactose e açúcar, por exemplo.
Embalagens
A tecnologia na panificação e as inovações desse mercado não param por aí! As embalagens também vêm mudando de acordo com as necessidades tanto do meio ambiente quanto dos consumidores.
As embalagens são o primeiro contato que temos com um produto ou alimento, não é mesmo? Sendo assim, essa “capa” influencia fortemente o valor comercial do que está sendo oferecido ao consumidor, assim como na decisão de compra dele.
Com isso, já podem ser encontradas diversas embalagens comestíveis, como xícaras de café ou sorvete feitas de chocolate. Assim, é agregado mais valor a um simples cafezinho de padaria, além, é claro, de conquistar os corações dos clientes amantes do chocolate.
Tanto o plástico quanto as embalagens renováveis estão sendo, cada vez mais, alvo de estudos. Isso se dá devido à crescente preocupação de muitas pessoas em relação ao desgaste e impacto ambiental que embalagens não recicláveis vêm causando.
Dessa forma, o leite vendido nas padarias e setores da panificação também tem passado por inovações. As tradicionais caixas cartonadas da indústria láctea surgiram com a ultrapasteurização, pois, com essas embalagens, é possível conservar e distribuir a grandes distâncias o leite de cada dia.
O que queremos dizer com isso? Com as mudanças e evoluções alimentícias, as embalagens, consequentemente, também mudam, assim como, antes, a maioria das garrafas era de vidro e passou a ser de PET.
Embalagens com informações completas, mais fáceis de abrir e, principalmente, mais chamativas têm sido a preferência dos clientes.
A preocupação com os processos que influenciam na escolha e compra de um produto passa por sua fabricação, formato, design e cor. Entretanto, o cuidado e a responsabilidade também partem das indústrias de embalagens. A razão disso se deve ao fato de que, antes, as embalagens devem conquistar os empresários, donos de padarias, panificação e comércio em geral.
Dessa maneira, as estratégias vão desde o formato até o tamanho. Um exemplo? Você sabia que as embalagens de manteiga e leite, por exemplo, são quadradas para facilitar o empilhamento, pois, assim, cabem em mais quantidade nas prateleiras?
Sabia que as embalagens de leite estão vindo com dosador do tipo garrafa, com o intuito de facilitar o manuseio do consumidor final? O mesmo processo pode ser visto em relação às informações nutritivas, que vêm cada vez mais explícitas nas embalagens, para, assim, conquistar o cliente antes mesmo de ele consumir o produto.
Já as embalagens dos pães e produtos da panificação também têm evoluído do simples e tradicional saco de papel. Embalagens artesanais, que passam a ideia de ter dado mais trabalho e de mais cuidado ao serem feitas, têm ganhado espaço nas prateleiras.
Para isso, são usadas caixinhas com amarrações em barbantes, laços e decorações que lembram as receitas da vovó — e até mesmo as embalagens personalizadas.
Processos e equipamentos
Nos primórdios, o fogão a lenha que era usado para assar os pães. Eram colocados pedaços de madeira e tocos para fazerem o fogo. Esses fogões eram fechados na frente e feitos de barro, para, assim, conservarem todo o calor dentro deles. As fornadas de pães, bolos e biscoitos saíam e faziam a alegria dos clientes.
Com as evoluções e tecnologias da panificação, foram aparecendo fornos a gás que comportavam cada vez mais pães por produção, e os alimentos assados neles saíam com mais rapidez, aumentando, assim, a produção e diminuindo o tempo.
Com a procura por melhorias na produção, redução de tempo e aumento de produção, foram desenvolvidos os fornos elétricos.
Entretanto, não foram somente os fornos que passaram por melhorias e inovações. Os maquinários utilizados nos processos também, e, consequentemente, a forma de trabalho e os processos mudaram.
Você deve se lembrar de quando tudo era feito manualmente, com a força do padeiro e habilidade manual. Desde a mistura dos ingredientes até a sova da massa e a modelagem. Depois foram surgindo os liquidificadores, batedeiras, estufas e refrigeradores.
Dessa forma, foi possível melhorar a segurança, rapidez, qualidade e agilidade em todas as etapas dos processos. Contudo, essas mudanças não acarretaram benefícios somente para as formas de trabalho, também diminuíram custos de toda a produção.
Esses novos equipamentos, além de serem mais práticos e modernos, são capazes de diminuir os custos com gás, energia e água, já que, quanto mais velhos e antigos os equipamentos, mais gastos eles trarão, pois haverá a necessidade de realizar muitas manutenções.
Com isso, a importância da nova tecnologia na panificação também está relacionada ao baixo consumo de energia e a uma maior facilidade de operação e produção.
Sustentabilidade
Sustentabilidade é o termo usado para caracterizar as atividades, atitudes e ações que têm como objetivo atender às necessidades humanas sem prejudicar o meio ambiente, para, desse modo, preservar as condições para as futuras gerações.
Com isso, é fato que empresas que apresentam crescente e constante preocupação com a sustentabilidade e com o meio ambiente estão sendo a preferência na escolha dos clientes. São as chamadas “empresas verdes”.
Sendo assim, a consciência sustentável e ambiental começa nos processos e vai até a entrega para o cliente. A tarefa de causar menos impacto, produzindo menos lixo, consumindo menos água e energia e disponibilizando materiais e embalagens recicláveis ou biodegradáveis, passa por práticas até simples, como as listadas, mas que mostram ao consumidor o nível de responsabilidade da empresa em relação ao meio ambiente.
As inovações tecnológicas na panificação e nas empresas, em geral, além das melhorias nos processos e equipamentos, como já citado, buscam também realizar práticas sustentáveis e ecologicamente corretas.
Com isso, além dos aspectos ambientais, estão inclusos os culturais e sociais e um conjunto de ações econômicas.
Dessa forma, a adesão a práticas sustentáveis acarreta benefícios para o bolso do empreendedor, já que, evitando o desperdício e fazendo o uso racional dos recursos, conquista-se economia de insumos e tempo e, consequentemente, uma redução de custos.
Algumas práticas
As padarias, confeitarias, cafeterias e empresas alimentícias como um todo podem adotar algumas práticas na sua rotina. Como:
Descarte de resíduos
Os detritos e rejeitos orgânicos devem ser descartados de forma cuidadosa. Prefira embalagens que possam ser vedadas, para, dessa forma, evitar a proliferação de ratos e insetos, pois esses animais podem trazer contaminação e doenças ao seu estabelecimento e às pessoas que o frequentam.
