Técnicas de modelagem – Fendus

A técnica de fendus é conhecida pelos padeiros franceses. Essa técnica é para criar novos formatos aos pães, como o próprio nome já diz esta técnica consiste em marcar com uma fenda causada normalmente por um rolo dando inúmeras possibilidades de criar novos modelos.

Brioche

Brioche é um pão de origem francesa, feito com alto teor de manteiga e ovo. É leve e ligeiramente inchado, mais ou menos bem, de acordo com a proporção de manteiga e de ovos. Ele tem uma crosta dourada escura, e escamosa, muitas vezes, acentuada por uma lavagem do ovo aplicado após a correção.

O brioche é considerado uma Viennoiserie. Ele é feito da mesma maneira que o pão, mas tem o aspecto mais rico de uma massa devido à adição extra de ovos, manteiga, líquido (leite, água, creme e, às vezes, conhaque) e ocasionalmente um pouco de açúcar. O brioche, junto com o pain au lait e o pain aux raisins – que são comumente consumidos no café da manhã ou como lanche – forma um subgrupo fermentado de Viennoiserie. O brioche é frequentemente preparado com fruta ou gotas de chocolate e servido como uma massa ou como base de uma sobremesa com muitas variações locais de ingredientes, recheios e coberturas adicionados.

Ingredientes

  • 90g de água
  • 27g de fermento seco
  • 178g de ovos
  • 27g de sal
  • 232g de açúcar
  • 1.780g de farinha de Trigo
  • 534g de ovos
  • 1.068g de manteiga

Instruções

  • Em uma batedeira com a raquete, bata fermento, água, farinha, açúcar, sal, por 5 minutos e ovos até obter uma massa lisa. Sem parar de bater, vá incorporando a manteiga em pedaços pequenos e misture bem até que a massa fique muito elástica.
  • Transfira a massa para uma caixa plástica, deixe repousar por 30 minutos. Depois modele a massa da forma desejada, ou coloque em formas untadas e deixe fermentar até dobrar de volume.
  • Asse as brioches em forno a 190ºC com banho de gema na superfície.

Pão Rústico de Azeitonas

O pão rústico de azeitonas, encanta com seu aroma e sabor. Um dos pães que faz muito sucesso em minhas consultorias.

Uma receita de fácil preparo. Aconselho alimentar o levain pelo menos 3 horas antes de utilizar. Caso use o levain líquido, vale lembrar que vai mudar a porcentagem de água e temos que ficar atentos. O tipo de farinha a ser usada também pode mudar a força da massa ou absorção de água.

Aconselho farinha de trigo T55 ou T65.

Pão Country com alhos assados

Prepare-se para experimentar um delicioso pão country enriquecido com alho assado, que combina perfeitamente com queijos aquecidos. O alho não só adiciona um sabor incrível, como também é uma excelente fonte de vitaminas e minerais, tornando este pão uma opção nutritiva. Harmonize essa iguaria com uma taça de Pinot Noir para uma experiência de degustação inesquecível. 

28 dicas para ter uma padaria de sucesso em 2017

Você ama ser o proprietário de uma panificadora. Tanto que o ano mal começou e você já pensa no que precisa fazer para garantir o sucesso do seu negócio. Se você se identificou com esse cenário, está na página certa!

Neste post, você vai descobrir como se destacar da concorrência, como atrair mais clientes e como ter uma padaria de sucesso. O objetivo deste texto é que você consiga organizar o seu estabelecimento, controlar o seu estoque, otimizar o seu relacionamento com os clientes e potencializar o seu marketing boca a boca.

Então não perca tempo: veja agora mesmo o que mais você pode fazer para melhorar os seus resultados. Vamos lá?

 

Organize a padaria

Esse aspecto é fundamental porque está diretamente relacionado à 1ª impressão que o consumidor tem do seu estabelecimento. Além disso, a organização também faz com que os clientes se sintam melhor e que encontrem os produtos que procuram. O resultado é um aumento nas vendas e uma melhoria da qualidade e da agilidade do atendimento.

Mas o que significa, exatamente, a organização da padaria? Ela ultrapassa a simples posição dos produtos. Contempla também toda a estrutura, incluindo:

  • a entrada;
  • as vagas disponíveis para estacionamento;
  • o espaço para fila e para circulação interna;
  • o balcão;
  • etc.

É claro que a higiene também tem tudo a ver com a organização, e esse é um aspecto que nunca deve ser esquecido, já que essa falha vai representar a ruína do seu negócio.

Considerando todos esses elementos, parece difícil verificar como deve ser feita a priorização deles. O 1º passo é pensar nos clientes, porque eles são o diferencial entre ter sucesso e falir. Depois, você deve levar em conta os produtos.

A partir disso, é possível seguir algumas dicas principais que vão fazer toda a diferença. Veja quais são elas:

1. Agrupe os seus produtos

A organização de um estabelecimento que comercializa alimentos deve ser cuidadosa e bem criteriosa para evitar que os clientes tenham dificuldade de encontrar aquilo que buscam.

O ideal é agrupar os produtos de acordo com suas seções. Por exemplo: enlatados, padaria, congelados etc. Talvez o seu estabelecimento não venda tantas opções, mas isso é bastante comum atualmente.

Os preços dos produtos são outro elemento crucial, uma vez que eles devem estar bem visíveis e legíveis. Essa é uma exigência do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e você deve segui-la a rigor. Tal cuidado inclui especificar, em etiquetas individuais, os casos de produtos com pesos diferentes.

Por fim, você pode sinalizar os setores de forma discreta, apenas como uma maneira de indicar aos clientes.

2. Capacite os seus funcionários

Os empregados que trabalham na sua padaria devem estar bem capacitados para explicar qualquer dúvida aos clientes e para executar as suas funções de maneira adequada.

Essa indicação vale para todos, desde o caixa até o balconista e o padeiro. Todos, sem exceção, devem estar com uniformes adequados e limpos, destacando o símbolo do seu negócio.

Os colaboradores também devem ser treinados para oferecer um atendimento excelente, com muita educação. O ideal é que os clientes percebam que eles estão disponíveis e que conhecem os produtos que vendem.

Lembre-se de uma coisa: o atendimento é um grande diferencial e se trata de uma variável que precisa ser trabalhada frequentemente.

3. Seja exigente com a higiene

Como empreendedor, você sabe que a vigilância sanitária faz diversas exigências para estabelecimentos alimentícios. A higiene é uma das preocupações principais, já que a falta de cuidados pode acarretar problemas de saúde para os consumidores.

Apesar dessa obrigatoriedade, o ideal é que você seja ainda mais exigente e tenha cuidados extras com espaços que não são acessados pelos clientes, como o estoque e a cozinha.

Isso deve ocorrer por 2 motivos:

  • se o cliente solicitar, ele tem o direito de acessar esses espaços;
  • e o fiscal da vigilância sanitária pode fazer uma inspeção a qualquer momento.

Também é recomendado ter lixeiras, mesmo que o seu estabelecimento não possua uma área para refeições. As sacolas, as cestas e os pegadores de pão devem estar limpos e mantidos em locais adequados, longe de poeira e de insetos.

4. Otimize o seu espaço

O ideal é que o espaço da sua padaria seja otimizado. A melhor forma de conseguir isso é contratar um arquiteto ou um decorador, que pode pensar como o cliente e criar um ambiente em que todos se sintam à vontade.

É preciso pensar na ventilação, já que é incômodo haver cheiro de frituras na chapa, por exemplo. Caixa, balcões e prateleiras devem ser organizados de maneira correta para facilitar o acesso do consumidor.

O ambiente ainda deve contar com design e identidade visual, porque esses fatores criam uma atmosfera ainda mais agradável, e assim os clientes conseguem identificar mais positivamente com a padaria.

5. Disponha os móveis de maneira funcional

Essa dica tem relação direta com a anterior. Mas, tratando especificamente dos móveis, o recomendado é que os balcões fiquem localizados nas laterais e nas paredes para não ocuparem muito espaço.

Alimentos congelados podem ficar localizados em ilhas ou, se o ambiente for pequeno, em freezers verticais. Outra ideia é colocar mesas para a exposição de produtos novos ou frescos ou para oferecer alguma degustação.

6. Pense em um percurso para o cliente percorrer

Para vender mais, você deve considerar um possível percurso que o consumidor deve fazer. A ideia é que ele passe por produtos estratégicos enquanto está na padaria, o que aumenta a possibilidade de ele comprar algo por impulso.

