Ainda que os influenciadores digitais da panificação possam parecer novidade, os formadores de opinião já existem há tempos. O que ocorreu, com a popularização da internet, foi uma ampliação e segmentação dos especialistas, além da disponibilização de um espaço democrático para a exposição de opiniões.
Neste caso, podemos falar sobre as redes sociais, as principais plataformas dos influenciadores. E também da popularidade deles, mensurada em curtidas, compartilhamentos e seguidores.
Isso fez com que ingressássemos no que, hoje, chamam de “era do influenciador digital”, como mostra a pesquisa do eMarketer. Nela, 45% dos entrevistados disseram utilizar as redes sociais para se guiar pela sua jornada de compra.
Dessa maneira, é nítida a relevância dos influenciadores digitais da panificação. E, neste post, vamos entender mais sobre o assunto, além de apontar algumas dicas para negociar com eles. Confira!
O que são os influenciadores digitais?
São aqueles que costumam chamar a atenção quando falam e cuja opinião geralmente é apreciada. Isso é algo que se vê no cotidiano, seja no trabalho, em conversas informais entre amigos ou em reuniões de família.
Acontece que os influenciadores digitais trabalham essa reputação com o longo alcance da internet — e segmentados pelas suas especializações. Assim, sites, blogs e as já mencionadas redes sociais ganham destaque para a divulgação de serviços e produtos de outras marcas.
Consequentemente, empresas rapidamente identificaram uma oportunidade nisso. Com a presença de influenciadores digitais de gastronomia, o valor da solução é endossado pela opinião de quem tem o respeito do público.
E existem diversos tipos de influenciadores, o que amplia o leque de opções dessas empresas. A ferramenta Traackr avaliou 10 tipos diferentes de influenciadores:
– ativista: a valorização das opiniões particulares;
– autoridade: cuja opinião promove a sua popularidade;
– celebridade: que gera reconhecimento imediato;
– conector: o que liga pontos e conexões e faz a sua fama com isso;
– disruptivo: que gosta de criar debates;
– expert: especialista do seu setor de atuação;
– insider: aquele do ramo, que compartilha a sua autoridade;
– jornalista: que movimenta o setor com sua palavra profissional;
– analista: aquele antenado em tendências;
– personal brand: aquele cujo nome já serve como valorização.
Para essa variedade ampla de influenciadores, é importante compreender como cada um pode atuar em favor da sua marca. Por isso, vamos nos aprofundar nesse conceito e em como avaliar o melhor influenciador para o seu negócio.
Como identificá-los?
Em geral, eles são apontados como autoridades de acordo com a influência digital que exercem. É o caso mencionado sobre as curtidas, seguidores e compartilhamentos. Ou seja: a possibilidade de alcançar o maior número de pessoas.
Só que a quantidade não é o único elemento a se considerar para encontrar influenciadores digitais da gastronomia. Eles geram e mantêm uma relação com os seus seguidores — por isso, outras características complementam essa equação, como:
– qualidade dos seguidores: às vezes, a quantidade é um reflexo distorcido da realidade, em que os seguidores pouco interagem — tornando-se apenas números nas redes sociais;
– interação: é o engajamento dos seguidores e a maneira com a qual a pessoa interage com eles. O diálogo é essencial para mensurar o impacto de uma ação, por exemplo;
– credibilidade: formadores de opinião devem, acima de tudo, ter uma boa credibilidade com o seu público. Do contrário, que bem faria a uma marca realizar ações com alguém cuja opinião é desacreditada?
Com essa combinação de qualidades, os influenciadores podem agregar mais valor às suas estratégias. E, caso ainda não saiba como eles podem impactar o seu negócio, logo abaixo vamos falar um pouco mais a respeito disso.
Como eles podem influenciar uma marca?
Por meio da reputação digital que eles têm, inicialmente. Funciona como uma espécie de conselho daquela pessoa em que você confia: a indicação de influenciadores é valiosa.
A diferença é que esse conselho é dado para milhares (ou até mesmo milhões) de pessoas, que também vão repercutir essa indicação. Sem exageros, uma boa estratégia planejada com influenciadores pode ser o divisor de águas para qualquer empresa.
Principalmente, porque se trata de uma ação rápida, que acumula resultados com igual agilidade, e economicamente acessível. Encaminhar um produto para influenciadores sai muito mais em conta do que investir em alguns tipos de mídias pagas.
Para tanto, as marcas devem saber com quem elas dialogam e quem elas desejam impactar. Isso significa que encontrar o maior influenciador em um contexto de panificação ou confeitaria não é o suficiente para render bons resultados.
É necessário que a sua solução converse com o público dessa personalidade. Além disso, que gere identificação com o formador de opinião e com aqueles que ele pode influenciar.
Tudo diz respeito à adequação do produto ou serviço a ser divulgado com o nicho em que ele está inserido. É a mesma premissa do marketing digital: encontrar a mensagem certa, para o público certo, no momento certo.
O conceito, inclusive, vai ao encontro do comportamento atual do consumidor. Como dissemos, no estudo do eMarketer, a opinião do influenciador tem peso, mas apenas porque as pessoas pesquisam mais.
Elas querem saber se e como o produto funciona, e o que ele pode fazer por essa pessoa. No mercado de panificação, é a possibilidade de detalhar um pouco mais as receitas e fazer com que sejam apresentadas por alguém de confiança do público.
Isso desperta e nutre o interesse do consumidor, que pode ser alimentado por soluções multimídias, como imagens, textos e vídeos.
Cada rede social tem um diferencial, e é possível fazer uso dos influenciadores digitais da gastronomia para explorar as características do seu produto.
Entretanto, atenção: falamos que uma estratégia dessas pode ser o grande divisor de águas para uma empresa. E isso vale tanto para resultados positivos quanto negativos. Afinal, quando o influenciador digital constrói uma resenha negativa — ou quando a escolha é inadequada ao produto —, a empresa sofre um grande impacto.
Daí a importância em confiar em seus produtos e em encontrar a parceria ideal para os seus objetivos, algo que veremos logo abaixo, para você ter mais chances de implementar uma estratégia de sucesso!
Como fazer parcerias com influenciadores digitais?
O mercado de influenciadores ainda se encontra em estágio exploratório. Sabe-se que as campanhas devem ser planejadas por meio de parcerias que tenham a ver.
Isso porque uma escolha errada pode ser prejudicial à imagem das empresas — e, em alguns casos, à credibilidade dos influenciadores. Essa parceria deve ser planejada e trabalhada para ser acertada do início ao fim.
Por se tratar de um momento embrionário, em que marcas e influenciadores ainda buscam compreender essa dinâmica, a negociação é fundamental. E é o que veremos a seguir!
Qual é o passo a passo para negociar com um influenciador?
Para que a sua estratégia seja construída em cima de certezas, reunimos algumas dicas que podem ajudar na organização do trabalho, como:
Entenda o perfil do seu público-alvo
Antes de escolher o melhor influenciador digital para os seus objetivos, a campanha tem início: em compreender quem é o seu consumidor, do que ele gosta e quais são os objetivos e desafios que ele enfrenta.
Além disso, é importante analisar o comportamento dele e quais são os meios mais utilizados para consumir conteúdo. Com isso, fica nítida a escolha pelo tipo de influenciador que você vai abordar.
Sem falar na importância em estar alinhado com o perfil do público. Quanto mais afinado for esse relacionamento, mais fácil será o planejamento.
Faça uma listagem de influenciadores digitais
Consiste em observar o mercado, inicialmente. Quais influenciadores têm feito um trabalho capaz de ser associado às suas soluções?
Com isso, você pode percorrer as redes sociais (como YouTube, blogs, Instagram, Facebook e Snapchat, entre outras) e fazer uma lista das principais. Convém manter essa lista atualizada para identificar rapidamente novas oportunidades.
Quantifique e qualifique
Agora que você já tem uma listagem dos principais influenciadores do seu nicho de mercado, é hora de quantificar e qualificar cada um deles.
Para isso, avalie os números absolutos que os influenciadores digitais acumulam, como:
– inscritos ou seguidores em seus canais;
– visualizações das postagens;
– engajamento dos usuários e interação com eles.
Os números e indicadores valem muito para a sua avaliação, que deve passar por um critério de qualificação. E isso passa pela identidade da marca, como ela se comporta no mercado e o perfil do público-alvo.
Pois, a partir dessas informações, você vai restringir cada vez mais os influenciadores capazes de prestar o melhor tipo de serviço para concretizar os objetivos da campanha.
Alguns pontos a serem analisados sobre o influenciador:
– como ele interage com o público?
– qual é o seu perfil?
– como o mercado reage a ele?
– quais são os pontos fortes e desafios dessa parceria?
– como ele se relaciona com a sua concorrência?
Vale, ainda, observar a curva de ascensão dos representantes de sua listagem. No YouTube, por exemplo, os usuários do mundo inteiro assistem a 1 bilhão de horas por dia de vídeos, e novos canais despontam a todo instante.
A atenção deve se concentrar justamente, portanto, em como o influenciador tem crescido nesse mercado dinâmico. Compreender o momento dessa pessoa ajuda a tornar a sua estratégia ainda mais eficiente com base na seguinte lógica: influenciadores em alta podem trazer resultados melhores.
Para entender esse momento, avalie os números do influenciador e, se possível, pesquise outras campanhas por ele realizadas para verificar o impacto dessas ações anteriores.
Saiba o que você deseja conquistar
Da mesma maneira que você faz um panorama completo dos influenciadores digitais da gastronomia, eles também fazem isso com as marcas com as quais eles trabalham e vão trabalhar.
Por isso, é importante colocar, na negociação, o momento de sua empresa e também o que você pretende conquistar com aquela parceria. Isso tudo deve estar muito bem estabelecido, bem como a preparação para alcançar bons resultados.
Como exemplo, vamos pensar em uma campanha cujo site não esteja preparado para receber um fluxo elevado de acessos. O resultado disso pode prejudicar muito do que há de bom nessa parceria com um influenciador digital.
Ou, ainda, com um site que não seja responsivo — ou seja, que não se adapte aos acessos via dispositivos móveis. Considerando que as pessoas passam boa parte do dia navegando em seus smartphones ou tablets, essa questão tem muita relevância.
Entre em contato e crie um relacionamento
Influenciadores em ascensão ou nos estágios iniciais de sua trajetória costumam lidar diretamente com as marcas. Outros, com um respaldo maior, já trabalham com agências.
Independentemente da situação em que o influenciador do seu interesse se encontra, a listagem deve conter os dados de contato dele. Ao abordá-lo, aproveite para evidenciar as qualidades dessa pessoa e apontar os diferenciais de sua marca.
Em seguida, é importante fazer com que ele perceba as vantagens dessa parceria. E aí reside um planejamento estratégico para destacar de que maneira as duas partes vão se beneficiar disso.
Convém, ainda, solicitar o material dos influenciadores de trabalhos anteriores — um elemento determinante para qualificar ainda mais a sua lista e atualizá-la.
Negocie e encante-o
Negociações que passam por agências podem ser mais demoradas, porque, do primeiro contato, existe um intervalo de tempo, que é o momento em que o influenciador avalia a proposta intermediada pelo profissional.
É aqui, inclusive, que valores e a entrega de valor da campanha se encontram. Influenciadores digitais mais cobiçados cobram, naturalmente, um valor mais elevado do que um profissional em início de carreira. Tenha em mente, previamente, o teto para investir nessa campanha.
Além disso, a elaboração de um contrato é fundamental para que todas as partes se sintam protegidas e os elementos entregáveis da estratégia sejam juridicamente estabelecidos.
Explore as suas expectativas
Definidos os estágios iniciais da negociação, é hora de se reunir com o influenciador digital da gastronomia para passar o briefing de sua campanha.
Entenda que o briefing é o direcionamento da campanha, e não o roteiro. Isso fica por conta do influenciador — e, quanto menos intervenção da empresa, mais natural será a opinião dele.
Vale, também, aproveitar o momento para enviar (caso ainda não tenha sido enviado) o produto que você deseja trabalhar por meio desse influenciador. Mostrar todo o valor de sua solução é determinante para que o encantamento idealizado para o público-alvo também impacte o influenciador.
Analise o material e mensure os resultados
Agora, existem duas etapas bem definidas: a primeira é a aprovação do trabalho realizado. Avalie se tudo estabelecido em contrato foi respeitado e se a ação promovida está em alinhamento com as expectativas e objetivos do projeto.
Ajustes realizados e campanha no ar, é hora de trabalhar no engajamento da campanha. Os seus próprios colaboradores podem ajudar a potencializar os resultados, da mesma forma que a campanha deve ser divulgada em todos os seus canais.
Em seguida, deve-se mensurar a performance da ação e contar com uma força-tarefa para lidar com o alto volume de acessos ou interesse do consumidor. Caso a campanha seja bem-sucedida, as abordagens do consumidor vão crescer gradativamente.
Tenha em mente que todos os resultados obtidos dessa campanha devem ser analisados e considerados para o planejamento da ação seguinte. Eles são verdadeiros termômetros do que funcionou e do que pode ser repensado para a próxima estratégia.
Quem são os maiores influenciadores digitais da panificação?
