Dutch Oven

Você já ouviu falar em Dutch Oven? Se você é ligado ao mundo da panificação artesanal – profissional ou amadora – provavelmente sua resposta será positiva. Mas, o que é isso e qual a vantagem de utilizar esse método na panificação?

Dutch Oven (Forno Holandês) nada mais é do que o nome dado a um recipiente feito à base de ferro, similar a uma panela. Por ser de ferro fundido, ele oferece maior capacidade de absorção de calor e consegue manter a temperatura estável por mais tempo. Além disso, a tampa impede a saída do vapor, o que aumenta, e muito, a qualidade do pão no final do processo.

Como sabemos, é essencial ter vapor durante o início da cocção de um pão. A atividade da levedura é acelerada no momento em que o pão entra no forno quente. Se você colocar a massa em um forno seco, o exterior resseca rapidamente e impede o pão de se desenvolver completamente. Ao usar um processo como o Dutch Oven,o pão libera o vapor e este se mantém preso, isso faz com que a crosta exterior fique úmida, macia e flexível por mais tempo, permitindo com que o pão se desenvolva e tenha o salto de forno ideal. Normalmente, a partir dos 50°C, o fermento começa a encerrar sua atividade. Nesse momento, as enzimas presentes na massa também estão ativas e se encontram predominantemente na superfície mais quente, trabalhando ativamente para converter os amidos em dextrina e outros açúcares simples. Esses compostos contribuem para a caramelização de crosta e, consequentemente, agregam muito sabor. Em seguida, os grânulos de amido absorvem água, incham e se tornam brilhantes. Esse processo é conhecido como gelatinização e dura até atingir cerca de 158°C. A gelatinização resulta em uma crosta fina, crocante e brilhante.

Por conta de sua alta capacidade de absorção de calor, o Dutch Oven ajuda a reproduzir o ambiente oferecido pelo forno de lastro que encontramos nas padarias convencionais. Acaba sendo o método mais simples, útil e vantajoso de se trabalhar caso sua produção seja reduzida e você não tenha acesso a um forno de calor direto com vapor, mas esteja em busca de resultados similares. Vale ressaltar que o método é eficaz tanto para pães com sova quanto sem.

Aproveitem as dicas e boas fornadas!

Conheça 6 tipos de leite vegetal para oferecer em sua padaria

O consumo de leite de vaca vem diminuindo ao longo do tempo. Isso se deve a diversos motivos, que vão desde alergias e intolerâncias até a opção de não consumir produtos de origem animal.

Com isso, os clientes da sua padaria buscam por alternativas nutritivas e gostosas para substituir esse tipo de alimento. A principal delas são os leites vegetais, que podem ser derivados de diversos produtos.

Quer saber quais os benefícios e os tipos de leite vegetal que você pode oferecer na sua padaria? Continue a leitura e descubra agora mesmo!

Os benefícios dos leites vegetais

Os leites vegetais oferecem uma série de benefícios à saúde. Esse é um dos motivos pelos quais as pessoas estão escolhendo trocar o leite de vaca por essas opções, garantindo uma melhor qualidade de vida e prevenindo uma série de doenças a longo prazo.

Os benefícios desse tipo de alimento são:

  • tem menos calorias do que o leite de vaca;
  • não tem colesterol;
  • conta com uma série de vitaminas, como A, B, D, entre outras;
  • contém fibras, auxiliando na digestão e na sensação de saciedade;
  • não contém glúten;

Os diversos tipos de leite vegetal

Diante de tantos benefícios, pode ser importante que você ofereça opções de leite vegetal na sua padaria. Porém, eles podem ser feitos a partir de diversos ingredientes. Conheça agora os principais tipos de leite vegetal!

1. Leite de soja

O leite de soja é o mais popular entre os leites vegetais. Isso porque, além de ter um preço mais acessível em comparação aos outros leites vegetais, ainda traz uma série de benefícios para a saúde.

O leite de soja tem alto teor de proteínas, sendo muito indicado para quem adota dietas com restrição de carne e outras fontes de proteína animal (como vegetarianos e veganos). Além disso, ainda contribui para a redução do colesterol e dos índices de açúcar no sangue. Ademais, conta com altos índices de cálcio.

2. Leite de amêndoas

Esse leite também é uma das melhores opções quando se fala em leite vegetal. Isso porque ele é muito rico em cálcio e magnésio.

Dessa forma, é a opção ideal para quem deseja tratar ou prevenir a osteoporose. Além disso, ainda traz muitos benefícios para os músculos e o cérebro, devido ao magnésio e ao potássio, sendo a preferência de quem tem fraqueza muscular ou frequenta a academia constantemente.

3. Leite de aveia

O leite de aveia é uma ótima fonte de fibras, antioxidantes, ferro, zinco e vitamina E. Também representa uma opção mais acessível financeiramente para quem quer substituir o leite de vaca pelo leite vegetal.

Ele traz uma série de benefícios para a saúde, como a melhora do sistema digestivo e a diminuição do colesterol. Além disso, é extremamente cremoso e gostoso, sendo uma ótima opção para a sua padaria.

4. Leite de arroz

Esse leite é ideal para quem quer perder peso, uma vez que tem poucas calorias sem perder o seu valor nutricional. Além disso, é feito com os grãos de arroz, que liberam substâncias calmantes. Dessa forma, traz sensação de bem-estar e serenidade, auxiliando no relaxamento.

O paladar agradável é um outro fator que favorece o consumo do leite de arroz. Isso porque nesse produto ele é leve e doce, dispensando a necessidade de açúcar industrializado.

5. Leite de coco

O leite de coco é uma outra opção extremamente popular entre quem decide adicionar os leites vegetais na dieta. Isso porque ele é bastante doce e nutritivo.

Uma outra grande vantagem do leite de coco é o fato de ele ser cremoso e perfeito para receitas. Dessa forma, ele pode substituir o leite de vaca em receitas como bolos e bebidas, tanto quentes quanto frias.

6. Leite de amendoim

Por fim, uma outra opção de leite vegetal para a sua padaria é o leite de amendoim. Ele tem propriedades que trazem benefícios para a saúde, como a alta concentração de antioxidantes.

Também auxilia na redução do colesterol ruim e, por ter grande quantidade de fibras, facilita a digestão e dá a sensação de saciedade para quem o bebe. O leite de amendoim também tem a capacidade de acelerar o metabolismo, dando disposição e auxiliando na perda de peso.

Os motivos pelos quais você deve oferecer opções de leite vegetal em sua padaria

Diversas pessoas pararam de consumir o tradicional leite de vaca para investir em outras opções. Isso pode vir de diversos fatores, tanto relacionados à saúde quanto ao estilo de vida.

Existem indivíduos que sofrem com alergia e intolerância à lactose. Quando consomem produtos com essa substância, como leite e queijo, podem passar mal, ter reações alérgicas, dificuldade de digestão, dores, entre outros problemas.

Além disso, o veganismo também é um estilo de vida que vem ganhando cada vez mais espaço. As pessoas que o adotam escolhem não consumir nenhum produto de origem animal, o que inclui o leite de vaca. Com isso, também buscam por opções vegetais que atendam às suas necessidades.

Por fim, ainda existem aquelas pessoas que entendem que o leite de vaca pode trazer prejuízos à saúde. Isso porque ele tem grande quantidade de gorduras e colesterol e ainda pode ser de difícil digestão, mesmo para aqueles que não sofrem com intolerância. Dessa forma, esse é um tipo de público que também está à procura de outras opções.

Diante dos fatores apresentados, é essencial que a sua padaria invista nesses produtos, buscando agradar a todos os tipos de clientes. Com um mix variado, você aumenta as chances de atender às necessidades e os desejos dos consumidores, ampliando o seu índice de atração e retenção de clientes e, consequentemente, os lucros do negócio!

Como você pode perceber, entre as diversas opções do mercado, os leites vegetais vem ganhando cada vez mais espaço por diversos motivos. Portanto, ao adquirir essa mercadoria no seu estabelecimento, você garante que os clientes vão encontrar tudo o que precisam na padaria, o que garante o sucesso do seu negócio!

Gostou do nosso artigo sobre os tipos de leite vegetal? Então, aproveite para continuar se informando e leia também sobre como fazer um planejamento de vendas eficiente!

Tudo o que você precisa saber sobre as novidades na confeitaria. Fique por dentro e se inspire

Como anda a confeitaria da sua padaria? Quais são os seus principais produtos? Eles estão alinhados aos desejos e necessidades dos seus clientes? Sabe como inovar na padaria?

Responder a essas perguntas é essencial para que você faça com que a sua padaria se destaque perante a concorrência e continue garantindo a satisfação dos seus clientes. Principalmente quando se trata de inovar os produtos para atrair ainda mais a atenção dos consumidores.

Porém, o mundo da gastronomia muda muito rápido, o que significa que todos os dias surgem novas tendências às quais você deve estar atento para garantir o sucesso do negócio. Quer saber quais são as principais novidades na confeitaria? Continue a leitura e descubra tudo sobre isso!

Qual a importância de estar por dentro das tendências e novidades?

O mundo da gastronomia mudou muito nos últimos anos. Há alguns anos, as pessoas comiam apenas para saciar a fome e a vontade — principalmente quando se fala de doces —, com pouca preocupação sobre a origem dos ingredientes, aparência do produto e método de preparo. Porém, hoje, a situação é totalmente diferente.

Os alimentos não servem apenas para nutrir o corpo, mas também para despertar sensações e emoções positivas em quem os consome. Dessa forma, cresce a busca por produtos que trazem, além de nutrição, bem-estar físico e psicológico.

Há também uma preocupação maior com a origem dos alimentos e o processo de produção pelos quais eles passam. Afinal, as pessoas estão mais preocupadas com a valorização da produção local, alimentos orgânicos e com os benefícios que cada um dos produtos pode trazer para a saúde.

A forma como os clientes se relacionam com as lojas também mudou. Com a chegada da tecnologia, o contato está muito mais virtual do que pessoal. Os aplicativos de entrega ganham cada vez mais espaço, assim como a busca por produtos por meio das redes sociais.

Tudo isso impacta diretamente a confeitaria, trazendo uma série de novidades e tendências para a área. Ficar atento a essas transformações e incorporá-las na sua padaria é essencial para o sucesso do negócio.

Dessa forma você é capaz de sair na frente e se destacar dos concorrentes, aumentando seus índices de atração e fidelização de clientes. Ficar atento às novas tendências também permite que você se aproxime dos consumidores e ofereça produtos alinhados às expectativas desse grupo.

Portanto, continue a leitura para descobrir quais são as principais tendências na confeitaria e se inspirar!

Quais as tendências para os próximos anos?

Agora que você já sabe qual a importância de descobrir e incorporar as novas tendências da confeitaria na sua padaria, é o momento de entender quais são elas. Porém, saiba que essas novidades não se resumem apenas a ingredientes e formas de preparo dos produtos, incluindo também os equipamentos utilizados, a maneira como você se comunica com o seu público e as embalagens que utiliza para proteger seus doces.

Continue a leitura e descubra agora mesmo as principais tendências em cada um desses aspectos!

1. Divulgação

A forma como os clientes se comunicam com os negócios mudou muito nos últimos anos. Hoje a tecnologia faz parte de quase todas as atividades diárias, inclusive aquelas relacionadas às compras e alimentação.

