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Mulheres e padeiras

Autor
Eugênia Pickina
8 de março de 2021

Mulheres e padeiras

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento. Clarice Lispector

Quando a padaria ainda não se havia industrializado, geralmente quem fazia o pão eram nossas avós – as mulheres. Suas sábias e experimentadas mãos conheciam de memória as receitas das massas, a temperatura adequada para colocar o pão para assar. E o faziam enquanto se ocupavam das tarefas da casa e da educação dos filhos.

Em nossa época, muitas mulheres largaram profissões bem-sucedidas para assumir a panificação com o coração, e sem deixar de arcar com as tarefas e os desafios da vida privada… 

Impulsionadas pela inspiração de fazer pão, mulheres padeiras estão a criar e recriar espaços artesanais em todos os lugares do País, formando-se continuamente sobre massas e processos; levando em conta o bem-estar da sua equipe, prezando por uma comunicação eficaz com seus clientes.

Padeiras urbanas, padeiras rurais, essas mulheres afirmam em uníssono que a profissão é muito estimulante, principalmente  quando avaliam o resultado do próprio trabalho – pães saudáveis. 

Estória

Uma padeira me conta: “eu era uma contabilista, ganhava muito bem, mas vivia infeliz. Quando descobri a panificação, me senti realizada. Gosto de muitas coisas nesta profissão – desde o momento de pensar um pão, todo o caminho de sua elaboração, chegando ao produto final, que  é algo mágico. Porém o que  me dá satisfação é fazer um pão saudável para as pessoas e seguir aprendendo mais, porque simplicidade e humildade guiam esse ofício. Estou muito agradecida de poder trabalhar no que me apaixona…”

Neste momento, enfrentando com valentia a crise sanitária, essas mulheres trabalhadoras são exemplos de resistência e persistência. Insistem dia a dia na sua arte que perdura no tempo mantendo suas origens e evoluindo em mundo acelerado como o nosso, e tomado por incertezas.

Mulheres e padeiras. Elas vivem os desafios da vida privada e da vida política; e sem perder a esperança, têm consciência dos direitos/deveres que guiam seus papeis na sociedade. Talento feminino há, portanto, e muito. Na panificação, felizmente, o papel feminino vem ganhando, ano a ano, maior presença e liderança. 

8 de março

8 de Março celebra o Dia da Mulher – e de todas elas que são padeiras, que têm muito para dizer sobre a arte da panificação. Parabéns!

Obrigada pela paciente leitura. Abraços.

Que importa a nuvem no horizonte,
chuva de amanhã?
Hoje o sol inunda o meu dia. Helena Kolody

Sobre o autor:
Eugênia Pickina
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