De modo geral, os produtos ficam dispostos da seguinte forma durante o percurso:

  • os salgados ficam localizados antes dos doces;
  • os congelados ficam próximos aos alimentos da despensa;
  • entre outras estratégias.

O espaço deve contar com cestas ou carrinhos adaptados ao ambiente. Se houver produtos maiores, a dica é deixá-los próximos à saída, para ser mais fácil carregá-los e não haver imprevistos, como a queda de outras mercadorias.

Controle o seu estoque

Agora que você terminou a organização, precisa pensar no estoque, porque isso vai facilitar muito o processo de compras, evitar os desperdícios e os prejuízos e ainda fazer com que os seus funcionários encontrem as matérias-primas de maneira muito fácil.

Porém, existe o mito de que padarias não conseguem controlar o seu estoque. Isso de fato não é verdade. Basta seguir algumas indicações para contar os produtos de forma correta.

Então, quais são as dicas para fazer o controle efetivo do estoque? Confira algumas ideias:

7. Tranque o seu estoque

Somente pessoas autorizadas devem acessar o ambiente do estoque, porque isso facilita muito o processo de contagem dos produtos e das matérias-primas. Você deve fazer a contagem de unidades e de volume e, depois, trancar o espaço. Assim não haverá problemas.

8. Tenha uma planilha de controle

A entrada e a saída de produtos e matérias-primas devem ser bem controladas. Não existe melhor forma de fazer isso do que usar uma planilha específica ou até mesmo um software para gestão de estoque.

De toda forma, o monitoramento deve ser válido para todos os turnos e conter informações como baixas, quantidade, perda, recebimento e saldo. Cada operação realizada também deve contar com a data que aconteceu e com a assinatura do responsável.

9. Delegue as responsabilidades

Já que o estoque deve ser acessado somente por pessoas autorizadas, você precisa delegar responsáveis para fazer as movimentações. Cada turno deverá ter um funcionário que cuida dessa parte, e ele deverá encontrar os itens que estão em falta e dar baixa no software ou na planilha de monitoramento.

É ele também que vai assinar cada movimentação realizada e indicar quando é necessário adquirir determinada mercadoria.

10. Atente-se para os produtos mais caros

Mercadorias paradas em estoque são sinônimo de perda de dinheiro. Quando isso acontece com os produtos mais caros, então, a situação é ainda pior.

Eles devem ser tratados de maneira diferenciada, e é recomendado fazer uma análise à parte. Estude e faça gráficos que mostrem quais são mais utilizados para a fabricação dos produtos da padaria e quais são vendidos prontos.

Identifique os possíveis períodos de sazonalidade (de maior ou de menor demanda), a quantidade necessária e a sua representação em custos. Outro item importante é a margem de lucro que se consegue obter com esses produtos.

11. Contabilize os produtos frequentemente

A contabilização do estoque deve ser feita semanalmente. Esse período curto deve ser respeitado, porque o controle do estoque em padarias só funciona de forma adequada quando realizado em pequenos intervalos de tempo.

12. Use a tecnologia a seu favor

Como já indicamos, você pode usar softwares de controle de estoque. Essa é uma dica valiosa, porque a contagem manual e a informatizada podem apresentar diferenças. Nesse caso, é fundamental vasculhar o que ocorreu e identificar o erro.

Para evitar essas falhas, é recomendado instalar um computador diretamente no ambiente de estoque para que as baixas sejam feitas imediatamente.

13. Evite desperdícios

Trabalhe com a ideia do estoque mínimo, ou seja, uma quantidade mínima e uma máxima de mercadorias armazenadas. Você deve se certificar de que não vão faltar produtos ou ingredientes, mas também precisa cuidar para que os itens não extrapolem o prazo de validade e tenham que ser jogados fora.

14. Elabore um sistema financeiro eficiente

Pode ser um pouco difícil no começo, mas você deve saber exatamente quanto cada item custou para a padaria. No cálculo devem ser incluídos:

  • o frete;
  • os impostos;
  • a tributação fiscal;
  • entre outros elementos.

Isso ajuda bastante na precificação.

15. Tenha fornecedores confiáveis

 

É imprescindível ter fornecedores confiáveis e honestos para garantir que o seu estabelecimento possa contar com eles sempre que necessário. O fornecedor deve ter produtos de qualidade, oferecer a troca de produtos e garantir um prazo de entrega curto. Com isso, o estoque é mantido de maneira mais eficiente.

16. Ordene o seu estoque

O estoque precisa estar bem organizado para que todas as dicas anteriores funcionem. Afinal de contas, a desorganização também dificulta a busca por mercadorias tanto para a contagem quanto para a utilização imediata.

Os produtos devem ser organizados em prateleiras, e os mais antigos devem ficar à frente dos mais novos para evitar que estraguem. Indica-se guardar produtos similares próximos uns aos outros.

Em relação ao sistema de ventilação, é preciso cuidar para que o ambiente não fique muito úmido. Além disso, é essencial cuidar com possíveis infestações de roedores e insetos.

Em outras palavras, o estoque deve ser bem ordenado e limpo, e os itens não devem estar no chão, já que isso afeta a qualidade do produto final.

Otimize o relacionamento com o cliente

O cliente é a parte mais importante da sua padaria, uma vez que é a partir dele que você terá vendas, faturamento e lucro. O problema de muitos estabelecimentos comerciais é não dar muita atenção a esse relacionamento, o que pode causar diversos danos à imagem do local.

O melhor mesmo é otimizar o relacionamento com o cliente, compreendendo as suas demandas e as suas necessidades. Ficar de olho nos consumidores também é uma forma de identificar oportunidades para se destacar da concorrência e atrair mais consumidores.

E o que você deve fazer para atrair clientes e fidelizá-los? Existem algumas dicas básicas que podem ser facilmente implementadas. Confira:

17. Avalie as necessidades da clientela

Conforme você conhece as demandas dos seus clientes e compreende o que faz outras pessoas adquirirem os produtos na concorrência, você pode melhorar os seus serviços e trazer novidades que vão chamar a atenção dos consumidores em geral.

Por exemplo: se uma parcela grande de clientes compra em outra padaria porque ela possui um produto que você ainda não vende, está aí a oportunidade de fazer melhor e convidar consumidores.

18. Trace uma estratégia de mercado

Mesmo que você já tenha uma clientela definida, precisa ter uma estratégia de mercado para otimizar o relacionamento com os clientes. A pergunta que você deve responder é: “o que devo fazer para que os clientes frequentem a minha padaria?”. A partir disso, você consegue posicionar melhor a sua padaria no mercado e começa a se destacar.

19. Divulgue sua padaria e os produtos que vende

Não há possibilidade de os consumidores e os potenciais clientes saberem o que você vende se você não divulgar. Por isso, invista na divulgação dentro e fora da padaria. Algumas ideias são panfletos, folders, perfil nas redes sociais, site etc.

20. Oferte serviços especiais

Essa é uma forma de personalizar o atendimento e chamar mais a atenção de potenciais clientes. Também é uma forma eficaz de assegurar que atuais clientes voltem a comprar no seu estabelecimento.

Algumas dicas de serviços especiais são entregas em domicílio, encomendas para festas, vendas a prazo etc. Para saber o que implementar, verifique o que já é oferecido pela concorrência e faça diferente.

21. Seja organizado

Os produtos devem estar sempre identificados de forma correta, contendo:

  • nome;
  • ingredientes;
  • principais características;
  • data de validade;
  • preço;
  • peso;
  • e preço por quilo.

Isso passa mais confiança ao consumidor.

22. Promova os produtos

Essa não deixa de ser uma forma de divulgação. Mas a ideia aqui é oferecer a degustação dos produtos mais recentes ou aqueles que são considerados os melhores. Você pode colocá-los em embalagens fechadas ou em bandejas, diretamente na parte de autosserviço.

23. Aceite críticas e elogios

Todo mundo gosta de ser elogiado, mas aceitar críticas nem sempre é fácil. Se você tem alguma dificuldade, comece a enxergar as críticas como oportunidades de melhoria. Você deve anotar todas as avaliações repassadas pelos clientes, porque isso oferece um entendimento amplo do que eles acham sobre seus produtos e serviços.

Ao receber uma crítica, reflita e pense o que poderia ter sido feito de forma diferente para que o cliente ficasse mais satisfeito. Aproveite esse comentário como uma dica do cliente para que sua padaria melhore e cresça de forma sustentável.