Até aqui, falamos sobre o conceito de influenciadores digitais e o impacto deles nas ações promovidas pela sua empresa. Por fim, estabelecemos um passo a passo para abordá-los e iniciar uma negociação com eles.
Agora, para facilitar um pouco do seu trabalho, reunimos uma breve — mas poderosa — seleção com os maiores influenciadores digitais em panificação e confeitaria. Assim, você adquire uma base predefinida para criar as suas ações de divulgação. Confira!
Rafael, da The Slow Bakery
Fundada em 2014, The Slow Bakery tem feito sucesso entre aqueles que não abrem mão de um pão cujo resgate de processos milenares é idealizado.
À frente do projeto, Rafael tem mantido constância no relacionamento com o público, e o resultado você pode conferir ao clicar no link acima, que vai direcionar você ao perfil da The Slow Bakery no Instagram.
Flávia Maculan, do Tøast
Padeira e bióloga, Flávia Maculan é apaixonada pelo método sourdough de fazer pães. Após um período de experiências nos Estados Unidos, ela voltou ao país com uma grande bagagem profissional — com destaque à sua especialização na técnica de fermentação natural.
O resultado você pode conferir por si só no Instagram dela, ou no Tøast, o seu empreendimento.
Izabela Tavares, da Iza Padaria Artesanal
Mais uma aficionada pela fermentação natural para os seus produtos, Izabela Tavares se formou em gastronomia e, posteriormente, ampliou os conhecimentos em escolas na Itália e em São Francisco.
Para saber mais a respeito de uma das grandes influenciadoras digitais de gastronomia na área, acesse a sua página do Instagram.
Marco Antonio, do Rei da Broa
Originário de uma família de padeiros, Marco Antonio é a quarta geração de apaixonados pela panificação e, hoje, é consultor e sócio do Centro Gastronômico Requinte.
Mais sobre o seu trabalho como influenciador digital pode ser encontrado no Instagram de seu projeto Rei da Broa.
Alethea Suedt, d’A Padeira
No Instagram de Alethea, você aprende muito sobre o cuidado e atenção que ela dá à panificação.
Uma pesquisa frutífera que pode render boas ideias para você desenvolver o seu trabalho com influenciadores digitais da gastronomia, inclusive.
Cristina, da Madre Pães Artesanais
A micropadaria artesanal de Cristina, localizada em Belo Horizonte, tem dado o que falar, e, em suas redes sociais, o tráfego é intenso e repleto de engajamentos.
Pode ser uma possibilidade e tanto para desenvolver um trabalho em parceria.
Jaqueson Dichoff, da Vituccio
O chef Jaqueson Dichoff, que comanda uma das pizzarias mais tradicionais da Zona Oeste paulistana, usa o seu Instagram para apresentar as suas últimas novidades.
Beth, da Beth Bakery
De pães a doces caprichados, a Beth Bakery tem se expandido continuamente desde a sua inauguração, em 2013.
Para saber mais sobre o local, bem como a sua influenciadora principal, acesse o Instagram da micropadaria artesanal.
Flavio Federico, da Academia de Confeitaria
O local reúne interessados em dar mais cor e sabor às suas receitas adocicadas. No Instagram de seu idealizador, Flavio Federico, é possível ter uma prévia do que acontece na Academia de Confeitaria e, assim, pensar em deliciosas possibilidades de parceria.
Moema Machado
Influenciadora com versatilidade em suas criações, Moema Machado concentra boa base de seguidores, o que pode ser uma oportunidade valiosa para ampliar o alcance de suas ações.
Acesse o Instagram da padeira profissional para saber mais a respeito do seu trabalho.
Papoula Ribeiro, da Padoca do Maní
Após uma consultoria na Padoca do Maní, uma das mais prestigiadas da cidade de São Paulo, Papoula Ribeiro integrou a equipe do local.
Lá desde 2015, após quase 20 anos especializando-se, a padeira construiu também uma sólida base de seguidores que acompanham as suas atualizações e da padaria em que trabalha.
No Instagram da Padoca do Maní, você pode observar como um trabalho diferenciado é realizado por ali, e o que isso pode significar para a elaboração de suas campanhas.
Rogerio Shimura, da Levain Escola de Panificação
Com outro empreendimento na capital paulista, a Shimura Pães e Doces, Rogério é um influenciador com alto volume de seguidores. Confira seu Instagram.
Luiz Américo Camargo, autor do livro Pão Nosso
A publicação contempla diversas dicas, truques e até mesmo aprendizado com o que não deu certo. Em seu Instagram, a discussão é online e pode ser bastante proveitosa para suas ações.
Diego Lozano, da Escola de Confeitaria
Aromas e cores, com um tom adocicado, fazem parte da rotina do chef, que usa o seu Instagram para apresentar algumas de suas delícias. Confira!
Rodrigo Oliveira, do Mocotó
À frente do popular restaurante Mocotó, o chef também usa suas redes sociais para apresentar uma série de receitas em panificação. Vale a pena conferir o seu Instagram.
Hanny Guimarães
Grande influenciadora na área de panificação, que usa o seu Instagram para encantar e inspirar seus milhares de seguidores.
Fabiano Marcolini, do Fabiano Marcolini Alimentari
Pães e doces marcam presença constantemente nas postagens desse influenciador digital da gastronomia, que lidera a equipe do Fabiano Marcolini Alimentari. Conheça o seu Instagram.
Jean Jacob, da France Panificação
O local, que é a importadora oficial da farinha Bagatelle, conta também com a influência de Jean Jacob para produzir maravilhas na área de panificação. Confira suas redes sociais!
Marcos Carnero, da Miolo Padaria Orgânica
Conheça o Instagram do chef para ficar por dentro das novidades que ele posta, no setor de panificação, completando nossa lista de influenciadores digitais da panificação.
Javier Vara
O mestre padeiro espanhol, que tem adquirido popularidade por meio dos cursos que realiza, também tem uma conta nas redes sociais.
Ariel Lettieri, da Sweez
Mais um profissional que compartilha a sua arte, o Chef Pâtissier & Boulanger Consultor Ariel Lettieri possui boa base de seguidores no Instagram.
Júnior Ventura
Especializado em padaria artesanal e confeitaria artística, o chef luso-brasileiro explora bem a sua arte em receitas para todos os gostos.
Paula Rosignoli, da Pra Lá de Bom
Quer saber um pouco mais a respeito da Pra Lá de Bom, uma padaria artesanal em São Paulo que não faz uso de glúten, lactose e açúcar refinado? Então, conheça o Instagram do local.
Jacques Paulin, da France Panificação
Um dos artistas por trás da France Panificação, o chef Jacques Paulin conta com uma grande base de seguidores nas redes sociais.
Kadu Carneiro, da Padaria Boníssima
Padeiro na Padaria Boníssima, Kadu Carneiro também tem trazido diferenciais deliciosos à arte da panificação.
Rodrigo Gomes, da Pane & Salute
Rodrigo Gomes se instalou em Caxias do Sul e mostrou o quanto é possível fazer do pão uma verdadeira arte. Para entender o que estamos falando, conheça a Pane & Salute!
Guillaume Petitgas, do La Boulangerie
À frente da rica cozinha brasiliense do La Boulangerie, Guillaume Petitgas tem reforçado o conceito de que influenciadores digitais da gastronomia estão em alta!
Nilson Diniz, da France Panificação
O chef, que faz parte da escola France Panificação, ajuda a trazer mais riqueza ao repertório gastronômico do mercado.
Dilson Menezes, da Varanda Pães Artesanais
O chef e proprietário da Varanda Pães Artesanais, Dilson Menezes, também tem agitado o mercado do Distrito Federal — com pães artesanais somente feitos à base de fermentação natural.
Paulo Chaves
Com mais de duas décadas dedicadas à panificação, o chef Paulo Chaves faz um diversificado trabalho. Algo que o gabarita para as mais diversas campanhas, como influenciador digital.
Marcos Cerutti, da S.p.A. Pane
Com uma inspiradora história, o ex-economista Marcos Cerutti encontrou o verdadeiro ofício na cozinha. Hoje, dá cor e sabor às receitas do S.p.A. Pane.
Johannes Roos
O padeiro alemão Johannes Roos explora bem toda a criatividade elaborada em anos de experiência no ramo. Vale a pena conhecer as invenções do profissional.
Bertrand Busquet
Com uma sólida legião de seguidores em seu Instagram, Bertrand Busquet traz uma rica inventividade à cozinha — e boa dose de possibilidades como influenciador digital.
Mac Marques
O chef Mac Marques, atualmente, explora mais a fundo os seus conhecimentos na Akademie Deutsches Bäckerhandwerk Weinheim, em Berlim.
Pedro Calvo, da Panetteria Attimino
Um dos responsáveis pela notoriedade da Panetteria Attimino, Pedro Calvo mobiliza muitos fãs nas redes sociais, o que o galga como um ótimo influenciados digital da gastronomia.
Thiago Faro, da Confeitaria Colombo
Com amplo destaque online por conta de sua atuação na tradicional Confeitaria Colombo, o chef Thiago Faro também tem explorado bem a sua imagem como influenciador.
Gianni Robert
Com uma popular marca que leva o seu nome, Gianni Robert tem explorado ricamente o seu papel de influenciador digital no Instagram. Dê uma conferida!
Gláucia Silva
Gláucia Reis da Silva tem papel significativo na transformação do perfil dos chefs de cozinha. Boa pedida para influenciar positivamente campanhas no ramo de panificação
Fernanda Valdivia, da Deli Garage
Uma das mentes por trás da Deli Garage, a chef Fernanda Valdivia pode ajudar a mobilizar a sua marca como influenciadora.
Augusto Carvalhal da Silva, da Garage Bakery
Dê uma conferida na fan page da Garage Bakery para ver o que o chef Augusto Carvalhal da Silva e sua equipe produzem corriqueiramente.
Lúcio Almeida, do Bread Lab
Com boa representatividade online, o padeiro Lúcio Almeida é mais um grande nome, entre os influenciadores digitais da gastronomia.
Mateus Matana, da Maria Antonieta Campinas
O chef, que comanda a cozinha da Maria Antonieta também pode trazer frescor às suas campanhas como influenciador da gastronomia.
Laurent Suaudeau, da School Cooking Laurent Suaudeau
Um dos grandes influenciadores digitais da gastronomia, Suaudeau conta com um Instagram recheado de novidades. Dê uma olhadinha!
Fernando de Oliveira
O chef Fernando de Oliveira trabalha com consultoria, o que o gabarita como um influenciador de respeito no mercado.
Vitor Sobral, da Padaria da Esquina
Quer acompanhar a criatividade artística de Vitor Sobral? Acompanhe o seu Instagram, sempre com novidades fresquinhas para os seus seguidores.
Ricardo Arriel
Com destacada atuação online, o chef Ricardo Arriel possui também uma boa base de seguidores em seu Instagram!
Luiz André Alvim, da Bike Bakery
A padaria artesanal carioca Bike Bakery conta com todo o talento de Luiz André Alvim para encantar continuamente seus clientes — e seguidores. Vale conferir a página do local!
Jamal Cotait Filho, da Academia do Pão
Mais um profissional que encontrou o ofício na gastronomia, após mais de 35 anos no mercado financeiro. Hoje, Jamal Cotait Filho está à frente da Academia do Pão, em São Paulo.
Juliana Pascal, da Escola de Panificação Levain
No Instagram da chef Juliana Pascal, você confere um pouco do talento da profissional. É possível também conferir o seu trabalho na Escola de Panificação Levain.
Celi Anizelli, da Celi Anizelli Pães Artesanais
Com oficinas e fornadas aromáticas e deliciosas, Celi Anizelli tem trazido um bom repertório culinário, podendo enriquecer as campanhas de quem está em busca de influenciadores digitais.
Niuler Briotto, da Padaria Altamura
O chef é mais um profissional que, por meio das criações feitas em sua Padaria Altamura, pode valorizar ainda mais o valor de sua marca.
Felipe Borio, da Padaria Altamura
Também parte do sucesso da Padaria Altamura, Borio mantém o Instagram repleto de novidades para os seus seguidores.
Adriano Ribeiro, do Amo Pão Caseiro
O site Amo Pão Caseiro é um dos lugares onde o entusiasta pela panificação encontrou espaço para compartilhar suas receitas. Uma boa pedida para diversificar suas estratégias, portanto.
Alex Ribeiro, da Padoca do Alex
No Facebook ou instagram, você tem um contato maior com o que o profissional produz, e como você pode usar essa imagem de influenciador em suas campanhas.
Filipe Fonseca, do Bread Lab
Também presente como consultor no Bread Lab, Filipe Fonseca mantém o Instagram como um cartão de visitas para que conheçam melhor o seu trabalho.
Roberta Bretas
Com uma marca homônima de pães artesanais, Roberta Bretas possui um Instagram que ajuda a imaginar diversas possibilidades para usar a sua imagem como influenciadora digital.
E então, deu para ter uma boa ideia do impacto que um influenciador digital pode ter em sua empresa? Eles estão em alta e podem trazer excelentes resultados para o seunegócio.
Ao longo deste artigo, avaliamos o boom e a proliferação dos influenciadores, mas também nos estendemos à prática do negócio, sobre como encontrar, abordar e negociar com esses profissionais, para usufruir de todos os benefícios da chamada era do influenciador digital.
