Continuando o nosso resgate dos pães clássicos do Brasil, vou falar de um dos pães cujo sabor e texturas remetem à minha infância por lembrar da casa dos meus avós, e por ter sido um dos primeiros pães macios que preparei dentro de uma padaria.
O pão sovado sempre foi um dos queridinhos das padarias no passado, ele tem tanta significância que até hoje as indústrias vendem embalados e isso é um sinal de que ainda há procura por este pão.
Ele é facilmente encontrado nas pequenas padarias do interior, porém não os vejo em grandes padarias das capitais.
O pão sovado, que tem a sua origem em Provença na França, é também conhecido como pão Provence, por conta da própria região. No Brasil, é conhecido como pão de São José, pão Tatu, pão massa fina ou pão criolo.
O nome “sovado” vem da própria forma de preparo, a massa precisa ser sovada intensamente até que chegue ao ponto correto.
Esse tipo de mixagem deixa a massa do pão mais densa e mais duradoura. Ela dá uma sensação de saciedade maior que a do pão francês, por exemplo. E a grande vantagem é que o pão dura alguns dias a mais sem ressecar, ficando sempre fresquinho e gostoso.
Outra característica desse pão são os gomos e o corte central que acaba deixando o pão dividido em 8 pedaços, e, para que tenha a coloração dourada na casca, pode-se pincelar gemas.
Por ter um sabor mais neutro, o pão sovado ajuda a deixar a imaginação solta na hora de combiná-lo. Ele pode ser acompanhado dos mais diversos ingredientes, sejam doces ou salgados.
Como ele é mais denso, é uma excelente opção para o café da manhã, pois sustenta por mais tempo, mas nada impede que ele seja o protagonista de um jantar mais descontraído ou um lanche da tarde gostoso.
Segue abaixo a receita passo a passo desse delicioso pão. Nesta versão, optei pela receita “método com esponja”, que deixa o pão com mais fibra e volume.