Potencialize o marketing boca a boca

Chegamos agora à parte final das dicas para elevar o sucesso da sua padaria em 2017. Até agora, já falamos da divulgação e da promoção de produtos e serviços. Mas existe também o marketing boca a boca, que ainda é um ponto-chave nos dias de hoje, especialmente para esse tipo de negócio.

Atualmente, o marketing boca a boca pode ocorrer entre pessoas conversando ou até mesmo no mundo digital, pela internet. Por isso, vale a pena incentivar esse hábito, cuidando para não ser encarado como oportunista ou invasivo.

E de que forma você consegue esse equilíbrio na potencialização do marketing? É o que vamos mostrar nas dicas a seguir:

24. Participe da sua comunidade

A padaria é um negócio local, e esse tipo de empresa está sendo cada vez mais valorizada. Você pode se beneficiar desse movimento agindo em prol da comunidade e mostrando que se preocupa com o bem-estar de todos.

É possível participar de causas sociais, contribuir com ONGs e organizações de caridade ou estimular os colaboradores a fazerem trabalho voluntário. Qualquer uma dessas medidas é bem-vista pelos consumidores, que muitas vezes buscam empresas responsáveis para adquirirem os seus produtos e os seus serviços.

Outro ponto positivo dessa ação é fazer com que os clientes falem bem da sua marca para outros consumidores.

25. Compartilhe boas notícias

Em um mundo no qual as notícias ruins se espalham rapidamente, por que não fazer diferente e começar a compartilhar notícias positivas? É claro que elas devem ser relacionadas ao seu negócio e mostrar aos clientes que a confiança deles está trazendo resultado.

Por exemplo: divulgue quando a padaria bater uma meta de venda de pães integrais, quando tiver uma ação positiva ou quando inaugurar o site. O objetivo nesse momento é lembrar os consumidores que o negócio está se expandindo e que traz benefícios para todos.

26. Cuide dos clientes antigos

Você sabia que custa entre 5 e 7 vezes mais buscar um cliente novo do que manter um antigo? Isso significa que você nunca deve se esquecer dos seus clientes fiéis, até mesmo porque são eles que vão ter um relacionamento mais próximo com a sua padaria.

Como você já os conhece há tempos, ofereça um produto que eles gostam ou uma mercadoria nova que eles podem experimentar e passar a adquirir.

Se eles ficarem um tempo sem aparecer, tente entrar em contato para ver e algo aconteceu e ofereça alguma degustação, promoção ou desconto. Já quando eles forem ao estabelecimento, pergunte como eles estão e converse um pouco. Isso faz toda a diferença!

27. Peça ajuda sempre que necessário

Se o relacionamento com os clientes é algo difícil para você, peça ajuda sem medo. É possível contratar um especialista ou ferramentas de atendimento e de redes sociais.

Outra dica é usar softwares Customer Relationship Management (CRM ou gestão do relacionamento com o cliente, em português), que são sistemas que reúnem informações a respeito dos consumidores e que otimizam o relacionamento com eles.

Com o CRM você pode, por exemplo, anotar o pedido mais recorrente do cliente. Assim, quando ele chegar ao caixa sem o produto, você pode lembrá-lo, perguntando se ele não deseja levar mais aquela mercadoria. Essa atitude vai fazer o cliente se sentir especial e importante. E acredite: isso dá muito resultado.

28. Converse com os clientes

Nesse momento, a finalidade não é bater papo de maneira casual, mas sim verificar a opinião dos consumidores sobre os produtos e os serviços adquiridos. Espere o feedback e melhore os pontos que forem identificados como negativos.

Com essa prática, você pode descobrir que o atendimento está sendo precário em determinado momento do dia, por exemplo. A partir dessa informação, você deve pensar se está faltando capacitação para os funcionários ou se é necessário contratar mais pessoas para dar conta de toda a demanda.

A opinião do cliente, portanto, sempre deve ser encarada como uma oportunidade de fazer mudanças construtivas no seu negócio. Então, siga o que for recomendado, porque o sucesso será certeiro nesse caso!

Como você pôde perceber, ter sucesso com sua padaria em 2017 não requer muito trabalho nem grandes investimentos. Basta ter um pouco de empenho e usar as opiniões dos clientes ao seu favor.

Agora que você já viu como é fácil ter uma padaria de sucesso, aproveite e compartilhe suas experiências ou conte para a gente quais são as suas dúvidas. É só deixar um comentário neste post!

Como melhorar a produtividade da minha equipe de trabalho?

O desempenho da sua equipe reflete diretamente nos resultados e no crescimento da sua padaria. A implementação de ações focadas no aumento da produtividade é essencial para alcançar a lucratividade esperada. Ser um gestor eficaz requer atenção aos processos internos, o que pode dificultar a observação de aspectos como a produtividade da equipe. A seguir, listaremos métodos que você pode aplicar para otimizar a eficiência do seu grupo. 

Identifique as falhas

Realize um acompanhamento detalhado, desde o recebimento da matéria-prima até o produto que chega ao consumidor. Uma análise cuidadosa do atendimento ao cliente é crucial. Isso permitirá detectar falhas que impactam a produtividade. Após o mapeamento, estabeleça prioridades e crie um plano para corrigir os problemas identificados. Conhecer os processos de sua padaria é fundamental para identificar oportunidades de crescimento e eliminar barreiras para a produtividade. 

Motive a sua equipe

A produtividade não aumenta apenas com investimentos em equipamentos ou produtos; a motivação da equipe é vital. Um ambiente de trabalho harmonioso e confortável, treinamentos constantes e a inclusão dos colaboradores nas decisões elevam a satisfação do grupo. Incentive a inovação, permitindo que os funcionários apresentem novas ideias e recompense as sugestões valiosas. Pequenos gestos, como comemorar aniversários com um bolo, mostram que a empresa se importa com seus colaboradores, reforçando a motivação sem exigir um alto investimento. 

Invista em formação

Capacitar a sua equipe é essencial para manter padrões elevados de qualidade. Um planejamento eficaz de desenvolvimento pode atender a essas necessidades sem altos custos. Treine os colaboradores você mesmo, em momentos estratégicos, evitando horários de pico. Funcionários bem treinados cometem menos erros, resultando em uma equipe mais produtiva e com redução de custos. 

Administre o uso de tecnologias

Atualmente, redes sociais e celulares podem ser grandes obstáculos para a produtividade. Definir regras claras sobre o uso durante o expediente ajuda a manter o foco, principalmente em ambientes de manipulação de alimentos, garantindo a segurança alimentar. Se julgar necessário, proíba o uso durante a produção, permitindo-o apenas em horários menos movimentados e fora da área de trabalho. 

Crie metas de produtividade

Definir metas claras e alcançáveis é vital para manter a equipe motivada e ciente das expectativas. Metas desafiadoras, mas realistas, desenvolvem a confiança e o engajamento. Além disso, proporcionar feedback regular sobre o desempenho ajuda a identificar áreas de melhoria e a reforçar os pontos positivos. 

Invista em equipamentos de qualidade

Equipamentos adequados são fundamentais para automatizar tarefas e facilitar o trabalho. Ao investir, identifique onde sua equipe perde mais tempo ou enfrenta dificuldades. Pesquise opções no mercado para encontrar a melhor relação custo-benefício e não se esqueça de treinar os colaboradores para o uso correto dos novos equipamentos, maximizando o seu potencial. 

Implementar essas dicas pode resultar em um aumento significativo na produtividade da sua equipe. Se você tem outras sugestões ou experiências para compartilhar, deixe um comentário contando! 

História do pão: conheça 7 curiosidades

 1. Seu surgimento

Relatos apontam que a “invenção” do pão ocorreu cerca de 12 mil anos atrás, na Mesopotâmia, região hoje conhecida como Iraque. Foi na mesma época em que o trigo começou a ser cultivado por lá. Os primeiros pães em nada se pareciam com os de hoje. Eles eram sem forma, achatados, duros e secos, necessitando de imersão em água quente por várias vezes antes de seu consumo.

 

2. Primeira padaria da história

Segundo historiadores, a primeira padaria do mundo foi criada no Egito, na cidade de Gizé, aproximadamente em 3.000 antes de Cristo. Nesta mesma região podemos encontrar os monumentos da Esfinge e da Grande Pirâmide.

Estudos apontam que, naquela época, era bastante comum utilizar o pão como salário, por exemplo, um dia de trabalho por 3 pães.

3. O primeiro pão assado no forno

O primeiro registro de pão assado no forno de barro, também foi no Egito, cerca de 7.000 anos antes de Cristo. E foi lá, neste mesmo país, que o fermento começou a ser utilizado na produção dos pães, que vieram a ficar mais parecidos com os que conhecemos hoje.