Coleta seletiva
Fique atento e separe o plástico, o metal, o papel, orgânicos, o vidro e demais materiais que podem ser reciclados. Com isso, você evita que eles sejam descartados de forma incorreta no meio ambiente ou jogados na rua.
Reaproveitamento de água
Sabe a água que você usa para lavar alimentos ou higienizar embalagens que serão comercializadas no seu estabelecimento? Em vez de jogá-la fora, o que acha de reaproveitá-la nas privadas, por exemplo? Outra forma de fazer isso é construir sistemas que captem água da chuva ou que direcionem a água de pias e lavatórios para a privada ou baldes.
Lâmpadas fluorescentes ou de LED
Qual é o tipo de lâmpada das suas lojas? Opte pelas fluorescentes ou de LED, pois elas são consideravelmente mais econômicas e duram muito mais.
Freezers e geladeiras
Atente para a vedação dos freezers e geladeiras do seu estabelecimento, pois, quando não estão bem fechados, há um consumo maior de eletricidade, já que a geladeira precisa de mais energia para manter sua baixa temperatura.
Sacola plástica
Alguns supermercados, assim como padarias, já extinguiram a disponibilização de sacolinhas plásticas para que os clientes levem as compras. Para isso, você pode substituir as normais por sacolas biodegradáveis ou retornáveis. Alguns estabelecimentos fazem campanha para que os clientes tragam as suas sacolas no ato da compra, para, assim, incentivar a reutilização.
A adoção de práticas desse tipo na rotina do seu empreendimento garante que, em curto espaço de tempo, você comece a causar menos impacto ao meio ambiente e reduza consideravelmente os seus custos e gastos. Além de que, com essas ações, a sua empresa será cada vez mais bem-vista por seus clientes.
Design do ambiente
Quem nunca passou por alguma loja ou estabelecimento e teve vontade de entrar só porque ele era bonito e aconchegante?
Com isso, as inovações e tecnologias na panificação também passam pelo design do ambiente. Os empresários estão buscando, cada vez mais, ambientes e decorações mais iluminados, aconchegantes e bonitos. Afinal, não basta só colocar os equipamentos e algumas cadeiras, é preciso refletir sobre o espaço disponível e cuidar de cada detalhe.
A criação de ambientes específicos para serviços de padaria, áreas de mercado, almoço e café conquista os clientes. Para isso, procure montar espaços com mesas e cadeiras aconchegantes, bancadas organizadas e que chamem a atenção do consumidor.
Procure colocar cores que transmitam calma e elegância, combinando-as com os móveis e equipamentos que ficarão à vista. Aposte também em ambientes iluminados, pesquise pelos novos formatos de vitrines e balcões que estão em alta.
Com isso, procure montar ambientes com acomodações arejadas, pois as padarias já são, por natureza, locais quentes, devido ao grande volume de fornos e fogões.
Para sobreviver nesse mercado tão competitivo, é preciso se adequar com as novas tecnologias, para, então, poder conquistar cada vez mais clientes e o seu lugar no mercado. Dessa forma, preze por espaços inovadores e que proporcionam uma experiência de fácil acesso aos produtos.
Os equipamentos indispensáveis na nova padaria
Com os novos formatos e tecnologias na panificação, surge também a necessidade de novos equipamento para suprir as necessidades dos processos e novas demandas que surgem. Assim, foram aparecendo novos equipamentos, mas os antigos ainda são muito úteis.
Existem alguns equipamentos indispensáveis nesses novos formatos. Acompanhe os exemplos.
A amassadeira, ou masseira, é indispensável se a sua padaria for produzir os pães, em vez de comprá-los congelados. Esse equipamento é de cunho profissional e serve para sovar grandes quantidades de massa.
A batedeira planetária, apesar de já ser conhecida e encontrada, é indispensável nas novas padarias, pois pode ser usada para o preparo de diversas massas, especialmente de bolos, inclusive para trabalhos mais pesados quanto para os mais leves e simples.
Prefira os equipamentos feitos de aço inox. Esse material, apesar de ter um valor mais alto, preserva melhor os alimentos e é mais fácil de limpar e conservar, já que não permite que a ferrugem estrague o aparelho. Sem falar de sua elegância e beleza.
A modeladora é necessária também para as padarias que forem produzir alguns tipos de pão, já que essa máquina é usada para modelá-los.
As inovações e tecnologias na panificação passam também pela qualidade dos produtos e equipamentos. Por isso, é de extrema importância ficar atento a equipamentos como fornos industriais, freezers, fritadeiras e de armazenagem.
Para escolher e conhecer qual o forno ideal para o seu negócio e para as suas necessidades, você pode conferir este vídeo e tirar todas as suas dúvidas.
As câmaras de frio e freezers são indispensáveis para a conservação dos produtos, pois todo cuidado com alimentação é pouco. Esses equipamentos promovem a maior durabilidade desses produtos.
Para padarias ou indústrias que vão produzir os pães, será necessário adquirir estufas de fermentação. Com esse tipo de equipamento, você evita que a massa não cresça, pois ele fará sozinho todo o controle de temperatura e tempo, deixando, assim, o seu produto final com mais qualidade.
As novas tecnologias na panificação estão acompanhando a crescente necessidade e preocupação de seus consumidores em diversas questões. Com isso, não basta mais somente produzir ou vender um pãozinho, é preciso cuidado com cada processo e cada produto comercializado, desde a embalagem até a entrega para o cliente.
Então, o que você achou de saber mais sobre as novas necessidades dos consumidores e a tecnologia na panificação? Conte para a gente nos comentários!
Esse bolo/pão de banana não pode faltar no café. Sucesso desde o primeiro dia que servimos é bem simples de preparar.
Ingredientes
- 240 g farinha de trigo
- 1 colher de chá de bicabornato de sódio
- 1/4 colher de chá de sal marinho
- 1 ovo
- 225 g de açúcar
- 100g de óleo de canola
- 2 colheres de sopa de buttermilk ou leite
- 1/2 colher de chá de extrato de baunilha
- 3 bananas bem maduras amassadas
- 70g de chocolate meio amargo picado
- 40g de avelãs picadas
Modo de preparo
- Pré-aqueça o forno a 165ºC.
