Saiba avaliar o custo da matéria-prima e precificar o produto final

Avaliar o custo da matéria-prima para a correta precificação dos produtos é essencial para garantir uma boa margem de lucro e o sucesso da sua padaria.

O preço de um produto é definido por um conjunto de fatores que, quando não são controlados e avaliados corretamente, podem fazer você ter prejuízos ou afastar seus clientes. Neste post, mostraremos algumas etapas que você deve seguir para uma correta precificação do seu produto. Confira!

Analise detalhadamente os custos e as variações

O primeiro passo para uma correta precificação é estudar e conhecer os custos que envolvem a disponibilização do produto. Esses custos e despesas são separados em três principais categorias. Veja quais são:

Custos fixos

São aqueles que permanecem os mesmos independentemente da sua receita. Resumindo, são os custos que você precisa pagar vendendo muito ou pouco, como é o caso do aluguel e do salário de funcionários, por exemplo.

Custos variáveis

São aqueles que apresentam oscilações conforme a produção e o volume de vendas, o que inclui os custos de matéria-prima e as despesas com os procedimentos da produção. As despesas com água e luz podem variar conforme o setor, podendo ser encaixadas tanto nos custos fixos quanto nos variáveis. No entanto, contas que apresentação uma variação muito pequena devem ser consideradas custos fixos.

Custos de comercialização

São todos os gastos que você tem para comercializar um produto no seu estabelecimento. Podem ser considerados os impostos, as comissões e os custos com publicidade, por exemplo. Esses gastos devem ser levados em conta uma vez que, sem eles, não é possível disponibilizar as mercadorias.

Vale ressaltar que outro ponto importante na avaliação dos custos de matéria-prima são as possíveis variações conforme a sazonalidade dos ingredientes. Existem épocas do ano que algumas matérias-primas são mais caras, devido ao seu cultivo ou beneficiamento que se torna mais difícil nesses períodos.

Pesquise a sua concorrência

A lei da oferta e da procura é um fator decisivo e que influencia fortemente na compra do seu consumidor. Portanto, o indicado é que você pesquise sobre os preços que os seus concorrentes estão praticando.

Quanto menos concorrido for o mercado ou a procura por um produto, maior será o preço e, quanto mais concorrido for, menor será o preço dessas mercadorias. No entanto, é preciso ter cautela e apostar em um equilíbrio, pois não adianta você abaixar ou elevar muito o preço de um produto e acabar tendo prejuízos.

Considere o perfil do seu público-alvo

Para avaliar o custo da matéria-prima, tão importante quanto pesquisar o preço da concorrência é levar em consideração o perfil do seu público. É preciso conhecer os hábitos de consumo dos seus clientes, pesquisar sobre a classe social, considerar a localização da sua padaria — se está em área nobre ou não —, conhecer as necessidades e os costumes.

Para isso, você pode usar desde questionários até a observação dos hábitos dentro do seu estabelecimento, bem como os produtos que têm boa saída. Levar esse fator em consideração não só auxilia para uma correta precificação de produtos, mas também ajuda no conhecimento das dores e necessidades, permitindo que você proporcione o melhor atendimento e serviço de forma que ocorra a fidelização.

Defina uma margem de lucro

A definição da margem de lucro também é parte importante do cálculo para custo da matéria-prima. Entretanto, dificilmente você encontrará uma tabela pronta ou margem de lucro ideal para os seus serviços e produtos de forma que garanta a competitividade no mercado.

Portanto, você precisa avaliar, como dissemos, o preço que é praticado pela concorrência e definir a margem de lucro de cada produto, separadamente, e não de forma geral como demonstrativos contábeis apresentam.

Então, leve em consideração o lucro bruto, que contabiliza somente os gastos com a matéria-prima e aqueles necessários para disponibilizar o produto, e o lucro líquido, que considera todas as saídas do caixa como o aluguel. Mas é importante ter em mente que essa margem deve ser honesta, afinal, se o preço for muito elevado, afasta os clientes, mas se for muito baixo pode gerar prejuízos.

Use estratégias para definir o preço do seu produto

Existem diferentes estratégias que podem ser utilizadas. O Markup, por exemplo, leva em consideração os custos de produto, operacionais, custos com divulgação e distribuição, somada à margem de lucro que é desejada.

Já o preço-teto computa o maior preço que é utilizado no mercado e o ajuste de acordo com os objetivos de cada negócio. Há também uma estratégia chamada de percepção de valor, que consiste em avaliar o cliente e a percepção dele com o seu produto. Quanto maior essa percepção, maior será o valor do seu produto.

Para auxiliar nessa tarefa, vamos a um exemplo da maneira mais utilizada de precificar um produto. Para isso, é avaliado o custo para produzi-lo, as despesas e o lucro que você espera. Sendo assim, chegamos à seguinte fórmula: custos + despesas + lucro = preço de venda.

Suponhamos que você tem um custo de R$20,00 para disponibilizar um item como um pão. Já as despesas que são os impostos, por exemplo, somam R$10,00 e você almeja ter 50% de lucro sobre esse produto, ou seja, R$10,00. Usando a fórmula, o preço do seu produto será R$40,00.

Considere as particularidades de cada produto e serviço

Para uma correta precificação, é indispensável considerar as particularidades de cada serviço prestado e de cada produto que é feito no seu estabelecimento. O custo da matéria-prima, contratação de mão de obra especializada, a aquisição de maquinário e o tempo de produção devem ser avaliados.

Nesse cenário, a qualidade dos ingredientes é um dos fatores que mais interfere na precificação. Afinal, quanto mais caro for o custo desses itens, quanto mais tempo demandar a sua produção, maior será o valor e preço agregado.

Para avaliar o custo da matéria-prima, é preciso levar em consideração uma série de fatores, como os mencionados neste artigo. Além de analisar os gastos e despesas que são necessários, é muito importante conhecer o seu público e suas preferências para não fugir da realidade deles.

Viu como é importante avaliar todos os aspectos que interferem no preço e no valor dos seus produtos? Para ficar por dentro de mais assuntos como este, siga as nossas páginas nas redes sociais. Estamos no Facebook, no Instagram e também no YouTube!

Pão de Quinoa e Tâmaras com Fermentação Natural

Segue abaixo a receita de pão de quinoa e tâmaras secas feito com fermento natural (levain).

Ingredientes

  • Farinha de trigo para pães forte orgânica 500g (100%)
  • Quinoa em flocos 30g (6%)
  • Mel de abelhas 15g (3%)
  • Levain 150g (30%)
  • Água gelada 342g (68,4%)
  • Sal refinado 12,5g (2,5%)
  • Mix de quinoa vermelha e preta 25g (5%)
  • Tâmaras secas picadas 200g (40%)

Modo de preparo

  • 1. Faça a autólise da massa: misture a farinha e 65% de água (somente o suficiente para juntar), cubra e descanse por 1h.
  • 2. Cubra a quinoa em grãos com água e leve ao fogo para cozinhar até que os grãos estejam cozidos e firmes. Escorra, resfrie e reserve.
  • 3. Bata a massa e junte a quinoa cozida e em flocos no final do batimento, juntamente com as tâmaras picadas. Deixe descansar por cerca de 1h30. Dê uma dobra. Descanse mais 1h30.
  • 4. Divida a massa em duas peças, pré-modele e descanse novamente por cerca de 30 minutos.
  • 5. Modele e acondicione em bannetons. Fermente a frio por cerca de 1h ou mais.
  • 6. Transfira os pães para papel manteiga, aplique cortes e asse-os em forno pré-aquecido a 240C, com vapor, por cerca de 30-35′.
Entenda como realizar a gestão de fornecedores internacionais

Um bom relacionamento com fornecedores internacionais é a condição fundamental para o andamento de uma empresa como um todo. A qualidade dos produtos fornecidos, bom preço e seriedade com os prazos são questões que devem ser avaliadas na gestão de fornecedores.

Para isso, você deve manter um relacionamento de parceria, já que para “alimentar” a sua empresa, é imprescindível boa matéria-prima. Pensando nisso, reunimos neste post, algumas boas práticas para você realizar a gestão de fornecedores internacionais. Confira:

Encontre os fornecedores

Algumas empresas de fornecedores internacionais têm escritórios ou representantes no Brasil para facilitar a negociação e relacionamento. No entanto, há também a possibilidade de você participar de feiras e eventos no seu segmento.

Dessa forma, você encontrará no mesmo local, diferentes empresas que disponibilizam os serviços e produtos em estandes para que você os conheça. No entanto, caso seja inviável o comparecimento nesse tipo de evento, o indicado é que você procure pelos representantes em pesquisas na internet ou até mesmo catálogos especializados no segmento.

Para começar a sua busca por fornecedores internacionais é preciso definir o tipo de produto e serviço que você procura, pois existem fornecedores que podem ser fabricantes, atacadistas ou somente distribuidores de algumas marcas.

Após isso, não deixe de pesquisar sobre a reputação do fornecedor por empresas que trabalham ou já trabalharam com esse prestador. Para isso, você pode usar a internet e sites de reclamações.

Negocie prazos e preços

As negociações de preços e prazos demandam mais atenção em fornecedores internacionais. Essa negociação deve fazer parte do dia a dia do gestor de fornecedor, pois, é preciso entrar em acordo na moeda. O valor será cobrado e as transações serão em dólar ou real, por exemplo.

Fique atento ao local de onde os seus produtos sairão para não correr o risco de atrasos na entrega, para definir as negociações de prazo e para que você possa se organizar de acordo com os prazos que foram estipulados.

Outro fator importante a ser avaliado neste quesito é a negociação com intermediários. Algumas empresas especializadas em exportação e importação realizam o relacionamento por meio de intermediários.

Contudo, fique atento a essa opção que, apesar de facilitar muito as questões burocráticas, podem apresentar a cobrança de taxas. Então mesmo que demore mais, considere o contato direto ao fabricante.

Realize testes com os produtos

Uma matéria-prima de qualidade é fundamental para o seu produto final e consequentemente para o sucesso do seu negócio. Sendo assim, é indicado que você faça a solicitação de amostras para avaliar se o produto é realmente de qualidade e se está dentro dos padrões da sua empresa de panificação.

Com isso, além de avaliar o produto em si, você consegue ter uma breve noção do comprometimento com o prazo de entrega, a forma que o produto é embalado, armazenado e manuseado durante o transporte e também a qualidade no atendimento da empresa.

Aposte no diferencial

O mercado está cada vez mais concorrido e os consumidores cada vez mais exigentes. Com isso, para que o seu negócio sobreviva e se sobressaia na concorrência, é inevitável apostar em inovações e no diferencial. Os clientes já estão cheios do mesmo.

Fornecedores internacionais são um ótimo caminho para isso. O mercado exterior tem muitas novidades que ainda não chegaram no Brasil. Tanto equipamentos quanto produtos de última geração e de alta performance será um grande diferencial para proporcionar mais força no seu negócio.

Estreite o relacionamento

Como dissemos, o seu relacionamento com os fornecedores deve ser de parceria. Assim, fica mais fácil para que ambas as partes entendam como os processos funcionam e entrem em um acordo que possa suprir as necessidades.

Então busque sempre manter um canal de comunicação facilitado e instantâneo para garantir total interação. Os fornecedores de confiança poderão indicar os melhores produtos para o seu negócio e lhe auxiliar até mesmo a encontrar novos parceiros. Estreite os laços!

Saiba quais são as vantagens e desvantagens

Trabalhar em conjunto com fornecedores internacionais tem muitas vantagens, mas existem alguns pontos que demandam mais atenção. Confira quais são os prós e contras dessa prática:

Vantagens

Fornecedores competitivos

Os mercados internacionais são muito dinâmicos e competitivos, o que gera empresas com alta capacidade produtiva e de diferencial. Com isso, você será beneficiado com um bom atendimento, preços, produtos e serviços de qualidade.

Preços atrativos

Mesmo com os encargos tributários que incidem sobre a prática de trabalhar com fornecedores internacionais, ainda sim é vantajoso apostar na importação dependendo do produto ou da tecnologia.

Variedade

Assim como as tecnologias, existem variedades de produtos que não encontramos no Brasil ou que são mais caros e de difícil acesso. A gama de produtos internacionais pode ser maior. Isso aumenta o seu mix de produtos disponibilizados e, no caso de matéria-prima, aumenta a qualidade do seu produto final.

Desvantagens

Diferença cultural

A diferença cultura é refletida no modo de negociação e nas práticas de negócio. Esses aspectos podem ser bem diferentes do que você está acostumado a lidar.

Comunicação

A barreira do idioma pode ser um dificultador na comunicação entre você e seu fornecedor internacional. Certifique-se de que você conseguirá se comunicar com a empresa e com o seu parceiro antes de fechar um acordo, pois, caso ocorra algum imprevisto ou empecilho, a comunicação pode facilitar ou dificultar a tomada de decisões.