4. Difusão do pão

Em 250 antes de Cristo o pão chegou à Europa e começou a ser preparado nas padarias. Mas, com a crise provocada pela queda do império romano, todas os estabelecimentos deste setor existentes na época fecharam, obrigando os consumidores a prepararem em casa.

Depois disso, no século XVII a França começou a aprimorar a receita original dos pães e a dar origem a variados tipos também, passando a ser destaque mundial neste ramo.

5. A chegada do pão no Brasil

Sabe-se que foram os portugueses que o trouxeram para o Brasil na época da colonização, mas o pãozinho só começou a ser popular por aqui a partir do século XIX, com a ajuda de muitos italianos.

As primeiras padarias no nosso país foram abertas em Minas Gerais, depois em São Paulo e no Rio de Janeiro. No início, o pão era bem escuro e diferente do que conhecemos hoje, mesmo já com a presença do fermento.

6. O país que mais consome pão

O país que mais consome pão no mundo é a Rússia, com a incrível marca de 120 quilos de pão por pessoa, por ano! Dá uma média de 10 kg de pão por mês ou ainda, aproximadamente 340 gramas de pão por dia. Como um pãozinho pesa, em média, 60 gramas, esse valor equivale a aproximadamente 5 pães por dia.

Em segundo lugar vem o Chile, com a marca de 93 quilos por pessoa por ano.

7. Os pães mais conhecidos

Pão Francês

Apesar do nome, o nosso pão é bem diferente do Francês. A história conta que ele surgiu quando autoridades brasileiras iam para a França e ficavam encantadas pelo pão produzido lá. Então, quando voltavam, descreviam em detalhes o sabor do pão para os padeiros daqui, que tentavam constantemente reproduzir a receita.

Ele é ótimo para fazer sanduíches, cachorro quente e, é claro, o pão na chapa. É encontrado em todas as padarias e supermercados. Mas, fique atento na hora de pedir, pois ele tem vários nomes como: pão d’água, pão branco, pão de sal, pão careca, filão e até mesmo cacetinho.

Croissant

De origem francesa, este tipo de pão super calórico é feito basicamente de farinha de trigo e manteiga, formando uma massa folheada. Muito tradicional no café da manhã, pode ser encontrado com recheios variados como queijo, doce de leite, chocolate, entre outros; como sanduíches ou também na versão sem recheio.

Baguete

Este é o preferido dos franceses, até mais do que o próprio pão francês de lá. Seu nome significa “bastão” e sua origem, ao contrário do que se possa pensar, foi na Áustria.

É bastante comum encontrar baguetes com cereais e grãos por cima, bem como as versões recheadas com presunto e queijo, frango, ervas finas e até com azeitonas.

Pão sírio

De origem árabe, este pão, que também é conhecido como pão pita, tem formato arredondado e fino. Possui menos gordura do que o pão francês tradicional e, por isso, é bastante consumido por adeptos de dieta na elaboração de sanduíches naturais.

Pão italiano

O pão italiano pode ter formatos variados como arredondado e até alongado, lembrando uma baguete. Sua característica principal é que sua casca é dura (mais que o crocante do pão francês).

A provável explicação para isso é a elaboração utilizando fermento natural, conhecido por conferir esta característica no produto final.

Pão de forma

O pão de forma tem uma receita diferente, mas à base de trigo também. É por isso que ele é macio por dentro e por fora. Ideal para fazer sanduíches, torradas, croutons caseiros e até mesmo tortas como pão picante.

Pão de Centeio

De origem judaica, é feito com farinha de trigo e farinha de centeio. É rico em fibras, por isso bastante utilizado em dietas.

Pão australiano

De origem, claro, australiana, esse pão levemente adocicado é rico em fibras e vitaminas. Sua cor escura vem da adição de cacau e seu sabor doce, da presença do mel. Pode ser encontrado em vários formatos: de forma, alongado, redondinho, etc.

Bisnaguinha

Esse é o preferido entre as crianças, sendo muitas vezes consumido até sem recheio. É um pãozinho pequeno bem macio e prático para lanches rápidos. Mas cuidado: é rico em calorias também.

Pão de batata

Esse pão leva como ingrediente base, além do trigo, a batata. O resultado final fica macio e levemente doce. É bastante comercializado na versão recheada, sendo o mais tradicional o que leva requeijão cremoso.

Pão ázimo

Feito em Israel, este é um pão que não leva nada de fermento, sendo feito apenas a base de farinha de trigo, água, grãos e cereais (opcional). Por este motivo, ele acaba sendo um pão bem fino, em formato de círculo.

Ciabatta

A ciabatta tem sua origem na Itália. É um pão branco com formato achatado e tem farinha de trigo polvilhada por toda a sua extensão. É excelente para fazer lanches frios e assados.

Pão Integral

Pão integral é aquele que possui farinha de trigo integral ao invés da branca. Ele pode assumir vários formatos como o pão francês, pão de forma, pão sírio, entre outros.

Atualmente, muitos se dizem integrais mesmo contendo farinha branca em sua composição. Portanto, é preciso ficar atendo na hora da compra: para ser 100% integral, não pode haver outro tipo de farinha, além da integral, na lista de ingredientes.

Gostou desta matéria sobre a história do pão? Se você ficou com vontade de conhecer ainda mais sobre este universo, entre em contato conosco.

Capacitação

Vivemos num mundo muito competitivo, onde a especialização na área ou relacionado a ela é sempre vista com bons olhos. No ramo de padaria/confeitaria não poderia ser diferente. Estamos atravessando uma época de transição, onde os clientes estão cada vez mais procurando um produto mais artesanal e de experiência única. E agora? Como achar profissionais capacitados a fazer esse tipo de trabalho, sem recorrer às famosas ‘’pré-mistura’’?

 

Tudo se resume em uma só palavra: Capacitação. Investimento em estudo nunca é um mau investimento. Ter uma base de confeitaria e padaria sólida (olha aí a especialização em área relacionada à sua primeira atividade) é o ponto inicial para conseguir transitar da escala industrial ao produto diferenciado. São o que nos tornam mais completos na atividade e passamos a serem peças diferenciadas para o ramo.

 

Muitos Chefs me procuram para indicação de um funcionário mais completo que possa sair do trivial e transformar um simples doce ou pão em um produto em uma experiência boa sem recorrer às famosas misturas (que me perdoe os quem utilizam) que limitam os membros da brigada a sempre apresentarem o mesmo sabor e textura. Não falta mão de obra no mercado e sim mão de obra diferenciada.

 

Falo sempre para os meus funcionários e alunos que nunca parem de procurar melhorar e se capacitar no que estão se propondo a fazer. Não precisa ir longe, às vezes um livro pode te enriquecer de ideias. Programo sempre meu ano para que eu possa sempre terminá-lo diferente do que comecei, com um pouco mais de conhecimento.

 

E você? O que já pensou no que pode melhorar para ser diferenciado? Vale a pena.

 

Um grande abraço e até logo

Pão da Serra com Nozes

O fermento natural feito com centeio dá um sabor específico para esse pão. Com aspecto rústico, é um pão espetacular, repleto de sabor. Inspirado em um pão dos Alpes Suíços, essa receita tem longa durabilidade.

Ciabatta Tradicional

Ciabatta (literalmente “chinelo” em italiano, nome inspirado pela sua forma achatada e largura) é um típico pão branco italiano feito com farinha de trigo, trigo duram e fermento.
Nada está mais longe da realidade. O ciabatta, tal e como conhecemos hoje com esse formato e um pão de recente criação . Dificilmente ele veio para cumprir os 30 anos de existência, desde que foi criado em 1983 por Arnaldo Cavallari agora o chefe da Accademia del Panne.
A principal característica deste pão é a sua forma e textura: quase plana, massa fina e crocante e alvéolos grandes e irregulares.
Ciabatta conceitualmente foi produzido pela primeira vez em Liguria, mas hoje pode ser encontrado em quase todas as regiões da Itália. A área coberta pelo “Lago Como” tem uma crosta suave textura ligeiramente crocante, poroso e é muito leve ao toque. Na Toscana, Umbria, Marche, a variedade é maior, tem uns com uma crosta firme e miolo denso ao pão que tem uma crosta crocante e textura mais aberta.
Quando feito com farinha de trigo integral, que é conhecido como ‘Ciabatta Integrale’. Em Roma, é muitas vezes temperado com azeite, sal e orégano. Ele também é a versão típico com azeitonas pretas.
Sua forma moderna foi desenvolvida em 1982. Desde a década de 1990 tem sido muito popular em toda a Europa, especialmente na Espanha, (chapata) e os Estados Unidos, e é amplamente utilizado como um pão.