Portanto, os meios de divulgação dos produtos da sua confeitaria também precisa ser modificados. É essencial que você esteja na internet e utilize ferramentas digitais para realizar o marketing do negócio.

Nesse aspecto, surgem três tendências centrais:

  • produção de conteúdo relevante;
  • uso das redes sociais
  • divulgação de promoções e benefícios em meio digital.

Quer saber como funciona cada uma delas e quais os benefícios que podem trazer? Descubra!

1.1. Produção de conteúdo

Estar presente no meio digital é essencial para que você conquiste clientes e estabeleça uma relação de proximidade e confiança com eles — independentemente do ramo de atuação da sua empresa. Afinal, os consumidores estão online 24 horas por dia e utilizam a internet para encontrar estabelecimentos e produtos que desejam.

É aí que entra a importância da produção de conteúdo. Ela faz parte de uma estratégia maior chamada de marketing de conteúdo, que diz respeito à criação de conteúdos relevantes e que agregue valor aos seus clientes, de forma a engajá-los com a sua empresa.

Portanto, a produção de conteúdos é uma forma de interagir com os seus clientes e potenciais clientes de foma a gerar valor para essas pessoas. Além disso, também é possível mostrar que você é referência no mercado e sabe exatamente o que está fazendo, atraindo-os para consumir os seus produtos.

Essa é uma das tendências da área de confeitaria. Nesse aspecto, é importante que você crie conteúdos — que podem ser textos, artes, fotos, entre outros — que atraiam o seu público-alvo e dialogue com os interesses dessas pessoas. Com isso, você melhora o posicionamento da sua marca no mercado e ainda atrai mais clientes para a sua loja.

1.2. Redes sociais

As redes sociais também estão presentes no dia a dia dos seus clientes. Existem várias — como Facebook, Instagram, Twitter e YouTube — e cada uma tem uma finalidade específica, diferentes formas de se comunicar com o seu público e focos distintos.

Dessa forma, estar presente nas redes sociais é uma forma extremamente eficiente de se aproximar do seu público-alvo de forma casual e leve. Ao criar páginas nessas plataformas para a sua empresa você é capaz de divulgar seus produtos, informar os clientes sobre novidades da loja e ainda entrar em contato direto com os consumidores.

Além disso, as redes sociais também são uma ótima forma de fazer com que a sua marca se torne conhecida no mercado. Por meio delas você é capaz de divulgar a sua loja, atingindo muito mais pessoas do que por outras fontes.

Com isso, você se destaca e atrai mais clientes para a sua padaria. Além disso, pode mostrar os seus doces e bolos nas redes e manter uma relação a longo prazo com quem já frequenta a sua loja.

1.3. Sorteios e promoções no Instagram

Outra prática que está se tornando cada vez mais popular é a realização de sorteios e promoções pelas redes sociais, principalmente o Instagram. Geralmente as empresas anunciam um produto e pedem para que as pessoas curtam a página do negócio e ainda marquem os amigos nos comentários.

Isso traz uma série de benefícios para a sua empresa. Em primeiro lugar, aquelas pessoas que desejam participar do sorteio passam a seguir a sua página. Com isso, algo que seria apenas uma interação pontual se torna um contato a longo prazo com o seu negócio, o que faz com que potenciais clientes conheçam os seus produtos, aumentando a probabilidade de converter isso em vendas.

Além disso, com a necessidade de marcar amigos, outras pessoas que ainda não conheciam a sua padaria também entram em contato com o negócio. Isso pode despertar o interesse delas na sua empresa, fazendo com que elas também sigam a sua página e, até mesmo, se tornem clientes da sua loja, consumindo os produtos da confeitaria do negócio.

2. Doces

Imagine comprar uma coxinha e descobrir que ela é feita de massa de churros e doce de leite. E brigadeiro de açaí, você já comeu?

Quando se fala em doces, a área da confeitaria está cheia de novidades — e esses são apenas alguns exemplos. Surgem novas propostas de matéria-prima para as receitas tradicionais, diferentes formas de apresentação dos produtos e, até mesmo, inovações relacionadas a novos estilos de vida, que interferem diretamente na alimentação das pessoas.

Quer se inspirar e fazer diferente na sua padaria? Então, leia e descubra agora quais são as principais tendências relacionadas aos doces e crie receitas que encantam os seus clientes!

2.1. Reinvenções

A primeira tendência relacionada aos doces são as chamadas reinvenções. Ela surge por uma demanda do mercado e dos consumidores, que já estavam cansados de sempre ter acesso a mais do mesmo quando se fala em confeitaria.

As reinvenções são, basicamente, releituras dos doces mais tradicionais, como brigadeiros e bolos, de forma desconstruída e inovadora. Nesse aspecto vale colocar a criatividade em ação, utilizando estratégias que vão desde trocar os ingredientes principais até modificar a forma de apresentação e consumo desses alimentos.

O brigadeiro, por exemplo, ganhou diversos sabores. Hoje, é possível encontrar versões feitas de caipirinha, frutas cítricas — como limão e maracujá —, sementes e, até mesmo, banana. Ele também pode ser encontrado em diversas formas de consumo, que vão além das tradicionais bolinhas do doce. A mais comum são os brigadeiros de colher, colocados em pequenos potinhos de porções individuais.

Os bolos também ganham novos contornos, sabores e formas. O naked cake, famoso bolo sem cobertura e enfeitado com frutas e cremes, ganhou espaço no mercado brasileiro. Outra tendência são os bolos extremamente decorados, utilizando rendas de açúcar ou pinturas à mão, o que torna o doce uma verdadeira obra de arte.

Isso se estende para todos os doces tradicionais. Portanto, deixe a imaginação fluir e aproveite para apresentar aos seus clientes novas opções a partir dos alimentos com os quais eles já estão acostumados.

2.2. Crossover

O crossover é uma outra tendência que vem ganhando espaço na confeitaria. Esse conceito está ligado à arte de fazer doces com aparência de alimentos salgados.

A receita mais popular nesse aspecto é a coxinha de churros. Para isso, os confeiteiros utilizam a massa de churros moldada em forma de coxinha e recheiam com doce de leite — ou outro recheio de churros de sua preferência. Com isso, é possível surpreender os clientes com um sabor incrível e inesperado.

Você pode utilizar esse conceito em diversos tipos de doces. Os mais comuns são pizzas e batata frita como outras opções de alimentos salgados que podem ser imitados utilizando apenas receitas de doces.

2.3. Opções veganas

O número de vegetarianos e veganos cresceu muito nos últimos anos — e a tendência é de continuar aumentando. Nesse aspecto, vale tomar um cuidado especial para agradar a esse tipo de público com os seus doces.

O veganismo é um estilo de vida adotado por pessoas que não consomem nenhum produto de origem animal, o que vai desde alimentos até roupas, sapatos e cosméticos.

Entretanto, isso não significa que eles comem apenas salada, pelo contrário! Existem uma série de pratos deliciosos, tanto doces quanto salgados, que podem ser encontrados na culinária vegana.

Incorporar alimentos veganos como opções da sua confeitaria traz uma série de benefícios, tanto para você quanto para quem adota esse estilo de vida. Isso porque é um mercado em crescimento, com alto potencial de lucro. Ele chegou recentemente ao Brasil, o que significa que ainda não há muitas pessoas produzindo alimentos desse tipo. Além disso, você atende não apenas o público vegano, mas também quem tem intolerância à lactose, por exemplo.

Para isso, é preciso encontrar opções vegetais para substituir produtos de origem animal, como os ovos e o leite. A mais usada são os leites de amêndoas ou de coco. O chocolate também não deve conter leite na sua composição, sendo que os mais amargos são mais fáceis de serem encontrados.

2.4. Doces regionais

O Brasil é um país de dimensões continentais, o que significa que não é apenas o sotaque que muda de uma região para outra, mas também a culinária. E isso traz para a confeitaria uma série de insumos para inovar e aproveitar todas as riquezas do Brasil da melhor forma possível.

É aí que entra essa outra tendência da confeitaria: os sabores regionais. Chefes estão criando doces com diversos ingredientes e elementos típicos do país, como queijo com goiabada — o famoso Romeu e Julieta —, castanhas do pará e do caju e paçoca.

Nesse aspecto, você pode se aventurar por sabores ainda mais inusitados, como tapioca, cupuaçu e, até mesmo, açaí e cuscuz.

2.5. Doces etílicos

Uma outra tendência da confeitaria, que está em alta na atualidade, são os doces que levam bebidas alcoólicas na receita. Elas equilibram o açúcar do alimento e ainda trazem um elemento surpresa para quem consome, deixando os produtos ainda mais gostosos.

Você pode utilizar uma série de bebidas nas receitas para inovar nesse aspecto. Entre eles, as mais utilizadas são o whisky, tequila e licor amarula, já que combinam muito bem com chocolates, principalmente os mais escuros. Entretanto, os doces inspirados em drinks, principalmente na caipirinha, também vêm ganhando bastante espaço no mercado.

2.6. Doces com frutas

Quando se fala em doce, as frutas são uma grande tendência para a área da confeitaria. Afinal, elas já têm, naturalmente, o sabor adequado para criar ótimas receitas.

Portanto, uma outra tendência da área da confeitaria são as frutas como estrelas principais dos pratos. Além de trazer beleza e cor para os doces, possibilitando uma apresentação que chame a atenção dos clientes, elas ainda permitem que você equilibre o açúcar, levando frescor e refrescância ao paladar.

2.7. Doces caseiros

Como você já sabe, os doces não servem apenas para matar uma vontade pontual. Todos os alimentos estão carregados de sentimentos e sensações específicas, relacionadas às memórias e desejos dos consumidores.

Portanto, a broa da sua padaria pode lembrar o cliente da broa que a avó fazia quando ele era criança, transportando-o diretamente para essa memória distante e trazendo sensação de bem-estar. Isso também acontece com os docinhos e os bolos da confeitaria. Portanto, uma novidade na área é o ressurgimento dos doces caseiros e tradicionais.

Nesse aspecto, nem sempre há uma busca por perfeição e padronização dos doces, mas sim pelo uso de ingredientes de qualidade e a valorização do trabalho manual no momento de produção.

Além disso, cada região do país terá produtos específicos que são característicos do local, sendo que você deve investir neles para ajudar os clientes a regatar a sensação de conforto dos tempos nos quais consumia esses doces.

2.8. Sobremesas funcionais

Outra característica do mundo atual é a busca pela saúde. Portanto, mesmo quando se fala em doces, há pessoas que dão preferência para aqueles que têm menos calorias, açúcares e gorduras, de forma a manter o corpo saudável sem ter que abrir mão do prazer de comer um delicioso doce.

Nesse aspecto, a novidade na confeitaria vem dos doces funcionais — ou fit. Eles consistem em versões dos doces tradicionais utilizando matérias primas mais saudáveis e, até mesmo, mais nutritivas.

Um exemplo são os brigadeiros com chocolate amargo e nos quais é possível substituir o leite condensado por outros ingredientes. Você pode, inclusive, acrescentar suplementos proteicos para agradar ainda mais os clientes.

3. Embalagens

Não adianta criar um doce delicioso e bonito quando a embalagem não combina com o trabalho realizado. Afinal, além de proteger os alimentos, esse elemento também tem a função de chamar a atenção do público e encantar os clientes.

Nesse aspecto, é essencial que você invista em embalagens inovadoras e bonitas para agradar aos seus clientes. Aproveite para utilizar esse elemento para dar um toque de personalização aos seus doces, mostrando que eles foram feitos especialmente para os seus clientes.