Prazos

Dependendo da localidade que o seu fornecedor está, a entrega será mais demorada, sem contar os processos da alfândega. Então não deixe de conhecer cada detalhe da entrega, principalmente o prazo e cumprimento das datas, já que o atraso de entregas prejudica diversos setores do seu negócio.

A localidade também inviabiliza ou dificulta que você faça visitas ao seu fornecedor. Com isso, vale a dica de somente fechar contrato com empresas conhecidas no mercado e que sejam sérias, para que não aconteçam situações que se façam necessária o seu comparecimento na empresa.

Encontrar fornecedores internacionais nem sempre será um processo fácil. Sendo assim, é preciso fazer uma investigação detalhada de cada parceiro a fim de evitar prejuízos e dores de cabeça no futuro.

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Trança de Laranja com fermento natural

Segue abaixo a receita e modo de preparo da trança (massa doce) de laranja com fermentação natural.

Gestão de qualidade: por que é um item obrigatório nas empresas?

Os consumidores estão cada vez mais exigentes e o mercado cada vez mais competitivo. Dessa forma, é de extrema importância disponibilizar produtos de qualidade e que prezam pelo cuidado desde a produção até ser colocado à venda. A gestão da qualidade é parte fundamental dessa tarefa e é o setor responsável por garantir bons produtos.

Para apostar no diferencial e conquistar seus clientes proporcionando bons produtos, continue acompanhando este post e confira o que é e como implementar a gestão de qualidade no seu negócio. Confira:

O que é gestão de qualidade?

A gestão de qualidade pode ser definida como um conjunto de métodos e princípios que visam garantir a satisfação do cliente e gerar melhorias em seus produtos. Essa prática coordena os processos de uma empresa para superar as expectativas dos clientes, fidelizar os consumidores e reduzir custos.

Na década de 50 já existiam tentativas de criar métodos para garantir a qualidade e padronização da produção. Com as inovações, essa atividade começou a atingir o atendimento ao cliente, os custos de produção e até mesmo os fornecedores de uma empresa.

A gestão da qualidade independe do porte do seu negócio, número de funcionários, atividade principal ou faturamento, pois todo e qualquer estabelecimento deve ter como prioridade a satisfação dos seus clientes e a disponibilização de produtos de qualidade. No entanto, é preciso encontrar um método que seja eficaz para seu negócio.

Qual a importância da gestão de qualidade?

A gestão de qualidade, por meio da padronização e organização de processos que garantem bons produtos, auxilia na tomada de decisões que interferem na sua busca por crescimento, visibilidade e melhoria contínua.

Com isso, é possível identificar e corrigir processos ineficientes ou que não são saudáveis para o seu negócio. Possibilita também a implementação de atitudes que gerem crescimento ao seu negócio.

Quais são os benefícios para as empresas?

Com o envolvimento e dedicação dos responsáveis pela administração de uma empresa, a gestão de qualidade proporciona:

Redução de custos

Um dos objetivos da gestão de qualidade é buscar mais eficiência na produção. Com isso, são reduzidos os níveis de perda de produtos e desperdício de matéria-prima. Como essa prática aumenta a otimização nos processos e corrige erros que gerariam custos adicionais, o resultado será a redução de custos operacionais.

Satisfação do cliente

Quando o cliente sai satisfeito de um estabelecimento, encontra os produtos que precisa e em alta qualidade, lembrará automaticamente da sua marca.

A gestão da qualidade contribui para aumentar esse nível de satisfação e, com isso, a sua taxa de fidelização aumentará, já que o seu negócio atende completamente as necessidades do cliente.

Aumento na competitividade

Com uma gestão de qualidade eficiente e com bons níveis de satisfação do cliente, o seu negócio aumenta a competitividade e garante espaço no mercado. Isso permite maior visibilidade para sua empresa.

Aumento na produtividade dos funcionários

Com processos de produção eficientes, os seus funcionários produzirão mais e a força de trabalho do seu negócio também aumenta. No entanto, o aumento na produtividade de seus funcionários não significa somente maior quantidade.

O aumento na produção proporcionado pela gestão de qualidade também implica em maior qualidade e menor custo. Uma boa produção auxilia na motivação dos seus colaboradores e cria um ambiente de trabalho mais saudável, alegre e com funcionários dedicados.

Melhora na lucratividade

Trabalhar de forma eficiente, com baixo custo, maior produtividade e fidelização de clientes são fatores que resultam no aumento da lucratividade da sua empresa. A gestão de qualidade tem se feito necessária em negócios que visam bons lucros e que querem se manter em um mercado tão competitivo.

Quais são as melhores práticas para implementar a gestão de qualidade?

Agora que já aprendeu o que é a gestão de qualidade e quais são os seus benefícios, é hora de colocar a mão na massa. Para isso, existem algumas práticas que devem ser adotadas. São elas:

Mapeie os processos

Antes de estabelecer metas, melhorar as suas atividades e produtos e definir etapas, é preciso entender como cada procedimento funciona. Sendo assim, você deve começar mapeando todos os seus processos.

Dessa forma, você identifica falhas e entende como cada etapa se relaciona com outra, analisando cada setor da sua empresa. Na panificação, por exemplo, analise como funcionam os fornecedores, atendimento ao cliente e disponibilização de produtos.

Identifique a melhor metodologia

Existem métodos eficazes para implementar a gestão de qualidade no seu negócio, alguns já são bem conhecidos e consagrados no mundo empresarial.

Dentre eles, podemos citar a matriz FOFA, SWOT em inglês, que identifica as ameaças, oportunidades e possíveis fraquezas da sua empresa, ajudando na tomada de decisões para correções. O método Lean é outra ferramenta que visa a redução dos desperdícios por meio de uma melhor utilização dos recursos.

Acompanhe os resultados

Após implementar métodos para gestão de qualidade é preciso acompanhar e administrar os resultados. Acompanhe cada efeito e como as modificações têm se comportado. Também avalie se adaptações serão necessárias.

No mais, o indicado é que você adote processos e práticas de melhoria contínua para que o seu negócio busque sempre por aperfeiçoamento, movimentação e otimização.

Qual a relação da gestão de qualidade com a ISO 9001?

A ISO 9001:2015 é a principal norma que orienta as empresas acerca da qualidade. Esse regulamento indica que os estabelecimentos direcionem o seu trabalho com foco no cliente, melhoria contínua, envolvimento de pessoas e que tomem decisões baseadas em fatos e de acordo com o seu relacionamento com os fornecedores.

A ISO 9001 define os requisitos para implementação da gestão de qualidade. Vale ressaltar que essa norma é um método e não procedimentos específicos. Com isso, qualquer tipo de segmento pode adotar essa certificação.

A gestão da qualidade proporciona benefícios que são essenciais para o funcionamento saudável do seu negócio, sendo um item obrigatório para a sua empresa. Entretanto, para que sua atividade funcione de forma eficiente é preciso identificar a metodologia que mais se adapta à sua empresa.

O que você achou dos benefícios da gestão de qualidade? Ótimos, não é mesmo? Então compartilhe este artigo nas suas redes sociais para que outras pessoas fiquem atualizadas sobre o assunto!

Focaccia Genovese

Eis a vídeo-receita da Focaccia!

Para saber mais, além do vídeo, leia o artigo aqui.

Fermentação: como para garantir a qualidade do pão?

O sucesso de um bom pão e, consequentemente, do seu negócio se dá, em grande parte, pelo seu processo produtivo. Com isso, podemos destacar a fermentação do pão — como etapa importante — e a utilização de uma estufa de fermentação para auxiliar nesse procedimento e garantir um delicioso produto final.

Portanto, a fermentação está diretamente ligada a qualidade do pão e a estufa faz parte desse processo que, entre diversos benefícios, está o de evitar o ressecamento da sua massa antes de entrar no forno.

Para você entender um pouco mais desse processo e o que levar em consideração na hora de escolher a sua estufa para garantir a qualidade dos seus pães, preparamos este guia. Então, se você se interessou, continue acompanhando!

Como ocorre a fermentação do pão?

Este é um processo inteiramente bioquímico que acontece sem a presença de oxigênio, ou seja, é anaeróbico. Para que a fermentação ocorra corretamente é preciso combinar as quantidades certas de leveduras para que elas transformem o açúcar em álcool e gás carbônico.

Há relatos de que o fermento foi descoberto há mais de 2 mil anos a.C. Era costume dos povos egípcios misturar um pouco de massa antiga em um novo preparo para que o pão crescesse. No entanto, em 1967 as leveduras foram descobertas pelo cientista Aton van Leeuwenhoek (1932 – 1973).

Leeuwenhoek era um comerciante de tecidos, cientista e também ficou conhecido por sua habilidade em construir microscópicos. Com uma de suas construções ele descobriu as leveduras, que são microrganismo invisíveis a olho nu. Como as primeiras espécies estavam ligadas ao processo de fermentação, foram denominadas como leveduras, no latim levare que significa crescer.

Desta maneira, a correta fermentação, com os percentuais e produtos certos garantem um pão de qualidade, com o correto tamanho, sabor, aroma e durabilidade. Para entender mais sobre a etapa de fermentação, veja como ocorre o processo químico e alguns fatores importantes que demandam atenção. Confira:

Processo químico

A fermentação acontece no citosol e glicólise. O primeiro é o local onde ocorrem as reações químicas dos microrganismos, e o segundo é a etapa em que a glicose (açúcar) é quebrada e transformada em duas moléculas de piruvato, um composto orgânico.

Após isso, o piruvato ganha elétrons do tipo H+ que são originados do Novotinamida-Adenina-Dinucleotídeo+Hidrogenio (NADH) e o transforma em três possibilidades: ácido láctico, em caso de fermentação láctica; álcool, nas fermentações alcoólicas; ou CO₂, no caso de fermentação acética. Inclusive, todos os produtos são liberados pela célula.

A fermentação láctica ocorre quando há presença de lactobacilos, ou seja, na fabricação de leites fermentados, queijos e iogurtes, por exemplo. O tipo alcoólico acontece com o uso de leveduras como no pão, vinho e cerveja. Já a fermentação acética necessita de acetobactérias para a oxidação do etanol, o que é o que ocorre no processo do vinagre.

Resumidamente, as leveduras se alimentam de açúcar no processo de fermentação. Isso se faz necessário para a sobrevivência e reprodução desse microrganismo responsável pelo crescimento da sua massa. Como resultado desse processo, ocorre a liberação de gás carbônico e álcool.

Durante esse procedimento o gás carbônico faz com que a massa cresça e auxilia na formação dos alvéolos no interior do pão. Os demais compostos orgânicos são os responsáveis pelo aroma e sabor, enquanto o álcool será eliminado quando a massa estiver assando. Devido a tantos processos a panificação pode ser considerada como uma arte!

A importância da mistura da massa

Após adição dos ingredientes é preciso misturar a massa, permitindo a ativação do fermento e que as cadeias de glúten sejam alinhadas, esticadas e desenvolvidas. Isso tornará a massa mais elástica, fazendo com que seja possível capturar o gás carbônico que é liberado no processo de fermentação, como já explicado.

Com isso, serão criadas pequenas “bolsas” de ar dentro da massa, fazendo com que o miolo fique aerado e que ela cresça. Existem técnicas diferentes de mistura, da comum “mistura intensiva” às qualidades da “mistura aprimorada”. Mais detalhes podem ser encontrados neste artigo.

A mistura uma etapa de crucial importância que requer paciência e atenção, e sem a realização desse processo ou não fazê-lo por completo pode comprometer a qualidade do seu produto. Nessa etapa um dos equipamentos indispensáveis é a masseira ou amassadeira.

Tempo ideal de descanso da massa

O período de descanso é quando acontece o crescimento da sua massa, pois é nessa etapa que o fermento absorverá o glúten e gaseifica o produto. O tempo ideal é quando você percebe que a massa dobrou de volume, mas que pode levar temps diferentes de acordo com o percentual de fermentação, temperatura da massa e processo aplicados.

Tipos de fermento

Para a preparação do seu pão exitem algumas opções de fermento. Cada um deles é usado em diferentes tipos de massas que resultam em produtos com sabores e texturas distintas. Veja quais são:

  • natural: utiliza-se uma mistura de água e farinha, e leva cerca de 10 dias para o preparo. Não é comum encontrá-lo pronto, portanto, cada produtor deve fazer o seu. É utilizado em pães como o ciabatta;
  • biológico fresco: é vendido em tabletes ou pacotes de 500g e pode ser encontrado em padarias. Tem curto prazo de validade e deve ser armazenado na geladeira;
  • biológico seco instantâneo: é encontrado em pacotes, tem textura granulada e vida útil mais longa. É composto por leveduras, monoestearato de corbitana.