Relacionamento com cliente: aprenda como atendê-los em sua padaria

Muitas vezes é difícil buscar meios de inovação em ambientes tão tradicionais quanto as padarias. Estes estabelecimentos são encontrados com muita facilidade por pessoas de várias classes sociais e tem como princípio a oferta de mantimentos que fazem parte da maioria das mesas dos brasileiros. Por existirem tantas panificadoras pelo país, resolvemos listar alguns tópicos que te ajudarão a melhorar os resultados do seu negócio através de um bom relacionamento com o cliente.

 

A apresentação dos funcionários

O ambiente de qualquer padaria sempre traz um fator humano de maneira muito predominante. Há sempre alguém para pesar algum produto, pegar alguma coisa atrás do balcão, tirar uma dúvida e pagar antes de deixar o local. Por essa presença de tantas pessoas ao redor, não poderíamos começar por outro assunto que não fosse a apresentação do seu pessoal.

Cada padaria tem as suas particularidades. No entanto, em todas elas, com certeza, a maneira como os funcionários se apresentam para o cliente é fundamental para um bom atendimento. Por isso, nunca deixe seu time se descuidar com a higiene, educação e bom humor. Da sua parte, certifique se todos estão bem vestidos com o uniforme, sem manchas, nas condições e tamanhos adequados. Todos estes detalhes são percebidos pelos clientes e garantirão que ele se sinta em um estabelecimento organizado e com bom padrão de qualidade e higiene.

O tratamento com o cliente

Cada cliente que entrar no seu estabelecimento terá um objetivo diferente. Alguns com mais pressa e outros com alguma dúvida do que irão comprar. Qualquer que seja o caso, é preciso que a sua equipe esteja atenta e trate todos os clientes com cortesia e educação.

Se o cliente está com pouco tempo, não é hora de ficar tomando a atenção dele para explicar cada item das suas novas receitas de panificação. Se ele está carregando muita coisa nas mãos, que tal oferecer uma cesta de compras para que ele possa levar mais itens? Se ele está com tempo de sobra, pensando o que vai comer e ocupando espaço de outras pessoas no balcão, porque não sugerir que ele se sente para tomar um café?

Esse olhar especial para cada situação e necessidade do seu público fará com que ele se sinta acolhido e mais confortável.

A forma de conquistar o cliente

Indo um pouco mais fundo na experiência de atendimento ao cliente, além do olhar mais atencioso que comentamos logo acima, as padarias oferecem uma oportunidade muito interessante: o atendimento verdadeiramente personalizado. Muitas empresas dizem que possuem essa personalização, mas a verdade é que poucas conseguem fazê-lo de maneira efetiva.

Independentemente se o seu estabelecimento é de bairro ou no centro, normalmente as pessoas têm a tendência de manter uma rotina: abastecer o carro no mesmo posto, fazer compra no mesmo supermercado, ir ao mesmo shopping e frequentar a mesma padaria. É nessa hora que uma equipe bem treinada e atenta pode fazer a diferença.

Quem não acha agradável a sensação familiar de ser tratado pelo nome ou poder chegar em um balcão e o atendente já saber o que você quer sem ter que pedir nada? Topar com o gerente e receber uma amostra de um produto novo da padaria? É esse ambiente aconchegante que vai fazer seu cliente se sentir especial e “de casa”.

Os hábitos de higiene

Não é suficiente que seus funcionários estejam usando uniformes e utensílios bem limpos. Um olhar vigilante da gerência e da diretoria se fazem essenciais no dia a dia de uma padaria que atende os mais elevados níveis de asseio. Além disso, é muito importante que os exemplos de boa higiene atinjam toda a equipe que trabalha no local.

No quesito higiene a dica é nivelar por cima. Qualquer estabelecimento que ofereça produtos alimentícios, além da obrigação legal de seguir normas e padrões de operação, deve prezar pela limpeza. Seu atendimento e produtos oferecidos são suas principais formas de atrair (e manter) clientes.

Fique atento e instrua sempre sua equipe a trocar as luvas quando necessário, prender bem os cabelos por debaixo das toucas, trocar aventais, jogar fora itens descartáveis depois do uso, manter panos, guardanapos, talheres e utensílios sempre muito bem limpos. Seu cliente pode até não falar, mas ele está de olho em cada um desses detalhes.

Sobre os produtos

Treine, instrua, explique para sua equipe tudo sobre o que você está oferecendo. É muito importante que seu time saiba o que o cliente vai levar para casa. Com a crescente preocupação sobre hábitos alimentares, a população está cada vez mais exigente.

Temos por aí intolerantes à lactose, glúten, diabéticos, vegetarianos, veganos, alérgicos e mais um monte de outros tipos de pessoas entrando e saindo a cada minuto da nossa loja. Por isso, é necessário entender as particularidades de cada cliente e oferecer um bom suporte na hora de escolher as compras. Além disso, é importante também saber dar instruções corretas no transporte e acondicionamento dos seus produtos para garantir que estejam inteiros, vistosos e saudáveis também na hora do consumo.

 

Pesquisa de satisfação

Invista em informação. Conheça e entenda o seu consumidor. Saiba o que ele está procurando, se está satisfeito com o serviço prestado e o que ele gostaria que fosse melhorado. Entender como o seu público se sente antes e depois de sair da sua padaria é muito importante para poder planejar as próximas ações do seu negócio.

Caso não tenha muita verba para materiais e procedimentos de pesquisa, pode começar pelo básico: converse com seus clientes. Procure saber o que eles estão buscando. Fale também com quem atende seu público: o caixa, o pessoal do balcão, quem anota as encomendas e descubra algumas reclamações, críticas, dúvidas e elogios que você pode não perceber.

Focando no relacionamento com cliente e na absorção dessas percepções, você vai ter mais certeza antes de fazer qualquer investimento na sua padaria. Esse acompanhamento é fundamental para a evolução do seu negócio.

Por falar em evolução do seu negócio, que tal umas boas dicas sobre gestão de padarias de sucesso? Clique no link e veja esse outro material que preparamos para você.

Bostock de Natal

Essa receita foi desenvolvida especialmente para o MMB em comemoração deste Natal de 2016 que foi um ano tão importante para a Deli Garage. Ela é uma variação do clássico Bostock, com uma montagem que mais tem a ver com as nossas mesas de ceia e a introdução de elementos emblemáticos de Natal como as frutas cristalizadas e as passas. Fica linda depois de assada, tem um sabor surpreendente e marcante. Servida ainda quente com o sorvete de sua preferência, é imbatível!

Creme Frangipane
A origem para o nome vem do século XVI. Marquis Muzio Frangipani, perfumista de Luís XIII, criou o aroma de amêndoas, além de dar nome às floridas árvores de jasmim-manga, também conhecidas como flor de frangipani. A partir daí os confeiteiros desejaram captar esse aroma nos doces e criaram o recheio frangipani, um creme de amêndoas perfumado com o aroma criado por Frangipani.

Ingredientes para Brioche

  • Água 90g
  • Fermento Seco 27g
  • Ovo 178g
  • Sal 27g
  • Açúcar 232g
  • Farinha de Trigo 1.780g
  • Ovo 534g
  • Manteiga 1.068g

Modo de preparo da Brioche

  • Em uma batedeira com a raquete, bata fermento, água, farinha, açúcar, sal, por 5 minutos e ovos até obter uma massa lisa. Sem parar de bater, vá incorporando a manteiga em pedaços pequenos e misture bem até que a massa fique muito elástica.
  • Transfira a massa para uma caixa plástica, deixe repousar por 30 minutos. Depois modele a massa da forma desejada, ou coloque em formas untadas e deixe fermentar até dobrar de volume.
  • Asse as brioches em forno a 190ºC com banho de gema na superfície.

Ingredientes Creme

  • Farinha de amêndoas 250g
  • Açúcar 250g
  • Manteiga sem sal 250g
  • Ovos (um a um) 5
  • Farinha de trigo 90g
  • Frutas cristalizadas e uvas passas 100g
  • Chocolate meio amargo em gotas 100g

Modo de preparo

  • Misturar a farinha de amêndoas, o açúcar, a farinha de trigo e a manteiga na batedeira numa velocidade alta, durante 5 minutos.
  • Misturar um a um os ovos ao creme sem bater.