Outro ponto importante relacionado às embalagens são as datas comemorativas. Afinal, doces são ótimos presentes para o dia das mães, dia dos namorados, aniversários e outras datas. Portanto, invista em combos comemorativos e chamativos para essas épocas, garantindo um marketing sazonal de qualidade para a sua confeitaria.

Outra dica, nesse aspecto, é valorizar também as embalagens ecológicas. Isso porque a preservação do meio ambiente é um assunto em alta na atualidade, deixando evidente a responsabilidade de cada um nesse aspecto. Portanto, buscar por embalagens sustentáveis, que gerem o menos prejuízo possível para o planeta, é uma ótima forma de mostrar aos seus clientes que você se preocupa com a sociedade como um todo.

4. Equipamentos

Quando se fala em tendências para confeitaria, os equipamentos não podem ficar de fora. Afinal, além de otimizar a produção dos alimentos vendidos na sua padaria, ainda garantem qualidade e padronização para os doces e bolos vendidos no negócio.

Nesse aspecto, uma dar tendências são as máquinas que modelam os doces de forma automática. Elas têm a capacidade de modelar milhares de doces por dia, sendo que você precisa apenas inserir a massa no local adequado.

Com isso, todos ficam padronizados, com o mesmo tamanho e formato. Além disso, algumas ainda oferecem a opção de incluir também o recheio do doce na produção. Nelas, basta colocar a massa em um determinado local e o recheio em outros e a máquina monta o doce de forma automática.

Outro equipamento muito importante para a confeitaria são os fornos. Afinal, um bolo mal assado pode acabar com toda a receita.

Nesse aspecto, a tendência são os fornos adequados para ficarem à vista do público. Esses equipamentos são bonitos e modernos, assando igualmente todas as receitas colocadas. Além disso, funcionam por meio de diversos combustíveis, podendo ser utilizado lenha, gás ou energia elétrica para assar os seus doces.

Contudo, o mais interessantes é que eles podem ficar em um local no qual o seu público pode ver o que é feito. Com isso, além da qualidade garantida pelo forno, você ainda é capaz de despertar a atenção dos clientes, que ficam esperando os doces saírem quentinhos do forno para consumir.

Por fim, um outro equipamento essencial para a confeitaria são as câmaras frias. Afinal, são elas que garantem a durabilidade dos produtos ao longo do tempo.

É importante que você encontre um equipamento adequado para o tamanho da sua padaria. Caso tenha uma indústria pequena, com pouco espaço disponível para novos equipamentos, você pode investir em mini câmaras, que se adequem perfeitamente à sua padaria de forma a garantir a conservação dos seus produtos.

Estar sempre atento às novidades na confeitaria é essencial para que você garanta o sucesso da sua padaria. Isso porque os seus clientes estão mais exigentes na atualidade, buscando inovação e criatividade nos doces que consomem.

Portanto, aproveite que você já sabe quais são as principais tendências da área e invista na renovação dos seus produtos e equipamentos. Além disso, não se esqueça de também colocar a sua empresa nos meios digitais de forma a se aproximas dos seus clientes e mostrar todas as mudanças que você fizer no negócio!

Quer saber como renovar os seus equipamentos para ficar alinhado às novidades na confeitaria? Então, entre em contato com a gente e descubra todas as soluções que a Ramalhos Brasil tem para oferecer!

Farinhas: como trabalhar e como fazer os testes

Sempre vejo pessoas com dúvidas sobre qual farinha comprar? E aí, comprei, e agora? Será que vai dar certo na minha receita? Será que estou usando de maneira correta? Ou tenho um carro esporte com motor potente para circular dentro do condomínio… (risos)

Em um dos meus cursos (o ideal e primordial é fazer cursos para se aprimorar sempre) lembro -me que o que mais me encantou foi ouvir a seguinte frase:  “vocês vão aprender a usar os diversos tipos de farinha e extrair o melhor delas”.

Afinal, no início e até os anos 2.000 não se ouvia falar muito aqui no Brasil em W P/L (informações do alveógrafo), poucos tinham acesso a esta informação e sabiam como utilizá-la.

Porque não adianta (opinião minha) comprar uma Farinha Italiana com W e P/L adequados se vou usar para fazer uma receita de 8 horas, aproveitando quase nada do melhor da farinha que é a maturação.

Puxa (Reflexão), então quer dizer que você está afirmando que não adianta comprar a farinha italiana? Resposta: não adianta comprar se não souber usar corretamente.

Se você pode e tem acesso, teste e, melhor ainda, procure ter acesso a alveografia da farinha (hábito corriqueiro dos Moinhos Italianos). Mas se não tem acesso (pode não ter tão facilmente a farinha italiana nos comércios próximos) e se seu negócio é pequeno ou se apenas estou fazendo por hobby, é fazer jus a utilização correta.

Vou usar uma linguagem simples para a leitura ser dinâmica e de fácil interpretação[i].

W: força da farinha

P: o quanto a farinha se expande

L: o quanto a farinha se estende.

Ou seja, se eu tenho um Wde 300, P/L 0,6 ou 0,5. Significa que tenho uma Farinha com Força Fermentativa e de Maturação para 24hrs no mínimo, se for trabalhada corretamente (o que depende do manuseio, temperatura, ambiente, fermento de qualidade e quantidade principalmente). Com o processo correto, meu resultado será uma massa bem maturada e fermentada corretamente com bordas alveoladas.

Então como fazer: primeiramente, testar o quanto de água a farinha absorve, (informações e métodos aprendi e utilizo, não significa que são os mais certos e nem que são únicos).

Vamos pegar 200gr de farinha e colocar 100ml de água, e sovar; se a massa ficar muito dura ou resistente coloque, mais 10 ml, refaça e depois mais 10 ml, até que a massa fique muito mole, ou seja, você vai descobrir quanto de água a farinha suporta, afinal de contas, ninguém disse que toda a massa de pizza deve ter no máximo 60% de água, a não ser se forem métodos rígidos e regrados, reservados a empresas e escolas.

Pronto descobri quanto de água a farinha aguenta, e agora?

Vamos para o Fermento, Seco ou Fresco, Massa Madre?

Quantidade de Fermento seco por Quilo de Farinha 1%.
Quantidade de Fermento Fresco por Quilo de Farinha, 2%.

Massa Madre ou Fermento Natural tem variações de acordo com a necessidade de cada um, podendo começar com 10% e ir até 50% ou 100% (requer testes).

Sal 1,5%, máximo 3%

Pronto temos os ingredientes básicos para a massa.

Opa? Você escreveu que ia dar sua opinião de como utilizar a farinha e já ta em receita de pizza? Como assim?

(Minha Opinião) Explicar como utilizar por este método, só sugerindo como fazer os testes.

Portanto, com a Farinha de W e P/L, vamos à execução (masseira ou manualmente):

  • Farinha
  • Água
  • Fermento
  • Por último sal

Bata até ficar homogênea e lisa, pode bolear ou não, sempre atento à temperatura e condições de armazenamento.

Pode fazer os mesmos testes com farinha nacional? Claro que pode, o que seria do mundo se não fossem os erros e acertos, se não fossem os testes e descobertas que até hoje utilizamos como parâmetros, e desenvolver seu próprio método de preparo. O importante, ao meu ver, é estar aberto a teste.

Saber como fazer os testes é importante, pois nem todos tem acesso às informações das farinhas, sem falar que nos dias atuais também estamos resgatando alguns métodos antigos.

Mas quando alguém lhe perguntar qual farinha você usa?

A Resposta virá da Marca, e com certeza vai se deparar com aqueles que: ”ah, mas eu uso esta e não fica assim”, lembre- se: métodos requerem testes que, às vezes, dão erros e acertos.


[i]Uma das Fontes utilizada:http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/do/p_do112_5.htm

Alimentos naturais, processados e ultraprocessados: entenda as diferenças

A sua padaria interfere diretamente na alimentação dos seus clientes. Afinal, é nela que eles adquirem os produtos que consomem no dia a dia, o que interfere diretamente na qualidade de vida e da saúde desses consumidores.

É aí que entra a discussão sobre os alimentos naturais, processados e ultraprocessados. Cada um desses grupos possui determinadas características que fazem diferença na escolha de seus clientes de quais produtos vão comprar na sua padaria.

Quer saber que alimentos fazem parte de cada um desses grupos e quais são as principais características deles? Então, continue a leitura e descubra!

O que são os alimentos naturais?

Os alimentos naturais, também conhecidos como in natura, são aqueles obtidos diretamente da natureza. Ou seja, são as frutas, legumes, grãos e produtos de origem animal que não passaram por nenhum processo de industrialização, sendo consumidos quase da mesma forma como são encontrados na natureza.

Também podem entrar nesse grupo os chamados alimentos minimamente processados. Esses produtos, apesar de passarem por pequenas intervenções humanas — como torrar, secar, triturar, entre outros processos — não perdem a maioria das suas características naturais. Além disso, também não é adicionado nenhum tipo de elemento a eles, como sal, açúcar e gordura. É por isso que eles também podem ser considerados parte dos alimentos naturais.

São exemplos de alimentos minimamente processados o café, a farinha, o leite pasteurizado e carnes congeladas.

Os alimentos desse grupo, tanto os in natura quanto os minimamente processados, são os mais indicados pelos nutricionistas para o consumo. Isso porque têm grandes quantidades de vitaminas e outros nutrientes, trazendo benefícios para o corpo. Além disso, não é adicionada a eles nenhuma substância prejudicial à saúde, como corantes ou grandes quantidades de sódio, açúcares e gorduras.

E os alimentos processados, quais são eles?

O processamento de alimentos começou a ser realizado na humanidade desde a antiguidade. Isso porque, antes das geladeiras e, até mesmo, da energia elétrica, existia a necessidade de buscar métodos eficientes para conservar os alimentos colhidos ou caçados por grandes períodos de tempo.

Hoje, esse processo é utilizado para modificar as características dos produtos naturais de forma a melhorar o sabor ou aumentar o tempo de conservação dos produtos, principalmente. Porém, isso faz com que sejam adicionadas substâncias que, quando consumidas em excesso, podem trazer prejuízos para a saúde.

Dessa forma, os alimentos processados são aqueles que, basicamente, receberam a adição de sal e/ou açúcar. São exemplos desse tipo de produtos os doces em calda, alimentos em conserva — como o milho — e os queijos. Além disso, todos os pães produzidos na sua padaria são considerados como alimentos processados.

Apesar de não serem prejudiciais à saúde, os alimentos processados não são os mais indicados pelos nutricionistas. Dessa forma, a regra aqui é evitar o consumo excessivo e deixar esse tipo de alimento apenas para uma ou, no máximo, duas refeições ao longo do dia.

Quais são os alimentos ultraprocessados?

Já os alimentos chamados de ultraprocessados são aqueles que passaram por diversos processos antes de chegarem à mesa do consumidor final. Geralmente, eles são totalmente industrializados e as características dos alimentos naturais foram totalmente modificadas. Além disso, também são adicionadas maiores quantidades de sal, açúcar e gorduras.

Biscoitos, sorvetes, macarrões instantâneos, pizzas e lasanhas congeladas, além de misturas prontas são exemplos desse tipo de produtos. Além disso, as frituras também são consideradas como alimentos ultraprocessados.