A escolha equivocada do fermento, embora possa ser um motivo de desastre do seu pão, pode ser um segredo para o sucesso dele.

Porque o controle de temperatura é importante na panificação?

A temperatura está diretamente ligada ao processo de produção do pão. Panificadores experientes sabem que é preciso alterar alguns procedimentos dependendo da época do ano e temperatura. No entanto, com tantos equipamentos e inovações no mercado, já é possível padronizar o trabalho independentemente da estação.

As estufas de fermentação são um ótimo exemplo disso, pois, basta ajustar a temperatura e umidade. Tanto a temperatura da estufa quanto das matérias-primas influenciam fortemente no resultado do produto. No entanto, em muitos estabelecimentos, normalmente, a temperatura que é determinada com exatidão é somente a do forno, o que pode causar falta de padrão no processo ou, mas pior, defeitos nos pães.​

Temperatura da fermentação

Normalmente, o fermento leveda uma massa a uma temperatura que fica entre 24 e 27°C, muito embora, com a qualidade de algumas matérias-primas, as massas podem fermentar mesmo que em baixíssimas temperaturas. Com as câmaras de fermentação é possível planejar e ajustar o seu trabalho, sem limitações de horário e épocas do ano, especialmente quando esses equipamentos disponibilizam regulador da quantidade de calor (com a função de refrigeração).

Qual a importância da estufa de fermentação?

Como dissemos, a fermentação é um processo crucial para o resultado de uma boa massa. Ao mesmo tempo, requer cuidados, pois, é facilmente influenciado por fatores como temperatura do ambiente.

As estufas de fermentação são equipamentos que parecem um “armário” e têm controle de temperatura, com o objetivo de auxiliar no processo de fermentação e crescimento da massa. Por isso, são usadas em empresas de panificação para melhor controle dos produtos e seus procedimentos, aumentando a qualidade e produtividade na sua produção.

Planejamento do trabalho do padeiro

Sabemos que a rotina de trabalho de um(a) padeiro(a) é bem atarefada e começa bem cedo, não é mesmo? São muitos procedimentos para serem realizados, ingredientes para serem separados, além da preocupação do correto manuseio de cada matéria-prima.

Como mencionamos, as estufas de fermentação são equipamentos que contribuem para uma boa e adequada fermentação e crescimento dos pães. Além disso, em alguns equipamentos especiais, é possível a programação e controle de tempo, substituindo o trabalho noturno e permitindo planejamento do horário que o produto irá para o forno.

Para isso, basta colocar a massa na estufa e deixar que ela faça todo o trabalho. Assim, você poderá planejar melhor o seu dia e ter mais tempo para outras atividades e funções no seu negócio.

Otimização do processo produtivo

As estufas de fermentação são grandes aliadas para aumentar a sua capacidade de produção e a qualidade do seu produto. Com esse tipo de equipamento é feita a otimização do seu tempo e do processo produtivo da sua panificação, eliminando muitas etapas do seu trabalho, tornando-o mais rápido, eficiente e padronizado.

Controle da temperatura e umidade para fermentação do pão

A temperatura e o nível de umidade do ar variam bastante de uma região para a outra e de acordo com a época do ano. Como dissemos, a sua massa precisa atingir uma determinada temperatura para crescer adequadamente e originar um pão de qualidade, assim como é preciso umidade para não deixar a massa seca, pesada e dura.

No entanto, nem sempre o ambiente que trabalha e o local que a sua massa cresce disponibilizam as condições corretas. É nessa questão que a estufa de fermentação passa a ser uma ferramenta necessária, pois são equipadas com controle de umidade e temperatura.

O que considerar em uma câmara de fermentação?

Para que a sua estufa de fermentação funcione como o desejado, é preciso atenção a alguns pontos desse equipamento que influenciam no resultado do seu produto. Para conseguir uma boa homogeneização avalie os seguintes dados:

Capacidade

Antes de optar por uma câmara de fermentação é importante avaliar se a capacidade dela lhe atenderá. Sendo assim, analise a quantidade de bandejas ou pães que ela suporta, quantidade de portas ou se é independente. Existem modelos que trabalham com até 1200 pães, ou seja, 40 assadeiras.

Umidade

A umidade é uma das funcionalidades mais importantes que devem ser avaliadas em uma estufa de fermentação. As câmaras que não disponibilizam controle de umedecimento da massa ressecam o pão, afestando a crosta, volume e densidade da massa.

Para essa função as câmaras costumam ter um sistema de abastecimento de água. Normalmente, a umidade da estufa de fermentação fica entre 70 e 85%. Com isso, o seu pão crescerá como o desejado, mas sem que a massa fique com aspecto seco e pesado.

Revestimento

Para uma maior durabilidade da sua estufa de fermentação, a grande maioria dos revestimentos dos equipamentos hoje em dia é feita em aço inox. Esse material, além de garantir uma vida útil mais longa, proporciona mais resistência contra arranhões ou possíveis impactos.

No mais, fique atento às características do isolamento interno, vedação da porta, qualidade das dobradiças e sistemas reforçados para que não venha a ter gastos com manutenções ou troca de peças.

Controle eletrônico

Algumas estufas de fermentação de modelos mais novos disponibilizam um controle eletrônico. Essa função permite acelerar ou retardar o aquecimento dos pães de forma gradual e automática para não prejudicar a qualidade do seu produto.

Para o retardamento do aquecimento é acionada a opção de refrigeração do equipamento. Analise também se a estufa apresenta um bom controle eletrônico de temperatura.

Refrigeração

Em alguns equipamentos (ou modelos), existe a função de refrigeração na estufa de fermentação​, que servirá, por exemplo, para o retardamento do aquecimento e fermentação do produto. Inclusive, existem equipamentos que atingem a temperatura de -5°C.

Aquecimento

Assim como a umidade, a capacidade de aquecimento da sua estufa de fermentação determina muito a qualidade do seu pão. O indicado é que o seu equipamento não concentre o ar aquecido, mas, sim, que funcione com a distribuição uniforme.

Quais são as principais características das estufas e fermentadoras da Ramalhos?

A Ramalhos é uma empresa reconhecida internacionalmente na fabricação de fornos, câmaras frias e estufas de fermentação. Confira algumas características importantes dos seus produtos:

Escalas de utilização de temperatura

Para o melhor e mais fácil controle de temperatura, as estufas de fermentação Ramalhos dispõem de escalas de utilização de +20°C a + 45°C e de 50% H.R a 95% H.R. No caso das fermentadoras controladas, as temperaturas frias podem chegar -5°C.​

Revestimento em aço inox

Citamos anteriormente que é muito importante avaliar o revestimento da sua estufa, pois esse equipamento trabalha em altas temperaturas e também em funções de resfriamento e umidade.

Essas oscilações podem desgastar a estufa caso ela não tenha um bom revestimento, e por isso, os equipamentos Ramalhos são fabricados com o aço inox. Esse material, como sabemos, não sofre com a corrosão e apresenta mais durabilidade e resistência na sua câmara.

Além disso, estufas de fermentação em aço inox, como as da Ramalhos, são mais higiênicas, mais fáceis de limpar, têm estabilidade em temperaturas extremas, baixíssimo custo de manutenção e apresentam aparência elegante e bonita.

Sistema de fecho automático

As dobradiças contam com uma função de auto elevação da porta durante o fechamento e abertura e as portas têm o sistema de fecho magnético ou automático. Isso dispensa o uso de qualquer outro acessório para garantir a vedação da porta.

Além disso, conta com portas isotérmicas que impedem a saída do ar quente ou refrigerado e janelas em vidro temperado para eliminar o risco de acidentes e rachaduras.

Regulação automática de temperatura e umidade

As estufas de fermentação Ramalhos dispõem de um comando automático para que você faça a regulação tanto da umidade desejada quanto da temperatura que o seu interior deve atingir.

No quesito controle de temperatura, estes equipamentos contam com o sistema de distribuição uniforme através de ventilação de baixa velocidade, que se estende por todo interior. A distribuição garante que todo o ar aquecido e umidificado se espalhe por toda a câmara e não fique concentrado, garantindo a padronização da qualidade dos pães.

A ventilação é possível devido a uma tecnologia de canais que são calculados para darem esse efeito. Já a umidade é regulada automaticamente pela caldeira de umidificação contínua. Peças chamadas de resistências externas trabalham em conjunto com sensores de última geração para garantirem o controle no nível de água dentro da sua estufa.

A arte de panificar e disponibilizar produtos de qualidade para o seu consumidor depende de muitos processos. As estufas de panificação são equipamentos que contribuem tanto no planejamento, processo produtivo quanto e mais produtividade quanto no resultado do seu pão. Esses fatores garantem que a sua marca receba mais destaque no mercado e seja a primeira escolha de seus clientes.

Ficou interessado em adquirir uma estufa de fermentação para o seu negócio? Então, entre em contato conosco e conheça nossos equipamentos de melhor qualidade.

Massa lêveda: aprenda o que é e como fazer o famoso sourdough

Existem diversos tipos de massas feitas por meio de fermentações naturais que fazem toda a diferença no resultado do pão. Uma dessas opções é a massa lêveda, também conhecida por sourdough.

Assim como diversos tipos de massa, a lêveda tem história milenar e já era utilizada pelos antigos povos gregos, egípcios e até mesmo pelos hebreus. Os consumidores que estão acostumados ao tradicional pão francês de todas as manhãs se apaixonam quando experimentam um pão feito por fermentação natural.

No entanto, essa arte requer cuidados e muita paciência! Para entender mais sobre a massa lêveda, continue acompanhando este post e confira quais são os benefícios e características dessa massa! Boa leitura!

O que é massa lêveda?

Massa lêveda é aquela em que a sua fermentação é natural — ou seja, por meio de lactobacilos e leveduras. É muito comum encontrar esse fermento natural com o nome Levain, que dá um leve sabor azedo ao pão.

O crescimento da massa se dá por meio das bolhas de dióxido de carbono e a acidez se deve ao ácido lático produzido pelos lactobacilos. Outro diferencial da massa lêveda é o tempo de armazenagem. Produtos feitos com essa massa tem uma vida útil mais longa que os demais.

Isso também se dá em razão do ácido lático que é produzido pelos lactobacilos presentes no fermento natural. Esse ácido impede que os microrganismos nocivos à massa se desenvolvam.

As leveduras e os lactobacilos, comumente encontrados no ambiente, na terra, nos vegetais, na farinha, nas frutas e até mesmo na casca de alguns grãos, recebem o nome de combinação simbiótica quando unidos.

Como dissemos, a diferença entre a massa lêveda e a massa feita por fermentação biológica é o seu processo. O fermento dito comercial (biológico) é feito por meio de somente um conjunto de levedos, o Saccharomyces cerrivasae.

Na massa sourdough, por sua vez, há mais de uma espécie de microrganismos. Vale apenas ressaltar que existem diversas espécies de lactobacilos e leveduras que podem ser usados.

Quando surgiu esse processo?

O processo da massa lêveda ou sourdough está longe de ser uma inovação. Relatos milenares em enciclopédias indicam que esse pode ser o processo mais antigo para a fabricação dos pães.

Os israelitas utilizavam esse tipo de massa para a fabricação de pães no dia a dia. Para isso, armazenavam um pouco de massa do preparo anterior e o dissolviam em água e acrescentavam farinha. O povo egípcio também era adepto da massa lêveda e sempre reservavam um pouco de massa para utilizar na próxima.

Nos dias atuais, essa técnica de guardar massa do preparo anterior para o próximo ainda é adotada em algumas regiões como no Chipre, onde os profissionais de panificação costumam reservar uma parcela de massa lêveda em local morno e adequado.

Após um período que pode durar de 36 a 48 horas. essa massa será usada para levedar um novo preparo. A espera é grande, mas você não se arrependerá do resultado.

Qual é a diferença do fermento natural para o biológico?

O fermento que encontramos com mais frequencia — conhecido como fermento biológico ou industrializado — costuma ser comercializado em sua forma seca ou fresca. O composto de leveduras utilizado nesse tipo de fermentação resulta em gás carbônico e álcool e é o mesmo utilizado em produções de cerveja.

Dessa forma, o resultado dessa fermentação é o de inflar a massa, criando bolhas de ar para dar um efeito macio e aerado em um processo rápido. Já a fermentação natural, que origina a massa lêveda, acontece lentamente e também cria bolhas de ar. No entanto, devido aos diversos outros processos químicos, o resultado é bem diferente.

Como fazer o fermento natural?

Não é muito comum encontrar o fermento natural para produzir a massa lêveda. Assim, você não o encontrará à venda em supermercados ou padarias como encontra o biológico. O mais indicado é que você faça o seu. No entanto, isso requer um pouco de paciência e dedicação, pois, apesar de ser um processo fácil, é um pouco trabalhoso.