Montagem do Bostock

  • Em uma forma antiaderente retangular, faça camadas da brioche ao fundo (que foram banhadas em calda de açúcar com flor de laranjeira), por cima das camadas de pão, faça uma camada generosa de creme de amêndoas e siga o processo intercalando até quase a margem da forma. Leve a forma para o forno a 190ºC e asse até dourar bem. Desenforme o Bostock e decore como quiser, com amêndoas laminadas, por exemplo.
Spekulatius

Natal, o natal é bom em qualquer parte, mas para mim, o melhor é o do norte da Europa, os mercados de natal, as barraquinhas a servir um bom vinho quente, e uns deliciosos quitutes, a neve a cobrir tudo de branco, enfim… único.

Pegando embalo neste clima natalino, vou apresentar uma receita, de uma bolacha de especiarias muito comum por aquelas paragens, mas concretamente na Bélgica, Holanda e partes da Alemanha, consiste um uma bolacha a base de condimentos que se faz em umas forminhas de madeira com desenhos típicos da quadra natalícia.

Ingredientes

  • 1kg de manteiga
  • 1kg de açúcar
  • 2.500kg de farinha de trigo
  • 5 ovos
  • 2g de sal

Especiarias nesta ordem

  • 30g de canela em pó
  • 8g de nos moscada moída
  • 8g de cravo moído
  • 8g de gengibre em pó
  • 8g de cardamomo em pó
  • 4g de pimenta branca moída
  • 5g de fermento químico

Instruções

  • Num alguidar, junte a farinha o fermento o sal e as especiarias e reserve.
  • Noutro alguidar, misture bem a manteiga com o açúcar, e pode ir adicionando os ovos aos poucos, a seguir junte a mistura anterior, e bata bem até ficar uma massa consistente, cubra com um plástico filme e leve ao frigorifico por 12 horas.
  • Estique a massa, sobre as formas de madeira, próprias para spekulatius, pressionando com o rolo até corta-las, disponha em tabuleiros previamente untados e leve-os a coser em forno pré-aquecido a 200 ºC por aproximadamente 15 minutos.
  • Se não tiver as formas de Spekulatius, sempre podemos esticá-las e cortá-las com cortantes a nossa escolha.
Bolo de Natal Maria Lúcia

Antes de provar esse bolo, ainda na minha adolescência, eu detestava passas e outras frutas secas.

Meus tios estudaram nos Estados Unidos por um período, e trouxeram de lá o hábito deste bolo de frutas natalino. Inicialmente ele era encomendado de lá e vinha por correio. Posteriormente, com o aumento da dificuldade de trazer alimentos e das taxas de importação, minha tia Lúcia começou a fazer o bolo por aqui, todo o Natal.

Estimulado pelo sucesso dela, comecei a produzir a minha versão desse bolo de frutas, adaptada ao meu gosto pessoal a partir de uma receita da autora Margareth Costa.

Infelizmente a minha tia se foi cedo demais, dois anos atrás, mas continuamos com a tradição de fazer esse bolo de frutas no Natal, que agora carrega o nome dela.

Ingredientes

  • 1750g de frutas secas diversas *
  • 300g de farinha de trigo
  • 300g de manteiga
  • 300g de açúcar mascavo
  • 1 casca de laranja ralada
  • 1 casca de limão ralada
  • 1 colher de sopa melaço ou mel
  • 6 ovos batidos
  • 1 colher de chá rasa da mistura de especiarias em pó **
  • 1 colher de chá ou a gosto de noz moscada
  • 1 colher de chá de puxuri ralado
  • 6 colheres de sopa de cachaça, rum, uísque, xerez ou conhaque

Dica

  • *Passas, frutas cristalizadas, nozes, amêndoas, cerejas cristalizadas, damascos, etc, proporção a gosto. Recomendo deixar as passas de molho em rum ou cachaça de boa qualidade por alguns dias antes de começar a receita.
  • **Gengibre, canela, cardamomo, anis, cravo

Instruções

  • Misturar todas as frutas em um bowl, junto com uma colher de sopa de farinha de trigo e misturar bem. Em outro bowl, bater a manteiga com o açúcar mascavo até a mistura ficar mais clara e aerada. Juntar as raspas e o melado. Adicione a seguir os ovos batidos**.
  • Colocar a farinha misturada com o sal e especiarias e rum (ou outra bebida de escolha) suficiente para dar ponto de fita na massa. Depois, adicione as frutas secas e misture delicadamente.
  • Após este processo coloque a massa em uma forma de silicone ou em uma forma metálica revestida com papel antiaderente. O bolo cresce mais no centro, então deixe essa parte central mais baixa, se quiser ter um bolo mais plano no final.
  • A parte de cima da forma pode ser tapada com o mesmo papel antiaderente para evitar que o bolo doure rápido demais, mas isso varia muito de forno para forno.
  • Pessoalmente nunca precisei tapar. Asse 20 minutos em forno pré-aquecido a 170ºC e depois baixe a temperatura para 150ºC e asse mais 40 minutos. Abaixe a temperatura para 140ºC e asse até que um palito espetado no centro saia limpo.
  • A receita original falava em cinco horas de forno no total, mas não me recordo ter assado um bolo dessas mais de duas horas ao todo. Também é possível assar essa mistura em formas menores, como por exemplo, as de bolo inglês, apenas é preciso cuidado com os tempos de assamento que devem ser reduzidos.
  • Depois de sair do forno, o bolo fica uma hora descansando antes de ser retirado da forma. Recomendo embalar ele em filme plástico e guardar dentro de uma lata por alguns dias antes de servir.
  • Eu, pessoalmente, prefiro embalar a vácuo e guardar em local fresco por um mês ou dois antes de servir. Já consumi bolos de frutas conservados assim com mais de um ano de produção e em ótimo estado. Como nosso Natal é no verão, recomendo servir as fatias desse bolo com uma bola de sorvete de creme.
  • *A minha mistura tem predominância de passas ao rum, seguido por nozes, um pouco de frutas cristalizadas e uma quantidade razoável de cerejas, porque adoro encontrar ao menos uma cereja na minha fatia.
  • **Provavelmente a mistura vai talhar nessa etapa. No caso desta receita, isto não é um problema.
  • Para um bolo grande de 22cm.

Fermento natural para pão: o que é, por que é importante, como fazer e mais!

Não é preciso estar super antenado no universo da gastronomia para saber que a tendência, no Brasil e no mundo, vem sendo a de resgatar cada vez mais os processos culinários em suas origens.

Das hamburguerias artesanais aos restaurantes de comida étnica, passando por todo o movimento do slow food até chegar à valorização dos produtos orgânicos e de cultivo local, mais e mais gente tem buscado fazer de suas refeições um momento de prazer, relaxamento e saúde.

E é claro que isso não condiz em nada com os alimentos industrializados e hiperprocessados, nem com o fast food. Tanto é que até mesmo redes como o McDonalds vêm lançando produtos “gourmet” que simulam a culinária artesanal, acredita?

Nesse contexto, as padarias e panificadoras não ficam de fora, retornando aos processos mais antigos de fabricação de pães para, na contra-corrente da produção em massa, oferecer a seus clientes experiências únicas, com ingredientes selecionados a dedo e a volta da massa azeda (a famosa sourdough, fermentação au levain ou — adivinhe! — massa madre) para as cozinhas.

Pensando nisso, no post de hoje trouxemos um guia completíssimo sobre o fermento natural para pão, partindo de sua história, passando pelas diferentes técnicas, listando as características de cada fermento para que você entenda a diferença e, finalmente, chegando aos benefícios do pão feito por esse processo.

Acompanhe-nos, saiba tudo sobre essa novidade (que, como você vai ver, na verdade é bem antiga) e leve-a para a sua massa!

 

1. Da fermentação natural ao fermento instantâneo: uma breve história do pão

Não é nenhum exagero dizer que a história do pão é quase tão antiga quanto a da nossa civilização. Afinal, foi nos primórdios da agricultura, com o início do cultivo de grãos e cereais como o trigo, que os homens primitivos deixaram a vida nômade para começar a se organizar em torno de sociedades mais complexas.

Sendo assim, para entender de onde surgiu a fermentação natural, nada melhor que fazer um breve passeio pela história do pão. Vamos lá?

 

1.1. Os pães “chatos”

Quem acha que nossos ancestrais não comiam pão antes da descoberta da levedura se engana: muito antes das primeiras fornadas feitas com fermento, já se comiam pães achatados, feitos com trigo, milho e outros grãos.