Assim, você pode acertar muito mais no planejamento de suas campanhas com influenciadores digitais da gastronomia. E, caso já tenha tido uma experiência dessas, aproveite para ampliar essa discussão nos contando — no campo de comentários deste post — como foi o balanço geral dessa parceria!
Preparado com sementes e passas, este pão fica maravilhoso e harmomiza muito bem com queijos e geleias de frutas. A semente de girassol além de enriquecer nutricionalmente o pão traz muito mais sabor para a receita. Vale lembrar que o Pinoli é muito usado pelos italianos.
Em setembro de 2014, a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria, o Instituto Tecnológico da Alimentação, Panificação e Confeitaria e o Sebrae Nacional firmaram um convênio de cooperação técnica com o objetivo de promover a competitividade das padarias artesanais. Parte dos esforços das organizações esteve concentrado na qualidade do pão tipo francês produzido pelas panificadoras. O produto é a referência do mercado no Brasil e representa cerca de 40% do volume de comercializado pelas empresas, conforme dados do ITPC.
O primeiro passo das entidades foi verificar o status dos pães no Brasil. Foi realizada uma pesquisa em 866 empresas de 12 estados. O estudo teve como base a norma ABNT NBR 16170, publicada em 2013. A norma traça 13 quesitos principais para se determinar um pão tipo francês de qualidade, dentre características externas: cor e aspecto da crosta, pestana, crocância, aspecto, integridade, simetria, cor, textura, estrutura das células, aroma, sabor e resiliência.
As empresas não sabiam que estavam sendo avaliadas. Para conferir mais credibilidade, a pesquisa utilizou o método de cliente oculto. Uma pessoa comprou os pães nas padarias selecionadas em diferentes dias e horários. Assim obteve-se uma grande e diversa amostra de cada ponto de venda. Os pães então eram encaminhados a especialistas que julgavam os critérios da norma ABNT NBR 16170 sem saber de qual empresa era o produto.
Para obter um pão tipo francês considerado de excelência, conforme a norma da ABNT, as empresas precisavam obter ao menos 69% ou 90 pontos. O índice foi obtido por apenas 18 empresas, o que equivale a 2,08% de todo o universo estudado. Na média geral, a qualidade do pão tipo francês foi classificada como “regular”, sendo que a média de alcance aos requisitos da norma ficou em 43,07%, que corresponde a uma pontuação de 56 pontos.
O resultado estava muito abaixo do que se considera um padrão de qualidade aceitável no país. Esse levantamento mostrou ao convênio que existe realmente uma grande dificuldade das panificadoras. Foi possível ter algumas conclusões, como uma falta de padronização, problemas produtivos, manutenção de equipamentos e muito mais. Problemas simples e que podem ser facilmente solucionados.
Os resultados do estudo foram divulgados ao público em eventos nos 12 estados onde a pesquisa aconteceu. Essa exibição gerou um grande impacto no mercado de panificação. Cada empresa recebeu um laudo individualizado sobre seu pão francês, com as indicações dos pontos críticos. Os panificadores não tinham conhecimento dos problemas e despertaram a consciência para a importância da qualidade.
No estágio seguinte, o convênio trabalhou para ajudar as empresas a desenvolverem a qualidade do pão francês. A pesquisa deu origem a uma metodologia de intervenção nos processos de fabricação. Esse procedimento piloto foi testado em cinquenta empresas selecionadas, dentre aquelas que participaram originalmente do estudo.
O projeto de intervenção e aplicação da metodologia promoveu uma melhora real da qualidade do pão francês. A média de pontuação das padarias chegou a 92 pontos, conforme a norma ABNT NBR 16.170, partindo de uma nota inicial de 56. Muitas empresas atingiram o padrão ideal de 90 pontos. Isso corresponde a 62,88% de aumento. Os resultados mostram que as ações têm geram benefícios. A partir dos resultados entendemos que o trabalho desenvolvido pelo convênio realmente foi relevante e importante para despertar a necessidade de cuidado contínuo com o pão francês.
Após alguns meses, o convênio buscou monitorar a manutenção de iniciativas de qualidade nas padarias. Foi realizado um novo estudo com empresas que participaram da pesquisa e intervenção, com o objetivo de verificar a sequência de trabalho dentro das empresas. Entender se elas deram continuidade às melhorias trazidas pela ação do convênio.
Esse último estudo mostrou como as ações do convênio tiveram um resultado no mercado. Mais de 85% dos participantes do estudo afirmaram que o estudo teve um impacto positivo nos negócios. As padarias destacaram que o piloto conseguiu fazer o pão subir de qualidade. Muitas assumem que não tinham um pão de boa qualidade, mas que depois do trabalho conseguiram melhorar. Boa parte das empresas deram continuidade às ações de melhoria do processo produtivos trazidas pelo convênio para manutenção da qualidade do pão francês. O consumidor percebeu a diferença nas padarias. As empresas destacam que a melhoria na qualidade dos pães gerou um impacto nas vendas, aumentando em até 30% a comercialização do produto nas lojas.
Hoje em dia, tanto os fornos a gás como os elétricos fabricados na Europa, são dotados de sistemas extremamente evoluídos que permitem economias e performances extraordinárias, fazendo com que a escolha dos fornos certos para os lugares certos, seja uma condição inevitável e imprescindível para reduzir os consumos energéticos.
Para que essa escolha seja acertada, o industrial de panificação e confeitaria terá de analisar algumas condições básicas e fatores relevantes, nomeadamente, os géneros de produtos que vão assar, quais serão as quantidades por cada tipo e se os ciclos da produção serão contínuos ou se serão em função da demanda dos clientes ou da própria produção. Neste vídeo do MMBTV explico muito mais sobre essa diferença. Acompanhe!
Desde que comecei a pensar em escrever uma nova contribuição para o MMB, há mais ou menos uma semana, um pensamento me perturba: qual o motivo da briga entre o artesanal e o controle de processos no pequeno negócio de alimentação? Artesanal é sinônimo de fazer com amor? Seguir processo é para quem não tem talento? Se as frases acima forem verdadeiras, como podemos trabalhar um negócio artesanal para crescer?
Como consultor, meu trabalho envolve conhecer os “segredos mais bem guardados” de muita gente. Algumas vezes são ingredientes, outras vezes são técnicas e outras, ainda, nem segredos são. O curioso é observar que todos têm o mesmo medo: “e se a minha receita cair nas mãos da concorrência?”. Ainda mais estranho: “e se o meu funcionário for embora levando a minha receita?”.
Legítimo. Eu compreendo o medo de todos os empresários e empreendedores, porém uma receita não sai do papel e se transforma em produto sozinha. Mesmo para quem faz com amor e segue o seu processo, se na hora de crescer esse conhecimento não for passado adiante, grandes são as chances da sua insatisfação com o produto final.
“Pior do que treinar um funcionário e ver ele sair, é não o treinar e ver ele ficar”. Você já deve ter ouvido ou lido esta frase na internet atribuída ao Ricardo Jordão Magalhães. O Ricardo ganha a vida falando sobre vendas de um jeito bem diferente e, em muitos pensamentos, eu me identifico com ele.
Uma percepção pessoal minha é que o artesanal enquanto sinônimo de “fazer com amor” precisa morrer quando você abre um negócio. Desculpe a franqueza, mas se a receita que corre na sua família há 100 anos ou mais não pode ser ensinada a outras pessoas, não a transforme em um negócio!
Calma. Isso não quer dizer que você tem que distribuir seus segredos por aí sem apego algum. O que eu quero dizer é que um negócio de alimentação é igual filho: a gente cria para o mundo. Ele não pode ser eternamente dependente do seu amor e muito menos do seu talento – ou muito menos ainda dos seus funcionários que um dia você pode ver sair.
Então, como fazer? Novamente, meus posts não têm receita pronta, mas logo abaixo vou colocar algumas dicas:
1 – Entenda que todos os produtos de alimentação são afetados pelas mais diversas condições. As quantidades e tipos de matérias primas são, talvez, um dos menores fatores que vão determinar a qualidade do seu produto. Proponho um exercício de talento: Quantos produtos diferentes você consegue fazer com seus ingredientes e quantidades mudando a forma como você os processa?
2 – Traduza seu talento em parâmetros quantificáveis (tamanho, tempo, temperatura, peso, etc.). Registre isso em uma ficha técnica. Quanto menos talento você tiver que ensinar mais fácil fica de desapegar.
3 – Entenda que seu produto tem que ser bom para o seu cliente e não para você. Isso vai te permitir fazer alterações que muitas vezes são necessárias no processo.
4 – Se ainda depois disso sua receita ou processo tiver um diferencial que você quer preservar, divida o trabalho de produção em fases e as ensine a pessoas diferentes.
Adoraria ler sua opinião sobre como fazer para manter o padrão e a capacidade de crescimento em um pequeno negócio movido a processos artesanais. E aí? Como você faz?
Você já notou que, de uns tempos para cá, foram surgindo na televisão diversos programas de culinária no mundo inteiro e com especialidades diferentes?
Sejam eles reality shows, episódios educativos ou competições entre profissionais, o fato é que esses programas são capazes de oferecer ao telespectador novas técnicas gastronômicas, permitindo, assim, que ele adquira mais conhecimento e aprenda com outros cozinheiros.
Pensando nesse assunto, resolvemos apresentar no post de hoje alguns dos principais programas de culinária que você precisa conhecer. Lembre-se de que neles existem profissionais da área ou cozinheiros amadores que têm muito a oferecer. Ficou curioso? Continue a leitura do artigo!
1. Que seja doce
Tradicionalmente constituído por três grandes jurados (Carole Crema, Roberto Strongoli e Lucas Corazza) e um apresentador que também é chef de cozinha (Felipe Bronze), o “Que seja doce” é um programa nacional que passa na GNT.
Nele, três confeiteiros disputam o prêmio final em basicamente três etapas, que se passam em um único episódio de cerca de 1 hora. A primeira se trata da apresentação aos jurados dos próprios confeiteiros, que levam de casa um doce que os representam.
A segunda é uma prova realizada com um tema específico sobre a história da confeitaria e com tempo controlado. Nela, os participantes apresentam os pratos feitos no programa e um deles é eliminado.
Na última etapa, já com apenas dois confeiteiros, ocorre uma nova prova com um tema específico. Os participantes devem fazer outra preparação e, depois, apresentá-la para os jurados. No final, há apenas um ganhador, que leva para a casa o troféu do “Que seja doce”.
2. Ace of Cakes
Exibido no Food Network, “Ace of Cakes” (ou “O Mestre dos Bolos”) é um programa americano comandado especialmente por Duff Goldman, grande chef confeiteiro.
Com um elevado número de temporadas, os episódios mostram a produção em grande número de incríveis bolos artísticos, todos feitos em um curto período de tempo.
O trabalho é realizado pelo chef confeiteiro juntamente com a sua equipe, sempre buscando uma descontração dentro da cozinha para aliviar toda a tensão. Além disso, o profissional é conhecido por usar utensílios não-convencionais em suas criações, como serras elétricas e lixadeiras de correia.
3. Rainha da Cocada
Comandado por Raíza Costa, uma chef confeiteira brasileira, o “Rainha da Cocada” é gravado em Nova Iorque e transmitido pela GNT, além de ser inspirado no primeiro canal online destinado à confeitaria, o Dulce Delight.
Nele, a chef reproduz receitas com as verdadeiras técnicas da panificação e da confeitaria francesa — como fraisage e genoise — de uma maneira descontraída e, ao mesmo tempo, irresistível e surpreendente.
Além disso, Raíza mostra como substituir ou fazer alguns ingredientes indispensáveis na cozinha, mas que apresentam um valor elevado e/ou são difíceis de encontrar no Brasil.
4. Cake Boss
Protagonizado por Buddy Valastro, um famoso chef confeiteiro e dono da padaria Carlo’s Bakery— que, inclusive, possui uma loja no Brasil —, o “Cake Boss” é um programa americano transmitido pelo Discovery Home & Health e também pelo TLC.
Os episódios mostram a rotina de Buddy em sua padaria especializada em bolos esculturais. O confeiteiro trabalha com toda a família, que também é responsável pelo estabelecimento em Nova Jersey.
Eles mostram como é árduo o cotidiano na cozinha, mas também como é gratificante entregar um trabalho finalizado, mesmo depois de longas horas sem parar de trabalhar.
5. The Taste Brasil
Inspirado no programa americano “The Taste”, o “The Taste Brasil” possui o formato de talent show, onde cozinheiros amadores ou profissionais da área mostram seu trabalho em uma única colher para os jurados (Felipe Bronze, Claude Troisgros, Helena Rizzo e André Mifano), que estão às cegas.
Após provarem as colheres, cada chef jurado fica com uma equipe de três participantes, trabalhando com eles ao longo dos episódios.
A cada programa, há uma imunidade concedida na primeira etapa por um chef convidado e, depois, uma eliminação, que é feita pelos próprios jurados após a realização de uma nova prova.
Os cozinheiros devem preparar receitas dentro de temas específicos e apresentar todo o sabor, aroma e textura em uma única colher. No programa, é possível notar incríveis profissionais com receitas inovadoras e técnicas diferenciadas.