Para começar a produzir a sua cultura que resultará no fermento natural, o mais comum é utilizar água e farinha. A primeira parte do processo pode levar de quatro até seis dias. Além disso, é preciso usar um recipiente de vidro muito bem higienizado.

Também chamado de levain, o fermento natural pode ser produzido por dois processos que resultam em duas características: o levain líquido ou o firme. Para isso, cada um tem uma quantidade de alimentação diferente, que deve ser escolhida de acordo com o produto que você deseja produzir.

Quais são os benefícios da massa lêveda?

Além de ser armazenada por mais tempo e de ter um sabor único, a massa lêveda pode lhe beneficiar com:

  • baixo índice glicêmico;
  • fácil digestão;
  • aumento de bactérias benéficas no seu intestino;
  • maior absorção de minerais e outros nutrientes.

As massas produzidas por fermento natural não deixam a sensação de estufamento no estômago após o consumo. Afinal, no processo de fermentação lenta, como ocorre na massa lêveda, a maior parte do gás carbônico será liberado durante o processo e não no organismo — como acontece em pães comuns com fermentação rápida.

Como posso usar a massa lêveda?

O uso da massa lêveda na culinária vai além do pão. Massas feitas por processo natural podem ser utilizadas para a produção de massa de pizza, grissini, sourdough donuts, crepes e até mesmo tortas doces e salgadas.

Para variar a receita do pão, você pode incrementar com outros ingredientes como o queijo e ervas finas. No mais, ainda há a opção do famoso pão ciabatta, que é uma ótima escolha para fazer sanduíches. Com isso, você consegue atender a diferentes paladares e ainda diversifica as suas opções.

Com a necessidade de produzir um grande volume de produtos, muitos processos e alimentos passam por modificações e inovações para dar espaço à rapidez e à agilidade. No entanto, algumas práticas não se perdem no meio do caminho como a massa lêveda — que, apesar de ser milenar, ainda é praticada.

Como mencionamos brevemente, o fermento natural para a produção de massa lêveda é feito à base de água. Para continuar aprendendo, clique aqui e veja a importância desse ingrediente na panificação. Até breve!

Por que utilizar matéria-prima importada na panificação?

O pão é um dos produtos mais consumidos no Brasil, presente no dia a dia de cerca de 73% das famílias brasileiras. Isso demonstra o porquê desse mercado vir crescendo cada vez mais. Mas, você sabia que a maior parte do trigo utilizado na produção desse alimento não é nacional?

Atualmente, muitos empresários têm recorrido a importação para manter suas empresas lucrativas e competitivas, e no mercado da panificação não é diferente. Buscando por diferenciais, esse segmento tem investido cada vez mais em inovações para garantir o sabor e a variedade dos produtos produzidos.

Quer saber mais sobre o que leva as empresas a utilizarem a matéria-prima importada na panificação? Então, continue a leitura e confira o nosso post sobre o assunto!

As mudanças no mercado da panificação

Antes de mais nada, devemos considerar as mudanças que vêm ocorrendo no mercado da panificação. Antigamente, a realidade era mais simples da encontrada hoje em dia, a produção das padarias só precisava ser suficiente para atender a demanda de um bairro ou de uma região e não precisava de uma ampla gama de produtos.

Hoje, o que ocorre é bem diferente, mesmo que a forma de produzir o pão não tenha mudado, os costumes, hábitos e paladares mudaram e aumentaram as exigências. O consumidor final passou a querer sempre novidades, outras combinações de sabores e outros tipos de pães.

Para que isso seja possível, os padeiros também precisaram mudar e se qualificar e dominar outras técnicas de produção. Como alterar receitas e investir em formas de balanceá-las para se adequar às dietas restritivas e tudo isso sem alterar o sabor.

Outra dificuldade nesse processo é manter a fidelidade de clientes mais dispostos a experimentar. É só ouvir falar de uma padaria diferente ou de um pão que é mais saboroso que essa nova clientela quer experimentar, mesmo que não seja mais a padaria mais próxima da sua residência.

O pão nosso de cada dia

Para atender os anseios desse novo público, você deve estar imaginando que um dos principais motivos para preferência por ingredientes que não são de origem nacional certamente é o ganho da qualidade e a diversidade do trigo. Sim, você tem razão, mas não é só isso!

O Brasil é considerado um grande produtor, mas, no caso do trigo, somente 30% do que é produzido aqui está adequado para ser utilizado na panificação. Isso ocorre porque o trigo brasileiro não é considerado um bom produto de exportação e acaba não compensando financeiramente para os agricultores aumentarem a produção apenas para atender o mercado nacional.

A produção de trigo brasileira também tem desvantagens no tipo de solo encontrado aqui. O trigo precisa de terras mais frias para se desenvolver, por isso boa parte da nossa produção está concentrada no Sul.

Outro fator é que a quantidade de glúten existente na produção brasileira é inferior ao produzido por outros países como a Argentina, por exemplo. Você pode até pensar que por ela ser menor seria uma vantagem, mas é a quantidade de glúten existente que define a qualidade da farinha que está sendo produzida.

De onde vem o trigo

Você deve estar se perguntando: ok, importamos o trigo por ele ter uma qualidade melhor e isso influi diretamente nos meus produtos, mas, de onde ele vem? Bom, o trigo utilizado na panificação brasileira, viaja de navio por cerca de 2.500 km para chegar até aqui. Isso equivale a aproximadamente 10 dias para que você tenha seu ingrediente principal.

O Brasil costuma importá-lo principalmente da Argentina, e é fácil entender os motivos, pois, além da farinha produzida no país ser superior a nossa, a logística é um pouco mais simples devido à proximidade dos países e o custo acaba sendo um pouco menor.

Outra curiosidade é que, como a Argentina faz parte dos países do Mercosul, o governo garante a isenção de algumas taxas, e essa competitividade torna os valores ainda mais interessantes para importação. Mas, segundo a Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), outros países também exportam para cá, como o Paraguai, o Uruguai e alguns países da América do Norte, dos Estados Unidos e Canadá.

Nesses casos, o custo para trazer a matéria prima acaba sendo mais alto, pois o abastecimento é feito de caminhões e o tempo para chegar ao país também é um pouco maior. Ficou curioso sobre a utilização de toda essa farinha? Cerca de 75% dela é utilizada na fabricação de pães e o restante fica para os bolos, biscoitos e demais guloseimas.

As padarias artesanais

Até aqui, você já percebeu o quanto as farinhas importadas são mais aconselhadas para a produção de pães, ou não teríamos tanto trabalho para trazer esse ingrediente, não é mesmo?

Um dos nichos que mais tem buscado novas farinhas são as padarias especializadas na fabricação de pães artesanais. Apesar do custo um pouco maior que o pãozinho francês tradicional, esse produto tem agradado bastante o consumidor em geral.

Um dos desafios constantes certamente tem sido encontrar mão de obra qualificada para lidar com esses ingredientes, os famosos pães gourmets que têm atraído investidores e empreendedores por todo país.

O negócio é realmente lucrativo, além das farinhas especiais, nesses estabelecimentos os pães estão sendo substituídos por croassaints, bolinhos e produtos orgânicos, preparados com fermentação natural dando uma nova cara e trazendo um novo conceito ao café da manhã.

Com a evolução desses estabelecimentos, o mercado de farinhas especiais também tende a crescer e a trazer novidades para a panificação. Alguns, inclusive, já estão investindo em importação de ingredientes até de países que ainda não são citados na lista apresentada pela Abitrigo, representando, quem sabe, uma nova oportunidade de negócios.

Viu como a matéria-prima importada pode alavancar os seus negócios? Apesar do custo do produto maior ser final, o ganho em qualidade tem agradado cada vez mais o consumidor final. E, no final, o que todos queremos é mais qualidade e saúde no nosso dia a dia, não é mesmo?

Gostou do post? Então, não deixe de ler este outro post que vai trazer outras informações sobre o trigo. Você vai adorar! Bons negócios!

Fotografia: Marcos Pickina
Pizza Napoletana

Segue a receita da legítima Pizza Margherita!

** nota: a adição do azeite é uma opção particular minha, já que tradicionalmente a VPN (“Vera Pizza Napoletana”) não leva azeite na massa.

Quais são os principais termos no processo de produção de pão?

A produção de pão envolve técnica e sentido apurado para desenvolver os melhores produtos com características peculiares e sabores inesquecíveis. Afinal, os pães estão diariamente na mesa ­— e nos corações — da maioria das pessoas, e para se destacar no mercado é preciso oferecer os produtos mais saborosos e de melhor qualidade.

O processo de panificação consiste em várias etapas que vão desde a elaboração e o aperfeiçoamento das receitas, passando pela escolha de bons ingredientes e tipos de fermentação até o tempo de forno necessário para assar cada pão. No meio desses processos temos outros tão importantes quanto, e é sobre eles que falaremos neste post.

Quer saber mais sobre os principais termos da produção de pão? Então continue a leitura deste artigo!

As principais etapas do processo da produção de pão

Alguns pães têm a produção mais simples, com menos etapas, e outros com preparação mais complexa. Em geral, eles têm processos básicos que todos passam. A seguir falaremos sobre os principais processos da fabricação de pães. Confira:

Mistura

É a fase de homogeneização dos ingredientes, misturando-os e iniciando a sova da massa. Dessa forma, ocorre a ativação do glúten e a massa ganha propriedades elásticas conforme o desejado para cada receita.

Fermentação principal

É a ação feita pelo fermento biológico, em que as leveduras consomem os açúcares presentes na massa, liberando gás carbônico.

Divisão

É o porcionamento da massa em unidades, podendo ser feito manualmente ou por equipamento específico. É importante que as porções tenham tamanhos uniformes para o melhor aproveitamento da massa e a apresentação do produto final.

Boleamento

Como o próprio termo já diz: a massa ganha formato de bola, que elimina pegajosidade da superfície, deixando-a lisa e homogênea. Essa etapa facilita a moldagem.

Fermentação secundária

Devolve a extensibilidade da massa perdida durante a manipulação nos processos de divisão e boleamento. É feita na câmara de fermentação com temperatura controlada.

Moldagem

Melhora a textura e a estrutura do pão, assim como dá o formato apropriado para o produto. Esse processo pode ser realizado manualmente ou com auxílio de moldadores.

Fermentação final

É o descanso necessário para que a massa recupere o volume antes de ser assada. Também é feita em câmara de fermentação e o tempo depende do tipo de pão, da qualidade da farinha e do fermento utilizado.

Cozimento

É o momento de assar a massa em forno industrial e, enfim, transformá-la em pão. Nessa etapa acontece a formação de crosta, o cozimento da massa e o desenvolvimento de texturas, sabores e aromas. O tempo e a temperatura devem ser escolhidos de acordo com as características desejadas para cada receita de pão.

Resfriamento

Antes de fatiar (caso seja necessário) e embalar, é importante que o pão seja resfriado para a temperatura ambiente. O pão fatiado ainda quente fica deformado, e se embalado também quente tende à proliferação de fungos e bactérias — devido à formação de vapor e umidade —, além de perder as características de sabor, textura e aroma.

Esse processo pode ser feito expondo os pães à temperatura ambiente ou de um modo mais prático e higiênico, como as esteiras, em que os pães passam pelo vento de um ventilador próprio para esse fim.

Corte e embalagem

Depois de resfriados, os pães podem ser cortados (se for o caso) e embalados manualmente ou por máquinas específicas para a panificação — que agilizam esse processo.

Termos mais utilizados na panificação e seus significados

No processo de produção de pão existem muitos termos utilizados pelas pessoas que fabricam o produto e que são desconhecidos pelo público ou por quem está entrando no ramo da panificação agora. A seguir, veremos os principais termos e o que eles significam:

O que quer dizer farinha “forte” e “fraca”?

Existe uma grande variedade de trigo e, com isso, diversos tipos de farinha desse cereal que dão efeitos diferentes na panificação. As farinhas de trigo podem ser classificadas dependendo das suas características desenvolvidas no trabalho com a massa. Sendo assim, podemos diferenciá-las em:

Forte

Quanto mais forte a farinha:

  • mais trabalho mecânico é necessário para a mistura e o manuseio;
  • mais compacta fica a massa, precisando de mais água;
  • mais ela segura a expansão da massa, dificultando o crescimento da fermentação.

Fraca

Quanto mais fraca a farinha:

  • menos trabalho mecânico para que a massa fique lisa e pronta para o manuseio;
  • menos a massa precisa de líquido, pois fica mais pegajosa com facilidade;
  • maior é a formação de bolhas na superfície da massa por conta do crescimento descontrolado;
  • mais a massa fica achatada e espalhada — e não tem a capacidade de reter os gases da fermentação.