- Em uma tigela misture a farinha, bicarbonato de sódio e sal. Reserve.
- Em uma tigela maior, bata o ovo levemente e adicione o açúcar e óleo e misture até formar uma substância homogênea.
- Adicione os ingredientes secos e misture bem. A massa vai ficar bem seca e pesada. Não se preocupe, é assim mesmo.
- Acrescente o buttermilk ou leite, extrato de baunilha e as bananas amassadas. Misture delicadamente até incorporar.
- Adicione o chocolate picado e despeje a massa em uma forma para pão.
- Cubra com as avelãs picadas e leve ao forno por cerca de 60-75 minutos (confira regularmente após 1 hora).
- O bolo estará pronto quando ao inserir um palito o mesmo sair limpo.
- Espere esfriar e delicie-se!
Provavelmente você já deve imaginar que a importância do pão, na sociedade, é visível por meio da sua difusão em diferentes culturas, não é verdade? O alimento, que é uma herança de milhares de anos atrás, perdura no mundo até hoje e, inclusive, é cultuado como “o pão nosso de cada dia” por muitas religiões.
Com base nisso, resolvemos falar neste artigo sobre a importância do pão na mesa das pessoas e a sua presença constante em reuniões de famílias e amigos. É importante mencionar que o alimento é considerado o acompanhamento mais tradicional do cafezinho de todas as manhãs, além de ser compartilhado entre pessoas em diversos momentos e de diferentes formas. Se você ficou interessado, continue com a leitura para saber um pouco mais!
Qual é a história do pão?
Acredita-se que a história mais antiga do pão surgiu há milhares de anos a.C., quando o alimento era feito com faia triturada e glandes de carvalho. Para remover o amargor residual causado, a massa tinha que ser lavada em água fervente e depois levada ao sol para secar.
A história conta ainda que a farinha era utilizada em mingaus e sopas antes de ser introduzida como um ingrediente do pão. Depois, ela passou a ser usada junto com outros ingredientes, como mel, azeite, tâmaras e mosto de uva, transformando-se em um bolo, que foi o que posteriormente deu origem ao pão.
Relatos contam que os primeiros pães eram feitos de uma mistura a base de farinha de trigo dura e seca, há cerca de 6000 anos a.C., na Mesopotâmia, onde atualmente está situado o Iraque. Sua difusão ocorreu, em diversas civilizações da Antiguidade, em um período em que a agricultura se iniciava, já que o trigo era um dos cereais produzidos.
Já a fermentação foi criada por volta de 4000 a.C. pelos egípcios, oferecendo ao pão um aspecto mais similar ao que conhecemos hoje. Nesse período, ele era utilizado como moeda e até mesmo como forma de pagamento.
Ao longo da Idade Média, o alimento foi feito artesanalmente na própria casa dos camponeses. O resultado era um pãozinho de qualidade inferior, já que essa classe social tinha uma limitação de técnica e de produtos agrícolas, ao contrário dos senhores feudais, que consumiam o alimento de qualidade superior. Foi neste período que surgiu a figura do padeiro.
Como o alimento mudou ao longo da história?
A produção do pão ganhou um forte impulso com a Revolução Industrial. Nesta época, as terras para o cultivo do trigo aumentaram e surgiram os primeiros moinhos, que facilitavam a moagem dos cereais. O alimento, que era feito de água, farinha, sal e fermento, passou a ser produzido em larga escala, se disseminando, aos poucos, pelo mundo.
No Brasil, o pãozinho só passou a ser consumido em grande quantidade a partir do século XIX. Antes, o beiju e a farinha de mandioca que eram as bases da alimentação, mesmo os brasileiros conhecendo o pão desde a vinda dos colonizadores portugueses. A popularização e a grande produção ocorreu com a chegada dos italianos no século XX. A partir daí, a panificação se expandiu e o alimento passou a se tornar fundamental.
Com o passar do tempo e com a passagem por diferentes países e em várias culturas, diversas variações da tradicional receita do pão foram surgindo. Hoje, é possível encontrar tipos de pães com características distintas, tanto no sabor quanto na aparência.
Quais são os principais tipos de pães?
Como já mencionamos, surgiram diferentes tipos de pães com o passar dos anos. Confira quais são os principais!
Pão francês
Também chamado de pão branco e de pão de sal, o pão francês é feito basicamente de farinha de trigo, água, fermento biológico e sal. Algumas receitas também colocam um pouco de açúcar e de gordura na massa.
De origem francesa, esse é o pão mais comum no Brasil e popularmente é servido fresco (com ou sem recheio) ou na chapa com manteiga, queijo ou requeijão. Além disso, ele é considerado um acompanhamento indispensável no tradicional cafezinho da manhã.
Baguete
Também de origem francesa, a baguete é um pãozinho mais comprido feito de farinha de trigo, água, fermento biológico, sal, açúcar e gergelim. Também existem variações da receita que acrescentam outros tipos de farinha, queijo e grãos na massa. Normalmente, ela é utilizada fatiada (como torradas ou bases de bruschettas) ou na elaboração de sanduíches.
Pão italiano
De origem italiana e formato arredondado, o pão italiano geralmente é feito com farinha de trigo, água, açúcar, sal e fermento natural. Existem receitas que adicionam iogurte na massa. O resultado é um produto de casca crocante e dourada, mas com um miolo macio e muito aromático.
Pão de forma
Considerado uma variação do pão caseiro, o pão de forma possui origem egípcia e tem um formato bastante característico. Ele é feito com farinha de trigo, leite, ovos, fermento biológico, sal e açúcar. É bastante utilizado na elaboração de sanduíches e como torradas.
Pão de centeio
Feito com farinha de trigo, farinha de trigo integral, farinha de centeio, fermento biológico, açúcar mascavo, sal e elemento gorduroso (em geral, a manteiga), o pão de centeio é uma opção mais saudável de origem judaica. Com baixo teor de gordura e boa fonte de fibras, o pão de centeio é bastante indicado para dietas, desde que seja consumido com moderação.
Quais são as curiosidades sobre o alimento?