6. MasterChef Profissionais
Apresentado por Ana Paula Padrão e com os chefs Paola Carosella, Henrique Fogaça e Érick Jacquin de jurados, “MasterChef Profissionais” é um programa transmitido pela Band que consiste em uma competição entre grandes profissionais da gastronomia.
Em formato de reality show, inicialmente com 14 ou 16 profissionais, o programa trabalha, em sua maioria, com duas etapas de prova.
A primeira concede a imunidade, tanto para as provas realizadas individualmente, quanto para as em grupo. Já a segunda define a eliminação de um participante.
Vale mencionar que todas as provas são desafiadoras e necessitam de profissionalismo, técnica e agilidade dentro da cozinha, já que o tempo de preparo é curto e os jurados são extremamente exigentes com os pratos apresentados.
7. Bela cozinha
Apresentado por Bela Gil, uma baiana culinarista que busca fazer receitas saborosas e ao mesmo tempo saudáveis, “Bela cozinha” é um programa nacional transmitido pela GNT.
Nele, a chef ensina o telespectador a fazer pratos deliciosos com ingredientes frescos, naturais e que não afetam o bom funcionamento do organismo. De um jeito descontraído, ela também visita agricultores locais e vai atrás de seus ingredientes, sempre valorizando aquilo que o Brasil tem de melhor: a comida.
Também é importante falar que a cozinheira recebe convidados famosos e apresenta suas receitas para eles, mostrando como é possível mudar os hábitos alimentares sem deixar de comer pratos tão saborosos.
Para isso, Bela Gil reproduz inúmeras preparações, passando por entradas, petiscos, pratos principais, pães e sobremesas.
Agora que você já conhece alguns dos principais programas de culinária transmitidos na televisão, não perca tempo e reserve um tempinho para que você possa aprender novas técnicas e receitas com outros cozinheiros. Não se esqueça de que, além de aumentar o seu aprendizado, essa é uma maneira descontraída de aproveitar o seu tempo livre!
Se você gostou do nosso artigo, compartilhe-o em suas redes sociais e mostre aos seus amigos alguns programas que eles também podem assistir e acompanhar junto com você. Até a próxima!
Pão de chapa é basicamente uma massa de pão estendida mais ou menos como uma pizza e assada em uma grelha sobre fogo direto. A primeira vez que vi essa técnica foi no livro Siete Fuegos do Francis Malmann. Apesar dessa técnica funcionar com virtualmente qualquer massa de pão, recomendo utilizar uma receita que não leve açúcar, para evitar que o pão queime excessivamente pelo calor direto. Segue uma fórmula base, que pode ser alterada a vontade, esta é uma receita simples, caseira, para acompanhar um churrasco.
Ingredientes
- 500g de farinha de trigo
- 5g a 10g de banha de porco ou manteiga
- 75g a 150g de massa velha* (opcional)
- 10g de sal
- 5g de fermento biológico instantâneo
- 300g de água
Modo de preparo
- Amassamento (manual): Misturar todos os ingredientes menos a gordura e o sal por alguns minutos até a farinha estar totalmente incorporada. Deixar descansar essa massa por cerca de 15 minutos. Após esse tempo adicionar gordura e sal e amassar até obter uma massa lisa e elástica.
- Fermentação primária: Uma hora e meia a 27˚C; caso use a massa velha, a fermentação primária pode ser abreviada para 45 minutos.
- Divisão: peças de 80 a 100g.
- Pré modelagem: pode ser boleado ou em retângulo.
- Descanso: 45 minutos ou mais; a massa precisa estar bastante fermentada nesse ponto.
- Modelagem: estender a massa, como uma massa de pizza ou focaccia.
- Para assar: Encontrar um ponto ou altura na grelha que o fogo não esteja tão forte e coloca a massa estendida e levemente enfarinhada. Deixar assar até o pão crescer em volume e tostar embaixo. Vire o pão e deixe tostar do outro lado.
- Neste momento, o pão pode ser pincelado com manteiga de alho, ervas, etc. É um pão excelente para um choripan (sanduíche de pão com linguiça).
*Massa de uma fornada anterior, fermentada por pelo menos 3 horas a temperatura ambiente.
Assim como muitas histórias que se perdem no tempo, a origem de um dos doces mais antigos ao qual se tem conhecimento é um mistério. Dono de diversos nomes e versões, e com muitos países pleiteando sua criação, o nougat é simples, saboroso e se adapta bem a várias receitas.
Quer saber um pouco mais sobre esse famoso doce natalino? Descobrir as curiosidades sobre as lendas por trás de sua criação? Quais são as receitas mais famosas e que tipo de matérias-primas são utilizadas para prepará-lo?
Então, continue lendo este post e confira as curiosidades sobre essa interessante sobremesa!
O que é nougat?
Nougat, Nogado ou Nugá, mais conhecido como Torrone, é um doce antigo, cuja data de criação ainda é desconhecida. A base da receita une açúcar, mel, amêndoas assadas e claras em neve. A pasta doce, unida a sementes, geralmente é transformada em barras, e sua consistência pode variar de macia à crocante.
Qual é a origem do nougat?
É um mistério!
Muitos acreditam que o nougat tenha origem no sul europeu, tendo a França, a Itália e a Espanha na disputa ao título de criador dessa receita histórica. No entanto, os iranianos, na Ásia Ocidental, também reivindicam a criação do doce em questão.
Muitas histórias são contadas acerca da criação do nougat. Uma delas é que, no século XVII, ele era importado da França, mais precisamente da região de Marselha. Desse modo, naquela época, a cidade francesa mantinha o monopólio sobre a criação do doce, o que durou bastante tempo.
Uma outra história bem mais antiga e lendária relaciona o nascimento do nougat ao casamento do Duque de Milão, Francesco Sforza, no início do século XV. Segundo a lenda, ele foi preparado pela 1ª vez para a festa do casamento. Tinha o formato de Torrazzo, a torre da Catedral de Cremona, onde a cerimônia foi realizada.
Esse fato remete à etimologia da palavra torrone, como o nougat é conhecido na Itália, que possivelmente possa ter sido derivada do vocábulo Torrazzo.
Quais são as matérias-primas do nougat?
Existem diversas versões da iguaria espalhadas ao redor do mundo. Mas, seja onde for, a base da receita é a mesma, sofrendo poucas alterações e/ou acréscimos. As receitas mais renomadas são ambas italianas: a de Cremona, na Lombardia, e a de Alba, em Piemonte.
Na Sicília, região italiana, o pistache unido ao chocolate e ao amendoim concede ao doce um sabor diferenciado. Em Áquila, também na Itália, são acrescentados chocolate e avelãs tostadas.
Em Sardenha, no mediterrâneo, o nougat é bastante duro e aromatizado com cascas de laranja e limão. Em alguns lugares, a receita pode levar frutas cristalizadas e até mesmo canela.
Existe uma variedade de matérias-primas que podem ser utilizadas na preparação do nougat, o que inclui: castanhas de caju, pinhões, coco, licores, condimentos (como ervas aromáticas ou secas), amendoim, polpas de frutas (como damasco e laranja), gelatina, bolachas, entre outros.
Como o nougat é preparado?
A preparação é simples, já que a base da receita é uma mistura de açúcar, mel, claras em neve e amêndoas. É interessante lembrar que as amêndoas podem ser substituídas ou misturadas a outros tipos de sementes, como as castanhas-de-caju e o pistache. A escolha das sementes vai do gosto de quem fará a receita.
Falando nisso, o preparo do nougat começa com as sementes, que precisam passar por um processo de branqueamento a vapor para deixar sua pele mais macia. Além disso, para que a receita dê certo, é necessário tirar toda a umidade das sementes.
Para que o nougat seja preparado, 1º vem o mel, o açúcar e as claras em neve, formando uma mistura que, após o cozimento em alta temperatura, pode ter as sementes incorporadas a ela.
Após todos os ingredientes serem misturados, a massa deve ficar descansando por uma noite, e então está pronta. Uma dica importante é conservá-lo na geladeira, sendo retirado apenas alguns minutos antes de ser servido. O nougat por ser feito cortado em barras ou em pequenos quadrados.
Quais são os tipos mais importantes de nougat?
Se formos bem rigorosos, só existem 2 tipos de nougat:
- o macio, de Jijona;
- e o duro, de Alicante.
A diferença entre eles, como o próprio nome já sugere, é a textura. O nougat de Jijona tem uma consistência mais suave e sua coloração é mais clara. Já o de Alicante, por conter amêndoas inteiras, possui uma densidade mais rígida, além de sua cor ser mais próxima do marrom.
Também existem os subtipos de nougat, que são aqueles que, além da matéria-prima base, levam outros ingredientes, como chocolate, café, frutas cristalizadas e avelã.
O importante a saber é que existe uma grande variedade de nougat e as possibilidades de ingredientes que podem ser adicionados à receita são ainda maiores.
Onde o nougat é utilizado?
O torrone pode ser usado inteiro ou triturado como ingrediente para diversas receitas doces, como tortas, bolos, semifreddos (típico doce italiano) e as mais diversificadas sobremesas.
Além de ser utilizado em receitas, o nougat pode ser adaptado a outros produtos, sendo empregado como uma espécie de “sabor”, como é o caso dos ovos de páscoa, balas, sorvetes, chocolates e trufas.
Quantas vezes, na época da Páscoa, você não foi ao supermercado e viu um ovo de páscoa “torrone”. Pois então, agora você sabe de onde surgiu esse “sabor”.
Seja com amêndoas, pistache, castanha-de-caju ou outro tipo de semente, seja italiano, francês, árabe ou até mesmo brasileiro, o nougat continua sendo um dos doces mais famosos do mundo.
Independentemente de sua origem ou de seus nomes, é uma massa de fácil preparo, que pode ser feita em casa, muito volátil na escolha de seus ingredientes e adaptável a diferentes receitas e produtos.
Já que o nougat é um doce natalino, e com o final de ano se aproximando, que tal anotar as nossas dicas e preparar uma bela receita para compartilhar com a família?
Aproveite e compartilhe, com a gente e com os demais leitores, o que você mais gostou de saber sobre o nougat
O pão é um dos alimentos mais antigos do mundo, fazendo da panificação uma arte milenar. A simplicidade de sua produção tem feito o mercado de pães crescer consideravelmente nos últimos anos. Um desses exemplos é o alto investimento em padaria artesanal, que tem feito muitos empresários mudarem de ramo e mergulharem fundo neste mar que está para peixe!
Mas aí aparecem as inúmeras dúvidas: será que vale a pena investir nesse ramo alimentício? Quais são os exemplos de padarias artesanais de sucesso? E quanto ao investimento? Quanto é preciso gastar para se montar uma padaria artesanal? Como escolher o melhor local? Que tipo de produtos um negócio como esse deve oferecer?
Quer tirar, de uma vez por todas, essas e outras dúvidas sobre panificação artesanal? Então, continue lendo e confira!
O investimento em padaria artesanal gera retorno?
Apesar de requerer mão de obra capacitada e capital, o investimento nesse ramo empresarial, sem dúvida, gera retorno. Em 2015, segundo os dados da Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (Abip), o setor de panificação registrou um crescimento de 2, 7% e um faturamento próximo aos 85 bilhões de reais.
Quer ver, de um modo mais palpável, como padaria artesanal gera retorno? Então confira a nossa seleção de padarias artesanais de sucesso no Brasil!
Padoca do Maní (São Paulo)
Comandada por Papoula Ribeiro, que iniciou seus estudos em panificação na França, a padaria número 1 de São Paulo oferece um café da manhã simples, fresco e bem brasileiro, seja com o indispensável pão na chapa e a empadinha ou o famoso pingado que a gente adora.
Com um time de sessenta mãos e trinta corações, o “dream team”, como Papoula gosta de chamá-lo, cuida de todo o estabelecimento, desde a parte de produção até o atendimento.
O local não é grande nem minúsculo, possui um tamanho médio, imaginado e projetado como uma casa interiorana. Com uma horta no jardim e o cheiro permanente de bolos e pães assados, o ambiente rústico tem um ar familiar que convida os clientes a se sentarem e compartilharem um café da manhã especial com sabor de lar.
Os produtos oferecidos, mesmo quando há oferta de almoço, estão relacionados ao mundo da panificação, desde pães (com fermentação natural), tortas, sanduíches, quiches e tostadas até ovos mexidos, queijos e sucos. A preparação do cardápio é feita com cuidado e sempre preocupada com a qualidade dos produtos, desde a produção até a escolha da matéria-prima orgânica (de pequenos produtores da região de São Paulo).
Beth Bakery (São Paulo)
Quem não sente saudade daquele pãozinho que a avó fazia em casa, livre de conservantes e com fermentação natural? É exatamente esse o conceito da Beth Bakery: pão feito como antigamente, mais leve, saboroso e duradouro.
Inaugurada em 2013, a Beth Bakery surgiu do sonho de uma menina que jamais pensou que diversão e trabalho poderiam se unir. Após passar 20 anos trabalhando em outras áreas, e estudado muitas outras, Beth Viveiros decidiu levar adiante seu dom natural e herança de família: a gastronomia.