Dessa maneira, com o conhecimento do tipo de farinha empregado – ao menos teoricamente – é possível prever como ela se comportará na fabricação do pão, possibilitando a melhor escolha desse ingrediente para cada receita.

O que é pré-pesagem e qual é a sua importância?

A pré-pesagem na produção de pão é relevante para melhorar a produtividade, evitar o desperdício, padronizar a qualidade dos pães e, assim, aumentar a lucratividade da padaria.

Esse sistema consiste em separar e pesar previamente os ingredientes de acordo com as receitas que serão feitas no dia, a fim de acelerar o restante do processo e manter a higiene e a organização da cozinha. No entanto, para implantar a pré-pesagem é interessante seguir alguns passos para que seja feita de forma eficiente:

  • padronizar as receitas;
  • cadastrar os ingredientes necessários;
  • determinar os procedimentos de fabricação dos pães;
  • definir os dias de produção de cada tipo de produto;
  • preparar o local onde será feita a fabricação de acordo com as normas de higiene da vigilância sanitária;
  • separar as matérias-primas que serão utilizadas na produção.

Como vimos, a pré-pesagem não é apenas o ato de pesar os ingredientes antes de começar a fabricar os pães, mas um método com procedimentos a serem cumpridos para maior efetividade da implantação.

Por que fazer a mixagem e qual é o tempo necessário?

A mixagem nada mais é que o processo de mistura dos ingredientes que deve ser feito até atingir uma massa homogênea. Ela é feita na masseira, mistura os ingredientes e desenvolve a rede de glúten. O tempo necessário depende de cada receita e ingredientes empregados, alguns precisam ser mixados por apenas 10′ e outros por 25′.

O que é o glúten?

É a união de duas proteínas presentes no trigo: a glutenina e a gliadina. Essa junção é realizada com a adição da água, que faz com que elas se encontrem e formem o glúten.

Essa proteína tem a capacidade de tornar a massa elástica para ser trabalhada e resistente para não arrebentar no processo de produção de pão. Além disso, o glúten forma um tipo de rede que retém o gás carbônico, produzido na fermentação no interior da massa, fazendo com que o pão cresça e fique com textura macia — mesmo no caso de pães mais rústicos, como a ciabatta.

O que é o fermento natural?

O fermento biológico feito pela indústria é uma forma de praticidade na produção de pão. Entretanto, o fermento natural confere sabor, aroma e textura marcantes e muito procuradas, principalmente na fabricação artesanal de pães.

Ele é feito a partir da mistura de farinha e água, na qual as bactérias captadas no ambiente se alimentam dos açúcares presentes no trigo e se desenvolvem, formando o que é chamado de levain, massa madre ou massa azeda.

Os pães de fermentação natural são extremamente saborosos, mais rústicos, com casca mais crocante (se for característica do tipo do pão), interior macio e úmido e aroma mais intenso.

O que é ponto de véu e como atingi-lo?

Com o trabalho na massa (a sova) e o desenvolvimento adequado do glúten, chegamos ao ponto de véu. Esse ponto é o que determina quando a massa é capaz de reter o gás carbônico de maneira satisfatória.

O teste para saber quando a massa chega ao ponto de véu é feito esticando um pouco da massa com os dedos até que fique bem fina e quase translúcida sem arrebentar. Para obter um bom pão e de qualidade é imprescindível atingir esse ponto.

Para que serve a autólise na fabricação de pão?

A autólise é uma técnica facilitadora do desenvolvimento do glúten, poupando tempo de trabalho mecânico sobre a massa. Nela, a farinha é hidratada e descansa por alguns minutos (mínimo de 20′) ou horas, conforme o necessário para o pão. Dessa forma, a farinha absorve a maior parte da água, fazendo o glúten se desenvolver naturalmente. A partir daí é adicionado o restante dos ingredientes, fazendo a mixagem e iniciando a sova da massa.

Ela é essencial para fazer uma boa baguete rústica, por exemplo.

O que é a dobra da massa e qual é a sua função?

A dobra da massa é realizada durante o processo de fermentação principal e é feita esticando e, literalmente, dobrando a massa. O seu propósito é dar força e redistribuir a temperatura.

Quando esticamos a massa, estamos trabalhando ainda mais as ligações do glúten, alongando e fortalecendo-as. Além do mais, em uma produção de pão com muitos quilos de massa, como em uma padaria, durante a fermentação o exterior da massa aquece mais depressa do que o interior.

Sendo assim, a dobra é uma maneira de redistribuir o calor, assegurando uma fermentação mais homogênea, deixando os pães mais uniformes e com qualidade superior. Esse processo é muito utilizado para fazer uma focaccia perfeita!

O que quer dizer atividade diastásica ou enzimática da farinha de trigo?

Ela é definida pela quantidade da enzima alfa-amilase presente na farinha de trigo, que tem a função de quebrar as moléculas de amido em partes menores para que a outra enzima, a beta-amilase, transforme essas partes em um tipo de açúcar chamado de maltose.

Os fungos que constituem o fermento se alimentam da maltose, liberando o gás carbônico que é retido pela massa e proporcionando o crescimento dela. Dessa forma, quanto maior for a atividade diastásica da farinha, mais açúcares são formados e, consequentemente, mais substrato para a fermentação adequada.

O que significam a elasticidade e a extensibilidade da massa de pão?

A elasticidade é a força de resistência da massa e a extensibilidade é a capacidade dela de ser esticada sem romper a sua estrutura. Avaliar esses pontos antes de dar continuidade ao processo de produção de pão é importante para que possa obter um produto de textura macia, com bom volume e melhor qualidade.

Quais são as funções do açúcar, do sal e das gorduras na massa?

Esses ingredientes utilizados na maioria das receitas de pão estão diretamente ligados não somente ao sabor, mas à qualidade da massa e às outras características do pão — como cor, textura e aroma. Confira:

– Açúcar

O açúcar, além do sabor nos pães doces, também é utilizado nos pães salgados, servindo de substrato para o fermento e aumentando a capacidade de produção de gás carbônico. Sendo assim, auxilia na fermentação, dando mais volume e maciez ao pão.

Outra função desse ingrediente é a caramelização da casca do pão ao ser assado, dando o aspecto corado e bonito que conhecemos. Quanto maior for a quantidade de açúcar, mais rápido o pão vai ganhar cor. O ingrediente também ajuda na conservação do produto, prolongando a validade por conta da sua característica de captação da umidade.

– Sal

Não é somente usado para dar sabor salgado aos pães. O sal tem mais três utilidades na fabricação de pão.

Realce de sabor

Mesmo em preparações doces, o sal é empregado na culinária para realçar o sabor dos alimentos e das receitas. Ele ativa as papilas gustativas e intensifica os sabores, assim como a doçura dos alimentos adocicados.

Controle de fermentação

Ele é um conhecido bactericida e, por isso, pode regular o desempenho da fermentação da massa, já que o fermento é feito a partir da cultura de fungos e tem sua ação diminuída em contato com o sal. Sendo assim, deve-se evitar tanto o contato direto desse ingrediente com o fermento na mistura da massa quanto usar uma quantidade maior que 2,5% em relação à farinha de trigo por conta do risco de alterar negativamente a fermentação.

Fortalecimento do glúten

Os íons do sal são responsáveis pela aproximação das proteínas, e, como vimos, a junção das proteínas glutenina e gliadina da farinha de trigo resulta no glúten. Dessa maneira, a adição de sal nas receitas de pães também tem a função de fortalecer a massa, aumentando a rede de glúten e prevenindo que os pães fiquem achatados e com bolhas indesejadas na superfície.

– Gorduras

As gorduras — que são os óleos, as banhas e os azeites — envolvem o glúten, aumentam a extensibilidade da massa, deixam o pão com textura mais macia e prolongam a conservação do produto. No entanto, sua adição deve ser feita após a hidratação da farinha de trigo, já que, em contato direto, pode interferir no desenvolvimento do glúten por repelir a água.

A correta distribuição da gordura na massa faz com que a água do interior do pão não seja evaporada, evitando o ressecamento e deixando-o com textura macia por mais tempo.

O que são os aditivos e por que são usados?

Os aditivos químicos são muito utilizados na indústria alimentícia e têm diversas funções. No caso da panificação, são auxiliares no melhoramento da qualidade da massa e são chamados de reforçadores de farinha, que em geral contêm três componentes:

– Oxidante

O ácido ascórbico, mais conhecido como vitamina C, é um oxidante que reforça a rede de glúten, aumentando a elasticidade da massa e evitando que ela fique achatada e com bolhas na superfície enquanto cresce — especialmente após a moldagem.

– Emulsificante

Os emulsificantes são responsáveis por unir as moléculas de água e de gordura, fazendo com que a massa fique estabilizada e com os ingredientes bem distribuídos, contribuindo para a uniformidade do pão. Além disso, por ter gordura na sua composição, eles também contribuem com a função desse ingrediente na massa.

– Alfa-amilase

Como já explicamos na atividade diastásica, a alfa-amilase, naturalmente presente na farinha de trigo, é essencial para a fermentação. Ela também faz parte dos melhoradores de farinha, aumentando a conversão dos amidos em açúcares e auxiliando diretamente na qualidade da fermentação da massa.

Equipamentos necessários para a produção de pão

São necessários poucos equipamentos para a produção de pão em casa. Geralmente precisamos de utensílios básicos como colheres, tigelas, medidores, formas e o forno doméstico. No entanto, na fabricação em maior escala — como nas padarias e mesmo as pessoas que fazem pães artesanais — é preciso ter mais equipamentos que facilitem o trabalho do padeiro e possibilitem a produção, sendo:

Balança

Não é confiável usar medidas caseiras como xícaras e medidores por conta da imprecisão — e também por ser pouco viável quando se fala em vários quilos de massa. Dessa forma, a balança é indispensável para garantir a agilidade e padronização da produção de pão.

Masseira

As masseiras convencionais têm a única função de misturar os ingredientes, necessitando do cilindro para a sova da massa. Já as mais modernas, além da mistura também fazem o trabalho mecânico da massa, desenvolvendo o glúten e dispensando o uso de outro equipamento para isso.

Ela é composta por um tacho e um braço com uma espiral, tendo duas velocidades: uma lenta para a mistura e outra rápida para a sova. A duração do trabalho dessa máquina varia entre 10 a 15 minutos. Entretanto, esse tempo não serve como referência para a qualidade da massa, mas para o alcance do ponto de véu e depende de cada receita.

Cilindro

É utilizado quando a masseira só faz a mistura dos ingredientes ou em algumas receitas específicas. Sendo assim, a massa é colocada entre os dois rolos que esse equipamento tem e é trabalhada, desenvolvendo o glúten e ganhando aspecto mais uniforme e liso.

O cilindro também é usado para abrir massas de biscoitos, bolachas e pães que necessitem de formato laminado, substituindo o rolo de massa manual.

Câmara de fermentação

São câmaras com ajustes de temperatura para controlar a fermentação, podendo potencializar ou retardar o processo de fermentação e crescimento da massa. Algumas têm o controle de umidade, fazendo com que a massa não resseque. Esses modelos são ideais para que, no crescimento após a moldagem, a casca não fique grossa nem rígida demais.

Divisora

São máquinas que dividem a massa em partes iguais, garantindo a uniformidade no tamanho dos pães. Podem ser mecânicas — têm lâminas para cortar a massa, que são acionadas manualmente por meio de uma alavanca — ou elétricas — que fazem a divisão automaticamente. Existem ainda as divisoras com boleadoras, que além de dividir, boleiam a massa, sendo muito úteis na fabricação de pão de hambúrguer. A divisão da massa em partes iguais é fundamental para a padronização do produto e o rendimento da receita.

Modeladora

Como o nome já sugere, ela modela os pães e dão o formato desejado. Além de agilizar o trabalho do padeiro, a modeladora dá uniformidade na produção de pão, deixando os produtos mais parecidos esteticamente.

Forno industrial

O forno industrial tem a capacidade de assar os pães em grandes quantidades, de maneira igual e eficaz. Existe uma variedade de fornos de acordo com o modo de aquecimento e a utilidade em que eles são empregados, devendo ser escolhidos conforme a finalidade desejada para a fabricação. Vale a leitura deste artigo sobre fornos para padaria.

O pão faz parte do dia a dia das pessoas, tendo uma infinidade de tipos ao redor do mundo — cada um com ingredientes, técnicas e processos que os fazem diferentes uns dos outros, mas sempre tão gostosos e indispensáveis na alimentação.

Os profissionais da arte da panificação devem saber o que significam os termos da produção de pão e como funcionam, pois isso ajuda na compreensão das etapas e na melhoria da fabricação dos produtos.