Por ser um alimento consumido em grande parte do mundo, existem histórias, mitos e curiosidades sobre ele. Algumas das principais curiosidades são:
- o pão mais popular na França é a baguete e não o pão francês;
- há relatos de que as primeiras padarias surgiram no antigo Egito;
- os pães, no antigo Egito, eram usados como forma de pagamento de salário;
- e o processo de fermentação existe desde o ano 4000 a.C..
É isso aí, agora que você já viu qual é a importância do pão e como ele mudou ao longo da história, não perca tempo e ofereça variedades desse produto em seu empreendimento. Lembre-se sempre de manter a qualidade de cada um deles para se tornar referência no mercado da panificação.
Você sabe de alguma outra curiosidade sobre os pães? Então comente aqui e deixe a nossa publicação ainda mais completa. Até mais!
A criação desta receita surgiu da vontade de fazer algo diferente, um pão doce que fugisse das combinações tradicionais de chocolate, doce de leite ou crème patissière.
Utilizamos uma massa doce tradicional para a confecção do Babka, mas mudamos o formato para roseta (também pode ser redondo) e misturamos na massa abacaxi e gengibre confitados.
Essa combinação proporcionou um pão doce refrescante que harmoniza perfeitamente com café, chá ou suco.
Uma dica é a utilização de pedaço não muito pequenos para que se tenha a sensação da mordida tanto no abacaxi, quanto no gengibre.
O alho negro é o alho in natura que, após passar por um processo de fermentação, é submetido a condições de temperatura contínua aproximada de 65°C e umidade controlada, ganhando novas e surpreendentes características de textura, sabor e odor. E sem o acréscimo de qualquer tipo de aditivo químico! Normalmente, são vendidos em potes com bulbos (“cabeças de alho”), em pastas e sem a casca.
Segue abaixo a receita deste delicioso pão com fermento natural que, agora, faz parte do workshop da Padoca do Alex.
Observações
Existem três maneiras de incluir o alho negro na massa:
Primeira – No fim da sova, quando o glúten já tiver sido desenvolvido;
Segunda – Nas dobras (as quatro que são feitas de 30’ em 30’);
Terceira – Na modelagem (essa é a forma que eu costumo fazer).
Não me esqueci do futuro.
Quando Ulisses chegar,
eu lhe darei o pão:
faremos juntos um sanduíche.
(Penélope padeira)
Ao longo da evolução humana, a mulher teve um papel expressivo nos destinos dos povos e das sociedades. Fontes históricas narram as mulheres exercendo funções laborais diversas, inclusive a arte de fazer o pão.
O pão – uma porção básica de farinha, água e sal – serve de alimento e, em consequência, é história, tradição, alquimia, indústria, política. Pois desde o cultivo dos cereais, passando pela colheita, moagem, panificação, até que o pão alcance nossas bocas, articula-se todo um mundo, passando por produtores, cooperativas, moinhos, fornos e… também mulheres.
Mulheres padeiras artesãs?
Antigamente, quando a padaria ainda não se havia industrializado, eram as nossas avós, mulheres, quem faziam o pão em casa, sem negligenciar o cuidado da casa e dos filhos. Nos últimos anos, no Brasil, vêm surgindo diversas iniciativas em torno da fabricação artesanal do pão. E são essas iniciativas que estão a inspirar as mulheres brasileiras para fazer pão de fermentação lenta e vendê-lo localmente, segundo uma ação individual, social e econômica centrada no Bem Viver, que valoriza estilos de vida que assegurem não só satisfação pessoal, mas também saúde com consciência ecológica.
Muitas dessas padeiras artesãs, com idades e experiências de vida distintas, começaram amassando pães para a família e amigos em casa, utilizando farinhas especiais e fermento natural. Animadas pelos resultados alcançados, puseram em marcha o negócio próprio com a perspectiva de produzir pão fazendo as pessoas felizes.
Metas, precauções, é óbvio que o exercício da panificação artesanal não é só alegria, satisfação. O trabalho de uma padeira artesanal é duro como tantas outras profissões. No entanto, essas padeiras procuram desenvolver seu ofício a partir de um ponto de vista criativo, mas sem perder os referenciais do bem-estar, da saúde, seguindo, com paciência e atenção, regras rígidas para o preparo das massas, destacando-se cada vez mais nos setores contemporâneos de panificação.
Algumas mulheres padeiras contam que a amizade com o filho do dono de uma padaria se tornou amor e, em consequência, nasceu a paixão pela fermentação natural, a arte de produzir lentamente o alimento. Outras narram experiências engraçadas sobre a vocação relacionada ao pão, sem evitar confessar que conciliar trabalho, casa e família às vezes é duro, especialmente quando são mães e têm filhos pequenos.
A vida de uma mulher padeira é distinta das outras vidas? Elas me respondem dizendo que é exatamente igual a qualquer outra vida. Entretanto, têm a oportunidade de pôr em marcha uma aposta apaixonante que está latente na massa madre como alma inevitável do processo, contribuindo, no bairro, na comunidade, com um pão de qualidade, cheio de tradição, que agrada e faz bem ao corpo, aos sentidos e à memória. São, sem dúvida, mulheres brasileiras ativas, que estão a criar bonitas histórias.
Atualmente, é possível encontrar diferentes tipos de chocolate no mercado. O produto, que é derivado do cacau, chegou a ser rejeitado inicialmente pelos europeus, mas hoje em dia está presente no cotidiano de um elevado número de pessoas — além de ser o protagonista em muitas receitas da panificação e da confeitaria e de fazer parte de muitas datas festivas, como a Páscoa e o Dia dos Namorados.
Com base nisso, vamos mostrar neste post quais são os principais tipos de chocolate, qual é a composição de cada um e ainda como utilizá-los de diferentes formas. Também vamos falar rapidamente sobre a sua história e como ele é produzido. Ficou interessado no assunto? Então continue a leitura deste artigo e saiba tudo sobre o extenso universo dos chocolates!
Afinal, como surgiu o chocolate?
Para mencionar o surgimento do chocolate, é elementar falar do seu fruto de origem: o cacau. De extremo valor para os povos maias e astecas, a fruta já era consumida como bebida antes mesmo dos europeus conhecerem o chocolate. Inclusive, ela teve uma forte influência nas civilizações e era utilizada como mercadorias e como moeda.
O primeiro contato dos europeus com o alimento, na chegada de Colombo e dos navegantes ao “novo mundo” não foi tão positiva. A fruta era pouco doce e muito amarga, e os povos locais ainda adicionavam ervas e especiarias na preparação da bebida.