Existem uma série de problemas nutricionais relacionados a esse tipo de mercadoria. Alguns profissionais indicam, inclusive, que eles sejam totalmente eliminados das dietas da população.

Em primeiro lugar, por terem passado por uma série de processos industriais, há uma modificação muito grande das características originais dos alimentos. Isso faz com que eles fiquem desbalanceados, o que significa que possuem muitas calorias chamadas de vazias, ou seja, sem tantos nutrientes para o corpo.

Além disso, o paladar de quem consome esse tipo de alimento também pode ser alterado, uma vez que o sabor é bastante artificial. Dessa forma, eles acabam por fazer com que o paladar fique tão acostumado com esse tipo de sabor que estranhe os alimentos naturais.

Natural, processado ou ultraprocessado?

Para ficar mais clara a diferença entre os alimentos considerados como naturais, processados e ultraprocessados, você pode comparar o mesmo alimento de diferentes formas. Isso ajuda a entender como funciona o processo de industrialização desses produtos.

O abacaxi, por exemplo, é um alimento natural quando consumido sem nenhuma alteração, apenas descascando a fruta. Porém, quando as empresas comercializam a calda de abacaxi, já é uma forma de consumir o mesmo alimento de forma processada. O suco de abacaxi encontrado pronto, em caixinha, é um exemplo de produto ultraprocessado.

O mesmo acontece com o peixe. Quando consumido apenas assado, é um alimento natural. Porém, quando o cliente adquire peixes enlatados, está fazendo o consumo de um alimento processado. Por fim, os peixes empanados e congelados são exemplos de alimentos ultraprocessados, uma vez que o mesmo alimento já passou por um intenso processo de industrialização.

Por fim, o milho é um outro exemplo clássico de alimento que pode ser encontrado com facilidade nas três formas de consumo. O alimento natural é a espiga de milho, de pode ser cozida ou assada para o consumo. Já o milho enlatado é um exemplo de alimento processado, uma vez que são adicionadas algumas substâncias ao alimento in natura. Por fim, o salgadinho de milho é um exemplo clássico de alimento ultraprocessado, que não guarda quase nenhuma das características originais do milho em espiga.

Os seus clientes estão cada vez mais preocupados com o que comem como uma forma de garantir uma saúde de qualidade e bem-estar físico e mental, já que os alimentos interferem diretamente nesses aspectos. Portanto, é importante que você entenda a diferença entre esses três tipos principais de alimentos e, a partir disso, identifique quais são as principais demandas e necessidades dos seus clientes em relação a eles.

Com isso, você é capaz de oferecer produtos adequados ao que os seus clientes procuram, aumentando as vendas da sua padaria. Sabendo a diferença entre alimentos naturais, processados e ultraprocessados, fica mais fácil atendê-los de acordo com as preferências de cada um.

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Pão Sovado

Continuando o nosso resgate dos pães clássicos do Brasil, vou falar de um dos pães cujo sabor e texturas remetem à minha infância por lembrar da casa dos meus avós, e por ter sido um dos primeiros pães macios que preparei dentro de uma padaria.

O pão sovado sempre foi um dos queridinhos das padarias no passado, ele tem tanta significância que até hoje as indústrias vendem embalados e isso é um sinal de que ainda há procura por este pão.

Ele é facilmente encontrado nas pequenas padarias do interior, porém não os vejo em grandes padarias das capitais.

O pão sovado, que tem a sua origem em Provença na França, é também conhecido como pão Provence, por conta da própria região. No Brasil, é conhecido como pão de São José, pão Tatu, pão massa fina ou pão criolo.

O nome “sovado” vem da própria forma de preparo, a massa precisa ser sovada intensamente até que chegue ao ponto correto.

Esse tipo de mixagem deixa a massa do pão mais densa e mais duradoura. Ela dá uma sensação de saciedade maior que a do pão francês, por exemplo. E a grande vantagem é que o pão dura alguns dias a mais sem ressecar, ficando sempre fresquinho e gostoso.

Outra característica desse pão são os gomos e o corte central que acaba deixando o pão dividido em 8 pedaços, e, para que tenha a coloração dourada na casca, pode-se pincelar gemas.

Por ter um sabor mais neutro, o pão sovado ajuda a deixar a imaginação solta na hora de combiná-lo. Ele pode ser acompanhado dos mais diversos ingredientes, sejam doces ou salgados.

Como ele é mais denso, é uma excelente opção para o café da manhã, pois sustenta por mais tempo, mas nada impede que ele seja o protagonista de um jantar mais descontraído ou um lanche da tarde gostoso.

Segue abaixo a receita passo a passo desse delicioso pão. Nesta versão, optei pela receita “método com esponja”, que deixa o pão com mais fibra e volume.

 

Etapa da modelagem

Etapa corte

Etapa montagem

Gemas e corte

Forno!

Como as novas tendências na alimentação estão impactando as padarias?

O mercado da alimentação está sofrendo intensas transformações, e você já pode observar grande parte delas entre os consumidores da sua própria padaria. Cresce a demanda por produtos saudáveis, orgânicos, sem glúten e sem lactose. Também há um aumento no número de pessoas que seguem uma dieta vegetariana e vegana, o que gera um aumento no consumo de alimentos desse tipo.

Tudo isso faz com que surjam novas demandas para o setor de alimentação, o que inclui a sua padaria. É importante que você saiba quais são as novas tendências do mercado e faça modificações para se adequar a elas, de forma a se manter competitivo perante os seus concorrentes.

Quer saber mais sobre isso? Então leia este artigo agora mesmo e descubra quais são as novas tendências na alimentação e como cada uma delas impacta o funcionamento da sua padaria!

De onde surgem essas novas tendências na alimentação?

Todas as pessoas precisam se alimentar para garantir os nutrientes essenciais para a manutenção da saúde. Porém, a forma como os seres humanos fazem isso vem mudando ao longo do tempo, o que pode ser percebido tanto entre os seus amigos e família quanto os clientes da sua padaria.

Se, com a chegada da industrialização, grande parte das pessoas recorreu aos alimentos industrializados, que dispensavam a necessidade de horas na cozinha, hoje, a realidade é outra. Apesar da grande demanda de trabalho e sobrecarga de atividades do dia a dia, as pessoas se preocupam mais com os nutrientes ingeridos e a manutenção da saúde por meio de uma alimentação saudável.

É daí que surgem as principais tendências da atualidade. A preocupação com o que se está ingerindo é somada ao surgimento de dietas cada vez mais distintas umas das outras. Cresce, por exemplo, o número de pessoas vegetarianas e veganas. Além disso, também pode ser observado um aumento no número de indivíduos com intolerância à lactose e doença celíaca — ou seja, que não podem ingerir glúten.

Diante desse novo cenário, a sua padaria precisa se adaptar às novas demandas dos clientes, de forma a se manter competitiva no mercado. Entenda agora o porquê!

Por que a sua padaria deve ficar atenta e se adaptar às novas tendências?

As padarias são um tipo de comércio extremamente antigo no Brasil. Elas chegaram em território nacional no século XIX, trazidas pelos colonizadores portugueses.

De lá pra cá, o modelo de padaria mudou muito. Se antes predominavam pequenos comércios, em sua maioria do tipo familiar, nos quais os clientes encontravam apenas o tradicional pão francês, hoje a realidade é totalmente diferente.

Além das padarias que vendem apenas produtos fabricados na própria loja — como pães, bolos, salgados e doces — também há aquelas que comercializam uma grande variedade de produtos industrializados, alimentos gourmet e, até mesmo, padarias industriais, sem balcão.

Portanto, a concorrência é alta e o mercado está cada vez mais competitivo. Para efetivamente se destacar e atrair clientes, garantindo o sucesso e a longevidade do seu negócio, é essencial que você entenda quais são as novas demandas dos seus clientes e modifique processos e produtos de forma atendê-los.

Confira agora quais são as novas tendências na alimentação para ficar de olho.

Quais são as novas tendências na alimentação?

Diante dessas novas preocupações dos consumidores e da nova realidade, surgem uma série de tendências no mercado da alimentação. Quer saber quais são elas para começar agora mesmo a se adequar? Então continue a leitura e descubra!

1. Procura por produtos saudáveis

Na atualidade, as pessoas estão mais preocupadas em cultivar um estilo de vida saudável. Ou seja, além de investir na prática de exercícios físicos, manter o sono em dia e ter cuidados com o corpo no geral, os seus clientes valorizam cada vez mais os componentes nutricionais dos alimentos que ingerem.

Portanto, é essencial que você invista em alimentos saudáveis, utilizando ingredientes integrais e frescos na fabricação dos seus produtos. Nesse aspecto, vale inovar, adicionando legumes e frutas a diversos itens — inclusive os doces — da sua padaria.

Além disso, o consumo de grandes quantidades de grão e castanhas também foram valorizados, o que significa que receitas que têm esses ingredientes como base podem ser adicionadas ao cardápio.

Porém, lembre-se de que tudo isso deve vir alinhado ao sabor e textura. Afinal, os clientes não querem apenas consumir produtos saudáveis, eles desejam ter acesso a alimentos gostosos e bonitos.

2. Valorização da apresentação

Por falar em textura e aparência dos produtos alimentícios, uma outra tendência dessa área é a valorização da apresentação deles. Isso porque uma receita bem-feita, com aparência padronizada e atraente, agrega valor à mercadoria a chama a atenção dos clientes para o seu consumo.

Nesse aspecto, algumas tendências de apresentação chamam a atenção. Um exemplo disso é a valorização de frutas, flores e cores naturais nos produtos alimentícios. Isso significa que, além de utilizar alimentos saudáveis e frescos na fabricação, é importante adicionar esses itens também à apresentação da mercadoria.

Outro aspecto muito valorizado pelos clientes é a padronização. Isso significa que a sua fornada de pães, pão de queijo, salgados e outros produtos deve ter alimentos bastante semelhantes entre si, evitando que um destoe da maioria.

3. Uso de outros tipos de farinha

Para quem adota uma alimentação fitness, a farinha de trigo, principalmente a branca, pode ser uma das maiores inimigas. Além disso, ela contém glúten, substância que gera uma série de problemas para quem tem alergia ou intolerância a esse alimento.

É aí que entram os outros tipos de farinha, que fogem da opção tradicional derivada do trigo. Com elas, você é capaz de produzir pães e outros alimentos com qualidade igual ou, até mesmo, superior ao tradicional pão francês. Além disso, ainda atende às demandas de um público que está cada vez mais exigente em relação aos produtos alimentícios consumidos.

Você sabia que existem mais de 18 tipos de farinha? Entre elas estão as de milho, sêmola, amêndoa, cevada, arroz e tantas outras opções disponíveis no mercado. Portanto, comece agora mesmo a estudar receitas utilizando esses tipos alternativos de farinha e aproveite para diversificar os produtos vendidos no seu negócio.

4. Produtos sem lactose

Outra restrição alimentar que atinge cada vez mais pessoas é a intolerância à lactose. Nesse aspecto, mesmo quem ainda produz a lactase já observa efeitos negativos que a substância pode gerar no corpo de alguns indivíduos e, com isso, busca reduzir a ingestão desse açúcar no dia a dia.

Portanto, outra tendência na alimentação que ganha espaço na atualidade são os produtos sem lactose. E aí entram diversos tipos de alimentos, como leites, bolos, pães, queijos, salgados, entre tantos outros.