Agora que você já sabe sobre os principais termos utilizados na panificação, que tal aproveitar que está por aqui e conhecer mais sobre pães, sementes e grãos germinados na produção de pão?

Tudo o que você precisa saber sobre pão sem fermento

O pão é um dos alimentos mais antigos da história da humanidade. Desde a sua origem, provavelmente na remota Mesopotâmia, até o surgimento das modalidades de fabricação e consumo que conhecemos hoje, ele teve um papel de destaque na formação da cultura e da gastronomia de diversos povos e nações.

E esse papel se mantém até hoje. Dá para dizer que o pão é um alimento universal, afinal, é possível encontrar diferentes tipos de pão em numerosos cardápios ao redor do mundo. Além disso, ele é democrático: vai do café da manhã ao jantar, seja como acompanhante do cafézinho ou protagonista de um prato mais elaborado.

Não dá para esquecer também da afetividade relacionada a esse alimento. Reunir-se à mesa com amigos e familiares, e compartilhar pedaços de pão acompanhados de frios, geleias, manteiga e outros aperitivos traz enorme satisfação pessoal e alegria. A expressão “repartir o pão” remete a esses momentos de confraternização, não é mesmo?

Bem, mas o que se sabe sobre o pão sem fermento? Ele é mais antigo que o pão fermentado? Quais são as variações mais conhecidas? O que você é necessário para produzir um pão sem fermento de qualidade? Neste post, explicamos tudo o que você precisa saber sobre o assunto! Continue com a gente!

1. Conheça a história dos pães sem fermento

1.1 Origem

A história dos pães sem fermento se confunde com a própria história do pão em geral. Historiadores divergem sobre qual teria sido a origem do alimento. Estima-se que ele surgiu há 12 mil anos, junto com o cultivo do trigo, na região da Mesopotâmia, onde hoje é o Iraque. Acredita-se que, primeiro, o trigo era apenas mastigado pelos moradores locais. Não se sabe exatamente quando ou os motivos pelos quais ele passou a ser triturado e transformado em farinha.

1.2 Os primeiros “bolos de ingredientes”

Antes de integrarem as receitas de pão como o conhecemos hoje, as farinhas de trigo e de outros cereais serviam de ingrediente para refeições como mingaus cozidos na água e sopas. Depois, eram misturadas a ingredientes como ovos, carne moída, azeite, suco de uva, mel e tâmaras. Essa pasta formava espécies de bolos que eram assados sobre pedras. Teriam sido esses preparos que deram origem ao pão.

1.3 Receita não tão fofinha

Os primeiros pães não eram tão fofinhos. A receita levava farinha misturada com frutos do carvalho. A forma era achatada, a textura costumava ser dura e seca, e o sabor, amargo. Por isso, eram lavados várias vezes em água fervente antes de seguirem para a próxima etapa. Em seguida, produzia-se broas que ficavam expostas ao sol, em um processo de secagem natural. Depois, eram assadas da mesma forma que as misturas de bolo.

1.4 A origem do fermento e os primórdios da padaria

Você reparou que, até agora, não foi citado o uso de fermento na fabricação do pão? Isto mesmo. Embora alguns historiadores ponderem que o fermento surgiu na pré-história, assim como o pão, as evidências mais antigas de fermento referem-se ao ano 3000 a.C., no Egito Antigo. O povo egípcio também foi pioneiro ao usar fornos de barro para assar pães, isso ainda no ano 7.000 a.C.

Apesar das divergências entre os historiadores, o que se sabe com maior certeza é que as pessoas perceberam que poderiam acelerar o processo de fabricação do pão guardando um pedaço da massa de pão do dia anterior e misturá-lo à massa do dia seguinte. Na verdade, com isso, elas estavam acrescentando mais levedura, isto é, fermento à massa. Esse processo deu origem ao que depois ficou conhecido como pão fermentado.

1.5 A volta ao pão sem fermento na Idade Média

O pão chegou à Europa por volta de 250 a.C., muito em razão das trocas comerciais entre egípcios e gregos. Depois, se tornou o principal alimento da Roma Antiga, e também era produzido em padarias públicas. Com o início da Idade Média, por volta do ano 476, a produção de pão voltou a ser caseira. Isso levou a um movimento de retorno ao pão sem fermento, que voltou a ser preparado e consumido pelas famílias em sua forma original.

1.6 O pão no Brasil

O pão francês que o brasileiro consome quase todos os dias no café da manhã nem sempre foi tão popular. O hábito de comer pão só foi adotado por aqui depois do século 19. Até então, a alimentação farinácea do país era focada na farinha de mandioca (cuja goma hoje é amplamente utilizada para fazer tapioca) e o biju.

Com a chegada dos imigrantes italianos por volta de 1875, a panificação se expandiu como atividade produtiva e comercial, e o pão passou a ser protagonista na mesa do brasileiro. Hoje, quem resiste a uma bela fatia desse alimento, presente em diversas ocasiões?

2. Pães sem fermento e religião

A história dos pães sem fermento está intimamente ligada a diversas religiões, especialmente a judaica. Conhecido como “pão ázimo”, é feito apenas com farinha de trigo ou outros cereais (como cevada, centeio ou aveia) e água. Hoje em dia, é a comida tradicional da Pessach, a páscoa judaica. Mas como ele surgiu e por qual razões se relaciona à tradição judaica?

A comida é uma parte importantíssima da páscoa judaica. Embora algumas pessoas saibam que os alimentos carregam uma forte simbologia, poucas delas conseguem ver o que está por trás do ritual de feitura e apreciação dessas receitas milenares. Os pães sem fermento, na realidade, comunicam mais do que podemos imaginar.

2.1 O pão é suficiente

Já mencionamos que a principal comida da páscoa judaica é o pão ázimo, ou não fermentado. Mas para entender o significado da ausência de fermento, é importante lembrar da importância do pão na alimentação. Na dieta humana, o pão é o “recheio da vida”. Historicamente, tem sido assim.

A Torá (principal livro judaico, equivalente à Bíblia para os cristãos e ao Alcorão para os muçulmanos) inclusive tem uma citação importante que diz “Não apenas de pão uma pessoa viverá, pois por tudo que procede da boca do Senhor vive uma pessoa” (pode ser encontrada no livro do Deuterônomio). Isto significa que uma pessoa pode viver apenas com pão, mas os seres humanos precisam de mais do que apenas alimento. Quando se trata de comida, no entanto, o pão é o suficiente. Ele é o “alimento-base” da vida.

2.2 A produção de pão é um ato cultural

O ato de produzir pão é cultural. Para fabricá-lo, é necessário ser paciente e aguardar pelo processo inteiro: colher o trigo, separar o grão da casca, triturar o grão até que ele vire uma farinha, misturar com água e então assá-lo. No caso do pão “crescido”, ainda é preciso deixar a massa alguns dias exposta a leveduras presentes no ar, durante um dia ou mais, dependendo das condições do ambiente.

Esse seria o processo original e simplificado do pão ázimo. Deve ser aprendido de geração em geração. É também por esse motivo que a fabricação dos pães sem fermento se tornou cultural: a sabedoria e o conhecimento necessários para produzi-los é transmitido por meio da tradição, isto é, da cultura.

2.3 A tríade gastronômica do Mediterrâneo

O motivo cultural também criou a chamada “tríade do Mediterrâneo”, composta por vinho e, em menor grau, azeite de oliva. Combinados, esses alimentos comunicavam a mensagem de que o indivíduo era “um cidadão culto daquela região”. Se a pessoa se alimentasse a partir de uma base de outra dieta, como carne e leite, por exemplo, ela era vista como um bárbaro (no sentido histórico do termo, de povos bárbaros)

A partir desse conhecimento, é possível se perguntar então: por que ambos, pão e vinho, têm uma importância tão grande no Judaísmo? Por que são alimentos centrais tanto para o Cristianismo quanto para o Judaísmo? A resposta ficará mais clara: porque pão e vinho são os alimentos mais significativos nas culturas em que ambas as religiões nasceram e cresceram.

2.4 A necessidade de distanciamento cultural em relação ao Egito

O povo egípcio foi o primeiro a produzir pão com fermento, o que o tornou um símbolo daquela cultura. Isso não significa que o pão sem fermento desapareceu da dieta egípcia, mas o alimento fermentado era uma preferência. O reconhecimento da origem do pão fermentado no Egito é fundamental para entender o papel do pão átimo na páscoa judaica.

Para produzir o pão fermentado, é preciso deixar a massa exposta durante algum tempo, como já mencionamos. Outra forma de criar fermentação é adicionar uma massa já exposta às leveduras a uma nova massa, que precisa ser ainda fermentada. A Torá explica a necessidade de eliminar o processo de fermentação. Qual a simbologia desse mandamento? Deixar a cultura egípcia para trás, relacionada à história do povo judeu e da escravidão e fuga do Egito.

3. Os tipos de pães sem fermento

3.1 M’smen

M’smen, ou rghaif (como é chamado no Marrocos) é um pão típico da região Maghreb, (ou Magrebe, em português), localizada no noroeste da África. Tecnicamente, a área inclui Marrocos, Arábia, Tunísia e Saara Ocidental. O pão do tipo m’smen é apreciado no café da manhã ou como um lanche da tarde. Apesar de ser conhecido como “crepe marroquino”, ele tem uma proposta diferente do crepe brasileiro.

O pão é muito versátil, e pode ser servido com um pedaço de carne, por exemplo, ou em versões vegetarianas, para quem quer aproveitar o sabor da massa. Ele também permite variedade de sabores. Um dos mais clássicos é a combinação com manteiga e mel. Damascos, laranja, queijos variados, pasta de amendoim e outros molhos podem ser servidos com o m’smen.

Além disso, há três variações desse pão sem fermento. Conheça um pouco mais sobre cada uma delas:

3.1.1 M’smen

O tipo clássico de m’smen tem formato quadrado e pode ser feito com farinha de trigo comum ou integral. Antigamente, esse segundo tipo era mais usado, até por uma questão de preços. Com a industrialização da maioria dos ingredientes, a farinha comum passou a ser mais barata e, por isso, utilizada com maior frequência na preparação do m’smen.

O pão é dobrado diversas vezes em vários quadrados, com uma grande quantidade de óleo. Tudo isso é feito antes do cozimento, para criar múltiplas camadas internas de massa, que depois podem ser recheadas com carne, peixe e vegetais. Outro recheio muito saboroso é a khlea picada, carne fatiada típica do Marrocos.

3.1.2 Meloui

Irmão do m’smen, o meloui é feito da mesma massa, mas em vez de ser dobrado em quadrados, ele é enrolado e achatado como “tapetes em espiral”, em várias camadas. Enquanto o sabor permanece o mesmo, as espécies de “redemoinho” que formam o meloui trazem uma nova textura ao prato.

3.1.3 Rezart el qadien

Traduzido literalmente por “turbante do juiz”, esse tipo de m’smen lembra mais um ninho de pássaros achatado. Deixando a aparência de lado, em termo de complexidade da textura, o rezart é imbatível. Quando produzido da maneira correta, os filamentos da massa — que é chamada de rziza — despedaçam-se na sua boca. O formato que lembra uma massa folhada torna as possibilidades de recheio um pouco mais desafiadoras. As coberturas podem ser, por exemplo, de frango ou mel com manteiga ou leite quente.

3.2 Chapati

Chapati, também conhecido como roti, safati ou shabaati, é um pão sem fermento muito popular na Índia, Nepal, Bangladesh, Paquistão e Sri Lanka. É feito a partir de uma farinha de trigo integral conhecida como Atta. Durante a produção, mistura-se à farinha água e sal em um utensílio chamado de parat. Nas receitas tradicionais, o sal não é colocado para evitar que o sabor salgado interfira nos recheios picantes.

Depois, a massa é cozida em um utensílio chamado de tava, espécie de frigideira achatada. O chapati também foi introduzido em outras partes do mundo, como no Caribe e em áreas centrais da Ásia, por imigrantes indianos.

O termo chapat significa “tapa”, “palmada”, termo que descreve o método tradicional de formar finas rodas de massa ao dar tapas nela com as mãos molhadas. A cada tapa, o formato da massa é direcionado em círculos. O tamanho e o diâmetro do chapati varia conforme a região. Os pães feitos em casa, por exemplo, variam entre 15 a 18 centímetros de diâmetro.

Variedades por região 

Na maioria das áreas do sub-continente indiano, existem diferenças entre chapati e outros pães do mesmo gênero. Geralmente, eles usam ingredientes diversos e também adotam diferentes modalidades de preparo. Confira alguns exemplos:

  • Paneer chapati: Paneer é um queijo branco indiano que, nessa receita, é adicionado à tradicional massa de chapati;
  • Chapati de rabanete: adiciona-se rabanete ralado à massa, e o chapati é, geralmente, mais grosso;
  • Chapati recheado com vegetais: nesse tipo de chapati, é adicionado à massa um molho de cenoura, batata, ervilhas e alfarva.