Depois de muito tempo é que os conquistadores levaram o cacau para a Europa por meio de rotas de descobrimento no século XVI. Por um longo período, sua descoberta foi sigilosa, uma vez que a Espanha queria monopolizar a fruta. Vale mencionar que, nesse período, a bebida conhecida como chocolate era completamente diferente do que hoje conhecemos como chocolate.
Somente no início do século XVII é que o açúcar foi acrescentado na preparação da bebida, na Inglaterra e na França. A partir daí, aconteceram várias outras mudanças para que a receita da bebida se transformasse no atual chocolate.
Como ele é feito?
O chocolate é produzido por meio da extração das sementes do cacau, localizadas no interior da fruta. Também chamadas de grãos ou de amêndoas, essas sementes têm textura pastosa e cor clara, e assim que são retiradas, passam por um processo de fermentação por alguns dias (com temperatura e ambiente controlados). Essa etapa é feita para potencializar os aromas e os sabores.
Depois dessa fase, os grãos do cacau devem ser levados ao sol para secar e, posteriormente, devem ser limpos. A partir daí, inicia-se o procedimento de torra e, em seguida, de processamento.
As sementes precisam ser processadas até que a manteiga de cacau se derreta e se transforme em um licor de cacau, juntamente com o cacau em pó presente na composição. Na etapa final seguinte, o cacau e a manteiga são separados e utilizados na preparação dos diferentes tipos de chocolate.
Quais são os principais tipos de chocolate?
Nos dias atuais, existem quatro tipos principais de chocolate. Apesar de todos serem feitos a partir do cacau, as composições variam, assim como os sabores e os aromas. Confira agora quais são os principais.
Chocolate amargo
De cor escura e de sabor intenso e amargo, assim como o próprio nome já diz, o chocolate amargo, também chamado de chocolate puro, é constituído de sementes de cacau e pequenas quantidades de manteiga de cacau e de açúcar.
Entre todos os tipos de chocolate, esse é considerado o mais saudável, já que possui, no mínimo, 60% de cacau puro ou de sólidos de cacau. Além disso, ele possui quantidades significativamente menores de açúcar e de manteiga de cacau, o que o torna ainda mais benéfico para a saúde.
Chocolate meio amargo
Com cerca de 45% a 60% de cacau, o chocolate meio amargo também é composto de sementes de cacau, manteiga de cacau e açúcar. Comparado ao amargo, ele possui um pouco mais de açúcar, o que lhe confere um sabor mais suave e levemente doce. A cor do chocolate também é bastante escura, entretanto menos do que o amargo.
Chocolate ao leite
De sabor adocicado, cor marrom clara e textura cremosa, o chocolate ao leite é composto de quantidades inferiores a 45% de massa de cacau, juntamente com açúcar, manteiga de cacau e leite (natural ou em pó).
É um chocolate com mais quantidade de gordura e de açúcares. Por esse motivo, é a opção que mais agrada os paladares, em especial das crianças.
Chocolate branco
Com uma cor clara, textura macia e sabor doce, o chocolate branco usa em sua composição a manteiga de cacau junto com o açúcar e com o leite. Tecnicamente, ele não é considerado um chocolate, mas um doce com base de manteiga, uma vez que não leva a massa do cacau em sua preparação.
Além disso, quando comparado aos demais tipos, ele possui quantidades de gordura e de açúcar muito maiores, assim como o valor calórico.
Como usá-los na panificação?
O chocolate é um alimento superversátil e pode ser usado na elaboração de inúmeras receitas dentro da panificação e também da confeitaria. Confira agora algumas opções!
Pães
O cacau e o chocolate em pó, constituídos da massa de cacau (parte sólida da fruta), podem ser utilizados na elaboração de pães. Nesse caso, acrescenta-se o ingrediente na própria massa para homogeneizar com os demais ingredientes, como é o caso do pão australiano, do pão de cacau e do pão de chocolate com passas.
Pães recheados
O chocolate, dessa vez em barra ou em gotas, também pode ser usado em recheios de pães ou até mesmo picadinhos na própria massa, como ocorre com os chocotones. Outras opções são a babka de chocolate e as massas de croissant (massa folhada) recheadas com chocolate, mais especificamente chamadas de pain au chocolat.
Bolos
Outra opção é utilizar o chocolate em barra derretido, o cacau em pó ou o chocolate em pó para fazer bolos. As massas normalmente ficam escuras, e quanto maior a porcentagem de cacau, mais sabor e aroma de chocolate.
Coberturas
Ideais para utilizar em cima de tortas, bolos e até mesmo pães, as coberturas à base de chocolate, como o ganache (mistura de creme de leite e chocolate derretido) e o brigadeiro (feito com chocolate em barra, leite condensado e creme de leite) são outras ótimas sugestões para aproveitar esse incrível ingrediente.
Biscoitos
Os cookies, por exemplo, recebem ainda mais sabor, textura e aroma com a adição de chocolate em gotas em sua preparação. O chocolate derretido também pode ser usado para misturar na massa e fazer um biscoito próprio de chocolate.
Bombons
Por fim, mais uma ótima ideia é usar o chocolate para elaborar bombons e banhar trufas. Aqui é necessário derreter o chocolate, realizar alguma das técnicas de temperagem e rapidamente passá-lo no lugar desejado.
É válido mencionar ainda que a temperagem é um procedimento que reorganiza os cristais da manteiga de cacau, responsáveis por oferecer brilho e crocância ao produto. Eles perdem a estabilidade ao serem levados a altas temperaturas, ou seja, ao serem derretidos.
Para que o resultado final seja satisfatório, o procedimento (que consiste em mudar a temperatura do chocolate de acordo com o seu tipo) deve acontecer por meio de banho maria invertido, pedra ou proporção.
Pronto! Agora que você já viu quais são os principais tipos de chocolate e sabe com usá-los na panificação e na confeitaria, não perca tempo e aproveite as nossas dicas! É interessante ressaltar que esse ingrediente é muito versátil e pode ser usado como base de sabor de muitas outras receitas, como sorvetes, mousses e cremes para recheios de tortas.
Gostou do artigo? Então curta a nossa página no Facebook, siga o nosso Instagram e inscreva-se no nosso canal do YouTube para ficar por dentro de muitos outros assuntos como esse. Até mais!
