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Pão de fermentação natural: por que ele nunca sai de moda?
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A fabricação de pães de fermentação natural está cada vez mais evidente.
A cada dia que passa, a busca por alimentos feitos em casa e da maneira menos artificial possível aumenta. Dessa mesma forma, é possível dizer que a fabricação de pão de fermentação natural está cada vez mais evidente, uma vez que resulta em um alimento aromático, saboroso e surpreendente. Mas para fazer esse tipo de pão, é necessário optar pela fermentação natural, um método simples, porém muito funcional.
Pensando, resolvemos preparar esse post com tudo que você precisa saber sobre esta tendência da panificação. Vamos apresentar como os produtos podem ser feitos, quais são as suas vantagens e algumas opções de preparações. Está preparado? Então, continue com a leitura e saiba mais!
Afinal, como preparar um pão de fermentação natural?
Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, fazer um pão de fermentação natural é bem fácil. No entanto, requer um pouco mais de tempo. O primeiro passo — e o mais importante — é fazer o fermento natural, também chamado de levain, massa azeda ou massa madre. Embora existam receitas que podem variar um pouco, a base clássica da preparação é sempre a mesma: farinha e água.
Com o fermento pronto, só é necessário pegar uma boa quantidade (já que ele é menos intenso que o fermento biológico tradicional) e misturar com os demais ingredientes, como farinha, água e sal. Com essa base, você consegue fazer inúmeras e deliciosas receitas.
Como fazer o fermento natural?
O processo para fazer o fermento natural (que dura, em média, de 4 a 10 dias) deve iniciar com a mistura com 50 gramas de farinha de trigo e 50 ml de água. Depois, essa mistura deve ser colocada em um recipiente de vidro ou de cerâmica, coberta com um pano de prato e guardada até o dia seguinte. O armazenamento deve ser feito em um ambiente com temperatura entre 20°C e 26°C, livre de correntes de ar.
Nos próximos dois dias, você deve alimentar o seu fermento adicionando a mesma quantidade de farinha de trigo e de água. Misture tudo, cubra com o pano e guarde novamente. Já entre o quarto e o quinto dia, a massa terá dobrado de volume e terá a presença de bolhas. Se isso acontecer, significa que o produto já está pronto.
Depois de pronto, o fermento deve ser armazenado na geladeira e em um pote de plástico com tampa. Além disso, é elementar alimentá-lo a cada 2 dias com mais água e farinha, sempre nas mesmas proporções iniciais. Para que não fique muito volumoso, descarte metade da quantidade encontrada na geladeira.
É possível modificar a receita do fermento?
Se você quiser deixar o pão com mais fibras e mais natural, é possível colocar metade da farinha de trigo tradicional e o restante de farinha de trigo integral. Ou, se preferir, utilize apenas a versão integral.
Também dá para fazer o fermento com maçã, uva, abacaxi e até mesmo iogurte, já que são ingredientes ácidos que oferecem ainda mais aroma e sabor para a preparação, além de facilitar a ação das leveduras durante o processo.
Quais são as vantagens?
Rico em sabores e aromas, os pães feitos com fermentação natural oferecem outras vantagens e é isso que faz com que eles sejam produzidos até hoje.
Os primeiros registros desse tipo de fermento, aliás, são datados de 3.700 a.C., juntamente com o início da agricultura e, até os últimos 150 anos (início do desenvolvimento do fermento industrial), somente ele era usado.
Confira os principais benefícios do pão de fermentação natural:
1. Casquinha crocante e interior macio
As primeiras vantagens do pão de fermentação natural são, sem dúvida, as suas características sensoriais. Embora ele apresente um aspecto bem rústico, a casquinha dourada e crocante que se forma em volta é irresistível.
Além disso, o interior fica extremamente macio, cheio de alvéolos e com um incrível aroma de leveduras (característica de um pão bem fresquinho), que chega a lembrar levemente um sabor mais azedo.
O resultado final é muito versátil, podendo ser consumido com geleias, manteigas, patês e até mesmo na composição de sanduíches.
2. Boa durabilidade
Como os pães de fermentação natural apresentam uma casca mais grossa, o ácido acético liberado pela levedura durante a fermentação vai impedir o aparecimento dos indesejáveis bolores. Isso significa que dificilmente o seu pãozinho vai sofrer com problemas de mofo.
Assim, você vai poder aproveitá-lo depois de alguns dias, quando ele já não estiver mais tão macio. É possível fazer inúmeras preparações, como torradas, croutons e bruschettas.
3. Fácil digestão
Diferente do que acontece com muitos pães industrializados, o pão de fermentação natural é feito com os ingredientes que você escolher. Isso significa que, se você tiver, por exemplo, intolerância à lactose, pode optar por uma receita sem derivados do leite e, assim, não sofrer com problemas digestivos.
Além disso, somente no fermento natural fresco é possível encontrar uma substância chamada lactobacilos. Ela é altamente benéfica para a flora intestinal e ainda contribui para uma digestão adequada.
4. Resgate da tradição
Como já citamos, o fermento natural existe há milhares de anos e até a atualidade ele é feito. Isso significa que, ao fazer um pão de fermentação natural, você estará automaticamente resgatando a tradição de muito tempo, incluindo toda a história, a cultura, o sabor, o aroma e a textura que foram desenvolvidos em todo esse processo.
Quais são os tipos de pães que podem ser feitos?
Existe uma variedade extensa de pães que podem ser produzidos usando o levain como base. Os principais são:
– pão integral, rico em fibras (que ajuda a prevenir o câncer de cólon) e que pode ser feito inteiramente com a farinha integral ou com a mistura de outras farinhas;
– pão de azeite, com um aspecto rústico, mas com o miolo aromático e macio, ideal para a preparação de sanduíches;
– pão de centeio, normalmente feito com uma porcentagem de farinha de centeio e rico em fibras e nutrientes, como o ferro e a vitamina B;
– fougasse de mel, fresca, levemente adocicada e com um aspecto mais rústico;
– pão de aveia, geralmente feito com a farinha ou os flocos da aveia junto com a farinha de trigo. Ele é rico em fibras, cálcio, zinco e ferro (que ajuda a reduzir o colesterol);
– ciabatta, ideal para fazer sanduíches, pois é uma receita rica em aromas e texturas;
– e pão italiano, com uma casca dura e grossa, porém com um interior macio, um pouco ácido e bem perfumado.
Agora que você já viu o que é o pão de fermentação natural, como ele pode ser feito, quais são as suas vantagens e algumas opções para você preparar, não tenha medo e se aventure! Lembre-se de que é uma maneira diferente de lidar com a panificação, todavia é uma grande referência devido aos fantásticos resultados.
Você já experimentou um pão com fermento natural? Então, escreva nos comentários e conte a sua experiência!
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