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Origem e Classificação do Trigo
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Acredita-se que o trigo, como é conhecido, seja originário de gramíneas silvestre, que se desenvolveram nas proximidades dos rios Tigre e Eufrates (Ásia), por volta dos anos 10,000 a 15.000 AC.
Origem
Acredita-se que o trigo, como é conhecido, seja originário de gramíneas silvestre, que se desenvolveram nas proximidades dos rios Tigre e Eufrates (Ásia), por volta dos anos 10,000 a 15.000 AC.
No entanto, os primeiros registros encontrados datam no ano de 550 AC, o que leva a concluir que já é cultivado há mais de 2.000 anos. Os trigos primitivos tinham espigas muito frágeis, que quebravam com facilidade quando maduros, as sementes eram aderidas. Até chegar aos tipos de trigo agora conhecidos, muitos anos de pesquisa e melhoramento foram necessários.
O Emmer e o Einkom são tidos como ancestrais do trigo atual, acredita-se que as espécies de hoje se originam da hibridização de gramíneas selvagens desses dois ancestrais do trigo.
Tem registro, de que o trigo foi cultivado na Palestina, Egito e China e no império Romano que também ficou conhecido como império do trigo, onde a matéria prima era alimento apenas destinado as pessoas de alto poder aquisitivo, pois os mais pobres escravos tinham que consumir a cevada. A partir do mediterrâneo a ‘cultura trigo’ foi levada para toda a Europa. Na América, o trigo chegou com Colombo na época do descobrimento em 1493 e, em 1519, o trigo chega ao México e só então nos EUA.
No Brasil, o grão chegou em 1534 por Martin Afonso de Souza, e foi cultivado inicialmente na Capitania de São Vicente (São Paulo), e em seguida foi levado para o Nordeste e plantado em Pernambuco, Paraíba, Ceará, Pará e depois para Minas Gerais e Goiás. Apenas em 1737 o trigo é introduzido no Rio Grande do Sul.
No inicio do século XIX, após o Brasil ter alcançado sua produção máxima o cultivo do trigo praticamente desapareceu, devido ao aparecimento da ferrugem e a falta de mão de obra, causado pela abolição da escravatura. Após a primeira guerra mundial reaparece o cultivo no Brasil, com o desenvolvimento de sementes mais resistentes a ferrugem.
Atualmente, a produção brasileira se concentra nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, os quais são responsáveis por aproximadamente 90% da produção nacional. O consumo em terras brasileiras é de aproximadamente 10 milhões de toneladas, sendo os nossos principais fornecedores: Argentina, Canadá e EUA.
O volume de trigo produzido no Brasil na safra 2004/05 foi de 5.845,9mil toneladas e representou uma redução de 2,9% em relação à última estimativa realizada em fevereiro/05, que foi de 6,021,6 mil toneladas.
De acordo com a CONAB, para a safra nacional de 2005/06, as primeiras indicações do setor apontam um volume de produção ao redor de 5.739,6 mil toneladas, representando uma redução de 1,8% em relação à safra passada.
Observa-se duas formas básicas de classificação do trigo:
Botânica
Botanicamente se classifica o trigo de acordo com sua espécie e variedade, sendo que o critério de qualidade utilizado para classificação dos diferentes tipos de trigo será sempre de acordo com o seu destino final. Ou seja, um trigo de determinada espécie e com variedades poderá ser utilizado para pães, massas ou biscoitos.
Embora as especificações de cada grão de trigo já determinem previamente o potencial qualitativo dessa matéria prima, as condições do solo que a semente será cultivada e principalmente o clima durante o plantio, cultivo e colheita podem alterar significativamente a qualidade do trigo colhido.
Espécies
O trigo cereal pertence a família das gramíneas. Dentro do gênero Triticum há 14 espécies. Entretanto, apenas cinco são cultivadas comercialmente. As espécies mais importantes são Triticum aestivum, Triticum compactum e Triticum durum.
O trigo do gênero triticum aestivum – hexaplóide, cultivado no inverno e na primavera representa cerca de 90% da produção mundial cultivada. Representa todo o trigo cultivado no Brasil. Produz farinhas destinadas à panificação, tortas, biscoitos e produtos similares.
O trigo do gênero Triticum compactum – “Wheat Club”, representa a menor porção do trigo cultivado nos Estados Unidos e muito pouco dessa espécie é cultivada no Canadá. Como T. aestivum o T. compactum também é uma cultura de inverno e primavera. As variedades de T. compactum são de trigo mole e de baixo teor de proteína indicado para a produção de biscoitos e bolos.
O trigo do gênero Triticum durum – tetraploide, originário da Etiópia, produzido principalmente no norte e sudeste dos Estados Unidos e também no Canadá, é normalmente cultivado na primavera, e representa cerca de 4% da produção mundial.
A seguir, segue uma pequena descrição de espécies já cultivadas ou hoje cultivadas em quantidades insignificantes:
Triticum spontaneum – primitivo trigo Einkom.
Triticum dicoccoides – antigo trigo Emmer.
Triticum abyssinicum – cultivo na abissínia.
Triticum turgidum – sua farinha não tem qualidade panificável.
Triticum polinicum – pouca importância comercial.
Triticum persicum – próprio da região do Cáucaso.
Triticum spelt – de origem europeia.
Triticum spharacoccum – é o antigo trigo “não indiano”.
Triticum macha – semelhante ao aestivum.
Triticum monococcum – diploide.
Triticum timopheevi – tetraploide.
A qualidade do grão depende de muitos fatores, sendo os mais importantes: o tipo de solo, o tipo de adubo, a temperatura e a umidade relativa, bem como os tipos de cultivos anteriores.
Se compararmos o crescimento e consumo nesta ultima década notamos que o crescimento não passou de 15% e consumo de 18%, safra 2014/2015.
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