Nesse aspecto, um produto sem lactose pode ser de dois tipos diferentes. Você pode escolher utilizar leites ou queijos sem lactose, mas que ainda sejam origem animal. Neles, os fabricantes costumam acrescentar a enzima lactase, responsável por digerir a lactose no corpo, minimizando os efeitos negativos.

Esse primeiro tipo de produto é viável para quem tem intolerância ou só deseja reduzir o consumo de lactose. Porém, não atinge aquelas pessoas que têm alergia ou que dão preferência para produtos que não têm ingredientes de origem animal.

Nesse aspecto é possível também investir em substitutos de origem vegetal, como leite de coco ou de amêndoas. Nesses casos há uma abrangência maior de pessoas que podem consumir os alimentos produzidos na sua padaria.

5. A experiência do cliente na sua loja

Existe uma tendência do mercado que não é exclusiva do ramo alimentício, mas atinge negócios desse tipo de forma semelhante. É a chamada experiência de compra do cliente.

Se antes os clientes iam a determinado local por conveniência, ou seja, por estar mais próximo da residência ou trabalho, hoje eles buscam frequentar lojas e comércios que proporcionam uma experiência positiva. Isso depende de uma série de fatores, como a preparação dos funcionários, disposição dos produtos, facilidade para encontrar mercadorias e, até mesmo, cores e mobília de decoração da loja.

A sua padaria não fica para trás nesse aspecto! É essencial que você saiba como investir na experiência dos clientes de forma a tornar a compra e, inclusive, o consumo de produtos no interior da loja, um momento agradável no dia do consumidor.

Para isso, você pode investir na capacitação de colaboradores para que os clientes sejam sempre bem atendidos na loja. Ter um local adequado para o consumo de alimentos dentro da padaria e investir em uma decoração aconchegante e adequada ao estilo do seu negócio também pode ser importante.

6. O crescimento da dieta vegetariana

O consumo de produtos de origem animal também vem caindo com o passar do tempo. Isso se dá devido a uma série de motivos como, por exemplo, o repúdio à situação de sofrimento à qual os animais são submetidos e, até mesmo, por questões econômicas e ambientais, uma vez que a produção para o abate impacta profundamente o meio ambiente.

É aí que entra o crescimento da dieta vegetariana como uma outra tendência no ramo da alimentação. Esse tipo de rotina alimentar é aquela adotada por pessoas que não comem carne, de nenhum tipo — até mesmo peixes e frutos do mar ficam fora do cardápio.

Por outro lado, ainda existe a dieta vegana que, apesar de não ter tantos adeptos quanto à vegetariana, também está em crescimento. Ela é praticada por pessoas que não consomem nenhum produto de origem animal, seja ele alimentício ou não.

Portanto, essas pessoas não tomam leite de vaca ou de cabra e nem comem queijo. Além disso, também não usam roupas de couro e cosméticos que têm componentes de origem animal.

Dessa forma, a sua padaria também precisa investir em produtos que sejam adequados para essas pessoas, de forma a atrair também esse tipo de cliente para o seu comércio.

A receita original do pão francês já é feita sem nenhum tipo de produto de origem animal, agradando a vegetarianos e veganos. Porém, ainda é preciso criar doces, salgados, outros tipos de pães e, até mesmo, leites que podem ser consumidos por essas pessoas.

Nesse aspecto, vale a inovação, utilizando outros tipos de proteínas como as de jaca ou de soja na fabricação dos produtos. Além disso, também é importante indicar aos clientes quais são os itens e as opções veganas e vegetarianas, o que pode ser feito por meio de etiquetas adesivas ou uma região especial na sua padaria.

7. A era eco-friendly

A atuação humana no planeta vem trazendo uma série de prejuízos para as outras espécies que coabitam a Terra com as pessoas. Florestas destruídas e animais extintos são notícias comuns, infelizmente.

Pensando nisso, surge o termo eco-friendly, uma outra tendência na alimentação. Ele está mais relacionado a um estilo de vida e escolhas do dia a dia do que a uma alimentação, mas atinge diretamente os produtos e os processos da sua padaria.

Ser eco-friendly é ter consciência das consequências de cada uma das ações no meio ambiente e buscar sempre assumir uma postura com responsabilidade socioambiental. Portanto, não são só os clientes da sua padaria que se tornam amigáveis à sustentabilidade, mas também a sua empresa como um todo.

Portanto, é uma demanda que você repense seus processos e a forma como os seus alimentos e produtos são produzidos. Além disso, é importante levar em consideração a origem das matérias-primas dos pães e doces da sua padaria e buscar sempre reduzir ao máximo o impacto ambiental do negócio.

Adotar práticas sustentáveis na padaria, como a utilização de copos reutilizáveis, reduzir o plástico das embalagens e conscientizar os clientes sobre a necessidade de eliminar as sacolas plásticas também são atitudes nesse aspecto.

Com isso, você é capaz de mostrar aos clientes e mercado como um todo que possui uma preocupação e responsabilidade socioambiental, melhorando a reputação da marca da padaria e ainda gerando benefícios para a sociedade como um todo.

8. Produtos personalizados e exclusivos

Outra grande tendência da atualidade são os produtos personalizados e exclusivos. Ou seja, os consumidores querem itens totalmente adequados às necessidades de cada um deles e que só podem ser encontrados na sua loja.

Isso significa que é importante criar um diferencial para a marca da padaria e entender muito bem como atender aos desejos dos clientes utilizando esses elementos. A partir disso é importante investir em alimentos que só possam ser encontrados na sua padaria, seja devido à qualidade do produto ou ao tipo de mercadoria.

9. A busca por produtos orgânicos

A discussão sobre os agrotóxicos ganha cada vez mais espaço no dia a dia dos consumidores. Esses produtos químicos que ficam impregnados nas verduras e legumes comprados em mercados e feiras tradicionais podem trazer uma série de problemas para a saúde da população, muitos deles ainda pouco conhecidos pela ciência.

É daí que surge a próxima tendência na alimentação: os produtos orgânicos. Eles são produzidos em pequenos terrenos, geralmente por produtores locais. Portanto, além de serem mais saudáveis, essa categoria ainda movimenta a economia local, gerando riqueza para a população.

Dessa forma, é importante que você dê preferência para esse tipo de alimento como matéria-prima dos seus produtos e informe aos clientes que isso está sendo realizado. Além disso, caso comercialize esse tipo de item na sua padaria, também prefira os orgânicos.

10. Integração da tecnologia

Por fim, uma última tendência na alimentação que vem ganhando cada vez mais espaço é a integração com a tecnologia. Pode parecer estranho, mas o avanço já invadiu a forma como as pessoas se relacionam com os alimentos e as lojas e estabelecimentos que fornecem esses produtos.

Hoje basta um clique para pedir comida em casa, o que aumentou o uso do serviço de delivery pelas pessoas. Além disso, a busca por produtos alimentícios também tem sido feita utilizando as redes sociais e sites das empresas, nos quais as pessoas escolhem os locais nos quais comprarão os alimentos que consomem.

Isso coloca uma série de demandas para a sua padaria. Em primeiro lugar, é preciso estar presente nas redes sociais e começar a divulgar a sua marca e produtos no ambiente online. Também pode ser interessante adotar formas de entregar os itens diretamente na casa dos clientes, utilizando aplicativos desenvolvidos especificamente para essa finalidade.

Por fim, a tecnologia também deve ser incorporada nos processos do seu negócio, o que pode ser feito por meio de um sistema de automação para padarias. Dessa forma, você incorpora esses recursos em todos os aspectos dentro do seu estabelecimento, garantindo a coerência com a tendência de mercado.

Como se adaptar às novas tendências na alimentação?

Agora que você já sabe quais são as principais novidades em relação ao setor de alimentos, é hora de entender como implementá-las na sua empresa. Descubra agora algumas dicas sobre esse aspecto!

Entenda seus clientes e suas necessidades

Em primeiro lugar, é importante entender que você não precisa — e nem deve — adotar todas as tendências de uma só vez na sua padaria. Isso porque cada estabelecimento tem um perfil de público e características específicas, sendo essencial levar esses elementos em consideração nesse momento.

Portanto, comece fazendo um diagnóstico da sua padaria e busque entender quais elementos podem ser atualizados dentro do seu negócio. Além disso, conheça os seus clientes e pergunte sobre as principais necessidades e desejos em relação à sua loja.

Dessa forma, você é capaz de criar uma estratégia de atualização alinhada tanto ao mercado quanto às especificidades do seu negócio.

Revise produtos e processos

Para efetivamente implementar as novas tendências na sua padaria, é essencial que você revise todos os seus produtos e processos.

Portanto, comece relendo as receitas e métodos de fabricação de cada um dos seus produtos. Reflita também sobre a matéria-prima de cada um deles e como você poderia melhorar e se adequar às novas necessidades e demandas do mercado.

Revise, também, os processos internos do negócio, buscando investir na automação e responsabilidade socioambiental da sua padaria.

Crie planos de ação para as mudanças

Quando você já tiver em mente todas as ideias de mudança e melhorias para a sua padaria, crie planos de ação para o negócio. Ou seja, defina quais são as mudanças que serão realizadas, o passo a passo de cada uma delas, responsáveis pela execução e um cronograma de implementação.

Lembre-se de colocar também metas e indicadores para acompanhar os resultados das melhorias.

Mensure resultados

Por falar em resultados, é essencial que você mensure-os periodicamente. Isso significa que você deve definir o que é esperado como consequência de cada um dos planos de ação a ser implementados e quais são as métricas a serem utilizadas para garantir que os objetivos foram atingidos.

Com isso, mensure resultados e tome decisões baseadas no que você encontrar. Ou seja, caso perceba que uma das estratégias não está gerando os resultados esperados, faça adaptações para melhorá-la.

Esteja sempre atento

O mundo está em constante mudanças e, com o avanço da tecnologia, elas estão acontecendo cada vez mais rápido. Isso significa que o que é tendência hoje, pode ser passado amanhã, perdendo todo o sentido.

Dessa forma, é essencial que você esteja sempre atendo às mudanças no setor de alimentação. Converse com colegas e clientes e busque identificar, por meio de eventos, internet e redes sociais, quais são as próximas tendências da área.

Com isso, você garante que a sua padaria estará sempre atualizada em relação ao que há de mais novo no setor de alimentos, garantindo a competitividade do negócio perante os concorrentes.

Estar sempre por dentro das novas tendências na alimentação é essencial para garantir o sucesso da sua padaria. Neste artigo você descobriu as principais delas e, com isso, sabe como adaptar os seus processos e produtos às demandas e necessidades dos seus clientes. Dessa forma, você garante a atração e fidelização de cada vez mais consumidores para o seu negócio e, consequentemente, potencializa os lucros e o sucesso da sua padaria como um todo.

E que tal contar com a Ramalhos Brasil — empresa internacional especialista em equipamentos para a padaria — como parceira desse processo? Entre em contato com a gente agora mesmo e descubra todas as soluções que temos para oferecer!

Como montar um delivery na padaria?

É cada vez mais comum pedir comida do conforto de casa ou no meio do expediente no trabalho — ainda mais com a tecnologia atual, capaz de unir restaurantes e lanchonetes a clientes por meio de aplicativos no telefone celular.

Quem tem o costume de usar esse tipo de serviço geralmente pede uma pizza, sanduíches e pratos prontos. Mas já pensou se o consumidor puder ter à disposição um delivery da padaria em que ele costuma comprar o pão de sal de todas as manhãs?