3.3 Paratha

Paratha é um pão sem fermento também com origem na região da Índia e países próximos. O termo paratha é um amálgama (junção) das palavras parat e atta, que, juntas, poderiam ser traduzidas como “várias camadas de massa”, que é exatamente a característica principal desse pão. Muito semelhante ao Chapati, a Paratha é um dos mais populares pães sem fermento da Índia.

Eles são feitos por meio de um processo que consiste em assar ou cozinhar a massa integral de trigo na tava, e depois fritá-la em óleo raso. A diferença para o Chapati está no fato de que as Parathas são mais grossas e massudas. Isso acontece porque, muitas vezes, especialmente no caso da paratha simples, elas são fritas com manteiga ghee e dobradas muitas vezes. Em outros tipos de Paratha, são misturados vegetais à massa, o que também confere uma textura mais grossa.

Culturalmente, é servida no café da manhã ou como acompanhamento do chá. Existem dois tipos básicos de paratha: a simples, sem recheio, que costuma ser mais achatada e pode ser servida com diferentes molhos, e a recheada. Os recheios mais comuns são batatas picantes e lentilhas. Outras alternativas são vegetais como rabanetes, couves-flores, e/ou queijo do tipo paneer. Uma paratha pode ser apreciada apenas com um pouco de manteiga salpicada por cima da massa, acompanhada de carne ou misturas de vegetais. Outro costume bastante comum é enrolar a paratha e comê-la molhando a massa no chá.

Conheça alguns tipos de paratha:

  1. Paratha simples: lâminas de massa com apenas manteiga ghee ou assadas com ghee; é bastante popular em diversas regiões da Índia;
  2. Aloo paratha: recheada com mix de cebolas e batata cozida picante;
  3. Ghobi paratha: recheada com couve-flor cozida;
  4. Mattar paratha: recheada com ervilhas cozidas e amassadas;
  5. Meetha paratha: recheada com açúcar;
  6. Papeetey ka paratha: recheada com mamão papaia.

3.4 Matzá

Matzá é o pão ázimo, típico da cultura judaica, sobre o qual falamos no tópico que abordava a relação do pão sem fermento com a religião. Durante o feriado de Páscoa judeu, ele é um dos principais alimentos. Produzido com farinha e água, algumas tradições ainda permitem a adição de ovos na receita.

A farinha deve ser de algum dos cinco grãos especificados na lei judaica: trigo, cevada, espelta (também conhecida como trigo-vermelho), centeio ou aveia. A massa do Matzá é rapidamente mexida e enrolada para evitar o processo de fermentação natural. De formato achatado, é assado em alta temperatura até ficar com alguns pontos queimadinhos. Depois, é deixado de lado para esfriar.

Atualmente, a produção do matzá é feita em poucos minutos, graças à tecnologia disponível em fornos e equipamentos.

3.5 Lavash

O Lavash é considerado patrimônio cultural da humanidade, distinção para a gastronomia que a UNESCO passou a incluir em sua lista de patrimônios imateriais a partir de 2008. Típico da Armênia, é preparado por mulheres da mesma família ao longo de várias gerações. Assim como outros pães sem fermento, o processo de produção do lavash é antigo e tradicional.

Primeiro, a farinha é amassada, enrolada em camadas bem finas e depois, esticada. Diferentemente do chapati ou do m’smen, o lavash tem um diâmetro bastante grande. Depois disso, a massa é batida contra as paredes de um forno de barro, chamado de “tonir” na Armênia.

A vantagem desse pão é que, como as fatias são bem finas, ele tem alta produtividade. Além disso, é possível armazená-las por longos períodos, até mesmo meses. Para comer um lavash que está guardado, deve-se salpicar o pão já pronto com água, envolvê-lo num pano de cozinha e esperar meia hora. Ele pode então ser aquecido, para acompanhar uma refeição, ou recheado para servir de pato principal.

Na cultura armênia, o lavash também representa prosperidade e fertilidade. Por isso, as fatias do pão são colocadas ombro a ombro dos noivos no dia do casamento. Outra curiosidade bacana: por causa de sua textura e tamanho, o lavash pode ser utilizado também como prato da refeição. Isto é, é possível montar um prato inteiro em cima do pão sem fermento.

4. O que você precisa para produzir pães sem fermento

Os ingredientes podem variar conforme o tipo de pão que você vai produzir. O mais importante é entender bem o processo de feitura, e utilizar equipamentos precisos para garantir que o vapor substitua o efeito do fermento. Contar com um parceiro de confiança, que forneça fornos e câmaras de resfriamento capazes de atender à sua demanda, é garantir que seu pão será sinônimo de qualidade no mercado!

Entender a história dos pães sem fermento, compreender as relações desse alimento com a própria história da humanidade e trazer esses conceitos para o mercado de produção e consumo atual é uma oportunidade de fazer seu negócio se diferenciar.

Um maestro panificador com sólida formação na arte de produzir os mais diversos tipos de pães tem todas as ferramentas para se manter como referência na panificação e alcançar reconhecimento público, mantendo a qualidade dos produtos e o atendimento de alto padrão em seu estabelecimento. Tudo isso, é claro, aliado à constante busca por conhecimento e inovação, sem deixar de lado os métodos tradicionais.

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Pão de Figo

Levain firme

  • Farinha de Trigo Total 250g (100%)
  • Farinha de Trigo 238g (95%)
  • Farinha Integral 13g (5%)
  • Água 125g (50%)
  • Starter 63g (25%)

Massa

  • Farinha Total 1000g (100%)
  • Farinha De Trigo 650g (65%)
  • Farinha De Trigo Integral 250g (25%)
  • Farinha Centeio 100g (10%)
  • Água 780g (78%)
  • Levain Firme 400g (40%)
  • Sal 27g (2,7%)
  • Figo Seco 250g (25%)

Modo de preparo

  • Colocar na masseira as farinhas, água (fazer o cálculo da temperatura necessária para a água) e levain. Incorporar e deixar 20’ (autólise)
  • Enquanto isso, retirar o cabo dos figos secos e picar em pedaços grandes. Reservar
  • Colocar o sal na massa e bater na velocidade 1 por 5 minutos
  • Bater de 1 a 4 minutos na velocidade 2 até ponto antes do véu. A massa deve ter a temperatura de 25 graus ao sair da masseira
  • Quando chegar antes do ponto de véu (ponto de céu nublado), agregar os figos secos na velocidade 1 por 2 minutos.
  • Colocar a massa num recipiente untado com óleo e deixar fermentar por 2 horas
  • Faca uma dobra depois de 1 hora e deixe mais uma hora fermentando
  • Porcionar a massa, bolear, descansar 30’ e modelar
  • Acondicionar no banneton e levar para fermentar por 1 ½ horas a 2 horas
  • Assar em forno de lastro a 232C com vapor por 25 minutos e depois ventilar por 8 minutos.
Tendências para padarias: conheça as mais importantes – Parte 2

O mercado está em constante mudança e no ramo da panificação não é diferente. É preciso pensar fora da caixa, questionar conceitos e culturas, investigar novamente os motivos pelos quais as coisas são feitas como são e traçar novas ideias, novas formas de trabalho e novos produtos, acompanhando as tendências para padarias.

Com o passar do tempo, nossos gostos mudam, percebemos fatores que não dávamos importância antes, passamos a desconsiderar coisas que antes eram imprescindíveis e, quase sempre, ficamos mais exigentes.

Esses são apenas alguns dos fatores que motivaram as mudanças no ramo da panificação. Nesse cenário é preciso entender que, ao lidar com clientes, a padaria precisa se adaptar aos seus desejos — caso contrário, a clientela poderá deixar de ver valor no estabelecimento.

Se você tem como objetivo a satisfação do cliente e o aumento das vendas, acompanhe este post. Separamos algumas tendências importantes que você não pode deixar de conhecer e aplicar na sua padaria. Confira!

Cuidado com a saúde

A cada dia cresce o número de pessoas que optam pelas práticas saudáveis, entendendo que os alimentos têm a função de conferir energia ao nosso corpo e que escolhas inteligentes resultam em um melhor funcionamento de todo o organismo.

Isso não significa que o sabor não seja importante, mas se é possível aliá-lo à saúde e ao bem-estar, por que não adotar essa prática?

A preocupação nutricional é uma tendência para padarias que está começando a ser mais explorada no mercado e tem tudo para crescer nos próximos meses, oferecendo alimentos mais nutritivos feitos com sementes, grãos e diversos tipos de cereais — sem conservantes e aditivos químicos.

Acompanhar essa mudança é fundamental para que o seu negócio se mantenha competitivo, oferecendo novas opções para os clientes que procuram alimentos mais saudáveis e ricos em nutrientes.

Fermentação natural

A utilização do fermento natural não é bem uma inovação, mas nos últimos anos temos observado uma verdadeira retomada desse antigo hábito. É o exemplo perfeito de por que devemos repensar a forma como fazemos as coisas.

A fermentação natural é a maneira como se faziam os pães antigamente, até o momento da criação dos fermentos industrializados — cerca de 150 anos atrás. A vantagem de se usar a versão industrializada está na praticidade e no tempo da produção.

Um pão feito com fermentação natural precisa, primeiro, da produção do fermento — processo que leva de 7 a 10 dias para ser finalizado. Somente após a conclusão dessa etapa é que se produz o pão — bem diferente do que ocorre nos processos mais atuais de panificação.

Entretanto, esse investimento maior de tempo na produção certamente apresenta mais retornos, como:

  • textura incomparável;
  • casca crocante;
  • sabor e aroma mais intensos;
  • índice glicêmico inferior (se comparado com as versões “tradicionais”);
  • digestão facilitada graças ao seu processo lento de fermentação;
  • mais durabilidade, já que na fabricação do fermento é produzido também o ácido acético, que inibe o desenvolvimento do bolor.

Além disso, o pão feito com fermentação natural é fonte de diversos nutrientes e é rico em bactérias benéficas ao intestino. Certamente, esse é um processo que agradará tanto quem busca opções mais saudáveis quanto quem procura um sabor diferenciado e especial em todas as refeições.

Controle de qualidade

Assim como outros produtos mundialmente comercializados, como o vinho, a tendência é que os pães também recebam sua própria identificação de origem e controle de qualidade. O objetivo é dar segurança aos clientes e assegurar que o produto adquirido seja de boa procedência, garantindo um diferencial nesse mercado.

Para acompanhar essa tendência para padarias, você pode investir em embalagens para atender as exigências referentes à conservação e à higiene dos alimentos, com rótulos explicativos.

Essa é uma ótima forma de mostrar aos clientes a qualidade do seu produto — lembre-se de indicar data de fabricação, prazo de validade e informações nutricionais.

Diferenciais para os clientes

A forma como o produto é apresentado e vendido e a experiência que o seu ponto de venda proporciona ao cliente são fatores que devem passar por uma revolução, visando trazer cada vez mais atrativos aos consumidores.

A tendência é investir em diferenciais no atendimento e na divulgação para fidelizar os clientes e conquistar um público ainda maior. Acompanhe:

Inovações no ponto de venda

A cozinha, que antigamente era escondida e distante do público, hoje ganha novos utensílios, além de uma parede de vidro, permitindo que o público acompanhe por ali o que está sendo produzido. Isso passa uma sensação de honestidade, transparência e segurança para o consumidor.

Os uniformes também estão recebendo mais atenção. Brancos e mais completos, eles passam ao cliente a sensação de asseio — fator importantíssimo na hora de escolher um local para comer.

Inovar na hora de apresentar e vender o produto também é essencial. Comprar o pão e ganhar os acompanhamentos? Comprar um sanduíche e ganhar uma peça de pão? Ou oferecer produtos sazonais, como um kit de panetones, ou de culturas diferentes, como o caso do Stollen?

A criatividade não deve ter limites quando o objetivo é agradar e trazer novas propostas ao consumidor. As padarias também estão criando espaços atrativos para que os consumidores aproveitem melhor a experiência, com mais comodidade.

O ambiente deve se bem planejado, dando atenção a itens como iluminação e ventilação, oferendo um local confortável para que os clientes consumam os produtos. Os itens à venda devem ser de fácil visualização, dispostos de modo que o consumidor encontre-os de forma intuitiva, proporcionando agilidade no atendimento.

Marketing digital

Já pensou na possibilidade de levar sua loja para a internet? Pois é, cada vez mais os mercados e padarias estão marcando presença neste meio.

Em breve, os que não aderirem a essa nova forma de mercado serão ultrapassados. Investir nesse meio é uma boa opção pois a internet atinge uma maior quantidade de clientes e não se limita aos consumidores mais próximos do empreendimento.