Até hoje, pães como a pita árabe ou as tortilhas mexicanas, por exemplo, usam o mesmo processo. Só que naquela época eles eram “assados” em pedras quentes, num tipo de frigideira primitiva, sobre uma fogueira.

 

1.2. O processamento dos grãos

O uso de grãos como trigo, cevada, aveia e milho na alimentação é bem anterior ao surgimento dos pães, por isso as técnicas de moagem — primeiramente a mão, usando pedras — já eram conhecidas há muito tempo quando os primeiros pãezinhos do mundo saíram do forno.

Mas a coisa começou a ficar mais refinada mesmo foi na Mesopotâmia, em torno de 800 a.C., quando foram inventados os moinhos de tração animal. A partir de então, o processamento da farinha passou a ser um sinal de status, e o pão feito com farinha “branca” não era para o bico de qualquer um, não: só os mais abastados podiam se dar ao luxo de refinar tanto o trigo.

 

1.3. Primeiras experiências com a fermentação natural

Embora não se saiba ao certo como e quando exatamente o primeiro pão levedado surgiu, não é muito difícil imaginar o que aconteceu, pois desde a pré-história, os homens preparavam um tipo de mingau com aveia e água para comer.

Assim, se alguém tiver esquecido o mingau parado por algum dia ou mesmo algumas horas, é provável que ele tenha começado a fermentar naturalmente. Daí para cozinhar a massa resultante, como já se fazia com os pães chatos, é um passo bem simples, não é?

Logo, logo, nossos antepassados descobriram que não precisavam ficar esperando que o pão crescesse sozinho: era só usar um restinho da massa anterior — que, apesar de eles não saberem disso, claro, continha os micro-organismos responsáveis pelo processo — como gatilho para iniciar a fermentação da próxima fornada.

Por volta do ano 300 a.C., as leveduras para pão já eram comercializadas pelos padeiros mais experientes no Antigo Egito, e com a expansão do Império Romano para lá e para o resto da Europa, não demorou para que a técnica dominasse o Velho Continente.

 

1.4. O pão na Idade Média

Nessa época, as técnicas de fermentação natural e panificação já eram bem difundidas, mas além de ser um componente básico da alimentação das pessoas na era medieval, o pão ainda fazia parte da “louça”, por assim dizer, usada pelas pessoas para comer, sabia?

Uma fatia de pão velho era usada como prato para absorver a bagunça que o pessoal fazia à mesa — imagine-os mordendo aquela coxa de frango suculenta, por exemplo — e podia ser comida ao final ou dada para os cachorros. Aquela ideia de raspar o resto de caldo ou o molho da comida com um pedaço de pão também não é nada moderna!

 

1.5. Fermentação na era industrial

Durante todo esse tempo, desde o Antigo Egito, o pão consumido no ocidente era preparado usando a fermentação natural, que como veremos no próximo capítulo, pode acontecer seguindo técnicas diversas.

Foi só com o advento da industrialização que o processo começou a mudar: os primeiros fermentos biológicos frescos apareceram, e a fabricação do pão começou a ficar cada vez mais veloz.

Em 1868, os irmãos Fleischmann vieram da Áustria para os Estados Unidos e abriram a primeira fábrica de fermentos do mundo. Na época da Segunda Guerra, criaram o fermento seco, que podia ser transportado para o front para que os soldados americanos fizessem pão com aquele “gostinho de casa”.

Já em 1961, a Grã-Bretanha criou um método de produção conhecido como CBP (Chorleywood bread process) que, combinando o uso de batedeiras de alta potência e ácido ascórbico, permitiu acelerar enormemente a produção em larga escala de pão industrializado.

Desde então, com todas essas inovações e o boom dos alimentos industrializados, os pães produzidos mais rapidamente, com fermentos secos e instantâneos, além do uso de outras inovações mecânicas, tomaram o lugar do pão feito com a levedura espontânea.

Por isso, esse processo só foi resgatado nos dias de hoje, pelas panificadoras artesanais, em resposta a uma demanda do consumidor por produtos fabricados segundo a tradição, quer dizer, com mais lentidão e cuidado individual por parte do padeiro.

 

2. A parte técnica: conheça as formas de fazer fermento natural para pão

Até aqui, provavelmente já deve ter dado para entender que o processo de fermentação dito “natural” é aquele em que a levedura acontece sem ajuda dos fermentos de supermercado, certo? Pois então agora é hora de ir mais fundo nessa história para entender exatamente como isso se dá. Veja só:

 

2.1. Como funciona o processo de fermentação

Como você talvez já deva saber, o que faz o pão crescer e ficar cheio de bolhinhas no miolo é a ação de micro-organismos que chamamos de levedura. Existem vários tipos de levedura diferentes, sendo que elas também são usadas para fazer cerveja, iogurte, queijos e até azeitona, por exemplo.

Basicamente, o que a levedura faz é digerir os açúcares que aparecem quando misturamos o amido da farinha com o oxigênio da água. Assim, na fabricação do pão, esses micro-organismos consomem açúcar e liberam álcool e gás carbônico.

O álcool, nesse caso, evapora quando a massa vai ao forno, apesar de ainda deixar um gostinho e aroma característico, que é o que dá o nome do pão produzido com fermentação natural em inglês (sourdough) e alemão (Sauerteig), por exemplo, ou seja: massa azeda.

Já o gás carbônico liberado pela levedura fica preso na massa, fazendo-a crescer e formando os alvéolos típicos do miolo de um bom pão.

 

2.2. Fermentação natural apenas com água e farinha

Como a levedura é um micro-organismo que existe naturalmente no ar, não é preciso mais do que o açúcar do trigo, adicionado de um pouco de água, para que ela comece a se alimentar e a se reproduzir na mistura, criando o que se chama de starter, ou o gatilho que irá iniciar o processo de fermentação.

Assim, a técnica mais simples e primitiva de fazer fermento natural para pão é a de misturar água e farinha e deixar essa gororoba descansando em algum lugar, esperando até que a levedura do ar encontre-a e comece sua mágica.

Quando isso acontece, a mistura ganha o aroma característico da fermentação, além de ficar cheia de bolhas. É preciso então ir “alimentando” os micro-organismos, adicionando aos poucos mais água e farinha, até que o starter fique estável e possa ser usado para fazer crescer suas massas de pão.

Uma massa com levedura natural estável pode produzir infinitos pães, desde que continue sendo alimentada na medida certa para que as bactérias se reproduzam. É isso o que os antigos egípcios vendiam a outros padeiros!

Depois que a levedura “pega”, por assim dizer, pode sobreviver por décadas (e até séculos!), se o padeiro souber cuidar dela direitinho. Dá até mesmo para congelar um starter por bastante tempo, reativando-o sempre que for preciso usá-lo de novo para a próxima fornada.

Veja aqui o passo a passo para fazer seu próprio sourdough starter!

 

2.3. Fermentação natural “com uma ajudinha

Apesar de os micro-organismos necessários para a fermentação da farinha com água existirem em todo lugar, no próprio ar, pode acontecer de alguns fatores (como frio e umidade, por exemplo) inibirem sua reprodução. Nesse caso, é possível dar “uma mãozinha” à massa para que ela atraia as leveduras e comece a crescer.

Na Antiguidade, por exemplo, alguns povos usavam a espuma da cerveja ou uma pasta produzida com uvas fermentadas para fazer seus pães. Hoje, algumas receitas sugerem o uso de frutas como maçãs, uvas ou abacaxi para facilitar a ação das leveduras na produção do starter do fermento natural.

Além disso, dependendo da receita, iogurtes e outras fontes de lactobacilos também podem contribuir para começar a cultura das bactérias na massa de pão.

 

3. Entendendo a diferença: saiba quais são as características de cada fermento

Agora que você já está mais entendido quanto à química do fermento natural, vamos dar uma olhada nele em contraste com os outros tipos de fermento disponíveis por aí para que a diferença fique ainda mais clara. Confira:

 

3.1. Fermento natural

Como vimos, o fermento chamado natural é aquele que se inicia “espontaneamente” com as leveduras presentes no ar, formando um starter que deve ser então alimentado constantemente e pode ser usado para produzir pães ao infinito.

Isso significa que se você tiver um starter estável na sua cozinha e decidir só pão com fermentação natural para sempre, nunca mais vai precisar comprar fermento. Afinal, é só continuar criando seu pequeno monstro de leveduras para recuperar o pedacinho que você tirou para fazer crescer cada fornada.