Essa é a saída que muitos empresários têm encontrado para driblar a crise, conseguir mais clientes e — por que não? — aumentar os lucros. Se você quer expandir o seu negócio e pensa em oferecer delivery na padaria, não perca este post. Aqui, vamos mostrar como a escolha por esse modelo pode aumentar o seu faturamento!

Por que montar uma padaria delivery?

Como já citamos aqui, o uso de aplicativos ou mesmo do delivery está bastante difundido entre os consumidores. Imagine poder entregar o pão de sal quentinho na porta do cliente pela manhã, o bolo e os salgados para a festa no fim da tarde ou aquela pizza à noite.

Oferecer um serviço de delivery na padaria pode ser bastante vantajoso devido a algumas questões. A primeira delas é o fato de o Brasil ter o maior número de motoboys do mundo, segundo o Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Estado de São Paulo (Sindimoto-SP). Eram mais de 900 mil no último levantamento.

Além disso, o uso de aplicativos para pedir comida já é bastante difundido no país. São diversas as startups que oferecem o serviço hoje em dia, sem contar que a população brasileira já adotou esse hábito. Uma oportunidade para quem deseja expandir os negócios.

Quais são os materiais necessários?

Para começar um serviço de delivery na padaria ou em qualquer outro estabelecimento, é preciso fazer um planejamento. Em um primeiro momento, você deve colocar na ponta do lápis o que é mais vantajoso: ter uma frota própria para entrega ou se juntar a outros tantos estabelecimentos nos aplicativos.

É preciso também ter o controle do estoque e da produção, para que os produtos saiam para entrega sempre frescos. Pensar em embalagens seguras e elaborar os trajetos com precisão ajuda na hora de entregar um produto ao seu cliente.

É possível que seja necessário destacar um ou mais funcionários para receber e separar os pedidos. Se for contar com serviço próprio de entrega, você deverá contratar motoboys ou motoristas terceirizados ou, até mesmo, adquirir a sua própria frota.

Se quiser uma opção mais ecológica, você pode optar por comprar bicicletas para que o delivery seja feito. Além das motocicletas, as bikes têm sido bastante usadas no serviço de entrega, inclusive de comida. Mas lembre-se de que isso tudo pode gerar um custo extra e deve ser bem planejado.

Você também deverá criar um canal de comunicação com os seus clientes para que eles possam fazer os pedidos, seja por telefone, seja por WhatsApp ou pelo site da empresa. Hoje em dia, quase todo mundo está conectado à rede. Por isso, pense em uma forma fácil e direta de se conectar com o seu consumidor. É possível criar, por exemplo, um perfil profissional no Instagram ou Facebook.

Além dos pedidos, é importante manter uma canal de diálogo com o seu cliente. Estar aberto para críticas e sugestões pode ser uma forma de melhorar o seu serviço e, acima de tudo, fidelizar aquele consumidor.

Por fim, mas não menos importante, é preciso pensar em uma boa estratégia de marketing para divulgar o novo serviço e fazer o seu negócio deslanchar. Se você não tem dinheiro para investir em grandes campanhas publicitárias, não tem problema. Com uma quantia pequena, é possível criar peças de divulgação nas redes sociais.

O importante é avisar para os seus consumidores que você tem um novo serviço a oferecer.

Como avaliar se o seu negócio é rentável?

Existem algumas formas de medir o sucesso do seu negócio, o que não é diferente com o sistema de delivery. Você deve observar alguns fatores para decidir se o seu serviço é rentável e pode ser expandido ou se é melhor voltar ao método tradicional de vendas.

O primeiro deles é prestar bastante atenção ao seu cliente. Perceba qual o interesse dele e se, no geral, prefere ir até a loja ou receber o alimento no conforto de casa ou no ambiente de trabalho. Há quem não abra mão de fazer aquela caminhada matinal para ir buscar o pão fresquinho na sua padaria. No entanto, essa pode ser uma parcela pequena do seu público.

Avalie se a procura pelo delivery é constante e homogênea. Ou seja, os clientes procuram mais pela modalidade no fim de semana, a uma certa hora do dia, ou não, ela é simplesmente constante? Essa é uma excelente forma de você avaliar se deve expandir ou restringir o funcionamento do serviço de entrega. Com essa análise, você poderá perceber se, de repente, a entrega deve ser feita somente aos sábados e domingos.

Basicamente, trata-se de você colocar no papel o seu retorno financeiro. Faça uma comparação com a receita de antes e após o início do delivery na padaria. Analise se você consegue cobrir os gastos com o que foi preciso investir, no caso de ter de contratar mais funcionários e comprar a sua própria frota, e se, após todas essas medidas, conseguiu aumentar o faturamento do seu negócio.

Já deu para você perceber que, apesar de ser um modelo de negócio bastante difundido no Brasil, o serviço de delivery na padaria ainda não é tão explorado quanto poderia. Portanto, com um pouco de planejamento e determinação, é possível fazer dessa ideia um diferencial promissor para o seu estabelecimento.

Se você gostou da ideia que compartilhamos aqui, não deixe de seguir a Massa Madre no Facebook, Instagram e YouTube para mais dicas sobre como turbinar o seu negócio, além de receitas e novidades do mundo da panificação!

Shelf life de alimentos: saiba o que é e como pode te ajudar

Quando se trabalha com alimentos perecíveis, é essencial garantir que o seu cliente terá acesso a um produto livre de contaminação e em perfeito estado. É aí que entra o conceito de shelf life, que se refere, de maneira simplificada, ao tempo de prateleira de um alimento. Ou seja, ele é o cálculo do tempo por que determinado produto pode ficar armazenado ou na prateleira da sua loja sem ter a integridade prejudicada.

Calcular a shelf life de alimentos é essencial para a qualidade dos serviços e a gestão da padaria como um todo. Afinal, é por meio dela você consegue entender o volume de produção e compra de determinado produto e evitar a perda de mercadorias nas suas prateleiras, potencializando os lucros do seu negócio.

Quer saber mais sobre o assunto? Então continue a leitura e descubra agora mesmo!

Quais são os fatores que influenciam a shelf life das mercadorias?

Em primeiro lugar, é importante que você entenda que ele leva em conta uma série de características do alimento, como a aparência, aroma, sabor e textura, além do valor nutricional do produto e a presença de agentes microbiológicos e insetos. Ou seja, o tempo de vida de um alimento é determinado a partir do tempo pelo qual ele mantém todas essas características de fabricação, estando adequado ao consumo.

A partir disso, existe uma série de fatores que influenciam diretamente a shelf life das mercadorias. São:

  • matéria-prima utilizada para a fabricação;
  • condições de armazenamento;
  • embalagem;
  • microrganismos que podem atuar no produto;
  • temperatura e umidade do local de exposição;
  • exposição à luz.

Todos esses elementos agem de forma integrada, influenciando no tempo que um alimento pode ser disponibilizado para consumo. Dessa forma, é preciso levar todos esses fatores em consideração na hora de calcular a shelf life dos alimentos da sua padaria.

Como calcular a shelf life dos seus produtos?

Quando se fala em produtos industrializados, é fácil entender qual é a shelf life de cada um deles. Isso porque, de acordo com a legislação, todos têm o prazo de validade exposto em suas embalagens e, caso não tenham passado por nenhum acidente e estejam armazenados em condições adequadas, podem ser vendidos e consumidos até o fim desse limite.

Mas e com relação aos bolos, pães, doces e outros alimentos produzidos na sua padaria? Continue a leitura e descubra algumas dicas a esse respeito!

Entenda cada um dos seus produtos

Em primeiro lugar, é importante estudar muito bem cada um dos produtos, de forma a determinar quais são os fatores críticos que podem influenciar a shelf life deles. Portanto, estude a matéria-prima e as condições de produção. Também é importante ficar atento a possíveis contaminações dos alimentos e ao aspecto sensorial esperado de cada um deles.

Portanto, se você produz um bolo, por exemplo, é importante saber qual a matéria-prima utilizada, possíveis formas de contaminação e aspecto esperado de um bolo apropriado para consumo. Também é importante saber quais são os sinais que ele apresenta quando está se deteriorando.

Planeje testes

Além da observação dos produtos da sua padaria, também pode ser importante realizar alguns testes com os produtos, de forma a garantir que a shelf life seja definida de maneira correta. Para isso, você pode testar o pH dos alimentos, nutrientes, microflora natural, entre outros elementos.

Os testes podem ser realizados diariamente ou em uma outra periodicidade, dependendo das características de cada um deles. Além disso, também é importante selecionar os testes a serem realizados de acordo com as especificidades de cada produto.

Defina a shelf life e monitore

Após a fase dos testes, é possível definir a shelf life de cada um dos produtos da sua padaria. Mas lembre-se de que o processo não para por aí!

Com a shelf life definida, é preciso monitorar periodicamente os produtos, de forma a garantir que a data estabelecida está, realmente, preservando a integridade dos produtos. Portanto, monitore tudo na sua loja e recalcule a shelf life de alimentos sempre que necessário.

Qual a importância desse cálculo para a sua empresa?

A shelf life é essencial tanto para a sua empresa quanto para os seus clientes. Isso, porque é por meio dela que você garante a qualidade dos produtos da sua padaria a todos os consumidores que passam pelo seu negócio. Portanto, ao calcular a shelf life de alimentos, você evita problemas como a compra de produtos estragados ou impróprios para consumo.

Além disso, também melhora a gestão da padaria como um todo ao calcular adequadamente o tempo de prateleira dos seus produtos. Isso porque, ao cruzar os dados relacionados ao volume de vendas do negócio e à shelf life dos alimentos, você é capaz de planejar as suas vendas com precisão, evitando perdas e outros problemas para a sua padaria.

Portanto, o cálculo adequado da shelf life de alimentos produzidos e vendidos no seu negócio proporciona uma série de benefícios para a empresa como um todo. Os clientes ficam mais satisfeitos, uma vez que têm a garantia de consumir um produto de qualidade, o que aumenta a taxa de atração e retenção na sua empresa e melhora a sua reputação no mercado. Além disso, ainda é possível planejar a produção de forma adequada, evitando perdas e potencializando as suas vendas!

O que o armazenamento de alimentos tem a ver com a shelf life?

Apesar de cada produto ter uma data de validade específica, determinada pelas características específicas do alimento, existem medidas que prolongam o tempo de prateleira das suas mercadorias. Entre elas, a forma como os produtos é armazenada.

Isso porque o armazenamento adequado de cada um dos alimentos produzidos e vendidos na sua padaria é um dos fatores que garantem a preservação da integridade do produto por mais tempo. Dessa forma, quando você conta com geladeiras, freezers e outros equipamentos adequados para armazenar os seus produtos, é capaz de aumentar a shelf life de cada um deles.

Como você pôde perceber, a shelf life de alimentos é um elemento extremamente importante para o seu negócio. Ter conhecimento do tempo de prateleira de cada um dos seus produtos faz parte das habilidades essenciais de um gestor eficiente de padaria. Portanto, faça esse cálculo e potencialize os resultados do negócio.

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Reflexões produtivas de produção

Gostaria de começar a explanar sobre processos produtivos dentro do dia a dia da padaria e refletir em como podemos fazer nossa vida dentro do ambiente de trabalho menos estressante e mais produtiva. Vamos às considerações.

Para produzir precisamos definir o que produzir

Dentro do mundo dos restaurantes um bom projeto sempre começa com um bom cardápio, que aliado à tipologia do serviço de alimentação define toda a estrutura que vai corresponder ao investimento que será feito.

