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Economia de energia na padaria – Gás ou energia elétrica

Os industriais de panificação e confeitaria estão cada vez mais preocupados com a economia energética nas suas industrias, para evitar que esses custos sejam refletidos nos preços a pagar pelo consumidor final e para que se tornem mais competitivos face à concorrência.
Autor
José António de Almeida
21 de setembro de 2016

Economia de energia na padaria – Gás ou energia elétrica

Os industriais de panificação e confeitaria estão cada vez mais preocupados com a economia energética nas suas industrias, para evitar que esses custos sejam refletidos nos preços a pagar pelo consumidor final e para que se tornem mais competitivos face à concorrência.

Com base em alguns estudos, em algumas industrias menos atualizadas tecnologicamente, os fornos chegam a representar 70% do consumo energético total.

Até bem pouco tempo atrás, os panificadores substituíam os seus fornos elétricos por fornos a gás na tentativa de reduzirem o seu consumo energético, mas neste momento com o avanço tecnológico imposto por algumas marcas de fornos, especialmente os fabricantes Europeus, esse paradigma mudou e podemos verificar claramente que essa tendência nem sempre está correta, ou seja, por vezes os fornos a gás são menos econômicos que os fornos elétricos e vice-versa.

Hoje em dia, tanto os fornos a gás como os elétricos fabricados na Europa, são dotados de sistemas extremamente evoluídos que permitem economias e performances extraordinárias, fazendo com que a escolha dos fornos certos para os lugares certos, seja uma condição inevitável e imprescindível para reduzir os consumos energéticos.

Para que essa escolha seja acertada, o industrial de panificação e confeitaria terá de analisar algumas condições básicas e fatores relevantes, nomeadamente, os géneros de produtos que vão assar, quais serão as quantidades por cada tipo e se os ciclos da produção serão contínuos ou se serão em função da demanda dos clientes ou da própria produção.

Estes dados ajudarão na definição da capacidade total dos fornos e na escolha da melhor opção em termos de tipo de fornos, os quais poderão ser de lastro, rotativos ou turbo.

Depois de escolhido o tipo e dimensão dos fornos, é necessário ponderar se a melhor opção será o gás ou a energia elétrica e, para que a escolha seja a melhor em termos de economia, o responsável por este processo não se deve deixar influenciar pela tendência totalmente desatualizada de escolher só fornos a gás porque, estes nem sempre são os mais econômicos ou os mais funcionais.

Nesse sentido, é imprescindível perscrutar a produção, onde vão ser colocados os novos fornos, para saber se as temperaturas usadas nos assamentos têm poucas variações durante o dia de trabalho, por os produtos serem muito semelhantes, ou se as temperaturas variam muito durante o dia, por os produtos serem muito diferentes. Ao mesmo tempo, é necessário saber se os assamentos são contínuos e quase não têm paragens entre eles durante todo o dia de trabalho ou se são feitos em função da demanda dos clientes ou da produção, com flutuações quantitativas durante o dia.

Com base nessa pesquisa e atendendo ao tipo de fornos escolhidos, é possível apurar se é o gás ou a energia elétrica a melhor opção a seguir, tendo em consideração alguns critérios fundamentais.

Se os fornos elegidos forem de lastro, quando as temperaturas variam pouco durante todo o dia de trabalho e os assamentos quase não têm paragens entre eles, a escolha acertada é o gás porque este tipo de fornos usa muito a massa térmica que origina uma grande estabilização das temperaturas e, nestas condições, são bem mais econômicos que os fornos elétricos.

Mas, quando as temperaturas variam muito durante o dia de trabalho e os assamentos são feitos em função da demanda dos clientes ou da própria produção, a melhor escolha é a energia elétrica porque este tipo de fornos possibilita variações de temperaturas bem mais rápidas e permite usar os lastros individualmente, consentindo ligar mais ou menos lastros em função da exigência do momento. Nestas circunstâncias os fornos elétricos, associados a tecnologias de ponta europeias, são muito mais econômicos e funcionais que os fornos a gás.

Se os fornos elegidos forem rotativos, quando os assamentos quase não têm paragens entre eles durante um dia completo de trabalho, a melhor opção é o gás porque a inércia ajuda na economia quando estes fornos são mantidos quentes e deixam de ter necessidade de serem pré-esquentados entre assamentos.

Porém, se os assamentos não são contínuos e são feitos em função da demanda dos clientes ou da própria produção, passa a ser obrigatório pré-esquentar os fornos entre assamentos e, neste caso, a energia elétrica é mais favorável em termos de rapidez de recuperação e por consequência os consumos serão mais baixos que os fornos a gás.

Se os fornos elegidos forem turbos, sejam quais forem as condições de trabalho, a energia elétrica é sempre a melhor opção porque, ao contrário de todos os outros fornos, estes não utilizam qualquer massa térmica, dependendo totalmente do ar esquentado para assar os produtos e, dado que a energia elétrica é muito mais rápida, os tempos de esquentamento e de assamentos diminuem, fazendo com que os consumos sejam bastante mais baixos.

Além disso, tanto a estabilidade das temperaturas, como a qualidade dos assamentos são muito melhores com os fornos turbo elétricos e, por consequência destas evidências, há muito tempo que os fabricantes Europeus já não fabricam fornos turbo a gás para as industrias de panificação e confeitaria.

Por último, não podemos esquecer que, os fornos a gás têm de ser equipados com chaminé independente até ao exterior dos edifícios e, quando isto é absolutamente impossível, a opção por fornos a gás terá necessariamente de ser cancelada e eleger os fornos a energia elétrica.

Boa escolha!

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José António de Almeida
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