Em tempos de crise econômica, Beth viu na internet uma aliada para vender seus produtos. Sem a necessidade de um superinvestimento, uma plataforma simples de e-commerce foi o pontapé inicial para que a Beth Bakery crescesse cada vez mais.
No começo, toda a elaboração dos produtos era feita em seu próprio apartamento e por ela mesma. Somente em 2015, Beth decidiu expandir os negócios e abrir um espaço físico, contando com a ajuda de outras pessoas, como seu marido.
PAO (São Paulo)
Nada mais propício do que a sigla da Padaria Artesanal Orgânica, comandada por Rafael Rosa, um grande apreciador de pães, que decidiu fazer de sua paixão pelo produto, um negócio rentável. Após um período vivendo na Europa e nos Estados Unidos, ele voltou ao Brasil para colocar a mão na massa, literalmente.
Unindo seus conhecimentos adquiridos com a ideologia de vida saudável, criou produtos de excelente qualidade e alto valor nutritivo. Rafael começou em São Paulo, mas depois expandiu seus negócios, abrindo outras lojas, mas sem nunca deixar de lado a sua ideologia. Por isso, até hoje, oferece a seus clientes produtos que fazem bem ao corpo, sem deixarem de ser saborosos e feitos de forma caseira.
Em seu cardápio, além de produtos tradicionais, como pães e tortas, a PAO traz uma diversidade de itens, como tapioca, tartine (uma espécie de torrada, com o recheio em cima), brownie, caprese (tomate e queijo de búfala — excelente para o verão) e uma variedade de queijos e sucos.
Izabela Tavares (São Paulo)
Dos anúncios publicitários, com roupas sensuais, para o balcão de uma padaria e trajando um avental. Essa é Izabela Tavares que, além de modelo, é padeira, formada em gastronomia pela Universidade Anhembi Morumbi. Além da graduação, fez cursos na Itália e em São Francisco, especializando na arte da panificação e da fermentação natural.
Foi somente aos 25 anos que Izabela deixou a modelagem de lado e começou a se dedicar à arte da gastronomia. Os pães de Izabela, ou IZA, como é conhecida na internet, são vendidos apenas em seu site. Ela não possui um local físico para venda, mas faz sucesso mesmo assim.
Seus pães bem fofos e com um aroma agradável, devido a não utilização de fermento industrial. Todos os seus pães são feitos de forma caseira e usando técnicas de fermentação natural. Em seu cardápio, há uma variedade de receitas, desde os pães clássicos e orgânicos, de cascas grossas e crocantes, até pães especiais feitos toda semana.
Além dessas opções, Izabela criou um pacote de assinaturas mensais, em que o cliente pode escolher quais e quantos pães ela quer receber diretamente em sua casa, por um preço único e mensal.
Em tempos de velocidade e dinamismo, foi através das redes sociais que Izabela conseguiu sua clientela fiel, para provar que nem sempre é preciso ter uma padaria física para vender seus produtos.
SPA Pane (Rio de Janeiro)
Simples. É assim que Marcos Cerutti, fundador da SPA Pane, referência de pães artesanais, define seu principal produto. Para ele, pão é feito com apenas três ingredientes: farinha de boa qualidade (italiana e 100% natural), água e sal. Prezando sempre pela qualidade no lugar da quantidade, a produção é limitada. Os pedidos são feitos através do site da boulangerie e entregues em casa.
Marcos Cerutti é neto de italianos, graduado em Economia e membro da Federazione Italiana Cuochi. Especializou-se em panificação em São Francisco, trazendo nas malas muitos conhecimentos sobre Fermentação e maturação longa e natural.
Para Cerutti, sentir cheiro de um excelente pão é similar a reconhecer o cheiro de casa. Por isso, seus produtos são feitos de forma caseira, com fermentos naturais e matérias-primas orgânicas, sem adição química, seja no processo de refinamento da farinha ou no cultivo dos grãos.
Casa Carandaí (Rio de Janeiro)
Projetada pelo arquiteto carioca Chicô Gouveia, com tijolos aparentes, madeira de demolição e vigas de ferro, a Casa Carandaí é uma padaria e bistrô comandado pelo casal, também carioca, Janjão Garcia e Nick Barcellos.
Com um ambiente rústico e informal, a Casa Carandaí tem um vasto cardápio, que vai desde pão, café, pães de queijo e quiches até vinhos (vale destacar o belo lustre feito com garrafas de vinhos que pende do meio da padaria), queijos, carnes e uma série de outros itens.
Além do café da manhã, oferecem outras refeições, como almoço, com pratos quentes. Os preços variam, mas são razoáveis. O horário de funcionamento é amplo, durante a semana e aos sábados e domingos. Além disso, conta com um serviço de entregas e possui estacionamento rotativo 24 horas, bem em frente ao estabelecimento.
La Boulangerie (Distrito Federal)
Eleita, em 2017, a melhor padaria de Brasília, a La Boulangerie é comandada pelo chef Guillaume Petitgas e por sua sócia Thaís Melo, que também administra o local. Atuando no mercado de panificação há dez anos, a padaria oferece produtos de boa qualidade e feitos de maneira artesanal aos seus clientes.
Com um estilo francês, desde a decoração até a produção dos pães, a La Boulangerie não pretende parar tão cedo e já investiu na expansão da padaria, inaugurando outras unidades. O cardápio conta com produtos para todos os gostos, seja tradicional ou vegano, feitos com delicadeza e muito amor.
Varanda Pães (Distrito Federal)
Em uma casa, a varanda é o lugar onde nos sentamos com os amigos e familiares para passarmos um tempo, batermos um papo bacana e tomarmos aquele cafezinho cheiroso. E é exatamente essa a ideia da Varanda Pães: reproduzir o ambiente familiar e caseiro com o mesmo aroma de café e bolo.
Da varanda de seu apartamento, Dilson Oliveira fez com que o hobby de assar pães artesanais e distribuir entre os amigos virasse um negócio rentável. Hoje, a Varanda Pães conta com um espaço próprio e uma produção quase cem por cento manual e natural.
Entre seus principais produtos, estão pães de azeitona com ervas, brioches com calabresa, pães de batata com cebola, minibaguetes com cerveja e pães de centeio com hortelã.
Castalia (Distrito Federal)
Padaria, confeitaria e café, a Castalia é um pequeno estabelecimento de esquina, comandados pelos primos Eduardo Neiva Tavares e Pedro Abbott Galvão. Seguindo o rastro de sucesso de diversas panificadoras, a Castalia entrou no mercado ainda em 2017.
Para abrir as portas, um punhado de gente ajudou. Dez pessoas, que viram nos primos a paixão e a empolgação pelo negócio, investiram na ideia e contribuíram, assim, para que a Castalia nascesse na Asa Norte de Brasília.
Eduardo começou fazendo pães em casa, porque achava divertido o processo de fermentação natural, que envolve diversos processos. Através de leituras feitas na internet, ele foi adquirindo conhecimentos que o motivaram a estudar ainda mais. Então, foi para os Estados Unidos, mais precisamente para a Califórnia, onde continuou seus estudos em panificação.
Na Castalia, Eduardo apostou na simplicidade e valorização de ingredientes da região. Em seu “cardápio” atual, 12 tipos de pães saem dos fornos. Diariamente, saem duas fornadas, uma pela manhã e outra durante a tarde. Apesar de produtos simples, Eduardo pensa, no futuro, em investir em mercadorias diferenciadas, tendo como sabores adicionais os ingredientes nacionais.
O que é uma padaria artesanal?
Quando se pensa na palavra “artesanal”, imediatamente se relaciona o vocábulo ao trabalho manual em pequenas quantidades. Afinal, artesanato, segundo o dicionário, é a arte e a técnica de trabalho produzido com as próprias mãos e sem auxílio industrial, o que torna difícil uma produção em larga escala.
Contudo, quando falamos em padaria artesanal, esse conceito é falho, já que, se voltarmos sete mil anos, na Grécia antiga, os pães já eram produzidos com a ajuda de fornos comuns de pequenas e grandes proporções. Dessa forma, a ideia de “industrial” já existia.
Assim sendo, a concepção de padaria artesanal não se refere à produção dos produtos de forma manual e não mecanizada, mas ao respeito pelo aspecto e integridade da massa. Ela também se refere ao uso de fermentos de longa duração, para obtenção de um produto mais natural e com sabor e aroma intensos.
Qual estrutura uma precisa ter?
Para quem deseja se aventurar nesse ramo promissor, deve entender que montar uma padaria artesanal não é muito diferente de estruturar uma padaria comum. O local pode ser grande, médio ou pequeno, mas o maior diferencial é o ambiente com ar caseiro, que combina perfeitamente com os produtos oferecidos.
Diferente de uma padaria comum, onde os clientes apenas compram o que querem e vão para casa, a padaria artesanal deve oferecer um espaço agradável e confortável para que sua clientela possa consumir os produtos ali mesmo. Sendo assim, além de todo o espaço interno, a estrutura de uma padaria artesanal pede um ambiente externo, com mesinhas e cadeiras para acomodarem as pessoas.
Além de um espaço para os clientes degustarem pães, café e afins, sua padaria também precisará de uma cozinha para a elaboração dos produtos, um local (geralmente balcão ou gôndolas) para expor todos eles e, claro, banheiros.
Quanto ao espaço, não é necessário mais do que isso para estruturar uma padaria artesanal. O detalhe mais importante, além da qualidade dos produtos, é a decoração. O que dá um ar “artesanal” ao ambiente é o tom rústico, interiorano e natural. Escolha objetos decorativos em madeira, em cores mais quentes e que lembrem um ambiente mais caseiro.
Quais produtos devo vender na padaria?
As padarias artesanais chamam a atenção do consumidor pelos produtos feitos de forma caseira e com matéria-prima de boa qualidade. A variedade é grande: pães, tortas, bolos, brioches, quiches, baguetes, doces, entre outros.
Além de vender os produtos tradicionais, você também pode investir na venda de outros itens, como leite, queijo, iogurtes, cereais (granola, quinoa, aveia), refrigerantes, salgados e mais uma diversidade de itens.
Um ponto importante é que a sua produção caseira tenha um diferencial, seja no sabor, na textura ou na apresentação do produto. O interessante é que o cliente veja em seu produto artesanal algo único, o qual ele não encontrará em nenhum outro lugar, fazendo com que tenha mais chances de que ele retorne ao seu estabelecimento.
Assim, você criará um vínculo com sua clientela, o que é extremamente importante no ramo de serviços prestados.
Como construir uma padaria artesanal?
Como dito anteriormente, o Brasil tem potencial no ramo da panificação, já que, além do crescimento de 2, 7% registrado nas vendas, o brasileiro tem o hábito de tomar o café da manhã todos os dias.
No momento atual, existem mais de 60 mil padarias ao redor do Brasil, que empregam, no total, quase 800 mil pessoas diretamente e 1,5 milhões indiretamente. Além disso, a panificação corresponde a 10% dos alimentos consumidos no país.
Qual é o meu público-alvo?
O primeiro passo, antes de abrir uma padaria artesanal, é conhecer o seu cliente. Quais são seus hábitos de consumo? Qual é a idade média? Quais são os melhores horários? Que tipo de produtos costumam consumir? Com essas perguntas respondidas, fica mais fácil montar um planejamento adequado e que tenderá a ter mais sucesso.
Por exemplo, segundo estatísticas, a idade média de consumidores de padaria é de 30 anos, mas esse número varia de região para região. Em um bairro cuja clientela é mais velha, por exemplo, a tendência é comprar pão mais cedo. Por outro lado, estrangeiros tendem a comprar pães no final da tarde.
Se o local é mais ao centro da cidade, onde o fluxo de indivíduos é maior, é importante que seus produtos saiam com mais frequência, ao contrário de um lugar mais afastado, em que a circulação de pessoas diminuiu bastante.
O importante é que você junte o máximo de dados que conseguir sobre a demografia da região onde você pretende montar a sua panificadora artesanal. Afinal, conhecendo melhor o seu público-alvo, será mais fácil atraí-lo ao seu negócio.
Como escolher o melhor local?
Após conhecer melhor o seu cliente e definir a região onde abrirá a padaria, uma série de detalhes precisam ser verificados com relação ao local do estabelecimento.
Veja se o imóvel obedece ao perfil da padaria que você quer estruturar, se não se encontra em local de risco, se tem possibilidade de instalação, se conta com rede de esgoto e luz, se o acesso até o lá é fácil e se possui capacidade para um estacionamento. Além disso, é preciso verificar a regularização do imóvel junto à prefeitura, a fim de conferir se há um alvará de funcionamento e evitar dores de cabeça.
Como equipar a padaria artesanal?
Depois de escolhido e decidido o local, é hora de comprar os equipamentos indispensáveis para toda padaria, como fornos, balanças e assadeiras, além de muitos outros.
A quantidade de equipamentos é relativa ao tamanho de sua padaria, podendo ser em menor ou maior quantidade. Além dos equipamentos de produção, não se esqueça que também precisará de todos os utensílios de escritório, seja para o serviço interno ou de atendimento ao cliente no balcão.
E a contratação dos funcionários?