Mas Pedro, não íamos falar de processo de produção? Sim estamos falando dela nesse exato momento, afinal se não há definição daquilo que vai ser produzido pelo estabelecimento é impossível oferecer constância em qualquer aspecto da vida do seu negócio ou da sua equipe.

Os padeiros, confeiteiros, cozinheiros e administradores ficam nervosos e estressados com a falta de padrão daquilo que deve entrar dentro da linha de produção.

Imagine a seguinte situação, você administra uma padaria que tem como modelo de negócio utilizar apenas pré-misturas buscando padronização e mais facilidade para encontrar mão de obra.

Figura 1 – Pirâmide de Caral (Peru)

Como em um número de Houdini[1] aquilo que norteia sua maneira de produzir muda sem estudo nem preparo de estrutura nenhuma e agora você administra uma boulangerie, aos melhores moldes parisienses onde todos os folhados são feitos com manteiga e a fermentação parte de um levainmilenar encontrado nas pirâmides Incas de Caral.

Perceba que tudo muda quando há uma guinada naquilo que se deve ou que se deseja produzir. Tanto a mão de obra como a indumentária serão diferentes para ambas as situações. O objetivo não é definir ou discutir se devemos trabalhar de maneira mais artesanal ou voltada para a indústria sem observar a tradição, apenas chamo a atenção que para operar quaisquer destas operações será necessário sobriedade para definir e executar uma escala de produção com aquilo que caracteriza a empreitada.

Para finalizar; esse é o velho caso das churrascarias que além do churrasco agregam a pizza, o sushi, um bar com variedade e até mesmo comida vegetariana. A produção fica desconexa e isso vai acabar prejudicando nosso próximo ponto.

Dimensione sua produção

Figura 2 – Produção manual

Dimensionar a produção é quase tão importante como definir o que se vai produzir. Isso nos permite desenvolver ferramentas para que não ocorram engasgos dentro da sua linha de produção, e acredite em mim, dimensionar é extremamente difícil.

Fazer projeções de vendas e ter uma margem de segurança para que os expositores não fiquem vazios sem que ocorra perda de maneira descontrolada no final do dia vai dar um pouco de dor de cabeça para os colegas gestores.

Acredito em escalas produtivas e creio que elas têm como benefício a dinamização de produção somando um índice de produtividade e o esforço da equipe que é desprendido para cumprir com a mesma. Servem como uma ferramenta de controle interessante para saber como anda o ritmo produtivo de sua equipe. Como disse no artigo anterior, costumo levar a índole das pessoas na boa fé, mas se optar com escalas produtivas se faça presente para cobrá-la. Acredite, já depositei essa responsabilidade em terceiros e o resultado não foi proveitoso.

Figura 3 – Ilustrando equipamentos de uma padaria industrial

Outro fator que pode auxiliar no dia a dia da padaria, dependendo do tamanho da operação, é o congelamento e estocagem em baixa temperatura. Atualmente com ultracongeladores conseguimos reter uma boa porção da qualidade do pão e de outros produtos como as linhas de confeitaria mantendo as bases das receitas estáticas e retirando de acordo com a demanda. O congelamento de pães tornou-se muito mais sofisticado nos dias atuais e com uma gama interessante de material para estudo, basta uma pesquisa rápida na base Scieloque algumas coisas interessantes começam a aparecer.

No entanto, creio que o melhor conselho que posso dar aos colegas é de ser realista. Observe e atente-se ao que é possível produzir dentro do dia de trabalho estipulado com a equipe existente e foque em produtividade. Alie a realidade da sua situação com o resultado que se deve alcançar e trabalhe para que dentro da sua esquemática produtiva consiga entregar os dois, creio que isso é primordial tanto para os colegas que tem negócio como para os que trabalham para instituições como o que vos escreve.

Finalizando

No entanto, de nada adianta produzir se não finalizamos o processo com a venda do produto. Keynes[2]tem uma frase ótima que resume bem o porquê pensarmos no processo produtivo com carinho. Segue a citação: “Toda produção se destina, em última análise, a satisfazer o consumidor.”

Afinal, sem ele não conseguimos legitimar qualquer processo produtivo, por mais bem esquematizado que ele venha a ser. Então meus caros, vamos agradá-lo!

Por essa semana fico por aqui meus caros! No nosso próximo encontro gostaria de colocar o tema custo em pauta e começar a descrever como caracterizá-lo de maneira precisa. Abraços!


[1]Harry Houdini, ("O Grande Houdini"):  nome artístico de Ehrich Weisz (1874 - 1926), foi um dos mais famosos escapologistas e ilusionistas da história.

[2]John Maynard Keynes (1883-1946): economista britânico cujas ideias mudaram fundamentalmente a teoria e prática da macroeconomia, bem como as políticas económicas instituídas pelos governos. O trabalho de Keynes é a base para a escola de pensamento conhecida como keynesianismo, bem como suas diversas ramificações.
Qual a Pizza do seu desejo?

Atualmente, temos uma grande gama de massas de pizza, assim como também profissionais do ramo, com técnicas diferentes e produtos diferentes. Então, como saber qual escolher?

  • Tipo de Massa, Tipo de Fermento e técnicas de Fermentação diversificada: Natural, Biológico, Biga, Poolish
  • Tempo de Fermentação e Maturação
  • Proposta de Valor Agregado a Custo

Mas vamos abordar um pouco de cada item.

1. Tipo de Massa, Tipo de Fermento e técnicas de Fermentação diversificada: Natural, Biológico, Biga, Poolish

Hoje temos, como dito, várias propostas de MassasProcessostanto para Pizza, como a Panificação, e o mercado ficou um pouco mais completo ou complexo como resultado da facilidade dos meios de comunicação e divulgação e a constante fome de conhecimento e desenvolvimento dos profissionais. A depender do ponto de vista, alguns profissionais sabiamente estão praticando com mais ênfase as Técnicas de Panificação para a confecção das Massas de Pizza, então quer dizer que o Produto ficou gourmet?

Não, o produto ficou mais bem trabalhado com mais técnicas com a inserção dos mais variados tipos de grão e de técnicas de maturação com variações também de fermentação.

De maneira nenhuma estou dizendo que antigamente no Brasil não era feito ou não se fazia bem e com excelência, e sim até então (opinião) era pouco divulgado ou difundido com clareza, seja por existir um outro tipo de imprensa e a divulgação era feita de forma mais lenta, “boca a boca”.

2. Tempo de Fermentação e Maturação

Tipos de Fermentos e Tempo de Maturação: se me perguntar qual o ideal para os diversos paladares de hoje, a resposta seria simples: a que mais me agrada.

Então qual escolher? Para isso é preciso saborear e quebrar paradigmas, mas ter a mente e o palato abertos a inovações e sabores. 

E Como? Na visão de quem esta atrás do balcão, transmitir os processos, a paixão que o levou a chegar naquele resultado. Além disso, hoje o conhecimento e a constante acesso (virtual) de milhares de pessoas, que diariamente assistem e compartilham opiniões e técnicas antes só encontradas em alguns livros, tornou tudo mais fácil, pois, aparentemente, o mundo está um pouco menor em termos de se fazer ouvir e divulgar opinião e ensinamentos.

No entanto, devemos, antes de mais nada (opinião), fazer um levantamento do perfil de clientes (Empresário) a serem atendidos e qual é a proposta ideal para o negócio, implantação de normas e hábitos, momentos de orientar e treinar *quem* *quando* e *onde* e, mais efetivamente, buscar profissionais e fazer a adequada gestão.

Não vou abrir um negócio sou cliente, bom sendo assim:

3. Proposta de Valor Agregado a Custo

Ideal é entender de cada lugar qual é o melhor produto e eu singelamente costumo classifica rusando eu mesmocomo exemplo. Lugares que:

  • Excelentes, mas caros (relativo a proposta de valor percebido), que significa aquilo ou o que você compra (desde que não por impulso) sem se atentar tanto ao preço, (Dinheiro) valor não palpável atendimento produto qualidade;
  • Bons para as horas de fome, famoso “Bom e Barato”; o que não significa que no universo da Pizza e Pão não consigamos bons produtos com preços competitivos, (desafio), mas, obviamente, que com matéria-prima inferior (às vezes) a proposta acima mencionada (às vezes);
  • Aqueles que você vai uma vez, compra e nunca mais volta. (pior cenário).

Portanto, concluo:

Um produto pizzadeve ser bom, com qualidade agregada à técnica correta e sem invencionismos excessivos. As técnicas já existem e devemos utilizá-las ou adequá-las à nossa realidade. Há com certeza Mestres e Doutores, que se aprofundam aos extremos dos assuntos, mas utilizando sempre as mesmas bases do conhecimento, entender melhor ou saber avaliar melhor o profissional que dedicou tempo, paixão e estudo para agregar as técnicas corretas ao produto. Já o produto precisa ficar dentro do tão famoso CMV, dito por muitos como o mais cruel vilão (bonzinho). Mas “como  assim vilão bonzinho?” Na minha opinião, o CMV é chato, mas também é um motivador a estimular a fazer certo, fazer o adequado, para que seu negócio (micro, pequeno, médio e grande) seja durador.

Para os clientes e apaixonados degustadores fica a difícil e saborosa missão de prova, comer, se apaixonar e surfar nas ondas dos criativos sendo permitido arrematar-se a degustar Pizzas e Pães com texturas sabores e harmonizações diferentes, com vários tipos de Grãos e Propostas de Moagem.

Mas fica para uma próxima, esta dos Grãos e Moagens.

O que deve constar nos rótulos e embalagens para alimentos?

Saber o que informar nos rótulos e embalagens para alimentos é tão importante quanto oferecer um produto saboroso e de qualidade. Além da preocupação com o design, uma padaria ou qualquer outra empresa do ramo alimentício precisa esclarecer em suas embalagens informações que são do interesse do consumidor.

De acordo com pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, cerca de 70% dos consumidores verificam as informações dos rótulos de alimentos antes de efetuarem a compra. Isso mostra que manter uma comunicação transparente também é uma estratégia de mercado que aumenta as vendas, assim como a confiança do cliente em seu produto.

Para garantir o direito à informação do consumidor, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), responsável pela fiscalização de rótulos de mercadorias no setor alimentício, implementou em 2002 a norma RDC nº 259, referente ao Regulamento Técnico sobre Rotulagem de Alimentos Embalados.

Segundo a lei, algumas informações se tornaram obrigatórias quando o assunto são os rótulos e embalagens. Por isso, não cumprir as exigências é uma prática que pode gerar multas e até mesmo problemas fiscais. Quer descobrir quais itens não podem faltar em suas embalagens? Então, confira as nossas dicas que acabaram de sair do forno!

Quais informações devem constar nos rótulos e embalagens para alimentos?

Segundo a Anvisa, alguns dados são obrigatórios nos rótulos de produtos alimentícios. Confira quais são eles!

Descrição do nome

Como o próprio nome diz, descrever o nome do alimento é a primeira informação que precisa conter na embalagem. Essa designação, por outro lado, impede que seu produto seja confundido com outras variedades, como carnes, ovos, gelado etc.

Mas atenção: embora pareça óbvio, as denominações precisam ser claras e precisam seguir o estudo técnico exigido pela legislação brasileira.

