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Conhecendo o trigo e a moagem – controle e garantia da qualidade
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As mudanças que vêm ocorrendo no mundo têm sido muito rápidas.
Somente, a parte da rápida evolução social, tecnológica e mental que a humanidade vem experimentando e que tem trazido ameaças a sobrevivência das empresas em todo o mundo dos mais variados motivos, tais como: Surgimento de produtos/serviços melhores e mais baratos e novo equipamentos com processos mais eficazes o novo nível de qualidade e tecnologia colocado no mercado.
Nos tempos atuais, cada vez mais se fala em qualidade, qualidade total, gestão de qualidade, o quesito ‘qualidade’ parece ser uma questão de sobrevivência.Geralmente, as empresas contam com o departamento de controle de qualidade constituído em um laboratório onde, acredita-se que seja lá, que são feitas as avaliações dos produtos que entram (matéria prima) e que saem (produtos acabados).
Foi observado, durante o estudo da evolução da qualidade que o conceito vigente era fundamentado em processo fundamentado em processo reativo focado em análise e inspeções do produto final, em geral conhecido como controle de qualidade.
No conceito moderno de qualidade o controlador de qualidade não existe, todos os membros da organização participam e são responsável pelo teste do produto. Até recentemente, a indústria de alimentos caracterizou por garantir a tradição dos seus produtos através dos seus sistemas. O controle da qualidade, aqui observado por CQ, é conceitualmente um sistema reativo. Este, se baseia na coleta de resultado de análise ou inspeções depois da devida amostragem, para se concluir um produto se é aceitável, ou seja, se o produto atende as suas especificações. É relativo, porque somente depois de constatada alguma não conformidade do produto final é que vão ser procuradas as causas para saná-la.
A partir dos anos 80 a indústria de alimentos passou a incorporar um conceito mais abrangente, em geral dominado de garantia da qualidade, em alimentos com outros setores produtivos onde está a evolução já havia acontecido. A garantia da qualidade aqui abreviada GQ, difere do controle da qualidade por ser preventiva. Sua essência reside em se antever os possíveis problemas e agir preventivamente de forma evitá-los antes que possam acontecer.
As próximas décadas será conhecida a era da busca pelo zero defeito e pela gestão responsável. Consiste na associação do conceito preventivo da GQ com o conceito ‘JUST IN TIME’, que é o abastecimento no momento do consumo. O objetivo é a racionalização da cadeia produtiva visando eliminar controles repetidos e desnecessários, reduzindo, assim, o custo do produto final. Tem como consequência a eliminação de estoque de insumos, evitando, dessa fórmula, a perda com dinheiro parado enquanto se guardaria resultados de análises.
Para atingir esse objetivo, é necessário que haja confiança de que o fornecedor é capaz de prevenir desvios que não seriam detectados em uma simples amostragem. É necessário agir na cadeia de produção, ao nível de fornecedores trabalhando no regime de parceria.
Cada vez mais a empresa, orientada de fato para o mercado, estarão empenhadas em assegurar a qualidade para os clientes, ao invés de simplesmente dar-lhes garantia, o que criará novos paradigmas e novos lideres de mercado.
Origem e classificação do trigo
Acredita-se que o trigo, como é conhecido hoje, seja originário de gramíneas silvestres, que se desenvolveram nas proximidades dos rios Tigre e Eufrates (Ásia), por volta dos anos 10.000 a 15.000 AC.
No entanto os primeiros registros encontrados datam do ano de 550 AC, o que leva a concluir que já é cultivado a mais de 2.000 anos. Os trigos primitivos tinham espigas muito frágeis, que quebravam com facilidade quando maduros, as sementes eram aderidas. Até chegar aos tipos de trigo agora conhecidos, muitos anos de pesquisas e melhoramento foram necessário.
O Emmer e o Einkom são tidos como ancestrais do trigo atual, acredita-se que as espécies de hoje se originam da hibridização de gramínias selvagens desses dois ancestrais do trigo.
Tem registro também de que o trigo foi cultivado na Palestina, Egito e China e no império Romano que também ficou conhecido como império do trigo, onde o alimento era apenas destinado as pessoas de alto poder aquisitivo, pois os podres escravos tinham que consumir a cevada. A partir do mediterrâneo a cultura do trigo foi levada a toda Europa. Na América, o trigo chegou com Colombo na época do descobrimento em 1493 e, em 1519, o trigo chega ao México e só então nos EUA.
No Brasil o trigo chegou em 1534 por Martin Afonso de Souza, e foi cultivado inicialmente na capitânia de São Vicente (São Paulo), e em seguida foi levado para o Nordeste e plantado em Pernambuco, Paraíba, Ceará, Pará e depois para Minas Gerais e Goiás. Apenas em 1937 o trigo então é introduzido no Rio Grande do Sul.
No inicio do século XIX, após o Brasil ter alcançado sua produção máxima o cultivo do trigo praticamente desapareceu, devido ao aparecimento da ferrugem e a falta de mão de obra, causado pela abolição da escravatura. Após a primeira guerra mundial o cultivo do trigo reaparece no Brasil com o desenvolvimento de sementes mais resistente a ferrugem.
Atualmente, a produção Brasileira se concentra nos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul, o quais são responsáveis por aproximadamente 90% da produção nacional. O consumo nacional é de aproximadamente 10 milhões de toneladas sendo os nossos principais fornecedores Canadá, EUA e Argentina.
Fonte da pesquisa:
SENAI CE CERTREM. Controle de qualidade em moinhos. Fortaleza, 2003
Curso:centro Regional de treinamentos em moagem e panificação.
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