Local escolhido, equipamentos comprados e quem trabalhará? Exatamente. Depois de tudo montado, você precisará analisar a quantidade de pessoas que contratará. Mais uma vez: o número depende do porte de sua padaria. Se é uma padaria bem pequena, não há necessidade de ter muitos colaboradores, mas se for de médio a grande porte, esse número aumenta consideravelmente.
Geralmente, as padarias artesanais não chegam a grande porte, até mesmo para manter o ar caseiro e aconchegante. O importante na hora de contratar o seu time de trabalhadores é a experiência e a dedicação do funcionário. Para isso, sempre que possível, ofereça treinamentos para todo o seu pessoal.
Qual é o investimento necessário?
Estima-se que, para abrir uma padaria artesanal, o investimento inicial seja de 50 a 200 mil, dependendo de vários fatores como localização, qualidade dos equipamentos e dos ingredientes, além de muitos outros itens que devem ser colocados na ponta do lápis.
Existem duas formas para se investir em uma padaria: começando do zero ou comprando uma franquia. A primeira exigirá uma atenção maior aos detalhes falados acima. A segunda, apesar de ter um custo de investimento menor, já tem praticamente tudo resolvido, o que pode facilitar, mas também limitar os negócios.
Se você tem um bom capital para investir, o melhor a se fazer é evitar as franquias e estruturar uma padaria artesanal do zero.
Seja de pequeno, médio ou grande porte, a padaria artesanal deixou de ser apenas moda e virou tendência entre os investidores e clientes. E, mais do que isso, uma realidade, visto que, cada vez mais, as pessoas buscam por produtos de qualidade e menos industrializados.
É importante lembrar que não existe uma receita perfeita para o sucesso, independentemente do ramo escolhido, mas empolgação, dedicação e força de vontade são ingredientes essenciais para essa mistura dar certo. Por isso, sempre busque novos conhecimentos, aprimore as suas técnicas e pule de cabeça!
Agora que você sabe tudo sobre padaria artesanal, que tal conferir quais são os 15 equipamentos indispensáveis em um estabelecimento como esse? Confira o nosso artigo e fique ainda mais por dentro do assunto!
Hoje, destaco 6 pontos importantes sobre cozinhas de panificação/ confeitaria e serviços de alimentação em estabelecimentos comerciais, industriais ou corporativos.
Muitas pessoas ainda tem dúvidas sobre a diferença física ou na gestão dessas cozinhas. Elas imaginam que tudo devem ser iguais sempre e seguir um padrão, e na verdade, o projeto deve ser individualizado respeitando e atendendo as demandas e serviços de cada estabelecimento e produto.
Neste texto destaco também como deve ser o espaço social e físico de cada uma dessas unidades. Acompanhe!
1. Quais a principais diferenças físicas entre cozinhas para panificação e foodservice?
É importante conceituar cada cozinha industrial de maneira individualizada e única. Quando tratamos desse tema, em qualquer um dos setores de foodservice: cozinhas para padarias, hotelaria, hospitalar, presídios, centrais de produção, indústrias, redes de supermercados, cozinha corporativa ou qualquer uma delas, deve se conhecer bem as atividades, o público, o cardápio, o local e conceituar e projetar de maneira única. É importante ressaltar que todas as Normas Técnicas devem ser seguidas, porém a maneira que são dimensionadas as áreas e equipamentos acontece de forma personalizada.
2. O que é importante levar em consideração em um projeto de panificação e confeitarias?
Nas padarias deve levar em consideração quais serviços o proprietário ou investidor vai trabalhar no estabelecimento.
As padarias de forma geral devem ser dimensionadas a partir de seus serviços que são muito diversificados, por exemplo: Lanchonete, cafeteria, pizzaria, restaurante buffet ou a la carte, empório, atendimento a eventos e delivery, pâtisserie e confeitaria, ou seja, hoje as padarias tem serviços e atendimentos diversificados em sua cozinha, devendo ser dimensionada de acordo com esses serviços.
Para atender toda a demanda, levando em consideração a analise econômica do público que será atendida, bem como o entorno, devem ser instalados técnicas e tecnologia diferenciadas e já presente no mercado nacional, que dão soluções para esse tipo de demanda mista presente em uma padaria.
Hoje em dia, as padarias já não devem funcionar como antigamente, com produções manuais e equipamentos convencionais ou não terá padronização e controle das suas preparações e custos.
Além disso, equipamentos de panificação/confeitaria e restaurantes estão disponíveis para melhoria dos itens citados acima e também melhoria da produtividade, aumento de mix de produtos e redução de energéticos de maneira geral (elétrica/gás/água), mão de obra, redução de área física (m2), dentre outros processos de controle.
3. Como deve ser o espaço para que realmente seja um atrativo para o consumidor?
Todo o espaço social, quando tratado de Foodservice, seja ele restaurante comercial, corporativo, hoteleiro e etc, deve ser projetado com linhas de eixo que permitam organizar os espaços de circulação de maneira funcional e organizada.
Os ambientes devem ser convidativos, harmoniosos, organizados, confortáveis, iluminados, termicamente tratados com o objetivo de diferenciar dos outros estabelecimentos concorrentes, trazendo uma nova experiência para o consumidor.
4. É preciso estabelecer áreas de serviço separadas das demais áreas de produção da padaria?
As áreas de serviço serão segregadas de acordo com a demanda de cada local. Não há uma regra para isso. É necessário pensar na agilidade do atendimento, na operação e manter organizado cada espaço.
O ideal é que toda a área de produção seja centralizada e que os itens que serão distribuídos e comercializados, como produtos de lanchonete, pizzaria, cafeteria, panificação e refeições recebam as mercadorias já preparados e prontos para finalização e entrega.
Isso agiliza e torna possível o controle de matéria prima, custos gerais, restos e sobras e minimiza o tempo de preparo e o stress operacional dos colaboradores.
5. Fisicamente, como deve ser o projeto para que tanto o food service quando a produção da padaria não sejam prejudicados?
O melhor seria a cozinha fique centralizada para atendimento de toda a demanda do estabelecimento, ou seja, que os alimentos in natura, armazenados e preparados estejam todos controlados em um único ponto e transportados internamente nos pontos de venda e consumo. De qualquer forma, as áreas de preparo devem ser diferenciadas, pois estamos tratando de gêneros alimentícios diferentes, por exemplo: área de preparo de refeições (preparo de vegetais e carnes) deve acontecer de maneira separada. Os preparos de massas ou produtos a base de farinhas para padaria, cafeteria, confeitaria, deve acontecer também de maneira separada fisicamente, até porque alguns alimentos exigirão áreas com controle de temperatura bem mais intensas.
6. Quais são as possibilidades de montagem em um espaço desse dentro de uma padaria (à la carte, bufê, fast-food, etc.)?
Existem muitos exemplos de padarias no mundo que possuem serviços extremamente diferenciados, que poderá aumentar a procura pelos clientes, justamente por serem espaços com serviços diferenciados.
Porém é necessário pensar no público que será atingido com o estabelecimento e o ticket médio das vendas para calcular se o investimento inicial terá retorno rápido que justifique todos os tipos de serviços ou quais serviços são justificados.
Importantíssimo, também, que toda a operação haja um sistema de gestão que faça o controle das operações.
É claro que o principal atrativo do seu empreendimento é aquele cheirinho delicioso da comida que você prepara. Mas existem outras estratégias profissionais para seduzir o seu cliente e trazê-lo para saborear as suas receitas: o marketing gastronômico.
O mercado da gastronomia tem crescido e se fortalecido muito no Brasil nos últimos anos, e os empresários do setor — especialmente os pequenos e médios empreendedores — precisam trabalhar a comunicação para atrair um público cada vez mais exigente.
É aí que entra o marketing gastronômico, que aplica uma série de ações bem planejadas para conquistar o freguês e agregar valor ao serviço e produto oferecido. Esse posicionamento faz com que o consumidor perceba mais do que uma troca comercial ao ir até o seu estabelecimento, seja ele um restaurante, bar, padaria ou food truck. Faz com que ele sinta as emoções da gastronomia e os seus desejos realizados.
Mas como fazer marketing gastronômico no dia a dia, sem grandes recursos para investir? Basta acompanhar as dicas a seguir e pôr a mão na massa!
Qual a importância do marketing gastronômico?
O Marketing Gastronômico tem cheiro e sabor! Isso mesmo. Muito além de ações diferenciadas e campanhas bem elaboradas, o melhor chamariz de sua padaria ou loja sempre será a oferta de produtos frescos e de qualidade superior.
Por isso, o primeiro passo para o sucesso do marketing gastronômico é caprichar naquilo que você oferece, ou seja, nos produtos em sua vitrine, estufa, prateleiras, fornos etc.
Afinal, uma boa padaria se destaca sempre pelos pães fresquinhos, pelos doces perfeitos, por produtos de qualidade etc. O restante se trabalha e conquista por meio de outras ações!
E quais são essas ações recomendadas de marketing gastronômico?
Assim como qualquer outro tipo de campanhas, o marketing gastronômico é infindável e cabe a cada gestor saber trabalhar bem suas ações e campanhas. Porém, como de costume, preparamos uma boa lista de ideias e conselhos que podem ser trabalhados em sua padaria. Anota aí!
Participe de eventos locais
O maior garoto propaganda do seu estabelecimento é a sua comida. Mostre-a sempre que puder! Eventos locais, como festas e pequenas feiras gourmet no seu bairro, são ótimas oportunidades para começar. Participe daqueles que têm o mesmo público que o seu negócio e capriche na escolha do cardápio. Nesse momento, a qualidade é mais importante do que a variedade.
Como o espaço de preparo é reduzido, planeje um menu resumido, com uma entrada, um prato principal e uma sobremesa, por exemplo. Cada receita pode ser oferecida separadamente ou em um combo.
Fique atento também às condições ambientais e climáticas do evento para que o seu cardápio esteja de acordo com o clima, o espaço ao ar livre (ou não), a duração, entre outros.
E lembre-se de que, provavelmente, as pessoas não estarão tão confortáveis como nas mesas do seu estabelecimento. Por isso, a praticidade para servir e comer é fundamental e o tempo de entrega imprescindível para manter o bom humor da clientela.
Nada pode dar errado nesse dia! Se as pessoas gostarem da sua comida nesse momento, elas irão em busca de mais no seu restaurante, pode acreditar.
Aposte na geolocalização para se aproximar
Existem vários aplicativos como o Google Places, o Swarm e o Instalook para você conferir quem está nas proximidades da sua empresa — e interagir com elas. Perto do horário do almoço ou do jantar (dependendo do seu funcionamento), entre em contato com essas pessoas de forma simpática, apresente o prato do dia ou até mesmo ofereça um desconto, ou bebida grátis para que ela escolha o seu restaurante.
Outra forma de utilizar a internet a seu favor é se cadastrar nos principais aplicativos de geolocalização, como o iFood e o TripAdvisor. Confirme a sua localização e reivindique a propriedade para se destacar na sua região.
E para explorar os recursos das redes sociais, configure o Wi-Fi do Facebook no seu negócio. Dessa forma, os clientes vão ter que realizar o check-in para acessar a sua internet e, hoje em dia, o check-in é uma grande propaganda gratuita.
Cuide da imagem
Sim, nós comemos com os olhos. Muitos profissionais de cozinha e confeitaria já perceberam o valor de uma boa imagem e têm revolucionado o setor com pratos, bolos e doces que despertam a curiosidade dos clientes. Cores, misturas, ingredientes inusitados e tamanhos por vezes exagerados atraem os amantes da boa comida que vão até o seu estabelecimento só para conhecer aquela receita.
Por isso, além de trabalhar a criatividade, é muito importante investir em boas fotografias dos seus produtos, tanto para divulgá-las em campanhas online e offline quanto para ilustrar o seu cardápio.
E tenha muito cuidado ao promover uma imagem linda e suculenta, editada nos programas de computador, mas que pouco tem a ver com o produto real. Além de frustrar o cliente, o seu prato pode virar piada nas redes sociais.
Integre o digital ao espaço físico
E por falar em redes sociais, elas têm grande poder no seu marketing gastronômico. Afinal, diferentes perfis de clientes estão circulando diariamente por elas. Descubra qual é o seu maior público, em qual (ou quais) rede social ele está e aposte na comunicação.
Uma das vantagens das redes é que o contato com o seu consumidor é mais direto: você posta um conteúdo e imediatamente ele curte, comenta e você responde, em uma conversa amistosa e eficiente. Outro grande benefício é que os custos são muito baixos ou, em algumas estratégias, nulos. Por isso não há desculpas para não apostar nesse tipo de mídia.
Comece anunciando uma promoção, por exemplo. Mas garanta que o seu estabelecimento estará pronto para atender os fregueses que chegarem em busca daquela oferta. Não podem faltar ingredientes e o preço deve ser exatamente o divulgado, sem pegadinhas. Se não, mais uma vez, as redes sociais irão se virar contra você — e não há propaganda mais negativa do que um cliente insatisfeito com uma internet na mão.
Use o valor agregado para oferecer novos produtos
Para manter a clientela interessada, é importante apostar no lançamento de produtos. Seja um novo prato, um ingrediente diferenciado ou uma receita sazonal, utilize as estratégias do marketing gastronômico para anunciá-los e vendê-los. E nesse quesito, uma ação de valor agregado é a mais eficiente.
