A Squadra Brasile (equipe brasileira) conquistou o 2º lugar na categoria Panetones de Chocolate na Panettone World Championship 2025, a maior competição internacional dedicada ao panetone. Realizada com provas em Verona e grande final em Milão, a edição reuniu equipes de diversos países e coroou uma temporada marcada por técnica, disciplina e criatividade. 🇮🇹✨
O feito é coletivo e tem nome e sobrenome: Nilson Diniz, Brunno Malheiros, Matheus Andrade e Déborah Zanzini representaram o país com um trabalho que une método, ciência e sensibilidade estética. Enquanto o título geral ficou com Taiwan, o Brasil brilhou na categoria de Panetones de Chocolate, garantindo o segundo melhor do mundo — uma conquista que confirma o patamar internacional da nossa panificação e confeitaria.
Pão como linguagem universal — e o chocolate como assinatura de sabor
Competir na PWC é mais do que assar um panetone perfeito. É traduzir história, terroir e repertório técnico em produto final. No Panetone de Chocolate brasileiro, a massa aparece macia, leve e aromática, com notas profundas de cacau e lascas de chocolate que trazem contraste entre amargor elegante e doçura cremosa — um desenho sensorial equilibrado, pensado para persistir no paladar. A cobertura glaceada e crocante, com toques de oleaginosas, arremata textura e perfume, num diálogo afetuoso entre tradição italiana e ousadia contemporânea. Esse casamento — precisão + poesia — ajuda a explicar por que o júri reconheceu o trabalho da equipe.
Palco global, regras rígidas, execução ao vivo
A PWC tem um formato que exige frieza e repertório: as equipes trabalham ao vivo, sob câmeras, com regulamento rigoroso e avaliações em múltiplas frentes (do clássico ao inovador). Em 2025, 12 países participaram e os produtos passaram por uma bateria de nove categorias, o que amplia a complexidade do desafio e valoriza equipes capazes de performar com consistência do início ao fim.
Técnica que sustenta beleza
Panetone de alto nível é engenharia de miolo, umidade e aromas. Entre as etapas críticas está o resfriamento invertido — aquele momento em que as peças saem do forno e ficam de cabeça para baixo, preservando estrutura, alveolatura e maciez. Detalhes como esse, que parecem simples, são resultado de anos de estudo e trabalho e fazem a diferença entre um bom panetone e um campeão.
O impacto para o Brasil — e para quem vive de fazer pão
Para quem acompanha o mercado, a mensagem é clara: o Brasil disputa em pé de igualdade no palco mais exigente do mundo do panetone. Isso significa novas referências para as vitrines nacionais, estímulo à cadeia produtiva (do cacau às farinhas) e uma régua mais alta para formação de equipes, padarias e confeiteiros. No Massa Madre, a conquista nos inspira e motiva: seguimos comprometidos em elevar o padrão da panificação e da confeitaria no Brasil, conectando técnica, gestão e criatividade ao dia a dia de quem produz.
Conteúdo que forma e inspira
Essa jornada também é sobre partilha. Conversamos recentemente com o Chef Nilson Diniz — um dos integrantes da equipe — em um episódio especial do Massa Madre Talks, onde mergulhamos em processos, pesquisa e cultura de bancada. É o tipo de conversa que amplia repertório, desmistifica técnica e aproxima os bastidores da excelência do cotidiano de quem assa todos os dias.
E tem novidade: em breve, o Chef Nilson Diniz lança na plataforma Massa Madre um curso especial de Panetones. Uma oportunidade rara de aprender com um integrante da Squadra Brasile, responsável pelo 2º melhor panetone de chocolate do mundo — da construção do levain às decisões que fazem a massa “subir” bonita, sustentada e perfumada. (Fique de olho em nossos canais para a data e as inscrições.)
Parabéns, Squadra Brasile! Que essa vitória siga acendendo fornos, movendo equipes e inspirando uma nova geração de padeiros e confeiteiros a perseguir o rigor técnico com olhar autoral. O pódio é consequência; o processo, a grande obra.