Provavelmente você já deve ter ouvido falar sobre o pão ciabatta, não é verdade? De origem italiana, o alimento é caracterizado por seu aspecto rústico, pela casca crocante, pelo miolo cheio de buracos e pelo formato irregular. É uma receita simples, entretanto, cheia de sabor e muito versátil, já que pode ser utilizada na elaboração de outros pratos, tanto como um acompanhamento quanto como um item principal.
Pensando nisso, resolvemos desenvolver mais sobre o assunto e mostrar neste post as principais informações sobre o pão ciabatta. Vamos falar sobre a sua origem, a tradição que o envolve, as principais curiosidades e ainda como o alimento pode ser servido. Se você ficou interessado, continue com esta leitura e saiba muito mais!
Afinal, qual é a história do pão ciabatta?
Ao mencionar a história do pão, falamos de milhares de anos atrás, passando pela Pré-Mesopotâmia com o pão ázimo, pelo Antigo Egito com os pães fermentados, até as receitas e as variedades da panificação que são conhecidas na atualidade.
O mesmo acontece com a história da ciabatta. Apesar de a sua origem exata ser desconhecida, conta-se que a sua propagação ocorreu com os Monges Franciscanos há 800 anos.
Francisco de Assis, o seu fundador, era filho de um comerciante. Ele tinha o intuito de reconstruir, na época, a igreja e para isso alimentava os trabalhadores com o pão tradicional do período, chamado Moccia, e com vinho, além de realizar mutirões para arrecadar insumos e materiais para a obra.
Nesse tempo, o pão era produzido com uma farinha de qualidade inferior e tinha uma massa bem mole. Ela era fermentada em um cocho, depois porcionada em pedaços e, em seguida, assada em um forno de pedra lisa. Devido ao fato de a massa escorrer antes de ficar completamente assada, os pãezinhos saíam com um aspecto achatado.
Quando a reforma terminou, Francisco passou a ter seguidores (amigos e trabalhadores da igreja). A partir de então, a sua missão era alimentar quem tinha fome e, para que as massas de pães rendessem, ele passou a adicionar maiores quantidades de água. O resultado foi a formação de uma diferente receita para a época e bastante similar ao que, hoje em dia, chamamos de ciabatta.
Quais são as curiosidades sobre esse pãozinho rústico?
Com um sabor e com um aspecto diferente dos tradicionais pães, como o pão francês e o pão italiano, a ciabatta apresenta algumas particularidades que o torna ainda mais interessante. Veja agora algumas das suas principais curiosidades!
1. Ciabatta, em português, significa chinelo
Ciabatta é uma palavra italiana. Em português, é traduzida para “chinelo” ou “pantufa” e em inglês para “slipper”. Não se sabe ao certo se o nome foi dado ao pão devido ao fato de o seu formato ser semelhante ao de um chinelo ou devido aos Frades Franciscanos, no século XIII, serem conhecidos como “Fratti di Ciabatti” na Itália, ou seja, frades de sandálias.
É válido falar ainda que as sandálias na época eram feitas com tiras de tecido e de couro e eram chamadas de ciabatta. No período, devido à fabricação do pão, houve o surgimento da expressão “Il Pane dei Fratti Ciabatti”. Posteriormente, passou para “Il Pane Ciabatti”. No português, “o pão ciabatta”.
2. O pão apresenta grandes buracos
Ao se cortar uma ciabatta, é possível identificar um aspecto esburacado no miolo do pão. Isso ocorre porque, em sua preparação original, utiliza-se o que os padeiros chamam de biga, que é nada mais do que uma massa mãe firme, composta de farinha, água e leveduras.
De origem italiana, esse método garante uma maior fermentação. O resultado é a formação, em grandes quantidades, de gases no interior do pão, que provoca os tão tradicionais buracos no miolo.
3. Utiliza-se o método indireto na preparação da ciabatta
Como a preparação da ciabatta leva a biga, o método utilizado é chamado de indireto, assim como ocorre quando utiliza-se a esponja (pré-fermento feito rapidamente com água, farinha e a levedura). O método direto é caracterizado por não utilizar etapas prévias de fermentação, ou seja, as leveduras são adicionadas diretamente na massa.
Como servir uma ciabatta?
Riquíssima em sabores, aromas e texturas, a ciabatta com suas tradicionais características (casca fina, crocante e um miolo úmido e aberto, com vários buraquinhos) pode ser servida de inúmeras formas. Veja algumas opções!
Na substituição do pão de hambúrguer
Com um sabor bem mais marcante, a ciabatta oferece novas texturas e aromas ao hambúrguer. Para preparar, basta substituir o tradicional pão de hambúrguer pela ciabatta cortada ao meio e selada em uma chapa com manteiga.
Monte o lanche assim como o método convencional: molhos (maionese temperada e ketchup, por exemplo), bife de hambúrguer de carne ou vegetariano, queijo, salada e demais acompanhamentos, como cebolas caramelizadas e picles.
Na elaboração de sanduíches
Além de ser utilizado em hambúrgueres, esse pãozinho também fica incrível na elaboração de outros tipos de sanduíches. Ciabatta com frango, salmão defumado, embutidos (como peito de peru, parma, salaminho e copa lombo), saladas, queijos e rosbife são algumas sugestões.
Como aperitivos e entradas
Cortar a ciabatta em fatias, torrá-las levemente e servi-las como aperitivos também é uma ideia. Utilize patês (de ervas, de frango, de alcaparras e de tomate seco, por exemplo) e azeite aromatizados para oferecer ainda mais sabor ao aperitivo.
Já para transformar em entradas, é válido usá-las como base de bruschettas. Por cima, é possível colocar caponatas, tomate, alho e manjericão (tradicional bruschetta), brie com geleia de damasco, parma com figos e mel e gorgonzola com fatias de pera.
Como acompanhamentos
Por fim, mais uma sugestão é cortar a ciabatta em fatias para acompanhar sopas, cremes, caldos, vegetais cozidos ou ensopados de carne, por exemplo. O pão entra como um carboidrato e, por isso, é uma ótima opção para substituir os convencionais acompanhamentos, como arroz e batata.
Pronto! Agora que você já sabe tudo sobre o delicioso e rústico pão ciabatta, que tal aproveitar a sua versatilidade e colocar em seu empreendimento da panificação? Não se esqueça de que é um pão extremamente saboroso, rico em aromas e textura!