Para lançar uma nova bebida, por exemplo, ofereça em um combo com o prato mais vendido da casa. Ou no lançamento de uma nova receita, faça uma promoção com a sobremesa preferida dos seus clientes.
Nessas estratégias, o lucro inicial é menor, mas é facilmente recuperado depois que a novidade for apresentada e se tornar um sucesso.
Encante o cliente
Com essas dicas, você pode perceber que o marketing gastronômico segue a mesma intenção do marketing tradicional: encantar o consumidor. De nada adianta ir atrás do cliente, fazer propaganda online ou apresentar um belo produto se o seu estabelecimento falhar no relacionamento.
Mais do que atender bem (o que é obrigação), ofereça um serviço diferenciado, busque satisfazer uma necessidade específica — como um prato adaptado para um cliente vegetariano ou alérgico a algum ingrediente. Nesse mercado cada vez mais competitivo, é a velha e boa simpatia que ainda faz a diferença.
Promova ações beneficentes
Ter um lado social atrelado ao negócio sempre agregará valores positivos ao seu estabelecimento e isso é muito perceptível na visão do cliente também. Aliás, é muito normal que o consumidor aceite pagar valores mais altos pelo fato de contribuir ou ajudar com projetos, ou ações de seu interesse.
Por isso, como dica, veja a possibilidade de participar de alguma ação beneficente em seu bairro, como doação de alimentos a alguma instituição próxima, promova mutirões, crie promoções específicas que direcione parte do lucro a algum projeto, entre outras inúmeras ideias.
Realize sorteios
Uma outra excelente ação de marketing gastronômico é a realização de sorteios na padaria e isso pode ser trabalhado de diversas formas. Uma dica clássica disso é usar as Redes Sociais, no qual você pode, por exemplo, sortear cestas, produtos e serviços em troca de novos seguidores e potenciais clientes.
Ou, se preferir, pode elaborar ações diretas de sorteios na própria loja física, do tipo, a cada compra de tal valor, o consumidor passa a concorrer a um prêmio específico.
Feche parcerias estratégicas
As parcerias comerciais sempre vão agregar valores aos negócios e isso não se limita unicamente às grandes marcas não. Além disso, essa estratégia pode incluir ações diretas para o cliente, como descontos especiais em outras lojas do bairro, vendas conjuntas, serviços complementares etc.
Invista em equipamentos profissionais
Lembra que a gente falou que o marketing gastronômico tem cheiro e sabor? Pois bem, pode levar essa ideia ao pé da letra mesmo. Afinal, é uma verdade absoluta! Qual cliente não se encanta de passar em frente a uma vitrine repleta de doces, bolos e pães artesanais? E quem não se deixa levar pelo cheiro da massa saindo do forno ou daquele frango assado perfeito?
Muito além de técnicas e conhecimentos, tudo isso depende também de equipamentos profissionais para padarias, que vão aumentar a sua capacidade produtiva, mas mais que tudo, proporcionar mais qualidade, sabor e beleza aos seus produtos.
Em resumo, essas são algumas dicas e ideias de como implementar ações de marketing gastronômico em sua padaria ou confeitaria e, dessa forma, conseguir agregar mais valores ao negócio e conquistar ainda mais seus clientes.
E você, já aplicou alguma estratégia de marketing gastronômico que foi um sucesso? Divida a sua experiência nos comentários!
Quando falamos de bolos secos ou bolo da vovó logo lembramos dos bolos de fubá, bolo de cenoura, bolo de banana entre outros.
Cada tipo de bolo tem uma característica, sabor, textura e volume. Por isto, cada ingrediente da receita é importante e seu preparo também deve ser respeitado.
Tipos de massas mais “conhecidas”:
Pão de Ló
Feita com ovos, açúcar e farinha, leve e aerado. É uma base neutra que pode ser utilizada para bolos que levam recheios com creme. Este tipo de massa é ideal para fazer os bolos mais recheados e molhados e cobertos com chantilly. Vale lembrar que esta base não tem estrutura para suportar o peso de pasta americana.
Para o seu preparo primeiramente bata os ovos com o açúcar refinado e por último adicionar a farinha e o fermento.
Hoje em dia, já existem receitas com o uso de emulsificantes para bolos.
Outras receitas de massas parecidas com o pão de ló são o genoise e o bolo chiffon, com característica bem leve e aerada.
Bolo amanteigado
São mais saborosos e bem estruturados, ideais para serem cobertos com pasta americana ou esculpidos. Sua textura permite acrescentar frutas e castanhas.
No seu preparo vai manteiga, ovos, farinha e fermento. O modo de fazer é método de cremagem, onde se bate a manteiga com o açúcar até virar um creme e depois adiciona o restante dos ingredientes.
Bolos tipo inglês, gâteaux de Voyage e cakes
São bolos secos, existem varias receitas, algumas com método de cremagem, batendo no liquidificador, ou ainda misturando os ingredientes com as mãos.
Este bolo não recebe recheio que seja muito perecível, pois é vendido fora da geladeira e sua validade é maior, em média cinco dias.
Na Europa o Gateaux de Voyage (bolo de viagem), é muito consumido, pelo fato de ser um bolo gostoso, rápido no preparo e não precisa de armazenamento. Depois de assados estes bolos são mergulhados em caldas de especiarias, sucos ou recebem coberturas de chocolate e castanhas.
Hoje, no Brasil, os bolos chamados de cakes, são os mais comuns, feitos a base de óleo em sua composição.
A importância de cada ingrediente em sua preparação
Açúcar
A principal função do açúcar em uma formulação de bolo é dar abrandamento à farinha de trigo, isto é, atuar como amaciante. Além dessa função, o açúcar tem efeito adoçante próprio e serve para abaixar o ponto de caramelização da massa, permitindo que a crosta do bolo adquira a cor apropriada a uma temperatura mais baixa. Outra função do açúcar é de reter a umidade deixada no bolo após o cozimento, deixando-o, assim, mais unido e com paladar por vários dias. Também serve de elemento lubrificante da massa, tornando-a mais fluída.
Leite
Sólidos do leite: Estes tem como objetivo dar estrutura e rigidez ao bolo, além de servirem como elementos para reter a umidade. Os sólidos do leite têm efeitos ligados aos da proteína da farinha, criando uma rigidez. Contém, ainda, lactose, que regula a coloração da crosta. Os sólidos do leite também colaboram no fornecimento de aroma ao bolo.
Água do leite
O teor de água no leite varia, de acordo com o tipo, isto é, em pó e em estado natural. As suas principais funções são: em quantidades adequadas, contribui para melhorar as qualidades de degustação; serve de agente umidificante e de associação com outros ingredientes.
Água
A água serve para regular a consistência da massa e desenvolver o glúten, que irá por sua vez, reter o gás carbônico produzido pelo fermento em pó, regulando o volume do produto final. Para que a farinha de trigo desenvolva uma certa estrutura é necessário, água. Para que o açúcar tenha efeito amaciador também precisa de água. Portanto, a água contribui para o amaciamento e enrijecimento do bolo. A água durante o cozimento do bolo forma pressão de vapor, a qual irá regular o volume do bolo.
Sal
Tem por finalidade acentuar o sabor dos demais ingredientes empregados. É utilizado como agente controlador da doçura, se o bolo for demasiado doce. É mais conveniente aumentar o teor do sal de uma formulação do que diminuir o do açúcar, que é necessário para reter a umidade. O sal serve, ainda, para abaixar a temperatura de caramelização da massa do bolo, contribuindo com uma boa coloração da crosta.
Ovo
Fornece estrutura, água, aroma e sabor, assim como cor. Se utilizar uma farinha pobre, vai precisar, de um número maior de ovos e vice-versa, quando a farinha é rica é sempre importante conhecer o teor de umidade, gordura e sólidos dos ovos. O conteúdo de sólidos dos ovos controla os resultados do produto final. A clara para ser batida e deve estar livre de gema ou gordura, pois a presença desta, a partir de 0,1%, afetará as suas qualidades com relação a ser “batida em neve”.
Gordura
Tem a finalidade em uma formulação de aumentar a incorporação de ar na massa, através da ação de batedura. Esse ar tem maior efeito amaciador que a própria gordura. A melhor faixa de temperatura para as gorduras serem trabalhadas é de 20 a23°C. Nessa faixa de temperatura, a capacidade de retenção de ar pela gordura é maior. O uso da gordura emulsificada ajuda a formar uma emulsão, especialmente a temperaturas mais baixas e permite que seja adicionada maior quantidade de água aos bolos resultando na melhora da qualidade gustativa do produto final. A gordura, em si, ajuda na retenção na umidade e prolonga o prazo de validade dos bolos.
Em algumas receitas usamos margarina bolo, manteiga, margarina comum, creme de leite ou óleo.
Agentes de crescimento
Os bolos podem crescer devido à ação de três fatores:
– Incorporação de ar durante a mistura – crescimento mecânico;
– Crescimento por agente químico;
– Pressão de vapor criada no forno.
A maneira de crescimento depende do tipo de bolo em relação à sua riqueza, consistência da massa e temperatura.
Fermentação Química
Em produtos que sofrem a ação de crescimento, a fonte de gás CO2 é o bicarbonato de sódio ou bicarbonato de amônio. Este último, para produtos que são assados até baixo teor de umidade, pois, se o teor de água for alto, o odor ou o gosto amoniacal permanece.
A popularidade do bicarbonato de sódio como fornecedor de gás é baseada no seu baixo custo, inocuidade, facilidade de manuseio e por não deixar sabor no produto final. Pelo aquecimento, este produto libera o CO2 que é o agente de crescimento. A utilização do bicarbonato de sódio, sozinho, exige temperatura bastante alta para a sua decomposição. Isso ocorre tardiamente no estágio de cozimento, por isso, implica no uso de um sal ácido para reagir com ele e produzir CO2, e um resíduo comestível. O ácido a ser utilizado deve ser, portanto, inócuo, ocorrer na forma sólida, ser de fácil manejo e não ter efeito maléfico para o glúten. Alguns ingredientes podem ser utilizados juntamente com o bicarbonato, são: coalhada, sorgo, suco de limão, creme de leite, etc. Esses tipos de misturas não são utilizados comercialmente, devido à dificuldade de se conseguir resultados uniformes.
O bicarbonato de amônio e o carbonato de amônio, também são utilizados como agentes de crescimento. É considerado um fermento de ação rápida, apropriado para biscoitos e bolachas, deixando – os mais crocantes e leves. Não deve ser utilizado em bolos, pois este não crescerá o suficiente.
Outro agente de crescimento é o fermento em pó que segundo a ANVISA: “é o produto formado de substância ou mistura de substâncias químicas que, pela influência do calor e/ou umidade, produz desprendimento gasoso capaz de expandir massas elaboradas com farinhas, amidos ou féculas, aumentando o volume e a porosidade, os fermentos químicos destinam à serem empregados no preparo de pães especiais, broas, biscoitos, bolachas e produtos afins de confeitaria.”
A composição do fermento químico: é composto por uma base – bicarbonato, amido, sais ácidos como tartaratos e fosfatos, sulfatos de K, Ca, Na, Al – que em presença de água e sob ação do calor reagem originando principalmente o dióxido de carbono.
Alfarroba o fruto ou a vagem da Alfarrobeira, é um fruto muito antigo consumido desde a época do antigo testamento pelos Hebreus. Acredita-se, inclusive, que São João Baptista quando estava no deserto comia mel silvestre e alfarrobas, em vez de mel silvestre e gafanhotos, pois em Hebraico as duas palavras são muito similares, daí o nome desta fruta também ser: Pão de São João.
Levada para a Europa pelos Mouros, sempre foi muito consumida por homens e animais em todo o sul europeu, hoje em dia é muito comum o seu uso em pães, chocolate etc.
Ingredientes:
- 1.500kg de farinha de Alfarroba
- 1.500kg de farinha de Trigo
- 60g de sal
- 50g de reforçador
- 100g de açúcar
- 100g de mel
- 40g de fermento fresco
- 1.300kg de água
Modo de fazer:
- Na batedeira junte todos os ingredientes menos o fermento, quando a massa estiver com 60% do seu amassamento junte o fermento e amasse até obter uma massa lisa sem estrias.
- Deite a massa num alguidar e deixe repousar por duas horas, ao fim deste tempo corte em porções de 250g, enrole-as deixe levedar mais 30 minutos.
- Após este processo leve os pães ao forno pré aquecido a 300ºC durante aproximadamente 15 minutos.
- Este pão fica levemente adocicado, serve-se muito bem com manteiga.
A cada dia que passa, a busca por alimentos feitos em casa e da maneira menos artificial possível aumenta. Dessa mesma forma, é possível dizer que a fabricação de pão de fermentação natural está cada vez mais evidente, uma vez que resulta em um alimento aromático, saboroso e surpreendente. Mas para fazer esse tipo de pão, é necessário optar pela fermentação natural, um método simples, porém muito funcional.
Pensando, resolvemos preparar esse post com tudo que você precisa saber sobre esta tendência da panificação. Vamos apresentar como os produtos podem ser feitos, quais são as suas vantagens e algumas opções de preparações. Está preparado? Então, continue com a leitura e saiba mais!
