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O Pão Como Negócio e Transformação: Lições do Massa Madre Talks com Ricardo Arriel 

O segundo episódio do Massa Madre Talks, com o Chef Ricardo Arriel, mostra que a panificação vai além do pão: é propósito, negócio e transformação social. Ele destaca a diferença cultural entre Brasil e Europa, defendendo que aqui o ofício precisa ser valorizado. Para Arriel, o pão conecta pessoas e gera oportunidades, mas o sucesso depende de gestão, liderança e superação do ego, formando equipes fortes e criando valor além do preço. Resumindo em quatro pilares — Processos, Pessoas, Produto e Performance — ele mostra que o futuro da panificação no Brasil exige mudança cultural, disciplina e visão estratégica para transformar histórias de vida em negócios de impacto.
Autor
Massa Madre Blog
12 de setembro de 2025

O Pão Como Negócio e Transformação: Lições do Massa Madre Talks com Ricardo Arriel 

Assistir ao segundo episódio da nova temporada do Massa Madre Talks, com o Chef Ricardo Arriel, foi mais do que acompanhar uma conversa sobre panificação. Foi mergulhar em uma jornada de vida, cheia de aprendizados sobre negócios, propósito e transformação. 

Arriel não fala apenas sobre pão — ele fala sobre pessoas, sobre futuro e sobre como o ofício pode mudar destinos. 

Panificação: do subemprego à valorização 

No episódio, um ponto chama a atenção: no Brasil, ser padeiro ainda é visto por muitos como um “subemprego”

  • Arriel contou que entrou nesse mundo por acidente, após uma lesão que o tirou do futebol. 
  • Limpando assadeiras no fundo da padaria da madrinha, descobriu que ali havia não apenas um trabalho, mas uma oportunidade de vida. 
  • Na Europa, a realidade é outra: a panificação é herança cultural, orgulho familiar e símbolo de prestígio. Lá, não se vende apenas pão — vende-se história

Essa diferença cultural é um alerta: precisamos mudar a forma como enxergamos a panificação no Brasil. 

Pão como meio de transformação 

Um dos aprendizados mais fortes do episódio é que pão é meio, não fim. Para Arriel: 

  • O pão é ferramenta que conecta pessoas e gera oportunidades. 
  • “Mesa cura”, disse ele — é em volta dela que celebramos conquistas, fechamos negócios e criamos memórias. 
  • O ofício, portanto, não é apenas técnica: é impacto social e humano. 

O negócio da panificação 

Outro ponto fundamental do episódio foi a visão de Arriel sobre panificação como negócio. Muitos padeiros caem na armadilha de pensar apenas na produção, esquecendo que o verdadeiro desafio é gerir: 

  • Pessoas 
  • Processos 
  • Finanças 

Ele mesmo viveu essa realidade ao abrir sua primeira confeitaria, quando percebeu que havia se tornado um “empresidiário”: preso ao próprio negócio, sem clareza de propósito e sem autonomia. Foi no fracasso que aprendeu: um negócio precisa ser maior do que o ego do seu fundador

Ego e liderança 

Ego foi outro tema forte da conversa. Quantos empresários não resistem em delegar por medo de perder protagonismo? 

  • Arriel afirma que, para crescer, é preciso formar pessoas melhores do que você. 
  • Hoje, seus padeiros fazem pães “dez vezes melhores” que os seus — e isso é motivo de orgulho. 
  • O papel dele mudou: agora é liderar, inspirar e criar processos que sustentem o crescimento

Valor além do preço 

Enquanto muitos ainda disputam preço em um “oceano vermelho” de concorrência, Arriel aposta em criar valor. Inspirado pela Europa, ele mostrou que cada detalhe importa: 

  • A arquitetura do espaço 
  • A forma como o produto é apresentado 
  • A história que acompanha cada pão 

O cliente não compra só alimento — compra experiência

Os quatro “P” dos negócios 

O episódio foi quase uma aula de gestão disfarçada de bate-papo. Arriel resumiu o sucesso em quatro pilares: 

  • Processos 
  • Pessoas 
  • Produto 
  • Performance 

Porque, no fim das contas, não basta ter boas ideias: o que mantém um negócio vivo é a capacidade de entregar resultados consistentes, dia após dia. 

Um caminho para o futuro 

Saí desse episódio com uma sensação clara: o futuro da panificação no Brasil depende de uma virada cultural. Precisamos: 

  • Deixar de tratar o ofício como algo menor. 
  • Reconhecê-lo como instrumento de transformação econômica e social. 
  • Aprender com a Europa que cada pão conta uma história — e que vender pão é, também, vender valores e memórias. 

Ricardo Arriel nos mostra, com seus mais de 20 anos de trajetória, que panificação não é só farinha, água e fermento. É disciplina, estratégia, liderança e, acima de tudo, propósito. Se ele conseguiu sair de auxiliar em uma pequena cidade para comandar negócios milionários e ensinar empresários pelo Brasil todo, foi porque acreditou que o pão podia levá-lo muito além da padaria

O pão pode ser o começo, mas o destino é você quem escolhe. 

Sobre o autor:
Massa Madre Blog
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