Se gostou deste artigo, veja mais informações sobre a ciabatta, incluindo um pouco mais sobre as suas características e o modo como ela é preparada. Até mais!
Massa Madre completou 2 anos. Estamos muito felizes! Para celebrar nosso aniversário, apresentamos um site totalmente reformulado, com receitas e artigos, sem perder de vista os propósitos de clareza e seriedade.
O novo Massa Madre está mais bonito, tem mais conteúdo e, o mais importante, continua sendo de graça.
Por trás da nova gestão e com o objetivo de crescer em qualidade e conteúdo, temos:
Marcio Duarte
Diretor Executivo da Ramalhos Brasil, está no Brasil há 6 anos. Ao criar o Massa Madre, Marcio Duarte inovou ao oferecer, ao mercado e à indústria do segmento, conhecimento e informação testados por profissionais do universo da panificação e confeitaria, disponibilizando-os através da rede.
Marcos Pickina
Padeiro e consultor, defensor da fermentação lenta, de pães feitos com qualidade, Marcos Pickina nasceu no Paraná. Graças à advocacia internacional, descobriu as tradições da panificação e promoveu sua formação como padeiro em escolas do setor na Europa. Consultor e chefe de panificação da Ramalhos Brasil, dedica-se com afinco à arte da panificação e é, hoje, o responsável por toda a gestão do Massa Madre.
Se tem uma coisa que não pode faltar na mesa de um mineiro é o queijo! É uma combinação perfeita o pão mais o queijo. Para isso, selecione um bom queijo artesanal, de preferência da região da Serra da Canastra e adicione a massa do pão. Resultado: um pão delicioso para acompanhar um cafezinho!
O recheio de cenoura com chocolate está entre os preferidos das crianças, para agradar os pequenos. O cupcake de cenoura com chocolate cremoso e cobertura de ganache sem glúten e sem lácteos, uma ótima opção para o lanchinho da tarde.
A receita foi desenvolvida exclusivamente para as crianças alérgicas e intolerantes, sendo também uma opção saudável para quem preza por uma alimentação de qualidade. Dentre seus ingredientes, destaque para as cenouras orgânicas, o óleo de coco orgânico, chocolate belga e a ganache feita com leite vegetal. Esses ingredientes oferecem diversos benefícios à saúde e são ricos em betacaroteno, potássio, magnésio, ferro, zinco e vitaminas do complexo B.
Crianças amam doces e alimentos industrializados — isso é um fato. E, para agradar aos filhos, os pais acabam cedendo e permitindo que os pequenos comam o que quiserem. No entanto, é extremamente importante que a alimentação infantil seja saudável e regulada.
Mas como fazer uma criança comer verduras e legumes? É, não é fácil. Afinal, a alimentação saudável é sempre relacionada a comidas sem graça.
Mas saiba que não precisa ser assim. Por isso mesmo, trouxemos dicas gostosas e muito nutritivas para melhorar a alimentação infantil de seu filho de uma maneira divertida e dinâmica.
Quer conferir nossas 5 ideias para o lanche da garotada? Continue lendo este artigo!
1. Saladas coloridas
Já ouviu a frase “comer com os olhos”? Pois é. Antes mesmo de o alimento entrar em contato com nossa boca, já o estamos devorando. Se a apresentação do prato é bonita e convidativa, temos muito mais vontade de degustá-lo, não é mesmo? E esse conceito é ainda mais forte na criança, que é naturalmente curiosa e está sempre olhando para tudo.
Por isso, ao fazer uma salada, não deixe nada muito sem graça, pois seu filho não se interessará. Aposte em uma apresentação divertida, lúdica e repleta de cores. Até porque, quanto mais a salada é colorida, mais nutritiva ela se torna.
As fatias de tomate, ricas em licopeno, além de ajudarem na prevenção de doenças como o câncer, podem virar o rosto de uma engraçada criatura, por exemplo. Já as folhas verdes, como as da alface e do espinafre, que auxiliam no fortalecimento dos ossos e ajudam na saúde dos olhos, podem se transformar em cabelos.
Além disso, cenouras, ovos e palmito podem terminar de compor a salada, junto com o tempero. Por falar nisso, atente sempre à quantidade de sal! Para ficar ainda mais divertido, que tal chamar o pequeno para ajudá-lo na preparação?
2. Torradas de pães artesanais
Outra dica versátil e de fácil preparo são as torradinhas. Sabe aquele pão artesanal ou integral que sobrou do café da manhã? Você pode aproveitá-lo muito bem, cortando-o em pequenos pedaços.
Para deixá-los mais criativos, corte-os em formatos diferentes, como estrelas, corações, triângulos, círculos e meia-lua. Para tanto, você pode utilizar cortadores próprios ou até utensílios domésticos, como copos e xícaras. Depois de cortadas, é só rechear as torradas ao seu modo.
Para o recheio, as possibilidades são as mais variadas possíveis. Que tal um antepasto de berinjela? O legume roxo, além de ser fonte de vitaminas e prevenir doenças, é colorido o bastante para chamar a atenção da garotada.
Para diversificar, além de torradas recheadas com o antepasto, que tal fazer um patê de ricota com espinafre? Rico em cálcio e ferro, essa verdura auxilia na prevenção da anemia e é importantíssima para o sistema nervoso.
3. Sanduíches saudáveis
Outra dica para o lanche do seu filho é trocar os salgadinhos industrializados por sanduíches naturais. As opções de sabores e combinações são diversas! Para montá-los, use sempre pães integrais ou pretos.
Lembre-se de que a massa do pão integral é muito mais rica em fibra do que a do pão branco. Além disso, o pão integral tem menos açúcar e gordura, o que traz incontáveis benefícios para o corpo da criança.
Para o recheio, a escolha dos ingredientes é essencial. Para ser uma refeição, é necessário ter, pelo menos, duas fontes de proteína, como queijo e peito de peru, e duas verduras ou legumes, como alface, tomate e cenoura.
Não se esqueça da apresentação do prato — nada de apenas juntar tudo! Para deixar o lanche mais convidativo, corte o pão em formatos diferentes, como corações e estrelas, ou faça buracos no pão de cima, assim o recheio colorido aparecerá e chamará mais a atenção da meninada.