Afinal, como preparar um pão de fermentação natural?
Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, fazer um pão de fermentação natural é bem fácil. No entanto, requer um pouco mais de tempo. O primeiro passo — e o mais importante — é fazer o fermento natural, também chamado de levain, massa azeda ou massa madre. Embora existam receitas que podem variar um pouco, a base clássica da preparação é sempre a mesma: farinha e água.
Com o fermento pronto, só é necessário pegar uma boa quantidade (já que ele é menos intenso que o fermento biológico tradicional) e misturar com os demais ingredientes, como farinha, água e sal. Com essa base, você consegue fazer inúmeras e deliciosas receitas.
Como fazer o fermento natural?
O processo para fazer o fermento natural (que dura, em média, de 4 a 10 dias) deve iniciar com a mistura com 50 gramas de farinha de trigo e 50 ml de água. Depois, essa mistura deve ser colocada em um recipiente de vidro ou de cerâmica, coberta com um pano de prato e guardada até o dia seguinte. O armazenamento deve ser feito em um ambiente com temperatura entre 20°C e 26°C, livre de correntes de ar.
Nos próximos dois dias, você deve alimentar o seu fermento adicionando a mesma quantidade de farinha de trigo e de água. Misture tudo, cubra com o pano e guarde novamente. Já entre o quarto e o quinto dia, a massa terá dobrado de volume e terá a presença de bolhas. Se isso acontecer, significa que o produto já está pronto.
Depois de pronto, o fermento deve ser armazenado na geladeira e em um pote de plástico com tampa. Além disso, é elementar alimentá-lo a cada 2 dias com mais água e farinha, sempre nas mesmas proporções iniciais. Para que não fique muito volumoso, descarte metade da quantidade encontrada na geladeira.
É possível modificar a receita do fermento?
Se você quiser deixar o pão com mais fibras e mais natural, é possível colocar metade da farinha de trigo tradicional e o restante de farinha de trigo integral. Ou, se preferir, utilize apenas a versão integral.
Também dá para fazer o fermento com maçã, uva, abacaxi e até mesmo iogurte, já que são ingredientes ácidos que oferecem ainda mais aroma e sabor para a preparação, além de facilitar a ação das leveduras durante o processo.
Quais são as vantagens?
Rico em sabores e aromas, os pães feitos com fermentação natural oferecem outras vantagens e é isso que faz com que eles sejam produzidos até hoje.
Os primeiros registros desse tipo de fermento, aliás, são datados de 3.700 a.C., juntamente com o início da agricultura e, até os últimos 150 anos (início do desenvolvimento do fermento industrial), somente ele era usado.
Confira os principais benefícios do pão de fermentação natural:
1. Casquinha crocante e interior macio
As primeiras vantagens do pão de fermentação natural são, sem dúvida, as suas características sensoriais. Embora ele apresente um aspecto bem rústico, a casquinha dourada e crocante que se forma em volta é irresistível.
Além disso, o interior fica extremamente macio, cheio de alvéolos e com um incrível aroma de leveduras (característica de um pão bem fresquinho), que chega a lembrar levemente um sabor mais azedo.
O resultado final é muito versátil, podendo ser consumido com geleias, manteigas, patês e até mesmo na composição de sanduíches.
2. Boa durabilidade
Como os pães de fermentação natural apresentam uma casca mais grossa, o ácido acético liberado pela levedura durante a fermentação vai impedir o aparecimento dos indesejáveis bolores. Isso significa que dificilmente o seu pãozinho vai sofrer com problemas de mofo.
Assim, você vai poder aproveitá-lo depois de alguns dias, quando ele já não estiver mais tão macio. É possível fazer inúmeras preparações, como torradas, croutons e bruschettas.
3. Fácil digestão
Diferente do que acontece com muitos pães industrializados, o pão de fermentação natural é feito com os ingredientes que você escolher. Isso significa que, se você tiver, por exemplo, intolerância à lactose, pode optar por uma receita sem derivados do leite e, assim, não sofrer com problemas digestivos.
Além disso, somente no fermento natural fresco é possível encontrar uma substância chamada lactobacilos. Ela é altamente benéfica para a flora intestinal e ainda contribui para uma digestão adequada.
4. Resgate da tradição
Como já citamos, o fermento natural existe há milhares de anos e até a atualidade ele é feito. Isso significa que, ao fazer um pão de fermentação natural, você estará automaticamente resgatando a tradição de muito tempo, incluindo toda a história, a cultura, o sabor, o aroma e a textura que foram desenvolvidos em todo esse processo.
Quais são os tipos de pães que podem ser feitos?
Existe uma variedade extensa de pães que podem ser produzidos usando o levain como base. Os principais são:
– pão integral, rico em fibras (que ajuda a prevenir o câncer de cólon) e que pode ser feito inteiramente com a farinha integral ou com a mistura de outras farinhas;
– pão de azeite, com um aspecto rústico, mas com o miolo aromático e macio, ideal para a preparação de sanduíches;
– pão de centeio, normalmente feito com uma porcentagem de farinha de centeio e rico em fibras e nutrientes, como o ferro e a vitamina B;
– fougasse de mel, fresca, levemente adocicada e com um aspecto mais rústico;
– pão de aveia, geralmente feito com a farinha ou os flocos da aveia junto com a farinha de trigo. Ele é rico em fibras, cálcio, zinco e ferro (que ajuda a reduzir o colesterol);
– ciabatta, ideal para fazer sanduíches, pois é uma receita rica em aromas e texturas;
– e pão italiano, com uma casca dura e grossa, porém com um interior macio, um pouco ácido e bem perfumado.
Agora que você já viu o que é o pão de fermentação natural, como ele pode ser feito, quais são as suas vantagens e algumas opções para você preparar, não tenha medo e se aventure! Lembre-se de que é uma maneira diferente de lidar com a panificação, todavia é uma grande referência devido aos fantásticos resultados.
Você já experimentou um pão com fermento natural? Então, escreva nos comentários e conte a sua experiência!
Uma experiência vivida dentro de uma aldeia em Quelimane, ensinando jovens a fazer pães com fermento natural.
No dia 27 de julho, embarquei para maior aventura da minha vida! Essa experiência me fez viver emoções que, até então, eu desconhecia.
Em 2016, meu tio Leônidas Duarte foi para Quelimane, em Moçambique. Ele foi “encontrado” pelo Danilo, líder de uma comunidade chamada Bom Samaritano. Quando digo “encontrado”, é porque foi mesmo! Depois de centenas de e-mails enviados para a Europa e EUA com pedidos de ajuda, um destes e-mails chegou até o meu tio, que já trabalha há muitos anos com projetos sociais no Brasil e no Leste Europeu.
Nossa família acompanhou de perto essa viagem através das redes sociais, e resolvemos assumir um compromisso, no sustento de uma família com 12 crianças e uma viúva, a dona Cecília. De lá para cá, temos acompanhado de perto todas as dificuldades desta aldeia em Quelimane.
Este ano, me senti chamado a participar desta viagem, mas no início eu não sabia como ajudar. O que eu sei fazer é pão! E foi aí que nasceu em nossos corações o desejo de levar os pães para África! De ensinar jovens desta aldeia a arte de fazer pães com fermentação natural.
O Danilo – que é Moçambicano e nascido em Quelimane – viu uma grande oportunidade de não dependerem apenas de doações, mas de viverem do seu próprio trabalho, e porque não, viver de pão! Os desafios foram muitos, daria um livro! Além do alto custo da viagem (que ultrapassou 10 mil reais!), existia um desafio gigante, que é a falta de infraestrutura para se fazer pão.
Começamos uma campanha na família, com os amigos e nas redes sociais. Eu tinha o dinheiro para ir, para minha despesa, mas eu precisava de dinheiro para fazer acontecer lá! Conseguimos levantar um valor que seria usado para iniciar o projeto. Muitas pessoas do Instagram se mobilizaram para ajudar. Foi muito bacana!
Além da família e amigos, grandes nomes do meio da panificação também colaboraram. O Adriano Ribeiro na divulgação do projeto, Luiz Américo Camargo na doação de livros – “O Pão Nosso!”, e o grande Rafa, da The Slow Backery, que me proporcionou um dia maravilhoso dentro da Slow, como forma de me ajudar com o projeto. Ainda teve a Neide Rigo e Moema Machado, com suas inspirações!
Mas, as incertezas eram grandes. Será que vou encontrar uma boa farinha de trigo? Será que a água vai dar para fazer pão, alimentar o fermento? O fermento natural vai funcionar? Vai sobreviver? E o forno? Vamos conseguir construir?
Embarcamos com as malas cheias de material para panificação. Uniformes, toucas, aventais, camisas, panos para limpeza, espátulas, balanças, potes, caixas, bowls, etc. Duas malas repletas de material. Um pouquinho de roupa (risos) e muitas dúvidas!
Graças a Deus, os desafios foram sendo vencidos. O curso aconteceu! Encontramos uma boa farinha – de qualidade melhor do que a do Brasil! Mínimo de 10,3g de proteína a cada 100 gramas. O fermento se adaptou bem a água local, os jovens estavam focados e interessados em aprender. Conseguimos até montar uma grande mesa (com madeiras que foram compradas) em cima de grandes blocos de concreto. Forramos com um plástico e seguimos em frente!
O maior desafio, estava por vir – Assar os pães. Compramos alguns vasos de barro, fizemos buracos no chão, preenchemos de pedras e carvão, tipo Neide Rigo! Foi maravilhosa a experiência. Mas não daria para assar todas as massas de uma semana de curso, das 9hs até às 18hs. Eu não podia “perder tempo” assando todos os pães. Quanto mais massa produzida, mais prática, mais contato, mais experiência. Eu não ficaria por muito tempo com eles, então, o desejo era fazer o máximo de massa possível.
Mas, aconteceu algo durante o curso que mudaria a minha forma de pensar. Uma massa, usada para demonstrar autólise acabou ficando de lado no primeiro dia de curso. Percebi que um aluno, usando uma folha de bananeira, pegou aquela massa, com apenas farinha e água, e guardou para levar para sua casa. Alí eu percebi que teríamos que assar todas as massas produzidas. Eu estava lidando com algo que eu não conhecia: a fome!
Foi então que começamos a assar os pães estilo Moema Machado, assando sob as brasas do carvão. Ali, estávamos fazendo o pão caçador. Eles gostaram muito deste método, pois observavam a cada instante a mudança da massa de farinha, água e sal em pão. Pão de verdade!
Foram muitas as experiências! Ver crianças comendo os pães que estavam sendo assados, crianças de meses de vida, como a Antônia. Muitas pessoas foram alimentadas com os pães que fizemos. Aliás, todo pão na aldeia, desde o curso, está sendo produzido pelos meninos. Isso me deixa muito feliz! Foi fantástico! Como disse, daria para escrever um livro.
Dentre os meninos, cinco se destacaram, são eles: Arsênio e o Aider, líderes do grupo, a Felismina, meu xará Alex e o Isler, mestre da brasa!
Conseguimos comprar uma geladeira, material para panificação e duas pedras de granito, onde será montada a mesa para a sova. Compramos uma bicicleta para transportar a farinha, carvão e todo o material.
Agora você deve estar me perguntando: e o forno? Conseguimos também deixar o valor do forno – que só não foi construído nos dias que ficamos lá por falta de mão de obra qualificada. Aliás, o forno já está pronto! Foi um grande desafio tentar auxiliar a construção estando aqui do Brasil. Agradeço a Alice e o Marcelo, que foram indicados pelo Rafa da Slow, para nos orientar na construção. Mesmo distante, este casal não mediu esforços para ajudar.
Nosso próximo objetivo é conseguir um patrocínio mensal para arcar com o custo da farinha de trigo, sal e a lenha. Para que eles possam continuar treinando o que foi aprendido! Também queremos fazer a cobertura da padaria e, quem sabe, o piso!
Esta semana, em contato com o Danilo, perguntei sobre o Isler, o jovem do curso com talento para lidar com as brasas. Perguntei, pois saí de lá preocupado com ele. Percebi nele mais fragilidade, um olhar sofrido e triste. Foi quando soube que o Isler e sua família estava passando fome.
Os desafios ainda são enormes! Sim, eu sei. Tudo o que foi feito foi apenas o começo! Queremos muito mais. Queremos mudar a realidade e a perspectiva dos jovens desta aldeia.
Com esta viagem, entendi que nada acontece por acaso. Este amor que sinto pela panificação, pelos pães com fermentação natural, não brotou em meu coração à toa. Nasceu para um propósito, nasceu com um objetivo maior, objetivo esse de alimentar vidas em outro continente. De alimentar esperança de um dia melhor.
Agradeço o apoio que recebi de cada pessoa. Agradeço ao Danilo Montanha, por me receber em Quelimane, por me permitir ajudar. Está sendo um privilégio caminhar com vocês!
Obrigado a Massa Madre pelo convite de fazer parte deste time! Espero poder contribuir para que muitas pessoas encontrem o seu caminho na panificação, assim como eu encontrei.
Quanto ao Isler, consegui uma parceria para o seu sustento. Queremos agora fazer o mesmo com os demais meninos.
Um beijo no coração, boas fornadas e até a próxima!