Para conquistar esse público, é importante manter seu site chamativo, com informações práticas para seus consumidores — como lista de produtos oferecidos, exigência de pedido mínimo, disponibilidade de estoque, prazo de entrega, entre outros. Para ficar ainda mais próximo desses clientes, conte a história da padaria no site.

Também é importante marcar presença nas redes sociais — como Facebook, Twitter e Instagram — e ser ativo nelas, fazendo publicações periódicas para ficar em evidência e ser lembrado pelos consumidores.

Comunicar-se por meio das mídias sociais é imprescindível para o seu negócio, pois essas plataformas se tornaram uma ferramenta de pesquisa para quem busca encontrar novos lugares para frequentar.

É importante demonstrar ao cliente todo o diferencial do seu negócio a cada postagem, deixando uma mensagem bastante clara sobre os benefícios de frequentar o seu estabelecimento.

Produtos para quem tem restrições alimentares

Para quem pretende manter-se competitivo no mercado e aumentar as vendas, é preciso atender também os clientes que possuem restrições alimentares e dietas especiais.

A tendência é investir em produtos sem glúten, lactose, açúcar ou gordura, que ajudam a cativar clientes específicos — como diabéticos, celíacos, intolerantes à lactose — e pessoas que estão tentando emagrecer, reduzir o colesterol ou manter uma alimentação saudável.

É possível adaptar as receitas já utilizadas para que elas atendam o público mais restrito, buscando oferecer produtos com a mesma qualidade dos tradicionais e de acordo com as necessidades de cada cliente.

Vale lembrar que, ao trabalhar com esses produtos, é fundamental que as embalagens e as etiquetas indiquem essa condição — com avisos “sem adição de açúcar”, “sem glúten” ou “sem lactose” — para informar os consumidores e facilitar a localização desses itens.

Refeições pré-prontas e produtos fracionados

Outra tendência para padarias que está ganhando espaço e conquistando o público são as refeições pré-prontas, como massas, pizzas, sanduíches e assados congelados. Eles proporcionam maior praticidade aos clientes, que poderão comprar os produtos e finalizá-los em casa quando quiserem, sem a necessidade de consumo imediato.

Para satisfazer um público maior, uma ótima alternativa é oferecer produtos de forma fracionada, reduzindo a quantidade disponível nos pacotes. Assim, a padaria atenderá melhor as famílias menores e até clientes que moram sozinhos.

Nessas situações, produtos oferecidos apenas em grandes quantidades podem impedir a compra, tendo em vista que provavelmente parte do produto ficará impróprio para o consumo. Dessa forma, fracionando os produtos é possível aumentar as vendas e a satisfação dos clientes.

Serviço delivery

Os serviços de delivery garantem comodidade para o cliente, permitindo que ele adquira os produtos desejados sem precisar se deslocar, enfrentar o trânsito e as filas na padaria. Muitas vezes, a necessidade de deslocamento impede que o consumidor faça a compra, seja por falta de tempo, por cansaço ou por algum problema com o veículo.

Ao trabalhar com os serviços de entrega, a padaria pode oferecer diferentes formas de contato: telefone, WhatsApp, páginas em redes sociais e aplicativos. Com a tecnologia oferecida pelos smartphones e tablets, oferecer canais de atendimento em que o cliente não precisa falar com ninguém ou ter gastos com chamadas é um ótimo diferencial.

Atualmente, existem diversos aplicativos voltados para o delivery de comida, nos quais é possível cadastrar o horário de funcionamento, produtos disponíveis e valores para que o cliente faça a compra com calma e comodidade — permitindo, ainda, que ele acompanhe o andamento do pedido até que chegue à sua residência.

Pães e bolos diferenciados

Pães, bolos e outros produtos tradicionais são investimentos certos para o sucesso da padaria. Entretanto, quem busca inovar e acompanhar as tendências para padarias precisa focar nos diferenciais que podem ser oferecidos.

Investir em pães artesanais, com uma variedade de texturas e sabores é uma ótima forma de inovar no negócio e garantir um diferencial em relação à concorrência.

Os bolos e os cupcakes também podem ser oferecidos com coberturas e decorações diferenciadas para que os clientes sejam atraídos, além de ser possível investir na criação de novos sabores e recheios.

Serviços oferecidos no local

A sua padaria já oferece a venda de produtos variados para atender os diversos perfis de clientes, mas você já pensou em investir nas refeições? Café da manhã, almoço e café da tarde?

Com as correrias do dia a dia, cada vez mais pessoas precisam recorrer a restaurantes. Por isso, uma tendência para padarias que está ganhando bastante espaço é a oferta de um serviço mais amplo nos horários de refeições, aumentando as opções de atendimento ao público.

Para o café da manhã, você pode criar combos de produtos, como sanduíches e sucos ou café, um buffet a quilo, com diferentes opções de pães, frios e bolos. O almoço pode aproveitar os produtos que já serve, como empadões e acrescentar uma salada, oferecer um buffet ou incrementar as opções de lanches disponíveis.

Processos e equipamentos modernos

Quem pretende alcançar o sucesso no negócio deve acompanhar constantemente as novidades sobre os equipamentos para padarias e processos de panificação, que estão cada vez mais modernos.

Os novos maquinários, além de garantir a atualização da sua padaria, proporcionam maior eficiência energética, ajudando a reduzir os custos da atividade e aumentando a competitividade do negócio.

Os processos de produção e atendimento ao cliente também estão cada vez mais modernos e têm o objetivo de aumentar os lucros e a produtividade do negócio. Para isso, as padarias têm adotado meios que garantam organização e eficiência, como a produção em série e os sistemas de gestão e controle de estoque.

Profissionalização da equipe

Atualmente, as padarias estão valorizando os profissionais capacitados e investindo na formação de seus colaboradores para trazer as tendências atuais para os seus clientes. A atuação como padeiro ou confeiteiro profissional exige técnica, que pode ser obtida por meio de especializações e treinamentos.

A existência dos treinamentos atrai mais jovens para o ofício, garantindo que a panificação não se torne uma arte esquecida e continue evoluindo. Além disso, a qualificação da equipe traz mais visibilidade e valorização para o seu negócio.

Para isso, a tendência é investir cada vez mais na qualificação profissional, com cursos e atualizações para manter a equipe sempre ciente das novidades do ramo para implantá-las na padaria.

Contar com padeiros altamente capacitados auxilia no desenvolvimento de novas receitas, no aprimoramento dos produtos mais antigos e garante a manutenção da qualidade que os clientes esperam do seu estabelecimento.

Aplicar essas tendências para padarias é uma ótima forma de atrair mais clientes e fortalecer o seu negócio. Gostou deste post? Então compartilhe-o em suas redes sociais e ajude a espalhar o conhecimento!

Saiba como escolher o tipo certo de batedeira

Para manter a qualidade de seus produtos, é muito importante contar com as ferramentas corretas em todo o processo de preparação. No mercado, existem inúmeros tipos de batedeira, com diferentes funções e utilidades.

Contudo, é preciso que você conheça as características dos diversos modelos. Isso porque, apesar das inúmeras funções, cada uma é indicada para diferentes variedades de massas e preparos.

Pensando nisso, preparamos, neste artigo, as principais singularidades e utilizações das batedeiras comuns, orbitais e planetárias. Continue a leitura e confira quais são!

Quais são os tipos de batedeira disponíveis no mercado?

Batedeira comum

Também conhecido como portátil, esse tipo de batedeira é comumente o preferido para uso doméstico ou para poucas utilizações.

O modelo costuma ser bem leve e prático, vindo acompanhado de tigelas menores — de 3,5 litros, em média —, um corpo de apoio e um par de batedores. Ainda que seja portátil, é possível encontrar opções com o corpo fixo.

Massas e receitas indicadas

Essa batedeira é indicada para massas leves e práticas, como bolos, claras em neve, mousse, pequenas quantidades de sorvete, panquecas, chantilly, cremes e recheios leves.

Velocidade

Por serem ideais para massas e preparos leves, as batedeiras comuns não têm muita potência ou diversas opções de velocidade. Por isso, elas não são indicadas para uso constante e para procedimentos que demandem muito esforço, ou seja, receitas pesadas.

Tipos de movimentos

Apesar de fornecerem massas homogêneas, as batedeiras comuns só fazem um tipo de movimento, que é o de rotação, sempre em seu eixo. No entanto, como alguns modelos disponibilizam o deslocamento dos batedores em relação ao corpo, é possível fazer movimentos em todo o perímetro da tigela.

Batedeira orbital

Esse tipo de batedeira é indicado para usos frequentes. Ele vem acompanhado de tigelas maiores e mais resistentes e, com isso, pode ser usado tanto em casa quando em padarias.

O modelo costuma ser mais pesado do que as batedeiras comuns e disponibiliza três tipos de batedores: um para massas leves, outro para misturas médias e um próprio para preparos um pouco mais pesados.

Massas e receitas indicadas

A batedeira orbital suporta o preparo de massas um pouco mais pesadas do que o modelo anterior. Sendo assim, você pode preparar massas de pizza, pães não muito pesados e bolos mais densos nela.

Velocidades

Esse tipo apresenta maior potência e mais opções de velocidades, que podem ser combinadas de acordo com o tipo de receita, de preparo e do batedor que você utilizará. No entanto, ainda assim, ele não suporta todos os pesos de massas.

Tipos de movimento

Outra vantagem da batedeira orbital é a variação de movimentos: ao contrário do modelo anterior, ela faz movimentos circulares e de translação. Com isso, você pode fazer com que os batedores alcancem o entorno da tigela.

Batedeira planetária

Dentre os tipos de batedeira citados, esse modelo é o mais completo e profissional. Ele vem acompanhado de tigelas e batedores resistentes e sofisticados, sendo mais eficiente e indicado para usos intensos e pesados.

Por ser mais potente, a batedeira planetária é, também, mais pesada e de tamanho maior. Muitas características são próprias do modelo, mas outras especificações podem variar de acordo com a marca, o peso, o material das tigelas, os batedores e os acessórios disponíveis.

Outro diferencial desse tipo de batedeira é uma peça chamada de alimentador. Ela se encaixa facilmente na tigela e permite que você adicione ingredientes enquanto o equipamento está ligado, mas sem fazer sujeira.

Seu preço é mais alto do que o de outros modelos, mas, considerando o custo-benefício em relação à orbital, essa pode ser uma opção bem interessante.

Massas e receitas indicadas

O batedor mais simples, chamado de globo, pode ser usado em massas ou misturas leves e aeradas, como:

Já o batedor em forma de raquete é próprio para massas de densidade mediana. Os cookies e a “massa podre” (para o preparo de empadas e tortas) são algumas das iguarias que podem ser feitas, pois exigem um pouco mais de força.

Cada modelo disponibiliza um material que pode ser combinado com diferentes preparos. Os batedores de silicone, por exemplo, ajudam na raspagem de ingredientes que, geralmente, ficam acumulados nas laterais e no fundo da tigela. Então, nada de desperdício!

Contudo, tal tipo de batedor costuma desgastar-se rápido. Isso ocorre porque, na maior parte das vezes, ele é produzido por um material mais fino, mesmo dando conta do recado.

Há, ainda, os batedores em forma de gancho ou espiral — dependendo da marca de sua batedeira —, utilizados no trabalho pesado. Sendo assim, eles são indicados para massas mais densas e que precisam ser sovadas, como pães e massa folhada.

Velocidades

Dependendo da marca, a batedeira planetária pode disponibilizar até 10 velocidades. Cada uma é utilizada conforme o batedor e o alimento que será preparado.

Tipos de movimento

O próprio nome da batedeira já indica qual é seu principal movimento: o de translação, o mesmo dos planetas. No entanto, os batedores têm a capacidade de rotacionar. Esse conjunto resulta em uma massa muito bem sovada, misturada e bonita.

Como escolher o modelo ideal para você?

Se os diferentes tipos de batedeira já fazem parte do dia a dia da cozinha de uma residência, imagine como estão presentes nas padarias e nos empreendimentos da área da panificação e confeitaria?.

Se você é da área e utiliza tanto preparos mais leves quanto os mais pesados, saiba que os tipos de batedeira planetária — até mesmo os modelos industriais — garantem mais versatilidade e uma infinidade de preparos (e em grandes quantidades), já que são maiores e suportam mais peso.

Sendo assim, a escolha da batedeira ideal para o seu caso deve levar em consideração a frequência de utilização, as massas e os ingredientes que você precisará processar. Além disso, é fundamental definir se seu uso será doméstico ou profissional.

Os tipos de batedeira mencionados garantem mais rapidez, menos esforço e um aumento da produtividade tanto em massas pesadas quanto nas leves. Para isso, existem diversos modelos que podem atender à sua necessidade — basta levar em consideração seu objetivo com esse aparelho.

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