4. Espetinhos de frutas
Na hora da sobremesa, que tal substituir os doces pelas frutas? Uma dica é inovar a popular salada de frutas. Em vez de colocá-las em potes, espete-as em palitos. Aqui, é preciso ter cuidado e ficar de olho para que a criança não se machuque. Se preferir, use palitos de plástico ou coloque proteções de silicone nas pontas dos palitos.
Para a preparação dos espetinhos, você pode usar diversas frutas. É interessante diversificar conforme as vitaminas e os minerais de cada uma.
O abacaxi, por exemplo, além de ser bem docinho, é uma rica fonte de vitamina C e betacaroteno, que contribuem para uma pele saudável e protegem a visão. Há, ainda, opções como:
- a maçã, que contém vitaminas B1, B2 e B3, auxiliando no crescimento;
- o melão, que evita a desidratação e aumenta a imunidade do organismo
- a uva, que melhora a digestão e é uma aliada na manutenção da saúde cerebral.
5. Picolés de frutas
Além dos espetinhos, as frutas podem ser usadas de forma mais refrescante. Os picolés caseiros são uma boa pedida para o verão e podem ser incorporados ao cardápio dos pequenos nessa época de calor, pois têm menos açúcar do que as iguarias industrializadas.
Uma ótima opção é o picolé de pedaços de frutas, bem simples de fazer. Basta cortar, em pequenos pedaços, frutas como:
- o morango, que ajuda a combater inflamações;
- o kiwi, fonte de magnésio que ajuda no fortalecimento dos músculos e ossos;
- a manga, cuja alta concentração de fibras ajuda a regular o intestino do pequeno.
Depois de colocar os pedaços de manga, kiwi e morango nas forminhas de picolé, basta cobri-los com água de coco, fonte de proteínas e fibras que ajuda na hidratação do corpo e no combate a doenças.
Com um pouco de esforço e criatividade, a alimentação infantil pode ser bonita, gostosa e, mais importante do que tudo isso, saudável. Comer doces e salgadinhos é gostoso? Claro que é! Mas o que não passa de um simples agrado hoje pode se tornar um vilão para a saúde de seus filhos amanhã.
Por isso, incorpore, cada vez mais, legumes, verduras e frutas no cardápio do pequeno. Assim, você contribuirá para seu crescimento e a manutenção de seus hábitos saudáveis.
Gostou de nossas dicas sobre alimentação infantil? Então, não se esqueça de deixar seu comentário neste post e dividir conosco (e com os demais leitores) suas opiniões sobre o assunto!
Meus dias são corridos. Muitas vezes tiro meu tempo para escrever para o blog dentro de um Uber ou Cabify. Acho que isso chama atenção dos motoristas, afinal, a maioria dos passageiros só quer saber de colocar os pés para cima do banco e ir escutando seu fone de ouvido de uma ponta a outra do trajeto. O que levaria, então, um passageiro a abrir o laptop no banco de trás, conectar no hotspot do celular e ir trabalhando em um trajeto de apenas 15 minutos?
“Você usa muito aplicativo?” – Normalmente é a primeira pergunta que vem por parte do motorista.
“Sim, muito mesmo!” – Respondo enquanto continuo trabalhando.
“Trabalha com o que?” – Ele retorna.
“Eu ajudo empreendedores a montarem seus negócios de alimentação de forma segura, produtiva e rentável. Sou Engenheiro de Alimentos e consultor.” – É sempre bom estar com o seu pitch em dia.
DICA: PITCH é um discurso rápido e impactante de apresentação de sua empresa ou trabalho. Nele, os primeiros 10 segundos são fundamentais para chamar a atenção do seu ouvinte.
“Poxa, que legal! Esse mercado de alimentação é bom né: NÃO TEM CRISE! TODO MUNDO PRECISA COMER!”
Nessa hora eu paro de trabalhar. A minha mente não consegue mais prestar atenção em duas coisas ao mesmo tempo. Começo a imaginar como é que aquele motorista que trabalha 12 horas por dia, no mínimo, sem a menor previsibilidade de estar perto ou longe de casa, escolhe as suas refeições.
Imagino ele entrando na primeira padaria que vê:
– O senhor aceita um cardápio? – diz o atendente
Ele muito seguro de si diz:
– Não precisa. Eu já sei o que vou querer.
– Pois não, senhor. Pode falar.
– Eu quero qualquer coisa… só preciso comer. Pode custar qualquer preço, ter qualquer qualidade, ser bem ou mal servido, faça o que você quiser, mas me traga comida.
Mais ou menos nessa hora eu “acordo” e muitas vezes me deparo com o mesmo motorista me contando uma história sobre algum conhecido que já teve um restaurante e quebrou, uma padaria que não deu certo ou uma lanchonete que preferiu vender.
Lembro do ano de 2016 e das notícias no site da Abrasel:
12/05/2016 – Mais de 3.000 restaurantes e bares sob ameaça de fechar em BH
15/06/2016 – Recessão faz com que 34% dos bares e restaurantes operem no vermelho
03/10/2017 – Alimentação fora do lar indica recuperação
Infelizmente, esse entendimento dos negócios de alimentação como meros fornecedores de itens de primeira necessidade é uma ilusão muito comum entre empreendedores. Abrir um negócio de alimentação baseado somente na necessidade do público geral de se alimentar é quase como fazer uma exposição de “arte pela arte”. A intenção é ótima, mas costuma ser temporária e, na maioria das vezes, vive de patrocínio.
Empreendedores e investidores: O mercado de alimentação é muito bom! MAS TEM CRISE, SIM SENHOR!
O preço dos alimentos aumenta e a possibilidade de repasse diminui porque a capacidade de pagamento do consumidor sumiu. O investimento é alto e o custo de operação não muda tanto assim durante esses tempos.
Sobrevivem os negócios que se planejam, mas principalmente aqueles que oferecem o que o cliente deseja.
Invista muito tempo no planejamento do seu negócio, entendendo o seu público alvo e desenvolvendo as melhores soluções para ele. Este é o verdadeiro segredo dos negócios que dão certo.
A única alimentação fora do lar que tem a certeza de sobreviver pela necessidade é a boa e velha marmita… e ainda assim tem gente que não abre mão dela porque morre de desejo por comida caseira.
Olho vivo e bons negócios!