Lista de ingredientes

Consultar a lista de ingredientes é um hábito que a maioria dos clientes possui. Para quem tem restrições, por exemplo, verificar essas informações é indispensável, o que torna a listagem de extrema importância para o consumidor.

Porém, para facilitar a comunicação e padronizar os rótulos, é necessário descrever os ingredientes em ordem decrescente — do maior para o menor — informando sempre os itens que possuem maior quantidade.

No entanto, não é necessário pontuar todos os ingredientes. Aqueles que são únicos, como farinha, vinagre, açúcar, entre outros, estão dispensados.

Origem do produto

Onde o seu produto foi produzido? Quais são os dados da sua empresa alimentícia? Essas são informações que precisam estar no rótulo para que o consumidor saiba mais detalhes sobre o próprio fabricante.

Entretanto, colocar apenas o endereço nos rótulos e embalagens não é suficiente, segundo a legislação brasileira. Além disso, é crucial inserir o número de inscrição do estabelecimento, o CNPJ, o número do lote para identificação caso tenha algum problema, a expressão “Indústria Brasileira” e demais conteúdos complementares.

Mas isso não é tudo. O rótulo também deve informar telefones e contatos do SAC, pois assim o cliente poderá entrar em contato para solucionar problemas, elogiar ou resolver outras dúvidas.

Prazo de validade

Todo alimento tem um prazo de validade, não é mesmo? Informar esse prazo é obrigatório e faz toda a diferença na hora da compra, já que o consumidor poderá saber se aquele item está disponível para consumo, considerando que suas características não estejam comprometidas.

No mais, sua empresa precisa saber que os itens que possuem prazo de validade inferior a 3 meses precisam ser descritos com dia, mês e também ano. Por outro lado, para os demais produtos que vão vencer acima desse período, poderá ser notificado apenas o mês e ano.

Conteúdos líquidos

Os consumidores também precisam entender sobre o peso do produto que estão adquirindo. Seja em massa, quilos, litros ou gramas, sua empresa alimentícia precisa estipular o conteúdo líquido, além de outros adicionais.

Em alguns casos, deve-se informar o peso do alimento e também da embalagem para que reconheça a quantidade exata que está comprando.

Tabela nutricional

O consumo consciente é uma realidade no mercado alimentício. Em decorrência dessa mudança de comportamento, muitos consumidores tornaram a tabela nutricional um guia decisivo para qualquer compra.

Para as empresas, informar as porções, micronutrientes, medidas e demais valores diários e energéticos é fundamental, embora seja um dos conteúdos que mais oferece dúvidas entre os consumidores.

Veja, a seguir, quais são os dados que não podem faltar na tabela nutricional:

  • carboidratos;
  • valor energético;
  • gorduras totais;
  • proteínas;
  • gorduras trans;
  • gordura saturada;
  • sódio;
  • fibra alimentar.

Além da tabela nutricional obrigatória, também poderá ser inserida uma tabela complementar na embalagem.

Nessa tabela, a empresa informará se aquele produto é diet ou light e se possui alguma substância em maior proporção ou redução, por exemplo. Como sugestão, é interessante anexar esses dados complementares, pois são considerados um diferencial principalmente para quem consome alimentos específicos. Fica a dica!

O que não pode ter no rótulo e embalagem de alimentos?

Assim como existem informações que são obrigatórias, também há dados que são proibidos pela Anvisa.

Qualquer conteúdo que ofereça uma informação errada ou que induza o cliente à compra é vedado por lei. As afirmações relacionadas à substituição de alimentos também são proibidas, além de informações que garantem a cura de doenças, diminuição de risco de vida ou qualquer produto com fins medicinais e terapêuticos.

Por que os rótulos são ferramentas de marketing?

Toda e qualquer informação pode ser utilizada como estratégia de marketing, e os rótulos não são uma exceção.

Mais do que prestar um esclarecimento sobre sua origem, lote, tabela nutricional ou fabricante, as embalagens são o primeiro contato que o consumidor tem com o produto, por isso precisam estar alinhadas com os objetivos da empresa.

Como já falamos, o design é importante no momento da compra, mas as informações que estão contidas no rótulo também são indispensáveis. Basicamente, seguir a legislação é importante para evitar multas, mas também é uma prática que pode ajudar você a vender mais.

Quer um exemplo? Se a sua empresa tem um produto saudável, explorar essa vantagem no rótulo é uma decisão que pode superar a concorrência.

Aprendeu tudo sobre as informações que precisam constar nos rótulos e embalagens de alimentos? Então sua empresa alimentícia já pode colocar em prática essas dicas! Quer aprender mais conteúdos? Acesse o nosso “Guia para elaborar programa de fidelização de clientes“.

Ovo Chocólatra

Esta é uma receita de ovo de Páscoa bem brasileira, com bastante bridadeiro e chocolate. Espero que apreciem!!

[rendimento médio: 4 ovos]

Piadina Romagnola

Piadina Romagnola, ou simplesmente Piadina.

Apaixonado pela panificação italiana não poderia deixar de descrever para vocês minha receita dessa maravilha italiana, a Piadina Romagnola.

Com origens provenientes do Império Romano, que ao invadir a Etrúria (atual Toscana) agregou em suas tradições alimentares uma massa de pão fina, muito equivalente à preparada pelos etruscos, assadas em brasas, recheadas com carnes e verduras, esta massa era geralmente produzida com trigo ou cevada e foi usada como um substituto do pão rústico e redondo na Idade Média devido ao valor elevado de matéria prima. Em razão disso, a Piadina tornou-se a comida dos nobres e plebeus em todas as suas refeições.

Entretanto, somente em 1371 surge o primeiro documento histórico sobre a Piadina: o Cardinal Angélico Grimoard disponibiliza a receita no manuscrito Descriptio Romandiola e solicita à uma cidade da Emília Romagna como pagamento do tributo 2 Piadinas. Nos anos seguintes, Giovanni Pascoli (poeta italiano) deu vida cultural e fama à Piadina com suas obras, considerando-a “o pão rude de Roma”.

Em meados das décadas de 40, com a utilização de ingredientes mais sofisticados e com as aberturas de quiosques em zonas turísticas italianas, a Piadina passa a ser comercializada no mundo inteiro e apreciada por milhões de pessoas, e recheada com queijos e presuntos italianos, carnes e verduras, é uma verdadeira tentação gastronômica!

A Piadina é, sem dúvida, um lanche bastante adequado por ser uma refeição rápida, saborosa e nutritiva, ótima opção para as famílias que desejam algo diferente do tradicional, sendo ainda uma refeição para qualquer momento.

Ingredientes

  • 500g de farinha de trigo
  • 250g de água
  • 50g de banha
  • 5g de sal
  • 5g de bicarbonato de sódio

Modo de Preparo

  • Misture o bicarbonato, o sal e a farinha em uma superfície, abrindo um buraco no meio. Adicione a água e a banha, amassando a mistura com as mãos até que ela se torne homogênea.
  • Divida a massa em 5 pedaços.
  • Faça bolas com cada um dos pedaços e deixe-os descansar por 15 minutos.
  • Abra as massas com um rolo de massa.
  • Asse-as em uma frigideira antiaderente, chapa lisa ou na brasa, por ambos os lados até que alguns pedaços fiquem mais torrados.
  • A Piadina deve ficar crocante e ao mesmo tempo macia em seu interior.
    Recheie com os ingredientes de sua preferência.
Get a Grip! Controle a operação de sua padaria

Olá meus caros! Para meu primeiro artigo aqui no Massa Madre Blog, gostaria de refletir um pouco sobre gestão de pessoas, projetos e fluxos dentro do uma operação de padaria. Esse assunto ainda me deixa de cabelo em pé algumas vezes na rotina do meu trabalho e tento lidar com os problemas analisando a situação e aplicando alguns conceitos básicos.

1.   Objetividade

Objetividade é um substantivo feminino que caracteriza a qualidade, caráter ou condição do que é objetivo dando assim uma representação fiel dele. Difícil? Então vamos por frações. Essa característica diz respeito aos caminhos que podemos ou, em algumas situações, devemos tomar para obter resolução a algum ocorrido – sim, vou tentar ao máximo evitar o uso da palavra problema, mas geralmente falamos das pequenas provações que aparecem no dia a dia da operação de um negócio.

Basicamente digo para encarar as situações com a cabeça erguida e com foco no resultado. Parece fácil de execução e entendimento, mas garanto que é mais difícil do que parece.

Ter objetividade nas resoluções do dia a dia significa encarar as situações e tentar sanar as dificuldades, muitas vezes tendemos a deixar esta para o próximo encarregado ou colocar na conta do gerente ou, até mesmo – e o pior na minha opinião – transmitir isso para sua produção e operadores.

Se alguém tem culpa esta deve ser assumida e deve haver punição, no entanto, desgastes, depreciações e projetos mal executados dificilmente são da alçada do padeiro, confeiteiro, atendente de caixa, dentre outros.

Simplificando: não fuja da dificuldade! Encare-a e tire proveito, aprenda com ela e progrida junto ao seu negócio ou dentro da sua função.

2.   Trato

Falamos acima que os colaboradores não devem ser sugados para o mundo das aflições administrativas. Todavia, e se acontecer de eles terem causado a aflição? Nesse caso creio que o primeiro passo é definir uma linha e perfil de contratação para que a vaga venha a ser preenchida pelo melhor candidato. Mas e se isso não ocorrer?

Existem dois caminhos que podem ser tomados, o primeiro – e pessoalmente meu favorito e o mais difícil – é o do desenvolvimento pessoal. Trata-se de desenvolver as habilidades do colaborador e as maneiras de atuação de que ele venha a ser parte integrante da operação. O segundo é a temida demissão, infelizmente algumas pessoas não vão se encaixar nos moldes da empresa e para elas não há saída.

No entanto, o trato envolve muito mais que habilidade do colaborador e se ele serve ou não para exercer a função que lhe foi dada. Trato envolve o relacionamento interpessoal dentro do ambiente de trabalho e para isso não há manual ou saída.

Gosto de conversar com os colaboradores e saber como anda a vida profissional de todos que me cercam, sempre mantenho firmeza nas opiniões expostas e em como devemos tratar o próximo.

Trabalhar com bom humor é essencial, mas nada que envolva ofensa entre colaboradores. Aprendi com custo que os trabalhadores no meio de padaria são diferentes daqueles do ramo gastronômico. Diferentemente de cozinheiros com os quais aprendi a ser curto e grosso, com padeiros e confeiteiros a explanação, o pedido e apresentação de críticas deve vir de maneira clara, mas não abrupta.

3.   Sinceridade

Seja sincero com a qualidade empregada na produção da padaria e avalie os produtos com olhos de cliente. Isso vale tanto se você for um coordenador de produção ou se estiver me dirigindo ao dono. Nosso produto é bom, mas sempre pode ser melhorado e aprimorado. Onisciência é um traço divino e creio que nunca um bom profissional da área de alimentação vai estar completamente satisfeito tanto com o produto ou com o conhecimento agregado ao fazê-lo.

4.   Inspire-se

Busque novidades! Invista em você, faça pesquisas, cursos, viagens, dentre tantos outros que podem agregar na maneira como você vê e produz seu produto. Mais importante que isso é cativar a equipe a buscar novidades. Acenda a chama do aprender nos colaboradores, isso facilitará muito a vida do gestor.

Para as próximas colunas vamos falar sobre as operações do processo produtivo e dissertar sobre custeio.

Espero ter cativado vocês! Um abraço e até a próxima!