Vale destacar que além de produzir seu próprio starter do zero — seja apenas com farinha e água ou nas técnicas que usam alguma fruta ou outro tipo de estímulo —, também é possível comprar ou ganhar um “filhotinho” de starter para começar a criar. Você mesmo pode, inclusive, dar um pedaço do seu starter para outra pessoa, e aí ela vai poder alimentá-lo e ficar com uma cultura de bactérias iguais às suas.

À medida que você for fazendo testes e conhecendo diferentes starters (produzidos com tipos diferentes de farinha, por exemplo), vai poder selecionar aqueles que mais combinam com cada uma das suas receitas, assim como os de melhor qualidade para o seu pão.

 

3.2. Fermento biológico fresco

Podendo ser comprado em tabletinhos pelo padeiro amador ou em quadrados maiores, pelos profissionais, o fermento biológico seco é basicamente uma levedura compactada, comercializada viva e, por isso, altamente perecível.

Para manter os micro-organismos vivos e prontos para entrarem em ação na hora certa, esse tipo de fermento precisa estar sob refrigeração constante até o momento de uso. Também é possível congelá-lo por um tempo limitado.

Para saber se ainda está funcionando, é só misturá-lo a um pouquinho de água com açúcar e esperar alguns minutos. Se a mistura ficar espumosa e cheia de bolhas, a levedura ainda está viva e a fermentando a todo vapor! Do contrário, infelizmente ela já está descansando em paz.

 

3.3. Fermento biológico seco

Inventando pela Fleischmann em 1945, o fermento biológico seco foi uma criação que possibilitou aumentar em muito a duração da levedura comercial, além de eliminar a necessidade de mantê-la refrigerada.

Nesse tipo de fermento, a mesma levedura encontrada nos tabletinhos frescos (cujo nome científico, a propósito, é Saccharomyces cerevisiae) é encapsulada viva em uma parede de células mortas. Para dissolver essa parede e reativá-la, é preciso misturá-la com água morna e deixá-la agir por alguns minutos, formando bolhas e espuma.

Protegida dessa maneira, a levedura pode viver por até 1 ano dentro do pacotinho ou ser congelada por tempo quase indeterminado! A desvantagem é que ela fica mais sensível a choques térmicos, podendo morrer se você adicionar água quente demais à receita, por exemplo, ou se misturá-la acidentalmente com o sal.

Existe ainda o fermento biológico seco instantâneo, que pode ser adicionado diretamente à farinha, sem precisar ser reidratado antes. A diferença é que ele é fabricado em cápsulas ainda menores e que contêm mais levedura por grão, assim como um pouquinho de ácido ascórbico como conservante.

 

3.4. Bicarbonato de sódio

Diferentemente de todos os fermentos de que falamos até aqui, o bicarbonato de sódio não é biológico, mas sim químico. Isso porque ele não contém micro-organismos vivos que vão digerir os açúcares da massa e fermentar. Assim, sua ação é inteiramente baseada na reação entre os ingredientes da massa e os elementos presentes em sua composição.

Isso quer dizer que o bicarbonato é muito menos potente em termos de fabricação de pães que qualquer tipo de fermento biológico. Por outro lado, sua ação é muito mais rápida: não é preciso esperar a massa crescer, por exemplo, já que não haverá leveduras se alimentando e liberando gás ali.

O pão produzido com bicarbonato é chamado de pão de soda e geralmente tem sabor e aroma bem característicos. Ele precisa conter algum tipo de ácido nos ingredientes para reagir com o NaHCO3, como iogurte ou creme azedo, e só começa a fazer a massa expandir em contato com o calor, por isso é muito útil para as massas resfriadas ou congeladas.

Além disso, o bicarbonato não é sensível à temperatura ambiente e umidade, motivo pelo qual é bastante popular em países como a Irlanda, nos quais o clima pode dificultar a ação da levedura biológica.

 

3.5. Fermento químico em pó

Pode-se dizer que o fermento químico em pó — aquele branquinho e fino, o famoso pó Royal, que também existe em outras marcas, claro — é uma evolução do bicarbonato de sódio. Isso porque ele funciona mais ou menos da mesma maneira, só que já contém em sua fórmula os ácidos necessários para a reação química, por isso não precisa que a receita contenha iogurte ou creme azedo.

A desvantagem é que, por causa disso, ele começa a agir imediatamente, assim que misturado com o líquido da massa. Por isso só é adicionado no final da receita, sendo misturado de leve, para não acelerar a reação, e não permitindo que a massa seja guardada no freezer ou geladeira depois de incorporado.

Geralmente, o fermento químico é usado para fazer, por exemplo, bolos como o Königskuchen, ou pães do tipo “de minuto”, em que não é necessário esperar a massa crescer. Assim como o bicarbonato, o fermento químico é muito mais fraco que a levedura, por isso os pães produzidos com ele são mais “massudos”, com bolhinhas menores no miolo.

 

4. Por que adotar a fermentação natural: de olho nos benefícios do pão feito assim

Depois desse tour pelos diferentes tipos de fermento, pode ser que você ainda esteja em dúvida quanto às vantagens de se criar um starter de fermentação natural para si. Afinal, por mais que todo o processo seja fascinante, por que se dar ao trabalho quando a indústria já evoluiu até o fermento seco instantâneo?

Pois então saiba que, embora o fermento biológico — seja ele fresco ou seco — seja mais do que suficiente para produzir pães deliciosos, a fermentação natural tem, sim, suas vantagens únicas, até mesmo face à praticidade do sachê de fermento seco. Conheça algumas delas:

 

4.1. Fabricação de pão de centeio

O pão de centeio, muito popular no norte da Europa, é um dos casos em que a fermentação natural dá de mil em qualquer outro tipo de fermento, sabia? O que acontece é que o centeio não tem tanto glúten quanto o trigo — o que, aliás, faz desse tipo de pão uma excelente alternativa para quem não digere bem essa substância.

A estrutura do pão de centeio depende do amido presente na farinha, só que as enzimas que quebram o amido nesse tipo de grão continuam ativas a temperaturas bem mais altas do que no caso do trigo, fazendo com que ele murche antes que possa se estabilizar.

Como o starter da fermentação natural tem um pH mais baixo do que o do fermento seco, ele ajuda a desativar essas enzimas do centeio, permitindo que o pão cresça e forme uma estrutura firme dentro do forno, sem murchar.

 

4.2. Contribui para a digestão

Como vimos, o pão produzido por fermentação natural precisa de menos glúten do que aquele feito com outros tipos de fermento (existe até receita de starter sem glúten!). Isso faz com que ele seja mais facilmente digerido por quem tem algum tipo de desconforto com o glúten, bem como síndrome do intestino irritável ou mesmo intolerância à lactose.

Outra curiosidade é o fato de que o pão produzido com fermentação natural contém lactobacilos encontrados somente nesse tipo de fermento, isto é, que não estão presentes no fermento seco comprado no supermercado. Esses lactobacilos contribuem para a digestão do pão, além de serem extremamente benéficos para a nossa flora intestinal!

 

4.3. Dura mais

O tempo estendido de preparação do pão feito com fermentação natural não é em vão, viu? Isso porque esses pães têm casca mais grossa e, por causa do ácido acético liberado pela levedura, inibem o surgimento de bolor.

Não por acaso, o pão produzido assim é consumido por dias nos países nórdicos, sendo excelente para reaproveitar nas receitas de bruschettatapas e sanduíches dinamarqueses (smørrebrød), por exemplo.

 

4.4. Resgata uma tradição perdida

É claro que não tem nada de errado com os pães produzidos com fermento biológico seco, ou mesmo bicarbonato de sódio e fermento químico em pó. Esses processos, por sinal, são tão naturais quanto a fermentação que chamamos de natural, ok?

Mesmo assim, principalmente entre os amantes do bom pão, não há dúvidas de que vale a pena resgatar a tradição do pão produzido com massa azeda, não apenas por toda a história e cultura envolvida nesse processo, mas também pelo sabor, textura e aroma únicos desse tipo de pão.

Em um mundo cada vez mais acelerado, parar para produzir um pão que requer tanto cuidado e tempo de preparo certamente é algo de muito precioso. Suas características únicas dependem das especificidades dos micro-organismos que fizeram daquela mistura de água e farinha o seu lar, além da atenção individualizada do padeiro, e se isso certamente não inválida os pães produzidos de outras maneiras, não deixa de fazer com que a massa madre seja ainda mais especial!

E aí, gostou de aprender tanto sobre o fermento natural para pão? Então comente aqui embaixo contando para a gente o que achou desse post!