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Afinal, que história é essa de pão líquido? Entenda!
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O pão nosso de cada dia é, tradicionalmente, um dos alimentos mais consumidos do globo. Ele contém grãos essenciais para saciar e nutrir, e por isso marca presença na mesa de quase todos os lares. Mas outra presença bastante popular em lares, bares, comércios e restaurantes do mundo todo é o pão líquido, você já ouviu falar?
O pãozinho convencional e o pão líquido têm trajetórias similares e ambos são produzidos há milhares de anos. Ficou curioso? Então, aqui vai uma dica: trata-se de uma bebida gelada muito apreciada pelos brasileiros.
Conseguiu acertar de que estamos falando? Então confira todos os detalhes dessa comparação surpreendente!
Timeline do pão líquido
Provavelmente você já conhece e aprecia. O pão líquido, assim como o pão de sal que você ingeriu no café da manhã, é feito da mistura de cereais. Porém, água, malte e lúpulo compõem o pão líquido, popularmente conhecido como “loira gelada”. Isso mesmo: é a famosa CERVEJA! Além do trigo e da fermentação, pão e cerveja têm outras semelhanças que você conhecerá adiante.
Origem
A denominação vem do latim cervesia e significa bebida fermentada. Começou a ser produzida há cerca de 10 mil anos, quando grãos de cevada fermentaram após ficar de molho na água — acidentalmente, por incrível que pareça! A partir daí, descobriu-se como preparar bebidas alcoólicas de alimentos que contêm amido.
Nos séculos seguintes, ela continuou sendo preparada de maneira artesanal (os apreciadores desse estilo agradecem!). A cevada maltada e outros cereais, como o milho, o trigo e o arroz, eram cozidos e temperados com ervas, raízes, frutos silvestres, flores e folhas. Após a fermentação, a mistura era filtrada.
Uso medicinal
A receita mais antiga foi encontrada na Mesopotâmia com data de 6 mil anos a.C. No Egito, ela era conhecida por suavizar a pele, e por isso bastante consumida pelas mulheres. Na Grécia antiga, era utilizada como tratamento de doenças como diabetes e enxaquecas, devido às propriedades antibióticas.
Entretanto, a produção em massa só iniciou-se na Idade Média, quando as ervas foram substituídas pelo lúpulo, que era considerado calmante e estimulador do apetite e que contribuía para melhorar o humor.
Além disso, a falta de saneamento básico da época e a péssima qualidade da água ajudaram a popularizar a cerveja — que, por ser fermentada, era considerada segura para evitar epidemias e cólera —, que ganhou fama por toda a Europa.
Popularização
Há relatos de monges alemães que a consumiam durante o tradicional jejum da quaresma. Como não podiam comer pão nesse período, substituíam-no pela cerveja, que ficou conhecida como pão líquido.
Inclusive, nos dias atuais, há um estilo de cerveja chamado doppelbock — elaborado em Munique —, que busca manter as características da época, resultando no pão líquido clássico, com elevado teor de malte.
Outra versão aponta que a cerveja foi apelidada de pão líquido em 1859, por Louis Pasteur, o pai da microbiologia. Enquanto trabalhava no aprimoramento da bebida, ele percebeu que a deterioração rápida ocorria graças à presença dos microrganismos.
Assim, desenvolveu o processo de pasteurização (que elimina os germes) que mais tarde passou a ser utilizado também na produção do leite. Além de melhorar a qualidade de conservação da bebida, ele também descobriu que as pessoas adoeciam por causa das bactérias.
Evolução decisiva
Se você curte uma cervejinha gelada, saiba que foi somente em 1894 que ela passou a ser refrigerada. Agradeça à cervejaria Guinness, que encomendou o processo de refrigeração ao alemão Carl von Linde, visando estender seu consumo por todo o ano, e não somente no inverno, conforme o costume.
Assim, a evolução do pão e da cerveja acompanhou o desenvolvimento da civilização, ambos conservando os grãos por um período prolongado para impedir seu apodrecimento, matando a sede e fome do povo e impedindo a proliferação de muitas doenças.
Por falar em pão, vamos trazer essa comparação para os dias atuais? Então continue a leitura para ver uma analogia coerente.
Cerveja x Pão francês
Acontece que nutricionistas afirmam que a cerveja impacta o organismo humano da mesma forma que o pão francês. Isto é, a latinha de 350 ml tem o mesmo índice calórico do pãozinho francês puro, aquele da padaria — sem contar a manteiga e outras gordices que você utiliza para recheá-lo!
Bomba calórica
Se a cerveja engorda tanto quanto o pão — já que cada um tem, aproximadamente, 145 kcal — por que nos parece tão absurdo comer 10 pãezinhos na mesma refeição se consideramos “aceitável” consumir cerca de 10 latinhas pequenas em uma festa ou comemoração da vitória do seu time, por exemplo?
Claro que tudo depende da sede do pinguço — e do time! Mas a pança, obviamente, será aumentada conforme a quantidade da bebida consumida.
Desvantagem alcoólica
Apesar da função engordativa semelhante, a cerveja aponta maior desvantagem em relação ao pão. Isso porque as calorias são consideradas “vazias”. Entenda melhor:
- O álcool tem 7 kcal por grama, contra 4 kcal por grama do pão;
- Além de valor maior, ele não acrescenta nutrientes ao organismo, como é o caso do carboidrato e proteína contidos no pãozinho, por exemplo, responsáveis por causar maior saciedade.
Por isso, a cerveja estimula a vontade de beliscar. Afinal, quem nunca sentiu fome durante ou após a bebedeira, não é mesmo?
Dicas valiosas
Mas se você é fã de cerveja e pão, não precisa dispensar as prazerosas reuniões de degustação. Muita calma nessa hora, porque vamos te dar uma forcinha: priorize a birita e tente dispensar o saboroso pão de alho que tem presença garantida nos churrascos da sua turma.
Durante a semana, o pão francês pode ser substituído pelo pão de farinha de trigo integral, caso você esteja preocupado com seu peso.
Além dessas sugestões, umas e outras não farão tanto estrago desde que você beba copos de água entre os copos de cerveja.
Segundo nutricionistas, se você tomar ½ litro de água antes de começar a beber cerveja e conseguir tomar um copo de água para cada copo da bebida, seu consumo de álcool pode ser reduzido em até 30%!
Ou seja, além de minimizar a embriaguez, você ainda pode apreciar sua cerva de modo mais equilibrado, combatendo a indesejada retenção de líquidos que promove o familiar inchaço corporal e a temida ressaca do dia seguinte.
Pronto, agora você está ciente da relevante conexão entre o pão convencional e o pão líquido. Descobriu a importância de ambos para a história da humanidade.
A partir disso, como pretende degustá-los? Em doses generosas, influenciado pelo consumo milenar, ou em menor quantidade, buscando a preservação da sua saúde? Conte para nós como este artigo te estimulou!
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